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quinta-feira, abril 15, 2021

Pastor da Assembleia de Deus diz que ora pela morte de Paulo Gustavo

O religioso causou revolta em fiéis e nos fãs do ator

O pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus, publicou em seu perfil no Instagram que ora pela morte de Paulo Gustavo, que está internado em estado grave com covid-19. O religioso, que é de Alagoas, causou revolta em fiéis e nos fãs do ator.

O pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus, publicou em seu perfil no Instagram que ora pela morte de Paulo Gustavo, que está internado em estado grave com covid-19. O religioso, que é de Alagoas, causou revolta em fiéis e nos fãs do ator.


“Esse é o ator Paulo Gustavo, que alguns estão pedindo oração e reza. E você, vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”, escreveu o religioso na legenda de uma foto do ator dentro de uma igreja.

Nos comentários da publicação, os seguidores reclamaram da postura do pastor. “Que Deus salve a vida do ator Paulo Gustavo”, escreveu um. “Meu Deus, pastor. Se você reconhecesse a bíblia, não estaria falando isso”, comentou outro. "O amor de Deus é incondicional. Eu oro para que a saúde dele seja restaurada", disse uma terceira.

Mesmo com as orações do pastor, o quadro de Paulo Gustavo apresentou melhora nesta quinta-feira (15), apesar de ainda ser grave. A evolução tem deixado os médicos otimistas.

Fonte: Correio 24 Horas

quinta-feira, abril 08, 2021

O papa que decretou 'lockdown' em Roma para salvar população de peste no século 17

O papa Alexandre 7º decretou medidas sanitárias que,
para pesquisadores, contribuíram para que a letalidade
de uma peste no século 17 fosse muito menor
  Ele era intelectual, fã de arquitetura e   arte, doutor em filosofia, teologia e   direito. Quando o italiano Fabio Chigi   (1599-1667) se tornou o papa Alexandre   7º, (foto) nem em seus piores pesadelos   poderia vislumbrar que teria de enfrentar   uma epidemia de peste.

A resposta dele, no entanto, foi contundente.

Embora a ciência só tenha descoberto o bacilo causador da peste em 1894 — graças ao bacteriologista Alexandre Yersin (1863-1943) —, o papa decretou medidas sanitárias que, para pesquisadores, contribuíram para que a letalidade da doença fosse muito menor na população romana do que em outros lugares afetados pela mesma doença.

De acordo com levantamento realizado pelo historiador italiano Luca Topi, professor da Universidade de Roma La Sapienza, entre 1656 e 1657 a peste matou 55% da população da Sardenha, metade da população de Nápoles e 60% dos que habitavam Gênova.

Em Roma, contudo, foram 9,5 mil mortos em um universo de 120 mil pessoas — menos de 8%. Essas conclusões foram publicadas em uma revista científica italiana em 2017.

Calcula-se que a peste tenha dizimado cerca de metade da população europeia, em diversas ondas. Fazia um ano que Alexandre VII havia sido eleito papa quando começaram a chegar relatos de mortes pela doença no então reino de Nápoles.

Alexandre 7º não era somente o líder do catolicismo. Se hoje o papa é soberano de um estado diminuto encravado em Roma, o Vaticano, na época comandava os chamados Estados Pontifícios que compreendiam Roma e boa parte dos arredores — praticamente todo o centro da Itália atual.

A fascinante história a seguir mostra como medidas que geram controvérsia no Brasil da pandemia de covid-19, como proibição de circulação de pessoas, fechamento de fronteiras e de templos, rastreamento de casos, auxílio emergencial, debates sobre jejuns religiosos e outras, foram aplicadas há mais de 400 anos — e tiveram bons resultados.

Quais foram as medidas do papa?

Nos domínios papais, esse surto ocorreu de maio de 1656 a agosto de 1657.

Assim que as primeiras notícias da peste chegaram a Roma, Alexandre 7º colocou em alerta a então Congregação da Saúde, que havia sido criada em um surto anterior.

As medidas de contenção foram implementadas gradualmente, conforme a situação se tornava mais perigosa.

