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quarta-feira, novembro 18, 2020

Apenas 1 dos 74 candidatos que concorreram com o nome Bolsonaro foi eleito, o filho dele

Folhapress - Somente 1 dos 74 candidatos que disputaram as eleições de domingo (15) usando na urna o nome "Bolsonaro" foi eleito. Apenas Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), conseguiu uma vaga e renovará seu mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Ele teve 71 mil votos e foi o segundo com maior votação na cidade. Ainda assim, teve cerca de 35 mil votos a menos que em 2016, quando foi o campeão na capital do estado. Já Rogéria Bolsonaro (Republicanos), mãe dos três filhos mais velhos do presidente, se candidatou a vereadora no Rio, teve apenas 2.034 votos e ficou longe de conseguir se eleger, ocupando a 209ª posição.

Dos 74 candidatos que usaram o sobrenome do presidente, 72 concorreram ao cargo de vereador. Havia ainda dois que tentavam a prefeitura: Marcos Bolsonaro (PSL), em Jaboticabal (SP), e Osmar Bolsonaro (PP), em Várzea Paulista (SP).

O estado com maior número de "Bolsonaros" foi São Paulo, com 20, seguido do Rio, com 6. Nestas eleições, nenhum de apoiados pelo presidente ou que buscaram se associar a ele conseguiram vencer em grandes cidades.

Comentário do blog: Itaituba também teve seu Bolsonaro tentando uma vaga na Câmara. Foi o candidato Odilon Bolsonaro, do grupo do ex-prefeito Roselito Soares, que nessa eleição apoiou o candidato Ivan D'Almeida.

Odilon teve apenas 110 votos, equivalente a 0,20% da votação.

Não deu.

sexta-feira, novembro 06, 2020

Para diplomatas, comportamento de Eduardo Bolsonaro na eleição dos EUA comprova despreparo para ser embaixador

O Globo - 
Integrantes do Itamaraty avaliam que, se ainda restava dúvidas sobre o despreparo do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para ocupar o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, estas acabaram de vez durante a eleição presidencial entre Donald Trump e Joe Biden.

A atuação do filho “02” do presidente Bolsonaro, que resolveu questionar a legitimidade da apuração nos EUA, sem provas, reproduzindo o discurso de Trump, foi descrita como uma grande “gafe” para quem já teve (ou tem) a ambição de ocupar um posto diplomático. A avaliação de diplomatas é que Eduardo fere um princípio básico da boa diplomacia, de não interferir na política de outro país.

– Uma das boas práticas diplomáticas, já que ele queria ser embaixador, é não interferir em processos eleitorais de outros países, para manter a capacidade de interlocução com quem quer que seja eleito no fim do processo. – disse umintegrante do Itamaraty.

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro disse que pretendia indicar o filho para o posto de embaixador dos EUA. Eduardo se movimentou e fez um beija-mão no Senado para garantir a aprovação de seu nome. O governo, porém, nunca teve a garantia que teria votos suficientes para aprová-lo. Eduardo acabou anunciando sua desistência da indicação em outubro de 2019.

quarta-feira, novembro 04, 2020

Primeira Escola Bosque de Itaituba Vai Ser Licitada Amanhã

No espaço da sessão de hoje da Câmara reservado para Avisos e Comunicados, o vereador Diego Mota (foto) informou que está marcada para as dez horas de amanhã, a licitação da obra da primeira Escola Bosque de Itaituba.

Em 2017 Diego teve um Projeto de Indicação aprovado, tendo sido acolhido pelo prefeito Valmir Clímaco, que considerou a sugestão muito boa.

Em 2018 o vereador reforçou o seu pedido.    (Abaixo, a planta)


Ano passado foi trabalhada a questão da documentação, pois tratava-se de uma área verde de um loteamento, constando entre as obrigações da empresa responsável pelo empreendimento a doação de uma parte para o município.

"A Escola Bosque de uma obra de mais de R$ 5 milhões, cuja licitação vai acontecer amanhã de manhã. Será uma escola de doze salas de aula, com quadra coberta, auditório, refeitório, numa área ampla para diversas atividades educacionais. 

Inclusive, será a primeira escola de Itaituba preparada para funcionar em regime de tempo integral, quando o município implantar essa modalidade de educação.

O terreno fica localizado na primeira rua do Jardim Aeroporto (Km 05), na entrada do bairro Maria Madalena.

Essa obra vai beneficiar os bairros Jardim Aeroporto, Maria Madalena, Wirland Freire, e as ocupações Sol Nascente, Beija Flor e Chico do Leite" falou o vereador Diego Mota ao blog.

Jota Parente

terça-feira, novembro 03, 2020

Vereador Wescley Tomaz reuniu com deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, que prometeu vir a Itaituba

 

A informação da reunião foi dada com exclusividade na Edição Digital 08 do Jornal do Comércio que está nas redes sociais, desde sábado plassado. 

O deputado Joaquim passado deu a notícia na entrevista que concedeu.

O encontro com o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, foi agendado pelo deputado Joaquim Passarinho, que recebeu Wescley e lideranças indígenas, e participou da reunião.

Depois de esgotada a pauta, que diz respeito ao pedido dos indígenas munduruku para que seja regulamentado o artigo da Constitiuição que trata de garimpagem em suas terras, Rodrigo Maia foi convidado a visitar o Tapajós ainda este ano.

Ele gostou do convite, prometendo fazer a visita ainda este ano, provavelmente, no dia 23 de novembro, como ele mesmo falou em um vídeo que gravou.

Júnior Pires Desconfia Que Tem Gabinete do Ódio na Câmara

                                                                                                 
Na sessão de hoja, na Câmara Municipal, o vereador Júnior Pires fez do seu discurso um desabafo contra o que ele considerou coisa de algum gabinete que ele chama de GABINETE DO ÓDIO.

