Mostrando postagens com marcador Protesto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Protesto. Mostrar todas as postagens

sábado, agosto 21, 2021

Governadores farão ato em defesa da democracia e do STF na segunda, diz Doria

Segundo governador, 24 dos 27 mandatários estaduais participarão de encontro em Brasília


O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse neste sábado (21) que 24 dos 27 governadores do Brasil se reunirão nesta segunda (23) em Brasília para um ato em defesa da democracia e do STF (Supremo Tribunal Federal), diante do aprofundamento da crise entre os Poderes.

"Nunca o Brasil foi tão ameaçado como agora", afirmou Doria, em evento no Rio de Janeiro para angariar apoio para as prévias da eleição que definirá o candidato do PSDB à Presidência da República em 2022. O nome do partido para a disputa será escolhido em novembro.

Segundo Doria, o encontro foi articulado em parceria com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena o grupo dos 24 mandatárias estaduais. O governador não informou quais seriam os três ausentes ao encontro desta segunda.

"Não vamos tratar de pandemia, vamos tratar de democracia. Os governadores que se sentirem à vontade em se manifestar vão também defender o Supremo Tribunal Federal e condenar qualquer flerte com o autoritarismo e iniciativas autoritárias no país", afirmou o governador.

Na sexta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Senado pedido de impeachment do ministro do Supremo Alexandre Moraes, que coordena investigações sobre atos antidemocráticos. Neste sábado, Bolsonaro defendeu que fez tudo "dentro das quatro linhas da Constituição".

Segundo Doria, o encontro foi articulado em parceria com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena o grupo dos 24 mandatárias estaduais. O governador não informou quais seriam os três ausentes ao encontro desta segunda.

"Não vamos tratar de pandemia, vamos tratar de democracia. Os governadores que se sentirem à vontade em se manifestar vão também defender o Supremo Tribunal Federal e condenar qualquer flerte com o autoritarismo e iniciativas autoritárias no país", afirmou o governador.

Na sexta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Senado pedido de impeachment do ministro do Supremo Alexandre Moraes, que coordena investigações sobre atos antidemocráticos. Neste sábado, Bolsonaro defendeu que fez tudo "dentro das quatro linhas da Constituição".

O pedido de impeachment gerou como resposta uma nota de repúdio do próprio STF e aprofundou o clima de ruptura entre os Poderes. A corte disse que "manifesta total confiança" em Moraes e que "o Estado democrático de Direito não tolera que um magistrado seja acusado por suas decisões, uma vez que devem ser questionadas nas vias recursais próprias, obedecido o devido processo legal".

Doria disse no Rio que o encontro dos governadores ganha relevância diante da proximidade com as celebrações do 7 de Setembro, quando bolsonaristas planejam sair às ruas em defesa do presidente e contra o STF.

"Há sinais de que, por conta do 7 de Setembro, movimentos sejam promovidos por bolsonaristas e bolsominions para defender o regime autoritário no país. E nós, governadores, resistiremos", afirmou. "As manifestações são soberanas, desde que sejam pacíficas, dentro também dos limites que cada Estado estabelecer. Sem rasgar a Constituição, sem atentar contra ela e contra a vida".

Segundo Doria, a reunião deve ter também um ato em defesa do meio ambiente, sugestão do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), com quem o governador paulista jantou nessa sexta-feira. "Será um consórcio pró meio ambiente, chamado de Brasil Verde", afirmou.

Antes do evento de campanha, realizado na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Doria se reuniu com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM) e seu secretariado.

 

terça-feira, outubro 13, 2020

Emoção no discurso de Davi Salomão


O vereador Davi Salomão subiu à tribuna emocionado para falar, primeiro, a respeito da Covid-19, da qual foi vítima, tendo precisado de cuidados, porque teve problemas respiratórios.

Mais emocionado o vereador ficou quando falou sobre a morte de sua avó, pessoa muito querida, que foi vitimada pela Covid-19.