Em 20 de maio, foi promulgado um decreto que suspendia toda atividade comercial com o reino de Nápoles — já fortemente afetado. Na semana seguinte, o bloqueio se estendeu: ficava proibido também o acesso a Roma de qualquer viajante vindo de lá.

No dia 29, a cidade de Civitavecchia, dentro dos domínios dos Estados Pontifícios, registrou a chegada da peste e foi imediatamente colocada em quarentena.

"Nos dias e meses seguintes, muitas outras localidades dos Estados Papais foram colocadas em isolamento", detalha o historiador Topi, em seu artigo. Em Roma, a decisão foi radical: quase todos os portões que então davam acesso à cidade foram fechados. Apenas oito permaneceram abertos, mas eles eram protegidos 24 horas por dia por soldados, supervisionados por "um nobre e um cardeal".

A partir de então, qualquer entrada tinha de ser justificada e registrada.

Em 15 de junho, Roma teve o primeiro caso: um soldado napolitano que morreu em um hospital. As normas passaram a endurecer cada vez mais. Em 20 de junho, uma lei passou a obrigar que todo aquele que soubesse de um doente informasse autoridades.

Na sequência, um novo dispositivo papal passou a obrigar que todo pároco e seus ajudantes visitassem, a cada três dias, todas as casas de suas circunscrições para identificar e registrar os doentes.

Era a maneira, na época, de rastrear os infectados.

Aí veio a notícia de mais uma morte, um pescador que estava hospedado na região de Trastevere. "Toda a família que teve contato com essa vítima também se infectou e muitos foram a óbito", conta Raylson Araujo, membro do Núcleo de Diálogo Católico-Pentecostal e estudante de teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), que também pesquisou o assunto.

A primeira ideia foi tentar isolar a região. Na noite do dia 22 para o dia 23 de junho, sob as ordens de três cardeais, trabalhadores ergueram um muro de contenção após nove horas de trabalho.

"O papa era também a autoridade civil. Conforme a doença começou a se espalhar, ele passou a implementar medidas de isolamento. Depois que proibiu o comércio com Nápoles, passou a decretar outros meios de distanciamento social: foi proibindo encontros, procissões, todo o devocional mais popular", pontua Araujo.

O endurecimento das regras foi gradual até o lockdown completo.

"Conforme o tempo foi passando, ele [o papa] foi adotando novas proibições. Congregações [da Igreja] foram suspensas, todas as visitas diplomáticas também, encontros religiosos e reuniões públicas… Estradas foram vigiadas", enumera Araujo. "Todas as aglomerações civis acabaram suspensas."

"Foram banidas várias atividades econômicas e sociais. Festas e cerimônias públicas, civis e religiosas foram canceladas", diz o seminarista Gustavo Catania, filósofo pelo Mosteiro de São Bento de São Paulo. "Mercados foram suspensos e algumas pessoas que moravam na rua foram retiradas, porque podiam ser causas de contágio. A travessia noturna do Rio Tibre foi proibida."

"Com quase toda a cidade fechada, os cultos inevitavelmente se transformaram em privados. Quase todos tinham alguém da família com a doença", completa Catania.

O papa também determinou que naquele período ninguém deveria fazer jejum, numa tentativa de que as pessoas não se privassem de alimentos e, assim, se mantivessem mais saudáveis para o caso de serem infectadas.

Todos aqueles que tinham pelo menos um contaminado na família eram proibidos de sair de casa. Para garantir a assistência, Alexandre 7º separou os padres e os médicos em dois grupos — aqueles que teriam contato com os doentes e os que não teriam, encarregando-se de zelar pelo restante da população.

"Havia uma preocupação que os padres não se transformassem em vetores da doença", diz Arau

Obras de Papa Alexandre 7º marcam o Vaticano até
hoje, como o conjunto de colunas da Praça São Pedro,
do escultor e arquiteto Gian Lorenzo Bernini
o.