"Eu pensei que só havia gabinete do ódio em Brasília, mas, suponho que haja um aqui na nossa Câmara de Itaituba, porque o que estão tentando fazer comigo é coisa de quem pratica esse tipo de ação", disse o vereador.

Foi publicada em redes sociais, uma Fakenews contra ele, tentando desmerecer sua participação no encerramento do movimento dos indígenas munduruku por ocasião do mais recente fechamento das BRs 163 e 230.

Pouco antes de reabrir as rodovias, o vereador conversou por telefone com o Senador Zequinha Marinho, e no mesmo dia teve um requerimento aprovado para reforçar o pedido.

Junior Pires pediu o empenho pessoal do senador, que acenou positivamente.

Ainda no mesmo dia, Zequinha Marinho falou por celular com lideranças que estavam à frente do movimento de interdição, assumindo o compromisso de conversar com parlamentares federais para que a Câmara coloque na pauta, a discussão do projeto de lei que trata da regulamentação da exploração de garimpo em terra indígena.

A Constituição Federal autoriza, mas, é preciso que o Congresso aprove uma lei complementar.

Tudo que foi descrito, é fato. O vereador tratou do assunto com o senador, que convenceu os indígenas, após assumir  o compromisso antes citado.

Muito irritado, Júnior repetiu algumas vezes, inclusive para a reportagem do blog, que supõe que haja um gabinete do ódio na Câmara. Disse que desconfia qual é o gabinete, mas, não pode afirmar por que não tem provas.

terça-feira, outubro 27, 2020

Pesquisa do UDF mostra que só 15% das cidades brasileiras possuem tomógrafos; demanda pelo aparelho mais do que dobrou na pandemia

 Exame de tomografia computadorizada do tórax desempenha papel fundamental para detectar pneumonias em pacientes com suspeita de Covid-19, e para acompanhamento da evolução do quadro respiratório de diagnosticados com a doença; só entre fevereiro e junho de 2020, a produção ambulatorial mensal de exames de imagem com tomógrafos mais que dobrou no País, em comparação a 2019

Brasília, 27 de outubro de 2020 – O Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) — instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, por meio do seu curso de Radiologia, realizou uma pesquisa em todo o Brasil que detectou que só 15,7% dos municípios brasileiros possuem tomógrafos, um aparelho que realiza exames de imagem computadorizada do tórax/pulmão, importante, portanto, para detectar doenças como a Covid-19. Além do diagnóstico, o equipamento é de alta relevância no acompanhamento da evolução do quadro respiratório de casos já diagnosticados.

Os resultados da pesquisa mensuram também que, apenas entre fevereiro e junho de 2020, a produção ambulatorial mensal de exames de tomografia computadorizada de tórax mais do que dobrou no Brasil. O aumento da demanda coincide com o início da pandemia no País.

De acordo com o estudo do UDF, em junho de 2020 foram realizados 160.086 exames de tomografia computadorizada no Brasil, contra 64.745 no mesmo mês do ano passado.

A pesquisa revela ainda que existem no Brasil 1,21 tomógrafos para cada 100 mil habitantes. A região Sul é a que possui o maior número de aparelhos por cidadão: 1,64. Já a região Norte detém o menor índice: apenas 0,90 tomógrafos a cada 100 mil pessoas.

O estado do Rio de Janeiro é o que possui o maior percentual de municípios equipados com tomógrafos: 53% das cidades cariocas têm aparelhos de exame computadorizado. Por outro lado, o Rio Grande do Norte é o estado com menor percentual de municípios com equipamento: só 4,79% das cidades potiguares fazem diagnósticos via tomógrafos.

SUS

O levantamento permitiu também analisar a distribuição espacial dos tomógrafos em cada unidade da federação e identificou a quantidade de equipamentos disponíveis no SUS e os disponíveis na rede privada.

Dos 4.944 tomógrafos em operação no País, 2.553 (51,6%) estão em utilização pelo SUS. A região com maior porcentual de uso de tomógrafos no SUS, em comparação com a rede privada, é o Nordeste: 59% dos exames com o equipamento são feitos via atendimento público. A região com menor índice é a Centro-Oeste: 45% dos exames são realizados pelo SUS, enquanto o restante é procedido pelas empresas de saúde particulares.

“As informações divulgadas no presente estudo permitem concluir que é necessário um planejamento de programas de aquisição de novos tomógrafos para uso no SUS, por meio de uma gestão mais eficiente das tecnologias em saúde, a fim de determinar uma adequada distribuição, considerando a real necessidade de cada região”, avalia o Prof. Me. Ezequiel Núbio Lucas Pereira, organizador do estudo e docente do curso de Tecnologia em Radiologia do UDF.

A pesquisa foi realizada entre os meses de junho e julho de 2020 e tem como base os dados secundários do DATASUS, reunidos e avaliados pelos alunos de 4º/5º semestres de Radiologia da instituição.

Os alunos foram divididos para que cada grupo ficasse responsável pelos dados de um Estado específico da Federação e tiveram acesso aos dados brutos secundários disponíveis nas plataformas digitais do DATASUS, TABNET, SIASUS, CNES e IBGE.

O estudo completo pode ser consultado no link e os responsáveis por ele estão disponíveis para entrevistas sobre o tema.

sexta-feira, outubro 09, 2020

Ibope: Crivella tem o maior índice de rejeição do país. Priante é o terceiro

A rejeição elevada identificada na primeira rodada de pesquisa Ibope mostra que os políticos mais rechaçados são aqueles envolvidos em investigações judiciais ou cuja família está relacionada em maus feitos. 

