Até a viagem de motocicleta para o Alaska, muita coisa ainda precisa ser feita, a maior de todas, a viabilização financeira, que está em andamento, mas, que ainda falta um percentual considerável, abaixo de 55%. E enquanto não chegar a hora de subir na moto, eu vou contando algumas histórias das aventuras passadas, começando pela primeira.
Sábado, 11 de outubro de 2008. Os
No quilômetro 385 uma nuvem negra
avisou-nos que a chuva estava chegando. Eu tinha capa, mas, decidi não usar; o
Jadir ainda não tinha comprado a sua. A chuva era certa, mesmo porque estava
chovendo bastante naqueles dias por aquelas bandas. Mesmo assim, decidimos
encarar. Às nove da noite, quando finalmente chegamos à capital do Estado de
Roraima, já não chovia.
José Maria, empresário muito bem de
vida, que nos anos oitenta trabalhou em Itaituba, com o então poderoso
empresário Zé Arara, foi nos receber no terminal rodoviário, local que
acertamos para nos encontrar. Fomos muito bem recebidos e tivemos uma estada
magnífica
Na estrada rumo à fronteira com a
Venezuela, um vento lateral que sopra do Monte Roraima, que pode passar de
setenta quilômetros, foi um companheiro à parte, que exigia cuidados. Com motos
leves (eu na XTZ 125 e o Jadir na BROS 150), foi precisa tomar cuidado, pois o
vento empurra a gente para o outro lado da estrada, e se bobear, nos momentos
em que está mais forte, tira o piloto da rodovia.
Ao chegarmos a Pacaraima, na fronteira,
fomos procurar o vigário, na tentativa de economizar na hospedagem. Entramos na
residência do
Quando
perguntamos se poderia nos acolher por aquela noite, foi logo nos dizendo que
havia uma ordem expressa do bispo de Boa Vista proibindo alojar qualquer pessoa
que não fosse diretamente ligada à Igreja Católica. O motivo: em Caracaraí, o
padre local deu abrigo a três jovens, que durante a noite roubaram tudo que
puderam.
É
realmente muito barato. Só que brasileiro não pode abastecer lá em Santa Elena.
Depois, nas próximas cidades, sim, não tem problema. Isso fez com que saíssemos
atrás de alguém que vendesse no câmbio negro. Foi uma luta conseguir um
contrabandista de gasolina e quando conseguimos o cara não queria vender, pois
a quantidade era de apenas
Depois de muita conversa o Ramon Quezadas resolveu nos atender,
mas, aí começou outra novela. Ele subiu numa moto velha junto com um amigo e
mandou que a gente o seguisse. Rodamos por uns
O Ramon abriu um deles e encheu os nossos tanques, cobrando um
Real por litro. Pagamos em Real, mesmo e seguimos de volta para o centro de
Santa Elena, para dar uma olhada no comércio, já que se trata de zona de livre
comércio. Seguimos viagem, pernoitando em San Izidro, numa região de garimpos
de ouro.
Jota Parente