  "Os médicos foram proibidos [por lei] de   fugir de Roma", atenta Catania, lembrando   que muitos tinham receio de se   contaminarem com a peste. Como os   doentes eram isolados, foi montada uma   rede de apoio assistencialista. "Houve a previsão de ajuda financeira às famílias que não podiam sair de casa e algumas pessoas recebiam comida pela janela", diz o seminarista.

Nos meses de outubro e novembro, quando a incidência da doença foi maior, chegou-se a prever pena de morte para quem descumprisse as regras.

Negacionistas e fake news

Mas nem todos acreditavam na gravidade da situação.

Havia quem desdenhasse e até as hoje chamadas fake news foram espalhadas. "O papa chegou a ser acusado de ter inventado a doença em benefício próprio, para ganhar popularidade", conta a vaticanista Mirticeli Medeiros, pesquisadora de história do catolicismo na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

"[Muitos] não queriam que o pontífice adotasse tais medidas [de restrição] para não alarmar a população", complementa. "Até seus colaboradores mais próximos o aconselharam a não fazê-lo. Temiam que, a partir do momento em que ele levasse a público a gravidade da situação, por meio de decretos e divulgação, a economia passasse a sentir os efeitos desse tipo de postura. No entanto, ele [o papa] foi firme e seguiu com sua política sanitária."

Talvez Alexandre 7º possa ser considerado uma espécie de padroeiro do lockdown.

Araújo compara o acontecido no século 17 com o "movimento de hoje, com a resistência das pessoas" a aceitarem a gravidade da pandemia de covid-19. "[Na época,] primeiro os comerciantes quiseram aconselhar o papa para que ele não adotasse as medidas, pois [o fechamento] iria prejudicar o comércio, a colheita", comenta o pesquisador. "Parte do povo foi murmurar contra as decisões do papa."

"Grupos procuraram o papa, aconselhando-o para não decretar medidas de isolamento. Queriam que ele acobertasse, maquiasse um pouco a doença para que o pânico não se espalhasse e o comércio não fosse fechado", prossegue.

Há relatos de que um médico teria divulgado fake news acerca das reais motivações do lockdown. "Ele espalhou que essas decisões do papa escondiam interesses políticos", diz o historiador Victor Missiato, professor do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília, membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Psicossociais sobre o Desenvolvimento Humano da Universidade Presbiteriana Mackenzie (Brasília) e pesquisador na Universidade Estadual Paulista (Unesp).

"Foi acusado de calúnia e acabou condenado a trabalhar em um hospital voltado para a cura da peste."

Outro caso emblemático foi o do religioso Gregorio Barbarigo (1625-1697). Quando foi eleito, o papa Alexandre VII nomeou-o prelado da Casa Pontifícia, conselheiro e, em seguida, referendário do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica. Isso tudo em 1655, mesmo ano em que Barbarigo havia se tornado sacerdote.

Mas o conselheiro acabou sendo uma voz contrária ao lockdown de Alexandre 7º. "Ele questionava as medidas, dizia que elas provocavam mais mortes do que a peste, porque causavam mortes pela fome e pelo medo. Mesmo próximo ao papa, ele tinha um olhar crítico", frisa Araujo.

Alexandre 7º não parece ter guardado rancor. Tanto que, anos mais tarde, em consistório de abril de 1660, fez de Barbarigo cardeal.

Vitória contra a doença

Quando esse surto foi vencido em agosto de 1657, a celebração foi à altura.

Alexandre 7º demonstrou o renascimento da Igreja com monumentos que marcam o Vaticano até hoje, como o conjunto de colunas da Praça de São Pedro, obra do escultor e arquiteto Gian Lorenzo Bernini (1598-1660).

"Era muito comum, nesse período, que os papas tornassem visíveis a sua soberania e o seu poder. Os grandes monumentos de Roma, nesse período, foram construídos a partir dessa motivação", contextualiza Medeiros.

"É o caso das Quattro Fontane da Piazza Navona, Fontana di Trevi, entre outros."

A embaixada brasileira em Roma fica em frente às esculturas da famosa Piazza Navona.

"Alessandro 7º era apaixonado pela arte, amigo de Bernini. O início de seu pontificado foi marcado, justamente, pela peste", explica.