Os cinco políticos com maior índice de rejeição do país entre as 13 capitais com pesquisa divulgada, sem considerar a margem de erro de 3 ou 4 pontos, estão na mira do Ministério Público, são vítimas de processo de impeachment ou têm ligações com clãs envolvidos nesses casos.

O recorde é registrado no Rio de Janeiro, onde 57% dos entrevistados afirmam que não votariam de jeito nenhum no prefeito Marcello Crivella (Republicanos), candidato à reeleição. 

Ele é investigado no caso do suposto “QG da Propina” e tem ainda a gestão avaliada como ruim ou péssima por 66% dos cariocas.

Das oito capitais com candidatos à reeleição, em sete o maior índice de rejeição é do atual mandatário. A rejeição a Crivella é oito pontos percentuais maior do que a do ex-governador da Paraíba e candidato à prefeitura de João Pessoa (PB), Ricardo Coutinho (PSB), com 43%. Preso em dezembro de 2019 na Operação Calvário, é acusado de participar de esquema de desvio de dinheiro da Saúde.

Coutinho está empatado tecnicamente no ranking de rejeição com o deputado federal e candidato em Belém, José Priante (MDB), com 40%, primo do governador Helder Barbalho (MDB), investigado por suspeitas de corrupção na Saúde. Ele é seguido pela deputada federal Clarissa Garotinho (Pros), candidata no Rio, com 38%, filha do ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho, condenados por esquemas de corrupção e improbidade administrativa.

Fecha a lista o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan (PSDB), com 37%, também alvo de processo de impeachment na Câmara pelo uso de R$ 3,1 milhões do Fundo Municipal de Saúde para pagar publicidade.

As pesquisas do Ibope mostram que “ser honesto” é um dos principais atributos avaliados pelo eleitor. No Rio, 67% dizem que esta é a principal qualidade.

A redução da rejeição é um desafio para as campanhas nos próximos 40 dias. O início das inserções em rádio e televisão, a partir de amanhã, é visto como decisivo para diminuir o olhar negativo do eleitor. Para Marco Antonio Carvalho Teixeira, cientista político da FGV, os números divulgados podem mudar estratégias:

— A rejeição é um termômetro perigoso, quando maior do que a aceitação, pode indicar que, por mais que seja um bom candidato de primeiro turno, é inviável no segundo. oito capitais com candidatos à reeleição, em sete o maior índice de rejeição é do atual mandatário. A rejeição a Crivella é oito pontos percentuais maior do que a do ex-governador da Paraíba e candidato à prefeitura de João Pessoa (PB), Ricardo Coutinho (PSB), com 43%. Preso em dezembro de 2019 na Operação Calvário, é acusado de participar de esquema de desvio de dinheiro da Saúde.

Fonte: Globo/Extra

segunda-feira, outubro 05, 2020

Base bolsonarista acusa presidente de “traição” e o confronta nas redes

 O anúncio para a Corte provocou fortes críticas e uma onda de descontentamento, com ameaças de debandada e pressão para que Bolsonaro mude o nome do indicado



A indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) fez crescer o cordão de antigos bolsonaristas que partiram para o confronto aberto com Jair Bolsonaro, acusando o presidente de “traição” aos compromissos assumidos na campanha de 2018. O anúncio para a Corte provocou fortes críticas e uma onda de descontentamento, com ameaças de debandada e pressão para que Bolsonaro mude o nome do indicado.

O grupo dos desiludidos, já integrado por ex-ministros, como Sergio Moro – que no passado chegou a ser cotado para uma vaga no STF e em abril pediu demissão da Justiça –; Luiz Henrique Mandetta – dispensado da Saúde – e Carlos Alberto dos Santos Cruz, praticamente enxotado da Secretaria de Governo – tem se ampliado cada dia mais. Os ataques vêm agora de todos os lados, principalmente da ala “raiz” do bolsonarismo, e a hasthag #BolsonaroTraidor desponta com força nas redes sociais.

Empresários, militares, evangélicos e ativistas ideológicos apontaram a escolha do juiz Marques como um “grave erro” e uma oportunidade perdida de nomear um “conservador” para a cadeira do ministro do STF Celso de Mello, que se aposentará no próximo dia 13. Bolsonaro disse estar “chateado” com a insatisfação. “Vocês confiam ou não em mim?”, perguntou ele a um grupo de militantes, na entrada do Palácio da Alvorada.

O encontro de Bolsonaro na casa do ministro do STF Dias Toffolli, no sábado, com a presença de Marques e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), agravou a situação. O movimento Vem Pra Rua, que liderou manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), passou a defender a saída de Bolsonaro e decretou “luto” do Brasil com o governo.

A indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) fez crescer o cordão de antigos bolsonaristas que partiram para o confronto aberto com Jair Bolsonaro, acusando o presidente de “traição” aos compromissos assumidos na campanha de 2018. O anúncio para a Corte provocou fortes críticas e uma onda de descontentamento, com ameaças de debandada e pressão para que Bolsonaro mude o nome do indicado.

O grupo dos desiludidos, já integrado por ex-ministros, como Sergio Moro – que no passado chegou a ser cotado para uma vaga no STF e em abril pediu demissão da Justiça –; Luiz Henrique Mandetta – dispensado da Saúde – e Carlos Alberto dos Santos Cruz, praticamente enxotado da Secretaria de Governo – tem se ampliado cada dia mais. Os ataques vêm agora de todos os lados, principalmente da ala “raiz” do bolsonarismo, e a hasthag #BolsonaroTraidor desponta com força nas redes sociais.

