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quinta-feira, fevereiro 03, 2022

Perdas do Facebook dão a dimensão do impacto da nova política de privacidade da Apple na publicidade on-line

Ao admitir que deve perder US$ 10 bi em publicidade este ano, Meta deu 1ª evidência do dano provocado pelo iPhone; Zuckerberg sai da lista dos 10 maiores bilionários

As agruras que a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, enfrenta hoje no mercado financeiro são resultado do que se configura como a primeira evidência concreta do estrago que a Apple causou no disputado mercado de publicidade on-line com a mudança em sua política de privacidade no ano passado.

Em um só dia, a empresa fundada por Mark Zuckerberg perdeu um quarto do seu valor de mercado.

Ao admitir que deve perder cerca de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 53 bilhões) em receitas com a venda de anúncios em 2022, o Facebook colocou em números o impacto gerado pela dona do iPhone em seus negócios.

A cifra também indicou como outras empresas do ramo das redes sociais, que dependem de informações dos usuários para vender publicidade direcionada, também estão penando.
Mudança no iOS abriu guerra entre 'big techs'


Em abril do ano passado, a Apple fez mudanças em sua política de privacidade no seu sistema operacional, que foram incorporadas à nova versão, o iOS 15, atualmente em mais de 70% dos iPhones no mundo.

Tempestade perfeita:Fuga de usuários e mudanças na política de privacidade da Apple atingem em cheio o Facebook

Os aparelhos da companhia passaram a ter o chamado "App Privacy Report". O usuário do iPhone passou a ser informado sobre quando aplicativos instalados no celular acessam seus dados.

O sistema passou a oferecer ao usuário a a opção de permitir ou não o rastreamento de suas informações por aplicativos instalados no aparelho, como idade, localização, dados de saúde e hábitos de consumo.

Na prática, a Apple simplesmente tirou essa função escondida lá em algum menu de configurações e passou a exibir em uma janela pop-up para cada usuário assim que ele abre o aplicativo pela primeira vez.

Diante da pergunta se quer ou não permitir o rastreamento, cerca de 62% dos usuários passou a marcar “não”, segundo um estudo da empresa de métricas de publicidade on-line AppsFlyer, informou a CNBC.

Anunciantes passam a vender publicidade quase no escuro

A partir daí, o desenvolvedor do aplicativo não poderá mais acessar o IDFA, uma espécie de identidade do dispositivo usado para segmentar e medir a eficácia dos anúncios on-line.

Funções que ocultas no celular, que permitiam a um aplicativo saber se uma compra foi realizada a partir de um anúncio, por exemplo, foram desabilitadas.

Isso afetou profundamente a capacidade de apps como o do Facebook de oferecerem anúncios personalizados, como admite agora o Facebook.

O que as empresas donas desses apps podem fazer é contratar uma ferramenta da Apple para ter um pouco mais de informação.
Zuckerberg acusou Cook de usar privacidade para disputar lucros

Na época, vários aplicativos reclamaram, mas o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, foi o mais crítico ao trocar farpas com o CEO da Apple, Tim Cook. O líder da Meta disse que a mudança da Apple não foi por respeito à privacidade, mas para abrir uma disputa por lucros.