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domingo, janeiro 23, 2022

Bolsonaro insignificante: frase bombou na web, que reage à fala do presidente

O termo foi um dos assuntos mais comentados do Twitter Brasil neste domingo (23)

Nenhuma morte é insignificante. E, principalmente quando se trata de um chefe de estado, considerar isto pode pesar contra sua conduta de líder de uma nação. 

Desde a manhã até a noite deste domingo (23), o termo "BOLSONARO INSIGNIFICANTE" era um dos mais comentados no Twitter Brasil.

Motivo? No sábado (22), o presidente disse que o número de crianças mortas por covid-19 no Brasil é insignificante.

"Se você analisar, 2020, 2021, mesmo na crise do coronavírus, ninguém ouviu dizer que estava precisando de UTI infantil. Não teve. Não tivemos. Eu desconheço criança baixar no hospital. 

Algumas morreram? Sim, morreram. Lamento profundamente, tá? Mas é um número insignificante e tem que se levar em conta se ela tinha outras comorbidades também", disse Bolsonaro.

No domingo (23), os internautas associaram o adjetivo ao presidente da República, repudiando a fala infeliz do chefe do Executivo.

segunda-feira, outubro 25, 2021

Live de Bolsonaro derrubada pelo Facebook é trágica, falsa, absurda, grotesca, diz presidente do Conass

Bolsonaro fez associação sem base científica entre vacinação contra a Covid e Aids durante transmissão

Para Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a live em que Jair Bolsonaro leu uma suposta notícia que alertava que "vacinados [contra a Covid] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]" foi absurda, trágica, falsa, mentirosa e grotesca.

"Mais do que isso, ela impõe um ônus aos portadores de HIV. Mais um capítulo lamentável dessa sucessão de absurdos do presidente durante o enfrentamento da pandemia", completa Lula, que é secretário de Saúde do governo do Maranhão.

Na noite deste domingo (24), o Facebook tirou do ar o vídeo da live, originalmente transmitida na quinta-feira (21). O vídeo não está mais disponível nem no Facebook nem no Instagram.

Após a gravação divulgada por Bolsonaro, médicos e especialistas reagiram e disseram que a associação entre o imunizante contra o coronavírus e a transmissão do HIV, o vírus da Aids, é falsa e inexistente.

Jamal Suleiman, infectologista do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, destacou à Folha que as vacinas da Covid não utilizam nenhum fragmento de HIV em sua composição.

Além disso, enfatizou, são doenças com transmissões completamente diferentes. Enquanto o HIV é transmitido por meio de relações sexuais e compartilhamento de seringas, o novo coronavírus que causa a Covid se espalha por meio da respiração.

"O presidente tem uma fixação anal e precisa ir para o divã", comenta Suleiman. "Ao dizer isso, o presidente coloca em xeque o PNI [Programa Nacional de Imunização]."

Fonte: Folha

terça-feira, setembro 28, 2021

Senadores dos EUA pedem que Biden advirta Bolsonaro para 'sérias consequências' se houver ruptura democrática no Brasil

Em carta, parlamentares expressaram temores sobre as alegações 'cada vez mais perigosas' do brasileiro a respeito das eleições de 2022

WASHINGTON - Quatro influentes senadores democratas americanos alertaram o presidente Joe Biden, nesta terça-feira, para a  “deterioração da democracia brasileira” sob Jair Bolsonaro, pedindo que ele advirta o colega do Brasil para "sérias consequências" caso haja uma ruptura democrática no país antes das eleições de 2022.

“Pedimos que deixe claro que os Estados Unidos apoiam as instituições democráticas do Brasil e que qualquer ruptura antidemocrática com a ordem constitucional atual terá sérias consequências", disseram os senadores em carta ao secretário de Estado, Antony Blinken.

Os senadores expressaram temores a respeito das alegações “cada vez mais perigosas”. de Bolsonaro sobre as eleições de 2022, nas quais ele planeja se candidatar à reeleição. A carta é assinada por Dick Durbin, número dois na liderança do Partido Democrata no Senado, Bob Menendez, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Casa, Ben Cardin, da mesma comissão, e Sherod Brown, da Comissão de Agricultura e Florestas.

