Pela primeira vez, país contabiliza mais de 20 mil vidas perdidas para o coronavírus em uma semana
RIO — Com 3.950 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o Brasil registrou nesta quarta-feira o recorde de óbitos desde o início da pandemia. O número elevou para 321.886 o total de vidas perdidas para o novo coronavírus. Pela primeira vez, o país contabilizou mais de 20 mil mortes em uma semana. Nos últimos sete dias foram 20.799 óbitos.
Os dados foram reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que compila informações divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde.
A média móvel de sete dias do número diário de mortes no país agora está em 2.971, o que representa aumento de 42% nas últimas duas semanas e um novo recorde. Os três estados com maior aumento (ou menor redução) percentual no número de mortes são Rio de Janeiro (121%), Distrito Federal (111%) e Espírito Santo (106%).
Nove unidades federativas estão em seu pior momento da pandemia até aqui, pois bateram nesta quarta-feira seus recordes na média móvel de mortes: DF, ES, GO, MT, MS, MG, PB, SC e SP.
No último dia, o país teve 89.200 pessoas diagnosticadas com infecção pelo novo coronavírus, totalizando 12.753.258 casos até agora. A média móvel foi de 75.154 diagnósticos positivos, 5% maior que o cálculo de 14 dias atrás.
A média móvel de sete dias se refere aos números de mortes e casos do dia e dos seis anteriores. A medida é comparada com a média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda na epidemia. O cálculo é um recurso para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por redução de mão-de-obra.
Das 27 unidades da federação, 16 estados e o Distrito Federal estão com alta nas mortes: ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AP, TO, AL, CE, MA, PB, PE, PI e RN.
O Brasil conseguiu aplicar a primeira dose de vacina contra Covid-19 até agora em 17.620.872 pessoas (8,32% da população), e 5.091.611 já receberam a segunda dose, o que representa uma cobertura vacinal completa de 2,40%.