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sábado, agosto 21, 2021

Juscelino assume a Presidência prometendo fazer 50 anos em 5

Seu Plano de Metas deu certo em três áreas: energia, transporte e indústria de base, com destaque para montadoras de veículos. Memorial JK foi inaugurado há 35 anos

A vida política brasileira vinha de uma série de tumultos, como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e o ataque de coração que impediu Café Filho de completar o mandato, quando Juscelino Kubitschek de Oliveira, de 53 anos, venceu as eleições de 3 de outubro de 1955. A aliança PSD-PTB e o apoio dos comunistas deram a Juscelino mais de um terço dos votos, vitória desafiada por rumores de golpismo e manchetes virulentas na imprensa conservadora.


Era um mineiro simpático de sorriso largo, médico de formação e democrata por convicção. Assim que tomou posse no Palácio do Catete - cercado por uma multidão que fora ver o novo presidente, como noticiou O GLOBO -, em 1º de fevereiro de 1956, suspendeu o estado de sítio e a censura e deu início a uma era de euforia desenvolvimentista inédita no Brasil, estampada em seu Plano de Metas, sintetizado no slogan "50 anos em 5". Seu antecessor, Getulio Vargas, havia tomado posse em 31 de janeiro de 1951.


Dividido em cinco áreas, o plano deu certo em três: energia, transporte e indústria de base. Os investimentos em educação e agricultura foram insuficientes. Às trinta metas originais somou-se mais uma: a construção de Brasília. A nova capital surgiu no tempo recorde de três anos e dez meses e foi inaugurada em 21 de abril de 1960. Junto com ela foi construído um "cruzeiro de estradas" ligando a capital a todas as regiões do país - rotas que seriam usadas pelos milhares de automóveis fabricados aqui.


Com a aposta no transporte rodoviário na Era JK, em detrimento das ferrovias, aliada à chegada de montadoras estrangeiras ao país, a produção de veículos deu um salto espetacular na virada dos anos 50 para os 60. Segundo dados da Anfavea, a associação que reúne as empresas do setor, de 1957 a 1960, a produção total quadruplicou: passou de 30 mil para 133 mil veículos por ano, incluindo caminhões, ônibus e os chamados "comerciais leves". No caso apenas dos automóveis, a produção no Brasil saiu de apenas 1.166 unidades para 42.619 em 1960.


O surto de crescimento foi sustentado também pelo capital estrangeiro. Vieram inflação e aumento da dívida externa. Depois de passar a presidência a Jânio Quadros, JK, cujo mandato terminou em 31 de janeiro de 1961, elegeu-se senador por Goiás, em 1962, no dia 8 de junho de 1964, o Presidente Castelo Branco, assinou decreto cassando o mandato de senador e suspendendo, por dez anos, os direitos políticos do ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.


Exilado, voltou ao Brasil nos anos 70, mas morreu em 22 de agosto de 1976 num acidente de carro na Rodovia Presidente Dutra, sobre o qual circularam rumores, nunca confirmados, de que teria sido provocado. Juscelino e seu motorista, Geraldo Pereira, morreram na colisão do Opala do ex-presidente com um caminhão de gesso, na altura do quilômetro 328 da Rodovia Presidente Dutra, no trecho próximo ao município de Resende, no Sul Fluminense.


Em 12 de setembro de 1981, data em que Juscelino completaria 79 anos, o presidente general João Batista Figueiredo inaugurou, ao lado de dona Sarah Kubitschek, o Memorial JK, na Praça do Cruzeiro, em Brasília, um projeto de Oscar Niemeyer. Os restos mortais do ex-presidente foram depositados no local, após uma cerimônia.


Em 1996, o corpo de JK foi novamente exumado e os peritos constataram que ele realmente morreu em decorrência dos ferimentos provocados pela batida.

quinta-feira, outubro 15, 2020

De uma simples colônia portuguesa à cidade mais rica do mundo

Por Oswaldo Bezerra

Quando os portugueses chegaram à Ásia, no século XVI, determinaram o melhor local para servir de porta de acesso asiática para os europeus. Passou a ser o primeiro entreposto entre a China, a Europa e o Japão. A localidade foi batizada pelos portugueses de Macau.

A colonização portuguesa trouxe prosperidade à vila de pescadores. Devido a sua importância várias potências europeias tentaram tomar Macau de Portugal. Uma das guerras mais ferozes pelo domínio da cidade, Portugal travou contra a Holanda. Durante os 4 séculos de dominação portuguesa, Macau foi a cidade mais importante para o comércio entre Ásia e Europa.

Só no século XIX que o posto de comércio mais importante da Ásia foi perdido. Foi durante do estabelecimento de Hong Kong pelos ingleses. Porém, Macau continuou sendo o primeiro farol do Mar do Sul da China.

Foi no ano de 1887 que a China reconheceu oficialmente a soberania e a ocupação perpétua portuguesa da cidade de Macau. Foi através do Tratado de Amizade e Comércio sino-português. Em 1901 o governo de Macau passou a emitir moedas próprias.

Por ser colônia portuguesa, esta cidade não foi invadida pelos japoneses na Segunda Guerra Mundial. Por sorte, não sofreu os horrores daquela guerra.

Após o nascimento, em 1949, da República Popular da China, ocorreram alguns motins na cidade asiática de Portugal. Foram provocados por comunistas que queriam a unificação de Macau à China. A intensificação dos motins levou Portugal, em 1966, a renunciar a sua ocupação perpétua. Foi a última colônia européia na China a acabar.

Desde então, Macau se tornou a cidade dos grandes cassinos. Superou Las Vegas e hoje é a nova cidade mais rica do mundo, e ainda tem o português como língua oficial. Como 50% do faturamento de Macau vêm dos cassinos, o golpe sofrido com a pandemia foi enorme.

Cassino é proibido na China. Por ser um território autônomo, Macau tem o privilégio de ter cassinos. Por isso, em fins de semana milhões de turistas, principalmente chineses, invadem a cidade. Por falar nisso, brasileiros e portugueses não precisam de vistos para visitar o território autônomo de Macau.

RG 15 / O Impacto