Bolsonaro, que era um dos principais aliados internacionais do ex-presidente Donald Trump, já disse que o Brasil poderia ver cenas semelhantes às de 6 de janeiro em Washington, quando apoiadores do republicano invadiram o Capitólio, na tentativa de evitar a certificação da vitória de Biden nas eleições presidenciais de 2020.

O presidente brasileiro também já afirmou inúmeras vezes, sem provas, que o sistema de votação é suscetível a fraudes e declarou que se recusará a admitir a derrota se perder, afirmando que “só Deus pode me tirar da Presidência”.

“Esse tipo de linguagem imprudente é perigosa para qualquer democracia, mas é especialmente imerecida em uma democracia do calibre do Brasil, que por décadas se mostrou capaz de facilitar transferências pacíficas de poder”, escreveram os senadores.

Eles também mencionaram os "ataques pessoais" de Bolsonaro a membros do Supremo Tribunal Eleitoral (STE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), destacando que eles ameaçam minar o Estado de direito.

"Nossa associação com o Brasil deve ser um baluarte contra atores antidemocráticos, de China e Rússia a Cuba e Venezuela", disseram os senadores a Blinken, instando-o a tornar o apoio à democracia brasileira "uma prioridade diplomática", incluindo "em discussões bilaterais relacionadas à participação do Brasil em organizações" como a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

Fonte: Agência France Press (AFP)

terça-feira, setembro 07, 2021

Lideranças de caminhoneiros vão à Justiça contra União, Bolsonaro e militantes governistas

A petição destaca ainda "atos de intolerância insuflando conscienciosamente a participação mediante exploração da dependência econômica de caminhoneiros empregados e hipossuficiência econômica de transportadores autônomos com propósito de exigir afastamento imediato de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) mediante uso das forças armadas".
No documento, as entidades que representam os caminhoneiros questionam os riscos de contaminação pela Covid-19 com as aglomerações e destacam os riscos das declarações públicas e manifestações nas redes sociais com "promessa inidônea de financiamento, custeio e pagamento de todos os custos e despesas a participar de uma suposta manifestação e greve de 'caminhoneiros' sem pauta jurídica".

Para os líderes dos caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro também tem responsabilidade em qualquer dano decorrente de manifestações, mobilizações e ações públicas devido a pronunciamento oficial e por meio de redes sociais.

"A responsabilidade da União, por sua vez, decorre diretamente da indicada conduta do Presidente da República dada a sua condição de representante máximo do Poder Executivo, que incorrendo assim, em evidente abuso de direito, ocasiona a responsabilização da União pelos danos materiais, econômicos, sociais e morais coletivos por ele causados, e da omissão dos demais órgãos competentes integrantes da hierarquia administrativa", diz a Ação Civil Pública.

Fonte: G1

segunda-feira, agosto 30, 2021

Bolsonaro teme ser preso por ordem de Alexandre de Moraes

Em uma rádio de Goiás, Bolsonaro relevou seu medo: ele diz que inquérito das fake news é uma forma de ‘ficar ameaçando’ com medidas de restrição quando ele deixar o governo.

No início deste mês, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atendeu a um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e incluiu o presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura as fake news como disseminação de mentiras sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro.

Bolsonaro participou de uma entrevista a uma rádio de Goiás, na manhã desta segunda-feira (30), onde acabou revelando ter receio de sair do governo e acabar indo direto pra cadeia por ordem do ministro do STF. 

O presidente afirma que o objetivo do inquérito é a aplicação de uma "sanção restritiva" para ele, futuramente, caso ele não seja reeleito. “Que inquérito é esse ai? É para aguardar o momento para me aplicar uma sanção restritiva para quem sabe quando eu deixar o governo, lá na frente”, disse Bolsonaro.

Ele ainda declarou que o inquérito é uma forma de "ficar ameaçando os outros". “Você não pode ficar ameaçando os outros. Não pode um ministro apenas ser dono do inquérito”, disse Bolsonaro à rádio goiana.