"A forma que ele encontrou, de certa forma, de apagar aquele período sombrio, foi investindo em obras colossais. As colunatas que ele mandou construir representam os braços abertos da Igreja. A catedral do apóstolo Pedro foi restaurada, o símbolo do poder temporal, não só espiritual."

Outros casos

Não foi este o único momento histórico em que a Igreja, no passado, fechou suas portas por conta de surtos e epidemias. Mas, como destaca Medeiros, foi o único de forma oficial "e contando com uma estrutura de Estado para tal".

"Ocorreram [em outros momentos] casos isolados em algumas dioceses da Itália, sobretudo no século 19 durante a epidemia de cólera", lembra ela. "Nesses lugares, adotaram-se medidas restritivas semelhantes."

Por outro lado, Medeiros lembra que no surto de peste do século 14, ocorreu "totalmente o contrário".

"O papa Clemente 6º, isolado no palácio pontifício de Avignon, na França, não parecia muito preocupado com o que ocorria fora dos muros da sua casa", aponta a vaticanista. "Como na mentalidade do homem da época a doença nada mais era do que um castigo divino, procissões e outras formas de aglomeração aconteciam, na tentativa, segundo a mentalidade religiosa da época, de extirpar aquele mal."

"Mas já nessa época, assim como na época de Alexandre 7º, existiam os dormitórios para isolar os infectados. Esses 'lazarettos', como eram chamados, estavam sob a responsabilidade dos [religiosos] franciscanos", contextualiza. "Os viajantes, seguindo as normas sanitárias de alguns lugares, deveriam evitar o convívio com outras pessoas por 40 dias — daí que surge o termo quarentena."

No século anterior, a região de Milão foi fortemente acometida pela peste. O cardeal arcebispo de lá, Carlo Borromeo (1538-1584), também estabeleceu medidas sanitárias rígidas em sua circunscrição.

"Ele fez a proposta de uma quarentena geral, que foi adotada [pela região]", diz Araujo. "Foi publicado um decreto que determinava que as pessoas se mantivessem em casa até que a situação fosse controlada. Só podiam sair os que estavam cuidando espiritual e materialmente da população."

O pesquisador conta que até as missas foram realizadas em um formato "à distância", conforme as possibilidades da época. "Um padre ia para a esquina e celebrava na rua. Os fiéis assistiam de suas janelas, de dentro de casa", explica ele.

Fé e ciência

Ao analisar esses episódios do passado — muitas vezes semelhantes ao vivenciados hoje — dois pontos precisam ser levados em conta.

Este era um mundo em que a ciência ainda não era valorizada como hoje. E no qual religião e política estavam intrinsecamente mesclados.

"No século 17, absolutismo era muito forte na Europa e estava ligado ao poder da Igreja. Poder político e poder religioso, naquela época, ainda estavam muito misturados", explica Missiato.

"Naquele período, a Revolução Científica ainda não havia sido difundida nas diversas sociedades do mundo europeu. A crença no divino enquanto ente definidor da paz e do caos ainda era vista como o caminho para a salvação."

Por isso, o lockdown imposto por Alexandre 7º se torna ainda mais interessante.

"[O ocorrido] mostra um alinhamento entre fé e ciência", diz Araujo. "Uma fé que tem os pés no chão. Com base no que Roma já havia sofrido com a peste em outros momentos, [a experiência faz com que] eles passam a saber que essas medidas são importantes. Existem pastores sensíveis."

Fonte: BBC Brasil

domingo, janeiro 03, 2021

Filha do apóstolo Valdemiro Santiago torrou mais de R$ 300 mil no Ano Novo

viagem de Raquel contrasta com a crise financeira que a igreja de sua família vem passando.

Raquel Santiago, filha do pastor Valdemiro Santiago, ostentou na viagem de fim de ano com a família. A pastora está nas Ilhas Maldivas com os três filhos, três babás e dois amigos, desfrutando do local paradisíaco, um dos principais destinos dos famosos.