Recuperado, ele abordou o problema do Hospital Regional do Tapajós, destacando que dentro de alguns minutos haveria uma manifestação nas ruas do centro da cidade contra o possível fechamento do hospital.

Davi disse que quando o governador Helder Barbalho veio a Itaituba para inaugurar o HRT, em vez de ir fazer fotos ao lado dele, preferiu juntar-se aos que protestavam contra a inauguração apenas como hospital de campanha.

Logo depois de sua fala, seguiu para ao HRT de onde saiu a manifestação.

Seu discurso não agradou a alguns colegas, que pronunciaram depois, Os quais entenderam que Davi Salomão estava pegando carona política e tinha deixado a entender que não estava havendo empenho dos demais vereadores Câmara.

Os vereadores Wescley Tomaz, Maria Pretinha, Júnior Pires, Nem de Miritituba e Antônio Borroló também se pronunciaram a respeito do problema.

segunda-feira, setembro 07, 2020

Grito dos Excluídos é marcado por críticas à ação de Bolsonaro na pandemia

 Em Belém, a concentração foi na Praça da República

Sob o tema "Vida em primeiro lugar", foram registradas atividades presenciais e virtuais em todas as regiões do país nesta segunda, na 26ª edição do ato.

Em São Paulo, os movimentos populares se reuniram na praça Oswaldo Cruz, ao lado da avenida Paulista, com balões e cruzes simbolizando as mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus e gritos de "Fora, Bolsonaro".

O protesto reuniu cerca de 600 pessoas, segundo a CMP (Central de Movimentos Populares), que organiza e participa de atos do Grito dos Excluídos desde 1995. Segundo a central, a maior parte das atividades desta segunda ocorreu virtualmente, em lives, justamente devido à Covid-19.

"Foram poucas as cidades e locais com atos presenciais, mas surpreendentes. Esperávamos 150 pessoas em São Paulo, mas tivemos 600, com distanciamento. Além da crítica com balões e cruzes, foram feitas muitas críticas a como o presidente tem tratado a Covid-19 e a temas como emprego e moradia", disse o advogado Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP.

"O momento é muito difícil por conta do aumento da miséria social, ainda mais com um governo que debocha da questão da vida. Bolsonaro dialoga com a morte e nós dialogamos com a vida", disse. Além do presidente, o ato na capital teve como alvo das críticas o governador João Doria (PSDB).

A manifestação tradicionalmente ocorre de forma paralela aos desfiles cívico-militares do feriado do Dia da Independência desde sua primeira edição.

No Rio, faixas com frases contra a privatização da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto) e pedindo a saída de Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, foram estendidas pelos manifestantes.

Também houve protesto em frente ao hospital Rocha Faria, em Campo Grande, contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).

No Recife, os manifestantes também lembraram a morte do garoto Miguel Otávio de Santana, 5, que caiu do nono andar de um prédio na capital pernambucana, em junho.Além do tema principal, o mote dos protestos foi "Queremos trabalho, terra, teto e participação". No estado, também ocorreram atos em Mogi das Cruzes, Campinas, Santo André, São Bernardo do Campo, Osasco, Jundiaí e Carapicuíba, entre outras localidades.

O ato, com sindicatos e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), começou no parque 13 de Maio e contou com caminhada por ruas do Recife. 

Também no Nordeste, Aracaju teve caminhada na zona norte que incluiu na manifestação as mortes de jovens negros e a violência policial. 

Já em Roraima, na região Norte, uma carreata percorreu o entorno da praça do Centro Cívico, em Boa Vista, pedindo a saída de garimpeiros de áreas do estado. 

Além dos protestos com faixas e cartazes, manifestantes em todo o país participaram de celebrações religiosas, encontro com moradores de rua, distribuição de cestas de alimentos e materiais de higiene e plantio de árvores.