Fonte: Veja

segunda-feira, junho 28, 2021

Bolsonaro comemora morte de Lázaro: "CPF cancelado"


O presidente em uma rede social usou a expressão que um apresentador de TV bolsonarista adota para comemorar a morte de criminosos.

A captura do "serial killer", Lázaro Barbosa, estava sendo esperada por todo país. Na manhã desta segunda-feira (28), o medo causado pelo criminoso nos moradores de Goiás chegou ao fim. O criminoso estava sendo procurado há 20 dias. Ele morreu durante a operação policial.

O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para comentar a morte de Lázaro. "LÁZARO: CPF CANCELADO!", escreveu o presidente em uma rede social, utilizando a expressão que um apresentador de TV bolsonarista adota para comemorar a morte de criminosos.

Em outra postagem, o presidente parabenizou os policiais de Goiás.

"Parabéns aos heróis da PM-GO por darem fim ao terror praticado pelo marginal Lázaro, que humilhou e assassinou homens e mulheres a sangue frio. O Brasil agradece! Menos um para amedrontar as famílias de bem. Suas vítimas, sim, não tiveram uma segunda chance. Bom dia a todos!", escreveu o mandatário.



De acordo com as forças de segurança de Goiás, Lázaro entrou em confronto com policiais na cidade de Águas Lindas de Goiás (GO), no entorno de Brasília.


A captura ocorreu após a prisão do dono e de um funcionário de uma fazenda, ambos acusados de ajudar o foragido a se esconder. Espingardas foram apreendidas no local. Em uma das ocasiões em que Barbosa foi visto, afirmaram os policiais, ele carregava uma delas.

Outros bolsonaristas foram às redes sociais se manifestar sobre a morte de Lázaro.

"Missão cumprida!!! Parabéns aos meus irmãos policiais, a caveira sorriu!!!", diz post do assessor especial da Presidência Max Guilherme, ex-policial militar. "Acabou... parabéns irmãos de farda, PEGARAM O VAGABUNDO!!!! TMJ CAVEIRA", escreveu na legenda.

"Rumo ao inferno. Parabéns aos policiais que promoveram o encontro tão esperado do serial killer Lázaro Barbosa com satanás", escreveu o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que, assim como o pai, usou a expressão "CPF cancelado".

Desde o crime cometido no início deste mês em Ceilândia, cidade do Distrito Federal, Lázaro vinha fugindo ao cerco policial se escondendo em chácaras e mata do cerrado. A polícia informou que ele caminhava dentro dos rios, para dificultar a ação dos cães farejadores.

Durante a fuga, segundo a polícia, Barbosa cometeu uma série de novos crimes -baleou moradores de uma chácara, fez de reféns em outra, roubou carros e armas. Trocou tiros com um funcionário de uma fazenda e também com policiais.

Uma megaoperação foi montada com o objetivo de capturá-lo, incluindo polícias estaduais de Goiás e do DF, e as polícias Federal e Rodoviária Federal. Foram mobilizados mais de 270 agentes de segurança.

Barreiras foram montadas nas rodovias que levam a Cocalzinho, onde os policiais revistavam o interior de veículos e porta-malas, na suspeita de que o fugitivo pudesse ter coagido motoristas a transportá-lo.

As buscas também eram feitas por helicópteros e também por drones, com sensores que detectavam movimentos. No fim de semana, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás havia divulgado nota na qual afirmava que haviam sido incorporados à força-tarefa dois cachorros do Corpo de Bombeiros - que passaram a totalizar cinco, sendo que uma delas atuou nas buscas do desastre de Brumadinho.

A equipe de inteligência da PRF também foi incorporada à força-tarefa durante o fim de semana.

Durante esse período, as buscas alteraram a rotina da região, predominantemente rural. Muitos moradores fecharam suas propriedades e seguiram para outras localidades, com medo.

No dia 9 de junho, uma quarta-feira, Barbosa invadiu uma chácara em Ceilândia (DF), possivelmente para roubar, segundo apontam as investigações, e matou um casal e dois filhos.

Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Vidal, 21, e Carlos Eduardo Vidal, 15, foram assassinados no local. Os corpos estavam sob folhas para que não fossem vistos pelas buscas aéreas da polícia.

Cleonice Andrade, 43, foi levada como refém e seu corpo foi localizado três dias depois às margens de um córrego, sem roupas. De acordo com a polícia, a vítima foi executada com tiro na nuca.

Desde então, relatos apontam que ele invadiu outras propriedades no DF e em Goiás, trocou tiros com um funcionário de uma fazenda, roubou armas e veículos e obrigou um caseiro a cozinhar e fumar maconha com ele.

Além do quádruplo latrocínio (matar para roubar) em Ceilândia, é atribuída a ele uma tentativa do mesmo tipo penal em 2020, ao invadir uma chácara em Goiás para roubar e atingir um idoso com um machado.

Barbosa é natural de Barra do Mendes, município a pouco mais de 500 km de Salvador. Foi lá que registrou sua primeira passagem pela polícia -um duplo homicídio. Capturado, escapou dez dias depois.

Ele responde também por crimes de estupro, roubo à mão armada e porte ilegal de arma de fogo, acusação que o levou à cadeia em 2013 no DF. Após três anos, progrediu para o regime semiaberto e fugiu da cadeia. De acordo com informação da Secretaria de Administração Penitenciária do DF, ele não retornou ao sistema após uma saída temporária.

Em 2018, Barbosa foi preso pela polícia de Goiás, mas conseguiu escapar novamente. Desde então, vinha sendo procurado pela polícia. "Estamos lidando com um psicopata", disse o secretário de Segurança Publica de Goiás, Rodney Miranda, antes da captura. "Uma pessoa que, se puder, vai fazer refém; se puder, vai matar."

Fonte: Folhapress

segunda-feira, junho 21, 2021

Dois dias depois, Bolsonaro quebra o silêncio sobre marca de 500 mil mortos durante a pandemia e ataca a imprensa

SÃO PAULO — Dois dias após o país ter chegado a 500 mil mortes na pandemia, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou pela primeira vez sobre a marca. Ele participou de uma cerimônia de formatura da Escola de Especialistas de Aeronáutica na manhã desta segunda-feira em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Na ocasião, o presidente promoveu ataques à imprensa.

Desde sábado, quando o Brasil chegou a meio milhão de óbitos em consequência da Covid-19, o presidente não toca no assunto em suas redes sociais. No Twitter, ele fez dez publicações nos últimos três dias; nenhuma para abordar a tragédia: postou sobre operações da Polícia Federal, inauguração de obras, comentário sobre a perseguição da polícia a um criminoso em Goiás e até ironias às manifestações contra seu governo que foram realizada pelo país.

— Lamento todos os óbitos, lamento. Muito. Qualquer óbito é uma dor na família. E nós, desde o começo, o governo federal teve coragem de falar em tratamento precoce. E alguns até dizem, né? Como está sendo conduzida essa questão, parece que é melhor se consultar com jornalistas do que com médicos — declarou Bolsonaro, quando questionado se iria se pronunciar sobre as mortes.

Defendido pelo presidente, o chamado "tratamento precoce" não tem comprovação científica nem é recomendado por especialistas e autoridades sanitárias. Diversos estudos comprovaram que o uso de remédios como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina não previnem a Covid-19 e podem levar sérios riscos à saúde do paciente.

Agressão a repórter

Após a solenidade, durante a qual Bolsonaro havia tirado a máscara ao posar para fotos e cumprimentar os formandos, o presidente se irritou ao ser questionado pela imprensa sobre ter sido multado pelo governo de São Paulo pela ausência de proteção durante uma manifestação na capital paulista.

Nesse momento, Bolsonaro tirou a máscara e mandou a repórter Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo no Vale do Paraíba, "calar a boca" e se recusou a respondê-la. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que acompanhava o presidente, também retirou a proteção. Novamente perguntado sobre o assunto, por repórter da CNN Brasil, ele passou a defender o chamado "tratamento precoce" para a Covid-19, que não tem comprovação científica.

