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quarta-feira, março 31, 2021

Com 3.950 mortes por Covid-19 em 24h, Brasil bate novo recorde de óbitos

Pela primeira vez, país contabiliza mais de 20 mil vidas perdidas para o coronavírus em uma semana

RIO — Com 3.950 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o Brasil registrou nesta quarta-feira o recorde de óbitos desde o início da pandemia. O número elevou para 321.886 o total de vidas perdidas para o novo coronavírus. Pela primeira vez, o país contabilizou mais de 20 mil mortes em uma semana. Nos últimos sete dias foram 20.799 óbitos.

Os dados foram reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que compila informações divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

A média móvel de sete dias do número diário de mortes no país agora está em 2.971, o que representa aumento de 42% nas últimas duas semanas e um novo recorde. Os três estados com maior aumento (ou menor redução) percentual no número de mortes são Rio de Janeiro (121%), Distrito Federal (111%) e Espírito Santo (106%).


Nove unidades federativas estão em seu pior momento da pandemia até aqui, pois bateram nesta quarta-feira seus recordes na média móvel de mortes: DF, ES, GO, MT, MS, MG, PB, SC e SP.

No último dia, o país teve 89.200 pessoas diagnosticadas com infecção pelo novo coronavírus, totalizando 12.753.258 casos até agora. A média móvel foi de 75.154 diagnósticos positivos, 5% maior que o cálculo de 14 dias atrás.

A média móvel de sete dias se refere aos números de mortes e casos do dia e dos seis anteriores. A medida é comparada com a média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda na epidemia. O cálculo é um recurso para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por redução de mão-de-obra.

Das 27 unidades da federação, 16 estados e o Distrito Federal estão com alta nas mortes: ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AP, TO, AL, CE, MA, PB, PE, PI e RN.

O Brasil conseguiu aplicar a primeira dose de vacina contra Covid-19 até agora em 17.620.872 pessoas (8,32% da população), e 5.091.611 já receberam a segunda dose, o que representa uma cobertura vacinal completa de 2,40%.

quinta-feira, março 25, 2021

Brasil registra quase 100 mil casos de Covid-19 num único dia, número recorde na pandemia, e 2.639 mortos

País soma 303.726 óbitos e 12.324.765 infectados desde o começo da pandemia, aponta boletim de imprensa

O Brasil registrou nesta quinta-feira 2.639 mortes por Covid-19. Agora são 303.726 vidas perdidas para o coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel foi de 2.276 mortos, a segunda queda consecutiva após o país bater recordes em 26 dias consecutivos.

Desde de as 20h de segunda-feira, 97.586 casos foram registrados, o número mais alto desde o começo da pandemia, elevando para 12.324.765 o total de infectados. A média móvel foi de 76.738 diagnósticos positivos, 8% maior do que o cálculo de 14 dias atrás e também um recorde histórico.

Vinte e três estados atualizaram seus dados sobre vacinação contra a Covid-19 nesta quarta-feira. Em todo o país, 14.074.577 pessoas receberam a primeira dose de um imunizante, o equivalente a 6,65% da população brasileira. A segunda dose da vacina, por sua vez, foi aplicada em 4.515.631 pessoas, ou 2,13% da população nacional.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Em nota, o estado de Goiás informou que desde o início desta semana há relatos de instabilidade no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), sistema oficial do Ministério da Saúde para registro dos casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). 

"Na quarta-feira, por exemplo, foi observado um número menor de óbitos registrados no Estado. A possível causa foi a dificuldade de salvar e atualizar as fichas de notificações. Assim, essa situação pode ter impactado no represamento de dados que, ao serem atualizados, culminaram no quantitativo de mortes registradas nesta quinta-feira"informou.
Mais vacinas

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira que entregará mais 4,2 milhões de doses de vacinas. Do total, 3,2 milhões são da Coronavac, fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, e 1 milhão da AstraZeneca/Oxford, importadas da Coreia do Sul e que formam a primeira remessa adquirida pelo Brasil por meio do consórcio Covax Facility.

Segundo a pasta, a previsão é de que as entregas ocorram a partir desta quinta-feira, podendo se estender até sábado. A distribuição é feita de forma proporcional e igualitária a todas as unidades da Federação.

Com as novas entregas, será possível avançar em mais um grupo prioritário, formado pelos idosos entre 65 e 69 anos, além de atender a parcelas com ordem de preferência que ainda não tenham sido 100% imunizadas, como trabalhadores da saúde, idosos entre 70 e 74 anos e comunidades quilombolas.
Mudança na notificação das mortes

O site do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe), que atualiza informações da doença, passou a pedir mais dados das vítimas, como CPF, número do cartão SUS, nacionalidade e se tomou ou não vacina contra a Covid.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) requisitaram ao Ministério da Saúde a retirada temporária da obrigatoriedade do preenchimento dos campos novos. A pasta afirmou que, em nota, que "foi suspenso o preenchimento obrigatório de alguns campos de identificação" para a notificação de mortes.

A mudança no sistema causou instabilidade no site, o que fez alguns estados apresentarem dificuldade de registrar novos óbitos.

— Depois que eu sair daqui nós vamos observar o que está acontecendo. Eu não sou maquiador, eu sou médico. Minha função não é maquiagem, é salvar vidas. Precisamos criar um ambiente novo, de harmonia — afirmou, ao ser questionado em coletiva de imprensa sobre a alteração.

terça-feira, março 16, 2021

O Preço da negação: Com 2.798 mortes por Covid-19, Brasil bate novo recorde em 24h; SP, RS, SC, PR e MS tiveram seu pior dia na pandemia

O Brasil registrou nesta terça-feira 2.798 mortes por Covid-19, um novo recorde em 24h. Isso equivale a quase 2 óbitos por minuto. O país contabiliza 282.400 vidas perdidas para o novo coronavírus desde o começo da pandemia.

O marco ocorre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro nomear o cardiologista Marcelo Queiroga como o novo ministro da Saúde, o quarto desde a chegada do vírus ao Brasil.

A média móvel de mortes alcançou seu patamar mais alto pelo 18º dia consecutivo: 1.976. O cálculo é 48% maior do que o registrado duas semanas atrás.

Doutor em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Petry avalia que o recorde de mortes é "um absurdo", mas que pode ser explicado diante da quantidade de pessoas que estariam desdenhando da força da pandemia, além da ineficácia da campanha de imunização do governo.


— Sabemos as razões para essa tragédia: o negacionismo, o ritmo lento de vacinação, a circulação de novas linhagens, entre outros fatores. A ocorrência de novos casos, internações e mortes torna-se inevitável.

Petry também atribui o alto índice de letalidade ao colapso do sistema de saúde e à exaustão das equipes médicas.

— Vemos filas por leitos, e a cada dia o quadro do paciente vai piorando. Por isso, quando chega À UTI, sua situação está muito grave.

Cinco estados bateram, nesta terça, seus recordes de mortes em 24h desde o começo da pandemia:
São Paulo - 679 óbitos
Rio Grande do Sul - 501 óbitos
Paraná - 307 óbitos
Santa Catarina - 167 óbitos
Mato Grosso do Sul - 39 óbitos

Desde 20h de segunda-feira, 84.124 novos casos foram notificados pelas secretarias de saúde, totalizando 11.609.601 infectados pelo Sars-CoV-2. A média móvel foi de 69.226 diagnósticos positivos, 69.226 maior do que o cálculo de 14 dias atrás.

Vacinas:Não há indício de que imunizante de Oxford cause coagulação do sangue, diz agência europeia

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

O Globo