Empresários, militares, evangélicos e ativistas ideológicos apontaram a escolha do juiz Marques como um “grave erro” e uma oportunidade perdida de nomear um “conservador” para a cadeira do ministro do STF Celso de Mello, que se aposentará no próximo dia 13. Bolsonaro disse estar “chateado” com a insatisfação. “Vocês confiam ou não em mim?”, perguntou ele a um grupo de militantes, na entrada do Palácio da Alvorada.

O encontro de Bolsonaro na casa do ministro do STF Dias Toffolli, no sábado, com a presença de Marques e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), agravou a situação. O movimento Vem Pra Rua, que liderou manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), passou a defender a saída de Bolsonaro e decretou “luto” do Brasil com o governo.

terça-feira, setembro 08, 2020

TV Globo ignora pegadinha de Bolsonaro, mas dá o troco

 

Veja - Em tempos normais, o pronunciamento do presidente da República, no dia em que o país celebrou mais um aniversário de sua independência, teria merecido no Jornal Nacional mais do um resumo de quando nada porque ele exaltou o golpe militar que implantou no país uma ditadura de 21 anos.

Mas os tempos não são normais, como o presidente também não é. Mas os tempos não são normais, como o presidente também não é. Jair Bolsonaro tentou aplicar uma pegadinha na Globo, e ela não caiu. Na parte do discurso que se referia ao golpe, chamado por ele de revolução de 64, Bolsonaro valeu-se de trechos de um editorial do jornal O Globo publicado em 1984.

Segundo Maurício Stycer, colunista da Folha de S. Paulo e autor da descoberta, o editorial, assinado por Roberto Marinho, dono do jornal, começava assim:

Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generelizada.

Em sua fala de ontem, transmitida em cadeia nacional de rádio e televisão, Bolsonaro disse:

“Nos anos 60, quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, foram às ruas contra um país pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”.

Não foi a primeira vez que Bolsonaro provoca a Globo. A primeira foi em agosto de 2018 quando era candidato a presidente. Em entrevista à GloboNews, ele citou o mesmo editorial. Levou como resposta que o jornal “O Globo” revira sua posição sobre o golpe cinco anos antes, e que como golpe o tratava desde então.

A resposta da Globo à pegadinha foi sutil, embora tenha sido mais incômoda para Bolsonaro. Por mais de 60 segundos, o Jornal Nacional mostrou imagens do panelaço ouvido em todas as regiões do país no exato momento do discurso presidencial. Quem dá recebe, quem pede tem preferência.

segunda-feira, setembro 07, 2020

Nunca foi tão fácil reeleger-se vereador, porém...


As circunstâncias conspiram a favor dos atuais ocupantes de cadeiras nas câmaras municipais nos 5.570 municípios do Brasil. A afirmação vale para todos, mas, vai variar de município para município, dependendo da avaliação de cada câmara e de cada vereador. 

Vamos nos ater ao caso da disputa por uma das vagas na Câmara Municipal de Itaituba, que conta com 15 vereadores.

Os atuais representantes da população itaitubense no parlamento municipal contam com uma vantagem nada desprezível sobre os demais postulantes a cadeiras. Estão em evidência há mais de três anos e meio, e podem continuar em destaque, sem nenhum impedimento legal enquanto vereadores. 

Continuam liberados para apresentar requerimentos, discursar na Tribuna e falar na imprensa sobre assuntos de interesse da coletividade. Não podem insinuar na mídia, nem de forma dissimulada, que tentam se reeleger.

Os demais pretendentes têm que se desdobrar para se fazerem conhecer por meio das redes sociais, e convenhamos, é uma minoria que sabe usar essas ferramentas modernas para impulsionar candidaturas, e é complicado fazer isso de uma hora para outra.

Tudo que disse é verdade, mas, chegou a hora de dizer, que uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa.

Uma coisa é o candidato achar, que porque é vereador, está em situação confortável. Não é assim que a banda toca; outra coisa, são os arranjos que são feitos para juntar, ou para dividir de forma inteligente, ou não, os candidatos. E exatamente aqui que a porca torce o rabo na eleição proporcional em Itaituba.

Quando você junta 13 vereadores, ex-vereadores e ex-secretários e mais alguns outros nomes em uma única chapa, denominada de CHAPÃO, que eu prefiro chamar de Chapa da Morte, o bicho pega.

Na política de Itaituba estabeleceu-se, implicitamente, uma regra, que não permite que vereador com mandato faça parte de chapas da maioria dos partidos. No DEM, por exemplo, do deputado Hilton Aguiar, os candidatos não aceitaram de jeito nenhum a entrada da vereadora Antônia Borroló, o que pode ter sido um erro fatal deles, pois, com ela, o partido conseguiria fazer o quociente eleitoral com segurança.

Já um pouco tarde, é verdade, o prefeito Valmir Clímaco tentou convencer alguns partidos que o apoiam para que os vereadores fossem distribuídos entre eles. Ninguém aceitou. Talvez, por essa regra extraoficial que foi criada, mesmo que fosse tentado mais cedo, não seriam aceitos do mesmo jeito.

O que pode acontecer em função disso?

Como foi dito, com certeza absoluta, vai ter partidos nos quais os candidatos "morrerão" abraçados, porque não conseguirão votos suficientes para eleger ao menos um. E aí eles atenderão ao que desejam os grandes partidos que criaram essa mudança na legislação eleitoral, acabando com as coligações proporcionais, exatamente para extinguir a maioria dos partidos que compõem a sopa de letrinhas partidária no país.

Isso vai acontecer aqui e em todo o Brasil.

E como vai ficar a composição na próxima legislatura em Itaituba?