Fonte: Folhapress

quinta-feira, agosto 20, 2020

MPF recorre a Tribunal para garantir direito de manifestação de indígenas Kayapó no Pará

 Arte: Ascom/PRAM

Ordem de reintegração de posse da BR-163, onde os índios protestam desde segunda-feira, foi concedida sem intimação do MPF, que tem o dever constitucional de proteger direitos indígenas

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, contra ordem de reintegração de posse concedida pela Justiça Federal de Itaituba que prevê a retirada, com força policial, de indígenas Kayapó Mekragnotire que protestam desde segunda-feira na BR-163.

A ordem judicial foi pedida pela Polícia Rodoviária Federal e emitida pela Justiça sem aviso ao MPF, que tem o dever constitucional de proteger direitos indígenas e deveria ter sido intimado sobre o pedido para ter oportunidade de se manifestar.


“A intimação do MPF não ocorreu em nenhum momento do processo, pelo que só foi possível tomar conhecimento da decisão liminar por veículos informais de comunicação. Resta patente que uma das partes do processo é grupo indígena em situação de extrema vulnerabilidade, sendo imprescindível chamar ao feito o Ministério Público Federal, que tem como uma de suas missões institucionais defender, em juízo, os direitos e interesses das populações indígenas”, diz o recurso enviado ao TRF1.

A ordem de reintegração de posse ainda fixou multa diária de R$ 10 mil aos indígenas. Para o MPF, a decisão afronta princípios e valores do ordenamento jurídico-constitucional, viola o direito de manifestação e deixa de observar as legítimas reivindicações feitas pelos indígenas, que pedem a proteção do último maciço florestal da Amazônia oriental, que fica nas suas terras, a retirada de invasores e garimpeiros e investimentos na saúde, ainda mais urgentes por causa da pandemia de covid-19. Os Kayapó Mekragnotire somam 403 casos da doença e apenas um médico atende toda a etnia. Nas duas terras indígenas onde vivem os manifestantes, Baú e Mekragnoti, a Secretaria de Saúde Indígena não tem motoristas nem carros para remover pacientes que necessitem de hospitalização.

“O ponto de partida para a compreensão do presente caso é o reconhecimento da distinção entre os valores envolvidos. De um lado, temos a União buscando a desobstrução de uma via pública federal, ocupada temporariamente por manifestantes indígenas, e de outro, a tribo indígena Kayapó reivindicando, em suma, condições dignas de subsistência e proteção, por parte do poder público, ante aos extremos danos socioambientais sofridos recorrentemente”, diz o MPF no agravo de instrumento.

O recurso explica que a manifestação dos Kayapó Mekragnotire, além de legítima, não ameaça nenhum direito já que a rodovia sequer estava bloqueada pelos manifestantes. “O juízo de primeiro grau se ateve apenas em especulações para proferir decisão, que acabou por esvaziar o importante pleito dos indígenas e desviar o foco do que é urgente combater. Tolher a voz dos indígenas dessa maneira, sem garantir que sejam ouvidos, é retirar deles o direito constitucional de manifestação”, diz o texto. Para o MPF, o razoável seria buscar o diálogo com os indígenas e assegurar que seus pleitos sejam ouvidos pelo poder público. Em protesto contra a decisão judicial, agora os indígenas passaram a bloquear a estrada.

“Diante do avanço das destruições ambientais, invasões de seu território, com aumento da disseminação da doença do novo coronavírus nas aldeias, dentre tantas outras mazelas que vem ocorrendo, sem qualquer solução efetiva por parte do estado, não se deve entender por abusivo, mas sim legítimo, o exercício do direito de manifestação”, conclui o pedido. O recurso do MPF pede uma decisão urgente que impeça a reintegração de posse com força policial e vai ser julgado pelo desembargador Antonio de Souza Prudente.