Segundo o portal Metrópoles, todos viajaram de primeira classe e estão hospedados no principal resort do local. De acordo com as contas, o mimo de fim de ano não custou menos de R$ 300 mil para a pastora, que retorna para o Brasil no dia 6 de janeiro.

A viagem de Raquel contrasta com a crise financeira que a igreja de sua família vem passando. O rombo nos cofres da Igreja Mundial do Poder de Deus já ultrapassam R$ 800 milhões, o que tem deixado Valdemiro desesperado a pedir contribuições aos fiéis.

Fonte: Metrópoles

segunda-feira, novembro 02, 2020

Comentários do Papa sobre união civil gay ‘foram tirados do contexto’

Frase em que Francisco dizia ‘é uma incongruência falar de casamento homossexual’ foi cortada

O Vaticano diz que os comentários do papa Francisco sobre as leis da união civil em um documentário, revelados no mês passado, foram tirados do contexto e não sinalizaram uma mudança na doutrina da Igreja sobre os homossexuais ou o apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O documentário "Francisco", que estreou no festival de cinema de Roma em 21 de outubro, ganhou as manchetes por um comentário no qual o papa afirma que os homossexuais têm o direito de pertencer a uma família e que as leis da união civil que abrangem os homossexuais são necessárias.

Os comentários do papa geraram elogios dos liberais e pedidos de esclarecimento urgente dos conservadores. Mas o Vaticano afirma que ele se referia à união civil, não ao casamento ou constituição de família.

Na semana passada, a Secretaria de Estado do Vaticano, discretamente, enviou uma "nota explicativa" aos seus embaixadores, que a enviaram aos bispos.

O Vaticano diz que duas citações separadas em resposta a perguntas distintas foram unidas para aparecer como uma, excluindo o contexto intermediário entre as perguntas.

O diretor do documentário, o russo Evgeny Afineevsky, cidadão americano, disse a repórteres que entrevistou o papa, mas os jornalistas mais tarde encontraram a filmagem relativas a uma entrevista de 2019 à mexicana Televisa.

Após a estreia do documentário, Afineevsky recusou-se a discutir o processo de edição. Não foi possível contatá-lo imediatamente para comentar a nota do Vaticano.

União civil

A nota dizia que na primeira citação, o papa se referia ao direito dos homossexuais de serem aceitos por suas próprias famílias como filhos e irmãos. Alguns viram os comentários como homossexuais tendo o direito de formar famílias.

A nota afirma que o documentário corta falas em que o papa expressa oposição ao casamento homossexual e deixa claro que está se referindo às leis da união civil, que alguns países promulgaram para regulamentar benefícios como saúde.

Uma frase em que Francisco dizia “é uma incongruência falar de casamento homossexual” foi cortada.

“É claro que o Papa Francisco estava se referindo a certas disposições do Estado e certamente não à doutrina da Igreja, que ele reafirmou inúmeras vezes ao longo dos anos”, disse a nota.

O Papa apareceu disse no filme que “as pessoas homossexuais têm o direito de ter uma família. Eles são filhos de Deus. Ninguém deve ser expulso por isso”.

“O que precisamos é uma lei da união civil; dessa forma, eles estão legalmente cobertos”, disse o papa.

Fonte: Daily Mail

terça-feira, agosto 25, 2020

Padre deseja a morte de fiéis que não vão à igreja por conta da pandemia

 Reprodução / Facebook

Um padre desejou a morte de fiéis que não estão frequentando a igreja em razão da pandemia do novo coronavírus. Antônio Firmino Lopes Lana, da Paróquia de São João Batista, no município mineiro Visconde do Rio Branco, afirmou que aqueles que não integram o grupo de risco e mesmo assim optaram por ficar em casa não possuem fé.

"Aí a gente vai vendo quem realmente ama a eucaristia... Porque tem alguns católicos, engraçado, que têm saúde, têm tudo e dizem: 'Eu só vou na Igreja quando tiver a vacina'. Tomara que não apareça vacina para essas pessoas. Ou que morram antes de a vacina chegar, não é?", disse o padre.

A declaração ocorreu durante a celebração de uma missa no último domingo (23). A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo perfil da paróquia no Facebook. A fala do padre repercutiu nas redes sociais.