Não existe uma resposta pronta, porém, sem medo de errar, terá bem menos partidos do que teve até poucos meses antes da grande maioria dos vereadores debandar para o MDB. Desse monte de partidos que vão disputar a eleição, dificilmente passará de cinco o número de partidos que vão conseguir eleger algum candidato.

E o Chapão da Morte?

Vai ter candidato que será muito bem votado, que poderá assistir a um concorrente de outro partido, que pode ser da coligação do seu candidato a prefeito, ou de outro candidato majoritário, com menos votos entrar. É a vida.

Uma coisa nessa chapa que se pode afirmar com cem por cento de certeza é: alguns vereadores vão virar suplentes a partir de 1º de janeiro de 2021. Quantos, só esperando pra ver.

Jota Parente

quarta-feira, setembro 02, 2020

Bolsonaro põe país em risco ao atacar vacina obrigatória só para animar fãs

 


Leonardo Sakamoto
Colunista o UOL

Jair Bolsonaro defendeu que "ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina" nesta segunda-feira. Abre, dessa forma, uma nova fase na guerra política em que transformou a saúde pública brasileira desde o início da pandemia. 


Obrigatoriedade de vacina não é invadir casas como no passado - o próprio governo já condiciona o pagamento do Bolsa Família à imunização de crianças. O presidente quer, na verdade, inflamar os fãs radicais para reforçar o vínculo com quem protege seu mandato.


Esse discurso soa como música aos ouvidos de um naco de seus seguidores que acredita que a negação à vacinação coletiva é uma forma de resistir ao "Estado opressor". E a um outro grupo que acha que a vacina serve para inocula-los com chips para serem rastreados e controlados a partir de torres de celular 5G chinesas. Uma conspiração com a participação de bilionários, humoristas, Illuminatis, cavaleiros templários e aliens. Sem contar grupos que acreditam, por ideologia ou guiados por notícias falsas, que vacinas são inúteis e servem apenas para enriquecer a indústria farmacêutica.


Quantos estes são? Uma minoria, mas que não é desprezível. De acordo com o Datafolha, em agosto, 9% não tomariam uma vacina contra o coronavírus. Só para efeito de comparação: 7% dos ouvidos pelo instituto em outra pesquisa, em julho do ano passado, afirmam que a Terra é plana. 


Os números são menores que o montante de bolsonarismo-raiz, que está com o presidente para o que der e vier, que é de 12%. 


Perceba, contudo, que Bolsonaro não veio dizer que "ninguém pode obrigar ninguém a pagar impostos". Impostos, esse instrumento do tal Estado opressor contra a liberdade do indivíduo. Ou que "ninguém pode obrigar ninguém a prestar serviço militar obrigatório" - a apesar da falta de sentido que serviço militar obrigatório faça hoje.


Mas claro que não falaria. Primeiro porque, se fizesse isso, seria devorado em poucos minutos em Brasília. Além disso, nem o mais inocente de seus sócios ultraliberais acredita mais que, no íntimo, sua visão de país seja de um Estado mínimo. 


Pelo contrário, seu governo pode não ser bom de política de saúde, de emprego, de educação, de moradia, de transporte, de cultura, de emprego... mas é craque em monitorar cidadãos e produzir dossiês. 


Quando se fala em obrigatoriedade da vacina, isso não significa picar cidadãos à força, como acontecia há mais de cem anos. Mas restringir acesso a determinados direitos, por exemplo. 


O próprio Ministério da Cidadania afirma que manter a vacinação das crianças em dia é condicionante para continuar recebendo o Bolsa. A questão é outra. Bolsonaro critica a obrigatoriedade da vacina para causar barulho e inflamar milícias ultraconservadoras e anticiência a fim de reforçar seu vínculo com elas - até aqui, elas têm garantido proteção a seu mandato. 


E como, nesse contexto, quanto mais ruído melhor, nega-se a estabelecer um diálogo honesto e claro com a população. Ele poderia fazer o contrário. Explicar o que é uma vacina, por que ela deve ser tomada, quais os ganhos para a coletividade, mas também os riscos e os eventuais efeitos colaterais. Pois, diante de informações que dizem respeito à sua vida, o indivíduo tende a atuar de forma racional e pragmática. O indivíduo não é burro, apesar de ser tratado como tal por seus governantes.


O objetivo da comunicação de Bolsonaro na pandemia é confundir Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, caso de sucesso no combate ao coronavírus, estabeleceu uma comunicação franca, aberta e constante com a população, explicando o que o governo faria e como. 


Os cidadãos entenderam e seguiram as recomendações, fazendo com que seu país retornasse à vida (quase) normal de forma mais rápida e sem tantas baixas. 


Por aqui, ao contrário, o presidente da República usou cadeia nacional de rádio e TV para menosprezar a doença, chamando uma pandemia que já matou mais de 122 mil pessoas de "gripezinha" ou "resfriadinho". E, sistematicamente, promoveu aglomerações, dando ele mesmo o mau exemplo em manifestações que pediam o fechamento do Congresso e do STF, afirmando que as quarentenas não funcionam e que bom mesmo é a cloroquina, remédio sem eficácia comprovada. 


A comunicação, portanto, não foi pelo bem do cidadão, mas da guerra particular travada por ele em nome de sua reeleição.

terça-feira, setembro 01, 2020

Bolsonaro diz que só aceitará recursos para Amazônia de países com mesmos ideais de democracia

 Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão em solenidade no Planalto no dia 28 Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Ontem, Mourão fez um apelo aos demais países integrantes do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para que façam investimentos na floresta

BRASÍLIA — Um dia depois de o vice-presidente Hamilton Mourão fazer um apelo aos demais países integrantes do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para que façam investimentos na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro declarou nesta terça-feira que só aceitará recursos para a região de países que tenham "exatamente os mesmos ideais de democracia e liberdade", sem citar nenhum deles.