Fonte: O Globo

quinta-feira, maio 27, 2021

Bolsonaro assina medida que aumenta seu salário e de ministros em até 69%

Por: Isabela Alves

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou uma regra que autorizou que uma parcela dos servidores recebessem mais do que o teto remuneratório constitucional. Com isso, o próprio presidente e membros do primeiro escalão terão um aumento no salário.

A ação fez com que o salário do presidente e dos ministros aumentasse em até 69%, o que estourou o teto do funcionalismo. A remuneração mensal dos beneficiados pode ultrapassar R$ 66 mil.

A medida, colocada em vigor enquanto o funcionalismo está com salários congelados, deve beneficiar Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão, ministros militares e um grupo restrito de cerca de mil servidores federais que hoje têm remuneração descontada para respeitar o teto constitucional.

A medida foi publicada no dia 30 de abril na portaria da Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia e começa a valer a partir deste mês. Os pagamentos serão realizados a partir de junho.

A Constituição define que a remuneração para cargos públicos, pensões e outras vantagens não pode exceder o salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), hoje em R$ 39.293,32.

A portaria, no entanto, cria uma espécie de teto duplo, já que estabelece que o limite remuneratório incidirá separadamente para cada um dos vínculos no caso de aposentados e militares inativos que retornaram à atividade no serviço público.

Com isso, a medida significa que o teto total para essas pessoas passa a ser de R$ 78.586,64 por mês. Entre os membros da cúpula do Executivo que serão beneficiados pela mudança, Bolsonaro deve ter o maior aumento.

Hoje, ele recebe R$ 30,9 mil pela função de presidente e tem mais R$ 10,7 mil em outros benefícios, mas é feito um corte de R$ 2.300 para que o teto seja obedecido. Com a nova norma, a remuneração bruta do presidente deve passar de R$ 39,3 mil para R$ 41,6 mil, com uma alta de 6%.

Hamilton Mourão, que é general da reserva, terá um aumento de quase 64%. O valor bruto da sua remuneração mensal passa de R$ 39,3 mil para R$ 63,5 mil. 

Entre os ministros militares, o maior salto no salário fica com o chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. O governo deve deixar de fazer um desconto mensal de R$ 27 mil, levando a remuneração a R$ 66,4 mil.

Na lista, também aparece o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, com aumento de R$ 22,8 mil, totalizando R$ 62 mil por mês.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, deve passar a receber um adicional de R$ 23,8 mil, sendo que ele receberá um salário de R$ 63 mil.

Há ainda o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, com elevação de R$ 17,1 mil, indo a R$ 56,4 mil por mês.

De acordo com o Ministério da Economia, das mil pessoas que serão beneficiadas pela regra, mais de 70% são médicos e professores. O teto duplo vale para profissionais dessas áreas que acumulam funções.

O impacto fiscal da medida pode variar, mas é estimado pelo governo em aproximadamente R$ 66 milhões ao ano.

Isso significa que cada um dos mil servidores alcançados receberá em média R$ 5 mil a mais por mês. Portanto, o benefício à cúpula do governo será maior do que para o restante dos atingidos.

Fonte: Folha de São Paulo

Bolsonaro vira meme após inaugurar ponte de madeira

As redes sociais se tornaram uma excelente forma de se comunicar e, ao mesmo tempo, se tornaram uma ferramenta para críticas ao governo. 

O presidente Jair Bolsonaro visita, nesta quinta-feira (27), o município de São Gabriel da Cachoeira (AM), no Amazonas, onde, de acordo com a agenda oficial do presidente, o mesmo participa da inauguração de uma ponte de madeira de 18 metros de comprimento e 6 metros de largura, em uma estrada de terra parcialmente transitável e pouco utilizada.

A ponte sobre o igarapé Ya-Mirim, a 85 km da sede de São Gabriel, já havia sido inaugurada em 2 março, em uma cerimônia que contou com a presença de cinco generais, entre os quais o comandante militar da Amazônia, Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. O Exército realizou a obra.