Em vídeo que circulou no Twitter, o padre ainda afirmou que os fiéis que não têm problema algum e não são do grupo de risco usam a pandemia como uma desculpa. "Porque tem pessoas que não têm problema nenhum, que não estão no grupo de risco. Mas isso significa que não têm fé nenhuma, essas pessoas", disse.

Após o episódio, dezenas de comentários na página da paróquia repudiaram as declarações do padre.

"Não irei sair da minha casa pra ir ouvir uma barbaridade dessas. Ao invés de prosperar, evangelizar, pregar a palavra fica desejando morte das pessoas que ele nem sabe o motivo de não ir [...] mas se ele me deseja isso eu desejo o bem pra ele e ele foi infeliz nesse comentário espero que ele reconheça e estude mais sobre a palavra de Deus porque tem muito a aprender. A gente só pode ensinar quando sabe", escreveu uma usuária.

Outro internauta foi sarcástico:

"Então eu vou morrer. Sou católico e por fobia não estou saindo da minha casa, medo de pegar essa doença e passar para os idosos ou familiares da minha casa ( faço somente mandatos no meu bairro para familiares idosos). Não há importância padre!".

O padre se posicionou por meio de vídeo publicado nesta terça (25) na página da paróquia no Facebook. O pároco pediu desculpas pelo "comentário infeliz" e afirmou que aqueles que o conhecem sabem que ele defende a vida. Disse ainda que também é "fraco" e "pecador" e que as pessoas vão reconhecer seu erro e perdoá-lo.

Fonte: Revista Época

segunda-feira, agosto 24, 2020

"É de outra Igreja que precisamos"

"A expressão ‘morreu mais um’ é horrível. Precisamos combater essa banalização à vida”, ressalta padre Manuel Joaquim 

Pe Manuel Joaquim R. dos Santos (presbítero de Londrina PR)

O caso envolvendo irregularidades com o padre Robson do Santuário do Pai Eterno em Goiânia, nos leva a necessárias e sérias reflexões.  Há anos atrás eu escrevi um artigo mordaz, discorrendo sobre o que chamava genericamente de “padres cantores”. Outros preferem o termo influencer, mas dá no mesmo.

Nos anos noventa, uma estratégia clara da Igreja católica, foi o enfrentamento das Igrejas pentecostais visando concretamente a evasão dos católicos com esse destino. Foi o momento da explosão das mídias católicas – Canção Nova, Século XXI, Rede Vida etc. Todas obedecendo à mesma linha influente da RCC, em tese, a que melhor proporcionaria uma comunicação perfeita a esse objetivo primeiro.

Numa linguagem do chamado catolicismo explícito, ou comunicação explicitamente religiosa, esses Meios entravam na casa dos brasileiros, cumprindo um papel, que segundo se dizia, não era mais atingido pelas paróquias e antigas estruturas. Com isso, os lares católicos brasileiros passaram a ter um canal “católico” em suas casas, dando catequese, ditando a moral, formando opinião e em alguns casos, em rota de colisão com a Igreja ou com vários párocos.

Mas o pior! Geralmente esses programas criaram locais específicos de grandes peregrinações, que se transformaram numa espécie de super paróquia. Católicos geralmente quase nada envolvidos em atividades eclesiais e descompromissados com a Comunidade de origem, faziam peregrinações sistemáticas e mobilizavam outros, até esses points da fé!

Por sua vez, padres midiáticos cada vez mais aperfeiçoados no metier, recorrendo a modelos nada convencionais (cowboy – country, show man etc.), abusando de batinas e clergyman, iam se impondo no imaginário popular como super heróis do catolicismo moderno a atual. Paradoxalmente, mal sabiam os idosos e espectadores, que de moderno e atual essa gente não tem quase nada.

O conteúdo desses shows da fé, abusando de devocionismos e sacramentários (no pior sentido do termo), arrasavam com a caminhada histórica da Igreja brasileira e resgatavam modos populares, em nada condizentes com uma boa e necessária evangelização.