Segundo o presidente, apenas dessa forma a floresta será "de fato" integrada ao Brasil. E defendeu investimentos na região "com recursos próprios". Alinhado ao presidente americano Donald Trump, Bolsonaro e aliados costumam ter uma posição crítica em relação à China, mas ele não citou o país asiático nesta terça-feira.

O presidente discursou no Palácio do Planalto durante lançamento do programa Norte Conectado, que busca levar conexão rápida de internet para os estados da região Norte com recursos federais. Dirigindo-se à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, passou a falar da Amazônia:

— É dessa forma, prezada Damares, que nós vamos integrando realmente a Amazônia, com recursos próprios. E, se um dia nós precisarmos de recursos de outros países, podermos aceitá-los, mas serão de países que tenham exatamente os mesmos ideais nossos, de democracia e liberdade. Somente dessa forma é que nós poderemos dizer que a nossa Amazônia, de fato, será integrada ao nosso país.

Bolsonaro continuou dizendo que a Amazônia trata-se da "região mais rica do mundo", que tem uma história — a "dos nossos antepassados, que lutaram bravamente para conquistá-la".

Fonte: O Globo

terça-feira, agosto 25, 2020

Cebola vai tentar o sexto mandato consecutivo

Veterano da política em Itaituba, cametaense de nascimento, mas, itaitubense por adoção e de coração, o vereador João Bastos Rodrigues está trabalhando para emplacar mais um mandato.

Ele já está cumprindo seu quinto mandato seguido, e tenta chegar ao sexto.

Cebola, com todos o conhecem, é o vereador recordista de mandatos como presidente da Casa de Leis, tendo sido eleito quatro vezes para o cargo.

“Estou trabalhando. Visito as minhas bases direto. Está complicado nesta eleição por causa dessa Covid-19. A gente chega na casa de algumas pessoas, e elas só abrem por já conhecem a gente faz anos.

Muita gente trancada com medo do vírus. Estou fazendo a minha parte. Sei que a briga é dura. Só no MDB são 13 vereadores, mais os ex-secretários e ex-vereadores. Muito forte o time do prefeito.

E tem os outros partidos da base do Valmir, que também tem gente boa, gente com votos, que já está trabalhando. No final eu espero conseguir 

Não vai haver alteração do mapa original de Moraes Almeida, disse o vereador Dirceu Biolchi


A luta pela emancipação política de Moraes Almeida foi tratada na seção de hoje na Câmara Municipal de Itaituba, pelo representante do Distrito, vereador Dirceu Biolchi (MDB).

Com muito cuidado com as palavras, Dirceu conversou com a reportagem do blog após sua fala.

O cuidado foi para evitar melindres com quem quer que seja. De modo especial com seu colega de parlamento, o vereador Wescley Tomaz, que não compareceu hoje porque viajou para Belém.

Semana passada, o vereador Wescley usou a Tribuna para dizer que estava propondo a inclusão da região garimpeira do Crepurizão, do Crepurizinho e de outras comunidades garimpeiras adjacentes, em um novo mapa do distrito, para efeitos da emancipação futura, pois elas estão fora do mapa original.

A fala do vereador provocou algumas reações. Primeiro, porque tornaria a área total do futuro novo município, que um dia será criado, muito maior do que o município de origem, segundo, retirando os citados garimpos, a sangria seria muito grande na economia da área remanescente.

As comunidades em questão são totalmente favoráveis a pertencerem ao novo município por razões óbvias: ficariam próximas da nova sede, em vez de terem que se deslocar por cerca de 500 km até a cidade de Itaituba.

"O vereador Wescley é um grande parceiro nosso. Vamos trabalhar juntos nessa causa. Ele compreendeu as nossas colocações. A preocupação dele faz todo sentido. Infelizmente, não tem como mexer no mapa original", disse Dirceu.

Embora esse seja o desejo daquelas comunidades, fazer parte do futuro novo município de Moraes Almeida, o Comitê Gestor que trabalha pela emancipação do distrito, não aprovou a ideia.

Faz tempo que o Comitê Gestor tem observado com cuidado essa questão. A preocupação é não acontecer o mesmo que ocorreu com Tapajós e Carajás, que queriam deixar uma área muito pequena para o que restaria do Pará, caso a divisão tivesse sido aprovada no plebiscito.

Depois que o Jornal do Comércio na edição digital de semana passada, deu a notícia em todos os detalhes, a repercussão foi bastante forte.

O Comitê Gestor, do qual o vereador Dirceu faz parte, conversou com o vereador Wescley Tomaz, mostrando os motivos pelos quais não apoia aumentar a área. Wescley compreendeu a situação depois de todas as explicações, disse Dirceu.

Por enquanto não se fala mais no assunto.

Olhando o mapa com olhar analítico, constata-se que a preocupação de Wescley faz total sentido.

O blog traçou uma linha. Na parte extrema superior da linha, está Itaituba e na parte de baixo, Crepurizão.

Quem tiver alguma coisa para resolver depois que Moraes virar município, terá que passar por dentro da futura nova cidade, passar por Trairão, até chegar a Itaituba, pois não existe caminho alternativo.

O que aconteceu é que existem implicações na discussão da criação de uma nova unidade, que muitas vezes podem ir de encontro até ao que parece mais do que lógico, como é o caso.

Que é esquisito, é.

segunda-feira, agosto 24, 2020

O presidente que copiava os outros

 

Bolsonaro busca a popularidade de Lula no Nordeste, com aumento de gastos ensinado por Dilma, e copia o programa social mais popular lançado pelo PT 

Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, o presidente Jair Bolsonaro contou no meio da população que o recebeu, que o auxílio emergencial será mantido até o fim do ano.

