Diário, meu Diarinho, que tristeza...
É que ontem eu levei uma surra do Lula. Daquelas com fio de ferro de passar roupa.
É que eu fui olhar a audiência da minha live no Youtube e só tinha 167 mil views. Pô, o que aconteceu com o meu público? Morreu todo mundo?
Já a conversa do Lula com o Reinaldo Azevedo, que foi no mesmo horário, tava com mais de um milhão e quatrocentos mil views. Eu sou ruim de conta de cabeça, mas acho que isso aí dá mais que o dobro.
E eu tenho que confessar que eu fui um dos que viu. Só para ver o que o Nove Dedos falava.
Ele veio com aquela bobagem de que o Brasil tem que crescer, com aquela palhaçada de que se o pobre tiver dignidade todo mundo sai ganhando, essas coisas de esquerdalha.
Disse também que, mesmo sem dinheiro, se você tiver credibilidade e previsibilidade você consegue tocar o país o frente. Pô, e tem alguém com mais credibilidade e previsibilidade do que eu? Tem? Me responde, Diário! Tem? Me responde!
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Foi mal, Diário, eu não devia ter jogado você no chão. Mas odeio quem não responde o que eu quero.
Bom, voltando à vaca fria, o Reinaldo Azevedo, que inventou o termo “petralha”, parecia apaixonado pelo Nove Dedos. Um verdadeiro lulático! Até imitou o cara. E o Lula chamou ele de “companheiro”.
Pô, por que os calhordas da imprensa não me tratam bem assim? Por quê? Olha, Diário, se eu pudesse, eu pegava todos os jornalistas e...
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Desculpa te amassar, Diário. É que o Lula me deixa meio desacorçoado...
Sabe que ele até me mandou um recado? Falou assim: “Deixe de ser ignorante, presidente. Pare de brigar com a ciência, pare de tentar falar com os seus milicianos. Fale para 210 milhões de pessoas”.
Ignorante? Eu sou ignorante? Já li muita coisa, pô! Pode perguntar qual o nome do cachorro do Sargento Tainha que eu respondo na hora. Pode perguntar qual o nome dos amigos do Recruta Zero que eu sei todos de cor!
Olha, Diário, o cara ainda jogou pra turma da direita, prometendo transformar várias estatais em empresas de capital misto e disse que, se o mercado tivesse juízo, iria até Aparecida do Norte para fazer promessa para ele voltar.
Desse jeito, em 2022, o Estadão, em vez de fazer um editorial que nem aquele “Uma escolha difícil”, vai fazer um com o título “Uma escolha muito fácil”.
Talkei? Não, não tá, não!
Carta Capital