Para refazer a ponte em São Gabriel da Cachoeira, foram gastos 68,65 metros quadrados de madeira, pouco mais do que o necessário para a construção de uma casa popular. O serviço foi executado por 19 militares da 21ª Companhia de Engenharia de Construção.

A ponte faz parte de um programa de recuperação de 102 km da BR-307, que liga a cidade e a comunidades da Terra Indígena Balaio. Essa é a primeira viagem a uma terra indígena desde que assumiu o cargo.

O que era pra ser uma simples visita acabou se tornando piada nas redes sociais. O único compromisso da agenda do presidente acabou virando meme na web. 

"Avisem ao presidente que estão reformando um banco de praça aqui do lado de casa. Se ele não estiver muito ocupado, poderia vir inaugura também kkkkk", disse um internauta. "Matou quinhentos mil e foi reinaugurar ponte", destacou outro, lembrando as mais de 450 milk vítimas da Covid-19 no país. 

Fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, abril 12, 2021

Consciência democrática: Bolsonaro ser um desastre pandêmico não torna Lula menos corrupto

Recentemente, um grupo de possíveis candidatos a presidente da República divulgou documento intitulado Manifesto pela Consciência Democrática, no qual se constata que —três décadas após a reunião de forças políticas em torno do movimento das Diretas-Já e da eleição de Tancredo Neves— a democracia brasileira está sob ameaça.

O diagnóstico é correto, mas merece o adendo de que a chegada ao Planalto de um populista de direita resultou da rejeição desse ciclo político que se iniciou nos anos oitenta. Não se pode confundir a democracia que vale a pena defender com o mecanismo nefasto mantido por políticos que a defendem apenas retoricamente.

No quadro de crises permanentes que caracteriza a Nova República, marcada por práticas patrimonialistas e estruturada em um presidencialismo problemático que convive com um sistema loteado por partidos desacreditados que se multiplicam ao sabor de uma legislação permissiva que os engorda com fundos bilionários em relação aos quais mal prestam contas, a Operação Lava Jato deixou à mostra a real engrenagem da nossa perversa política, de modo geral, e do Partido dos Trabalhadores (PT), em particular: a captura do Estado em esquema sistêmico e gigantesco de corrupção por meio de conúbio entre grandes empreiteiras, burocratas estatais e líderes políticos autointitulados democratas.

Bolsonaro ser um desastre pandêmico não torna Lula menos corrupto. Importa repisar isso quando começamos esse estranho abril, no dia da mentira, assistindo à amistosa entrevista concedida por Lula ao autor do “País dos Petralhas” e, nessa mesma Folha, lendo Mario Sergio Conti clamar pelo messianismo de um Lula ressurreto. 

Até Luiz Felipe Pondé, avesso à corrupção lulopetista, chegou a ponderar que, em caso de segundo turno entre Alien e o Predador, o menos traumático seria o Predador Lula, dotado de uma forma mais humana. Não há, porém, carma coletivo que nos condene novamente a tão trágico dilema eleitoral.

Catarina Rochamonte

Doutora em filosofia, autora do livro 'Um olhar liberal conservador sobre os dias atuais' e presidente do Instituto Liberal do Nordeste (ILIN).


sexta-feira, abril 02, 2021

COVID-19 'Governo federal menosprezou inimigo', ataca Zema

Na ofensiva contra governadores em meio ao recrudescimento da pandemia, Jair Bolsonaro está aumentando seu isolamento: os mais simpáticos a ele também estão se afastando.

Em uma reunião fechada com representantes do setor produtivo de Minas esta semana, Romeu Zema partiu para o ataque. Disse que o governo federal "brincou com fogo" e quem está "pagando o preço" são os brasileiros.

Disse Zema:

— Só estamos vivendo toda essa situação porque, ano passado, o governo federal menosprezou um inimigo que ninguém conhecia. (...) Hoje, 220 milhões de brasileiros estão pagando uma conta altíssima devido a essa falta de coordenação central, essa falta de visão do governo federal.