No recurso, o MPF enviou ao Tribunal a íntegra da carta aberta feita pelo povo Kayapó em que explicam as razões da manifestação. Confira o texto:

quinta-feira, julho 02, 2020

'Todos temem ser o próximo Facebook', diz ativista por trás de boicote à rede social

Jessica González, da organização Free Press, é uma das ativistas por trás do boicote ao Facebook Foto: Divulgação

Para Jessica González, codiretora executiva da organização Free Press, movimento está 'causando muita dor de cabeça' para Mark Zuckerberg

RIO — Descendente de mexicanos nascida nos EUA, Jessica González sempre atuou na defesa de minorias, sobretudo os hispânicos. À frente da Free Press, ela lidera, ao lado de outras organizações como a Anti-Defamation League e a Color of Change, a campanha #StopHateforProfit, que fez o Facebook sofrer um tombo de 8% no mercado de ações na sexta-feira por ter falhado em combater o ódio na rede social.

Qual o principal propósito de pedir às empresas que parem de anunciar no Facebook?

O principal é obter reformas amplas no Facebook, a fim de parar a livre circulação do ódio na plataforma.

O alvo é só o Facebook ou outras mídias sociais também?

Nessa campanha específica, a #StopHateforProfit, decidimos focar no Facebook. Mark Zuckerberg sempre foi teimoso em relação a reformas. Mas estamos vendo um efeito cascata no mundo tech, porque todos temem ser o próximo Facebook e o próximo alvo da campanha.

Nos últimos dias, vimos o Twitch, que pertence à Amazon, tirar temporariamente do ar o presidente dos EUA por violação da política de conduta odiosa. E vimos uma mudança completa nas políticas do Reddit. Vimos o YouTube derrubar vários supremacistas brancos que há anos pedíamos que fossem tirados do ar. 

Então, ainda que nosso alvo neste momento seja o Facebook, estamos vendo os impactos disso. Vários anunciantes suspenderam os anúncios em todas as redes sociais, outros no Facebook e no Twitter, as duas principais plataformas.

O Facebook foi avisado antes da campanha?

Nossas organizações vêm se reunindo com o Facebook há anos. Muitos de nossos parceiros falaram diretamente com Zuckerberg. Tenho contato com funcionários do Facebook ao menos uma vez por semana. Acho que eles apenas adotaram uma estratégia de apaziguamento. Tomam uma atitude simbólica para que nos afastemos. Mas não aplicam nenhuma das políticas que estão nos manuais.

Com esse boicote, Zuckerberg ouvirá o apelo?

Eu acho que ele está ouvindo. Se fará alguma coisa, é outra questão. Eles estão tomando conhecimento das reportagens na mídia, eles têm uma estratégia de relações públicas com os anunciantes, que continuam a cair. Isso está causando muita dor de cabeça a Zuckerberg e suscitando questionamentos de seus colegas e do Conselho de Administração.

Ele já anunciou mudanças. A resposta foi suficiente?

Insuficiente. O Facebook já tinha algumas dessas políticas, mas não eram aplicadas corretamente. Estou contente que ele proteja imigrantes. Essa é uma tática de Trump e dos comitês que o apoiam: promover conteúdo anti-imigração, antinegros e islamofóbico no Facebook. Mas continuaremos a campanha até que o Facebook faça algo significativo.

Como vocês se articularam com as empresas?

A estratégia foi desde o contato direto com as empresas à pressão pelas redes.

Quando a Unilever aderiu, o boicote ganhou força. Foi um momento de virada?

Acho que a Unilever foi um marco, e estamos conseguindo o apoio de outras grandes, como Target, Coca-Cola e Verizon.

A senhora acha que a campanha pode causar um prejuízo sério à receita do Facebook?

Acho que mostramos que podemos mobilizar anunciantes contra o ódio. Deixamos uma marca no Facebook. Eles perderam US$ 56 bilhões no mercado de ações semana passada. Continuarão a ganhar dinheiro? Sim. Vão esquecer o dia em que seus papéis caíram 8% e Zuckerberg perdeu US$ 15 bilhões de sua fortuna pessoal? Não.

terça-feira, junho 02, 2020

Torcidas paulistas se organizam para novo protesto em favor da democracia e contra Bolsonaro

Em meio a divergências internas, integrantes de diferentes torcidas organizadas dos quatro grandes clubes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) afirmam que realizarão um novo ato pró-democracia e contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) no próximo domingo (7), na capital paulista.

