Em um país tropical como o Brasil, com alta incidência solar durante todo ano, ele é ainda mais frequente. Histórico familiar, características da pele (pele clara é mais propensa a desenvolver o câncer) e excesso de exposição solar são fatores de risco para a doença.
No Norte e no No Nordeste, o risco de casos se dá por conta da maior incidência dos raios ultravioletas, explicam médicos dermatologistas. "Essas duas regiões estões sob o maior risco porque tem latitudes mais baixas, é mais próximo da Linha do Equador. Então, os raios ultravioletas incidem de modo mais direto na pele".
A campanha Dezembro Laranja – criada em 2014, tem como meta sensibilizar as pessoas sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele, pois são cerca de 180 mil novos casos ao ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Esse é tipo de mais comum, correspondendo a cerca de 27% dos tumores malignos. Os três principais tipos de tumores são o basocelular, o espinocelular e o melanoma, sendo que cada um desse pode ter um tipo de agressividade, velocidade de crescimento e risco de metástase, o que pode levar a tipos diferentes de tratamento.
A chave do tratamento é prevenção, mas as técnicas cirúrgicas também permitem uma recuperação rápida e segura na maioria dos casos.
“Todo câncer tem que ser tratado precocemente para não haver lesões mutilantes, principalmente, em regiões de mais exposição do corpo, gerando muito desconforto e tristeza aos pacientes. 90% dos carcinomas são basocelulares ou espinocelulares e esses necessitam de cirurgia. A boa notícia é que temos tratamentos efetivos, depende de cada caso, localização e da extensão do tumor”, explica Dr. Diogo Coelho.
Segundo o cirurgião plástico, a maioria das técnicas pode ser feita em consultório ou clínicas especializadas. Os tumores mais avançados podem necessitar de tratamentos cirúrgicos de maior porte ou quimioterápico. Entre as cirurgias, estão:
• Biópsia, no qual se retira pequena parte ou toda a lesão da pele, muito utilizada para pequenas lesões ou lesões maiores para se fazer o diagnóstico anátomo-patoligico.
• Cirurgia de Mohs – para cânceres de pele com alto índice de recidiva (volta da doença após o tratamento) ou quando a meta é poupar o máximo possível de pele saudável, como exemplo, os cânceres próximos dos olhos, rosto, dedos e orelhas.
Dr.Diogo explica que a Cirurgia de Mohs é demorada e bem complexa, mas com bons resultados. Nela, remove-se a camada da pele que pode ter sido afetada pelo tumor e, em seguida, é feito um mapeamento minucioso de toda essa amostra por meio de um microscópio. A pele é retirada quantas vezes for preciso até não haver mais vestígios de células tumorais.
“ Já os tumores grandes, temos que usar enxertos com retalho de pele que, além de auxiliar na cicatrização, recupera a aparência estética da região”, finaliza o especialista.