O mineiro é um dos poucos governadores que vinham mantendo boas relações com Bolsonaro. Zema, por exemplo, não assinou parte das cartas mais duras dos chefes de Executivo estaduais contra Bolsonaro.

A retomada dos ataques do presidente aos governadores, no entanto, está incomodando Zema e outros mais alinhados a ele, como Ronaldo Caiado.

Fonte: O Globo

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Comentário do blog: Certamente, para os que continuam apoiando o presidente, mais que virou comunista. É só isso que sabem dizer, por falta de argumentos.



quinta-feira, março 11, 2021

Bolsonaro reclama de toque de recolher no DF e diz que Doria faz 'destruição' de empregos


'Daqui a pouco a gente vai ter meia hora para sair na rua', disse o presidente, que também criticou suspensão de jogos de futebol

BRASÍLIA — Em mais um discurso contra medidas de distanciamento social, tomadas para diminuir o contágio do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro criticou o toque de recolher em vigor no Distrito Federal, comparando-o a um "estado de sítio", e afirmou que o governador de São Paulo realiza "destruição" de empregos.

As medidas para diminuir a circulação de pessoas estão sendo tomadas na maioria dos estados para frear a pandemia de Covid-19, porque o país bate recordes sucessivos de óbitos causados pela doença.



Bolsonaro afirmou que o país está há praticamente um ano em um "lockdown" — o termo, no entanto, refere-se a medidas muito mais restritivas, que não foram implementadas no Brasil em nenhum momento. O presidente reclamou também da suspensão de jogos de futebol. Nesta quinta-feira, o Campeonato Paulista foi interrompido por 15 dias.

— Agora, ficamos praticamente um ano em lockdown. E começamos esse ano, como estamos vendo em alguns estados do Brasil, novas medidas seriamente restritivas. Até para cancelar o futebol — disse Bolsonaro, durante reunião virtual da frente parlamentar da Micro e Pequena Empresa.

Em seguida, criticou o toque de recolher que está sendo feito no DF desde, que proíbe a circulação de pessoas entre 22h entre 5h, e disse que uma medida como essa só poderia ser tomada em um estado de sítio. A decretação do estado de sítio depende de uma solicitação do presidente e da aprovação do Congresso.

— Até quando nós vamos resistir a isso daí? Aqui no DF, toma-se medida, por decreto, de estado de sítio. De 22h às 6h (5h), ninguém pode andar. Só eu poderia tomar uma medida dessas, e assim mesmo, ouvindo o Congresso Nacional. Então, na verdade, uma medida extrema dessa só o presidente da República e o Congresso Nacional poderiam tomá-la. E nós vamos deixando isso acontecer?

Bolsonaro vê o risco do toque de recolher ser cada vez mais ampliado até que as pessoas só tenham "meia-hora para sair na rua":

— Quando eu vejo essa medida adotada em Brasília, eu lembro de uma história semelhante. Aumentou-se em 1.000% o preço da banana. Aí o cara fala: “Não tenho nada a ver com isso. Não gosto de bananas”. Amanhã outras coisas aumentam. Hoje, é de 22h às 5h. Daqui a pouco ele bota de 20h às 6h. Depois bota, de 18h às 8h. Daqui a pouco a gente vai ter meia-hora para sair na rua. E nós continuamos ficando quietos. (O Globo)

segunda-feira, março 08, 2021

Se não está bom com Bolsonaro, e não está pode piorar com Lula

A decisão do minstro Luiz Edson Fachin, do STF, da qual ainda cabe decisão pela PGR, que restabeleceu os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pegou todos de surpresa, tanto lulistas, quanto bolsonaristas, e mesmo os que ficam no meio do fogo cruzado entre os fanáticos da esquerda e os fanáticos da direita.

Para quem acompanha o trabalho desse ministro de forma desapaixonada, trata-se de um homem sério, contra o qual há discordâncias de parte de quem se achou prejudicado por alguma de suas decisões, mas, para por aí.