Que a devoção seja positiva e uma boa plataforma para voos mais altos em termos de compromisso com o Reino de Deus, é pacífico e defendido em inúmeros documentos do Magistério. Porém, o devocionismo provocado e alimentado por esses Meios de Comunicação Católicos empoderando padres recém ordenados, não é adequado ao objetivo que a Igreja Católica tem se proposto em seus Planos de Evangelização dos últimos anos.

Concomitantemente, este modelo envolve altos recursos financeiros. Uma família católica média pode receber em sua casa de dois a três boletos mensais, com solicitação de ajuda. Como aparentemente o objetivo é sacro, a generosidade do povo nunca falha. Além do dízimo, se é que em muitos casos não é substituído!

São milhões. Bilhões, na verdade. Construção de Santuários faraónicos, redes de Tvs, Rádios etc. etc. Dinheiro exige administração e transparência. Um caso de escândalo envolvendo essas doações derrubam imediatamente todo o plano. 

O caso do padre Robson está sob investigação. Mas ao que parece, houve alto desvio para bens particulares. Em Goiânia um caso destes, já não é inédito!

Será o começo do fim de um modelo que até hoje não podemos avaliar em termos de vantagens para a evangelização? Sabemos que a tipicidade destes evangelizadores da Mídia, associados a Santuários, é tipicamente do continente americano. A peregrinação enquanto tal é inerente ao ser humano. Ele caminha como o grande paradigma da sua própria existência. Caminha por caminhar. É caminhando que se faz o caminho.

Na idade média se caminhava também por penitência. No entanto, os Santuários de hoje envolvem mais do que isso. Para pior.  São “centros de bênçãos” e locais de gastança de dinheiro. São erigidos a santos, anjos e arcanjos. Desenvolveu-se uma teologia medíocre e barata desses personagens do mundo da fé. 

Alguns são apenas programas de turismo religioso barato. Afinal, os pobres também têm o direito de ir em algum lugar, já que não o podem fazer a Roma ou Jerusalém! Isso é descer vários degraus no que a Igreja pós conciliar e o mundo atual preconizam e precisam. Multidões em algum lugar, escutando sermões, teológica e eclesialmente suspeitos, é tudo de que nós não precisamos no momento.

Eu estava na maternidade onde nasceu a Rede Vida. Em Brasília, com os cardeais da época, discutindo a possibilidade de a CNBB assumir para si “uma Tv Católica”. Pela história, sabemos da recusa dos bispos a esta possibilidade. Mas Monteiro a ofereceu. Posto isso, ela se transformou numa “TV Católica” sem a CNBB! Creio que foi uma atitude sensata dos bispos e cardeais. Ter uma televisão porta voz da Igreja fica muito caro e é perigoso. Outros países já discutiram esta opção e não a endossaram.

Está passando da hora de nos alinharmos com as ideias refrigeradas de Francisco ensopadas no Vaticano II e nas Conferências Latino Americanas. Não vejo sinceramente nenhuma contribuição deste “modelo de evangelização” usando padres-show e santuários, para uma Igreja que precisa se reinventar nos tempos de mudança de época em que nos encontramos. Muita tinta ainda correrá sobre este “fenómeno” dos anos 90 que chega até aos dias de hoje.

A crise que enfrentamos hoje e que provoca na Igreja um ressurgimento da dimensão profética e de proximidade total com os sofredores, empobrecidos, descartados, discriminados e ateus, não encontra no padre Robson e tantos outros similares nenhuma empatia. Água e azeite não se misturam.

sexta-feira, julho 31, 2020

Prelazia autoriza retorno das celebrações com presença de fiéis

EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais 

O bispo prelado de Itaituba, D. Wilmar Santin, baixou novo decreto com orientações para a retomada das celebrações presenciais na prelazia.

Pelo novo decreto, ficam autorizadas as celebrações de missas com a presença de fieis, assim como outras atividades da Igreja Católica de Itaituba e da região de abrangência da prelazia.

D. Wilmar alerta no decreto, que devem ser  observados os decretos e protocolos das autoridades civis e da saúde.