Se for com valor de R$ 300,00 o benefício vai significar mais 100 bilhões de reais de gastos. O que importa é que pareça concessão dele. O presidente já tinha avisado, em outro encontro com seguidores, que a equipe Econômica defenderá R$ 200,00, mas ele achava pouco.

Apesar de ter construído sua campanha política com o discurso de ódio ao PT, Bolsonaro está imitando cada vez mais os dois presidentes petistas. Nas idas ao Nordeste, ele repete os gestos de Lula, misturando às multidões, como hoje em Mossoró.

Para um governo que na eleição prometeu seguir o liberalismo econômico, as semelhanças com o desenvolvimentismo dos governos petistas é cada vez maior entre os ministros militares e os outros, como Rogério Marinho.

Passa, também, pela política que ele sempre criticou, o bolsa Família.

Seu Ministro da Economia, Paulo Guedes, está preparando um reforço ao programa e uma troca de marca para que o benefício seja reconhecido como bolsonarista.

Nesta terça-feira, 25, o Planalto lançará o Renda Brasil, que amplia o Bolsa Família e substitui o auxílio emergencial. Além disso, Bolsonaro se parece com Dilma quando estimula o gasto público. A ex-presidente disse certa vez, que gasto público é vital.

Para o atual presidente, isso deu uma vida nova, impulsionada pela necessidade provocada pela pandemia, e a gastança pode se eternizar porque isso no fundo, é o que ele sempre acreditou. Como deputado federal, lutou apenas pelos aumentos de salários das categorias que representava. Como presidente, continua fazendo a mesma coisa.

Tanto é que autorizou o reajuste de até 73% em um benefício chamado adicional habitação, criado no governo, Fernando Henrique Cardoso e concedido a quem fez cursos ao longo da carreira militar. Este ano, enquanto o coronavírus paralisou a economia, um grupo das Forças Armadas que já tem salário bruto de R $50.000,00, recebeu um aumento de R$ 1600.

O problema é que Bolsonaro não cópias também as qualidades. Os dois ex-presidentes tomaram decisões que fortaleceram órgãos de controle. Por exemplo, escolheram sempre o primeiro nome da lista dos mais votados para Procurador-Geral da República. E há um destaque para Dilma, que aprovou a tão importante Lei de Acesso à Informação. Aliás, a lei nunca foi tão útil como agora. 

Desde 2019, Bolsonaro tem enfraquecido esses mesmos institutos. Enquanto isso, outro privilégio para categorias que ele defende surgiu dentro da Reforma Previdenciária, a única medida de ajuste fiscal do seu governo, aprovada por grande esforço do Congresso Nacional. Bolsonaro chegou a dizer que, por ele, não faria a reforma. Depois disso, aprovou todos os aumentos de gastos pedidos pelos militares. Ou seja, sua defesa da austeridade, do teto de gastos, está em conflito com suas decisões.

A crise da semana passada, aliás, foi provocada pela maneira dúbia como ele sempre lidou com o controle dos salários dos servidores; aumento para militares e salários congelados para as demais categorias até 2021.1

Ao menos até aqui, Bolsonaro, mostra que nunca vai conseguir se aproximar dos dois ex.

No que diz respeito aos atributos, a relação de Lula com o Nordeste era genuína, e de fato foi dele a ideia de retomar o projeto histórico de transposição do São Francisco. A de Bolsonaro é mais oportunista. Ele já usou a palavra Paraíba de forma pejorativa para definir governadores da região, revelando o que realmente pensa.

No mês de julho, o presidente participou de cerimônia de inauguração de parte do projeto, em Penaforte, no Ceará. Na ocasião, reforçou que não deixaria nenhuma obra parada e que ele iria levar água para a casa do cidadão nordestino, que sempre teve carência disso.

Ao valor econômico, o ministro Jorge Oliveira, da Secretaria Geral da Presidência desse, segundo Informa a edição desta segunda 24, que a versão ‘paz e amor”, de Bolsonaro, se compara a do ex-presidente petista. Lula, antes de ser eleito, tinha um discurso veemente, depois amenizou.

 

Fonte Revista Veja

Blog do Matheus Leitão. 


Mobilização após ameaça de Bolsonaro a jornalista do GLOBO gerou 'onda de contágio' com mais de 1 milhão de tuítes

 Grafo mostra mobilização após ameaça de Bolsonaro a jornalista do GLOBO

A mobilização no Twitter questionando por qual motivo o presidente Jair Bolsonaro não respondeu sobre os 89 mil depositados pelo ex-assessor Fabricio Queiroz na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, gerou em 24 horas mais de 1 milhão de mensagens únicas na rede social até as 23h49 neste domingo. O levantamento foi feito pelo pesquisador Fábio Malini, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

As postagens ocorrem após Bolsonaro declarar que tinha vontade de "dar porrada" em um repórter do GLOBO, que o questionou sobre os depósitos na conta de Michelle, e uniram jornalistas, artistas e celebridades

Segundo Malini, os dados indicam um "comportamento automatizante", com todos em uníssonos repetindo a mesma mensagem e marcando a conta do presidente. Isso significa que boa parte das publicações ocorreu sem o compartilhamento de influenciadores da rede, como costuma ocorrer no Twitter, mas com tuítes próprios dos usuários em seus respectivos perfis, um modus operandi que passou a ser mais utilizado pela direita e apoiadores do bolsonarismo a partir de 2015, segundo o pesquisador, e até então inédito na oposição ao presidente.