Essa decisão muda de forma radical a disputa pela cadeira de presidente da República Federativa do Brasil, ano que bem, porque Lula não é Hadad. É peso pesado na política.

Lula já provou, fartamente, que se derem câmera e microfone ele sabem muito bem o que fazer, pois, costuma encantar muitas plateias dizendo o que muita gente quer ouvir.

Seu exército de admiradores ainda é muito grande, constituído de um povo que não medirá esforços para ver seu líder voltar a comandar o país.

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro parte para a agressão, Lula, usando a linguagem do futebol, bate colocado, procurando acertar o alvo, que são os seus reais adversários, como é o presidente.

O ex-presidente, se vier mesmo a ser candidato, terá muitos problemas a resolver. Um deles é Ciro Gomes, que já foi seu aliado, mas, atualmente afirma que se o manda chuva do PT for presidente, o ex-governador do Ceará também o será, apenas com o objetivo de tirá-lo do segundo turno da eleição presidencial.

Além dessa pedra no sapato, a roubalheira comandada pelo Partido dos Trabalhadores, com o apoio de siglas como MDB e PT, os maiores parceiros do PT no maior assalto já perpetrado aos cofres públicos no Brasil, ainda está recente. E apesar de se afirma que brasileiro tem memória curta, ainda vai demorar muito para esse fato cair no esquecimento.

Eu não gosto do modo como o presidente Jair Bolsonaro se comporta. Como diria Romário, calado ele é um poeta. Talvez seja melhor assim, pois, como ele tem pavio muito curto, a gente fica sabendo quem ele é de fato.

Repito que embora o presidente tenha saído muito pior do que encomenda, há pontos positivos que continuam pesando a seu favor, como a diminuição da roubalheira do dinheiro público. Isso não é pouco. Num país onde o dinheiro da Educação e da Saúde enriqueceu centenas da ladrões de colarinho branco, respaldados por votos populares, é alentador saber que essa sangria, se não parou, ao menos diminuiu muito.

O atual mandatário do país é do tipo que, se não tem problema, ele cria um. Seu negacionismo da covid-19 poderá lhe custar caro na eleição. O desleixo com que ele tem cuidado da pandemia o tornou um dos governantes mais criticados do mundo. E os números estão aí para comprovar.

As quase 270 mil mortes por covid, no Brasil, que ainda vão aumentar bastante, serão um fardo pesado para ele carregar na campanha, por causa da sua absoluta falta de habilidade para se comportar como um verdadeiro líder, alguém que conduza uma crise monumental como a que passamos, com equilíbrio. 

Se na eleição de 2022, Lula e Bolsonaro estiverem frente a frente, certamente essa será a polarização. Eu não votaria, jamais, em nenhum dos dois. Todavia, olho para um lado, olho para outro e não vejo opções convincente.

Isso se deve ao vácuo que acontece na política brasileira, que não tem revelado novas lideranças. Então, temos que nos contentar com isso que está colocado aí no tabuleiro, porque não se fabricam novos líderes como se fossem artigos de produção em massa.

Estamos pobres, muito pobres de opções. E a velha política que Bolsonaro prometeu acabar, continua firme e forte, porque não se muda um sistema político arraigado com todos os seus vícios, por toque de mágica, e quem não se rende a ele, é tragado e dura pouco. Que o diga Fernando Collor de Melo.

Por fim, lembro que a decisão de hoje acertou o coração de duas pessoas: o do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, a quem cabe dizer que, além da queda, o coice, pois ele quase virou vilão, e o presidente Jair Bolsonaro, que ganha um opositor de peso, caso o pleno do STF não reforme essa decisão monocrática do ministro Edson Fachin, uma vez que a PGR vai recorrer, pois, Aras reza na cartilha de Bolsonaro.

Quanto a Moro, para que não me entendam mal, na minha modesta avaliação, acho que ele acertou mais do que errou. Ele levantou o pano que cobria uma roubalheira que vinha de muitos e muitos anos, mas, que o PT aprimorou, quase esgotando os cofres do país.

É tudo que nos resta nessa festa.

Jota Parente