O local do protesto ainda será definido, depois que o governador João Doria (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (1º) que manifestações contrárias e favoráveis ao governo federal não deverão ocorrer ao mesmo tempo e no mesmo local.

Ainda assim, é possível que, a exemplo do último domingo (31), o ato dos torcedores ocorra novamente na avenida Paulista, diante do prédio do Masp.

Membros de grupos corintianos e palmeirenses confirmaram que tentam mobilizar um contingente maior para o próximo fim de semana.

A estimativa do primeiro ato, em que houve confronto com bolsonaristas e a PM (Polícia Militar), foi de 2.000 a 4.000 presentes, segundo os organizadores.

Não foram respeitadas recomendações sanitárias de distanciamento social, embora houvessem participantes usando máscaras.

No próximo domingo, é possível que o movimento se some a outros, marcados por diferentes entidades sem relação com o futebol.

A mobilização política, no entanto, não é unanimidade dentro das torcidas organizadas. A visão de dirigentes e ex-dirigentes dessas entidades ouvidos pela reportagem é a de que há integrantes que apoiam o governo Bolsonaro.

Ronaldo Pinto, ex-presidente da Gaviões da Fiel, fez um post no Facebook ironizando a marcha. "'Somos Democracia' e tentam impedir manifestações contrárias. 'Somos democracia' e não vestem as cores de seu País. 'Somos Democracia' e usam camisetas alusivas a Fidel Castro, apoiam Maduro e outros lixos comunistas", escreveu.

Uma torcedora comentou que a união com representantes de outros times é um "tapa na cara para quem perdeu algum ente querido ou foi espancado" pelos rivais. 

Para Chico Malfitani, 70, um dos fundadores da Gaviões da Fiel e que esteve no ato domingo, a torcida cumpre o seu papel mais uma vez ao protestar contra Jair Bolsonaro, apesar da diversidade de opiniões em um coletivo com quase 120 mil associados.

"Só está reclamando quem é a favor de um governo que não tem nenhuma direção para o Brasil. Qual a proposta para conter o coronavírus? Qual a pauta econômica para o país deixar a recessão?", afirmou Malfitani.

Ao UOL, ele disse que a intenção é "riscar o primeiro fósforo, já que os partidos de oposição e movimentos populares não se manifestam" contra o que classifica como ataques diários à democracia.

"Os torcedores foram de forma espontânea, sem articulação nenhuma e após conversas pela internet", disse Danilo Pássaro, 27, membro da Gaviões e um dos líderes do protesto.

Dirigentes de torcidas de São Paulo, Palmeiras e Santos afirmaram que é um direito de todos os seus integrantes se manifestar contra ou favor de políticos, mas pediram que não sejam feitas associações diretas desses atos com as entidades.

"Com a camisa da Independente não tem manifestação, somos apartidários. Se alguém da Independente esteve, [foi] por sua conta e risco", disse Henrique Gomes, o Baby, da principal uniformizada do São Paulo.

Sem o apoio público da Mancha Alviverde, maior organizada do Palmeiras, o grupo Porcomunas esteve ao lado dos corintianos.

"Assumimos essa bandeira antifascismo e cada um está fazendo sua parte, temos nos comunicado muito com essas torcidas", diz Marcos Gama, 75, líder do Porcomunas. "Estamos progredindo para uma guinada política das torcidas, o que antes não existia."

A manifestação de domingo, que começou pacífica, acabou em confronto com a PM e apoiadores de Bolsonaro. Seis pessoas foram conduzidas ao 78º Distrito Policial. Uma delas recebeu ordem de prisão por roubo. Não foi informado de que lado estavam os detidos.

Álvaro Camilo, secretário-executivo da Polícia Militar, afirmou que as organizadas devem acionar órgãos de segurança para informar sobre as suas manifestações, assim como fazem em dias de jogos. (Folhapress)