— Muitos influenciadores usando do mesmo template para escrever gera uma onda de contágio, contudo, as pessoas individualmente precisam tomar coragem de publicar algo, dado que compartilhar esses influenciadores seria mais cômodo. Publicar algo implica dar mais ênfase a sua voz ainda que se tenha poucos seguidores. Essa voz é mais fortalecida quando é questionadora diretamente na caixa de comentários de quem tem poder, porque ali não importa quantos likes vá se ganhar. 

A mesma pergunta publicada muitas vezes por muitas outras pessoas não influentes liga o alerta vermelho do político, porque ele percebe que não se trata de fãs reagindo, mas de gente de carne e osso. De modo massivo, acossando diretamente as contas do presidente, é a primeira vez — explica.

Malini destaca que um indicador do tamanho da repercussão da mobilização e como afetou a popularidade política online do presidente é que muitos usuários reclamaram de terem sido bloqueados pela conta de Bolsonaro:

— Um dos indicadores mais simples para identificar se a repercussão afeta a gestão da popularidade política online é quando os administradores das contas de políticos começam uma roleta russa de exclusão de comentários, principalmente, no Instagram e Facebook. Um trabalho desmedido já que eles têm de banir milhares de pessoas manualmente ou usando filtros semânticos. E foi o que ocorreu ontem. Muitos usuários reclamavam do "delete" recebido, o que estimulou neles o desejo de reescrever o mesmo comentários, até que foram banidos da conta.

O Globo

quinta-feira, agosto 06, 2020

Resenha da Câmara

A Câmara Municipal de Itaituba realizou, hoje, a primeira seção ordinária do segundo período legislativo de 2020. Casa cheia. Somente o vereador Peninha não esteve no plenário, mas participou através de vídeo.

Um decreto da presidência da Câmara faculta aos vereadores com mais de 60 anos, a possibilidade de gravar vídeo para ser exibido na hora da seção.

Projeto de lei de autoria do vereador Peninha foi apresentado hoje, pelo qual ele pede a criação de uma delegacia de política distrital em Miritituba.

Em sua fala, Peninha cobrou da Comtri a implantação de mão única na quarta e na quinta ruas da Bela Vista. Ele teve projeto de lei aprovado nesse sentido há alguns meses.

O edil fez referências ao ex-prefeito Edilson Botelho, que morreu vitimado pelo coronavírus, destacando sua importância na história do município como prefeito. O ex-assessor do vereador Dadinho, Manga Rosa, que também morreu vítima de Covid-19, foi lembrado por Peninha.

O vereador Jr. Pires defendeu o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares, alegando que os alunos estão tendo prejuízo.

Ressaltou que deve ser ofertada a possibilidade para aqueles que não puderem ir, que continuem recebendo o ensino em casa.

“Em vez de radicalizar com a proibição da abertura das escolas nas duas modalidades propostas, ou seja, presencial e para aqueles que acham que correm risco, optaria pelo ensino não presencial, via plataforma de dados pela internet.

Seria razoável esse entendimento e compreensão, tanto do poder público, como do ensino privado e, ou, ensino público.

Vejo uma inversão de valores estratosféricos, casas noturnas, bares e congêneres sem nenhum tipo de fiscalização, tudo liberado.

Fácil de constatar nos finais de semanas na cidade, sem falar que as igrejas ainda continuam limitadas para funcionamento de suas celebrações na casa dos 30%. É preciso corrigir essa desigualdade!”, disse o vereador.

O vereador Diego Mota discordou frontalmente de seu colega Jr. Pires sobre volta às aulas presenciais.

Afirmou que não é hora de voltar de força açodada, tomando por base o que dizem as autoridades da área da saúde.

“Compreendo a situação das escolas, mas, é preciso pensar na vida. Os pais já responderam para as escolas que não querem que volte ainda, neste momento.

Talvez esse seja um ano perdido para a educação, mas, precisamos pensar nas consequências de uma volta apressada”, falou Diego.

Diego apresentou um requerimento para dar ao Ramal do Jacarezinho, nome do ex-vereador Diomar Figueira, que morreu recentemente.

O vereador Davi Salomão usou a tribuna da Câmara para informar que tem um projeto de lei pronto para apresentar semana que vem, pedindo que os servidores temporários tenham direito de receber décimo terceiro salário e demais direitos trabalhistas. Disse o vereador que esses direitos já são pagos em outras prefeituras.

A expectativa que fica é se os treze vereadores da base de apoio ao prefeito Valmir Clímaco votarão a favor, mesmo em ano de eleição.

terça-feira, julho 14, 2020

Roberto Jefferson diz que Bolsonaro está 'muito inclinado' a se filiar ao PTB

Roberto Jefferson

Em um áudio enviado a um correligionário (ouça abaixo), Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, disse que Jair Bolsonaro está “muito inclinado” a se filiar à legenda. O convite foi feito formalmente no último dia 9.

“Marquinhos, vou te ajudar, meu irmão. O presidente ficou muito inclinado a vir para o PTB. Penso que ele vem. Agora, o outro assunto que você me fala, vou te ajudar, sim, a recuperar o mandato. Você merece, Marquinhos.”

Marquinhos é o ex-vereador de Nova Friburgo (RJ) Marcos Medeiros, que deve tentar voltar à política neste ano.

Por telefone, a ex-deputada federal Cristiane Brasil confirmou a O Antagonista a declaração do pai. Para ela, a Aliança pelo Brasil não vai sair do papel.

“Não vai. E os grupos conservadores estão se dividindo: alguns voltando para o PSL, outros vindo para o PTB e para outros partidos. 

O Aliança não vai sair. Faltou apoio, ao contrário do que eles esperavam. 

E me parece que o TSE não tem disposição para montar esse partido, em razão dos recentes atritos.”

O Antagonista