Mostrando postagens com marcador Maradona. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Maradona. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, novembro 25, 2020

Minhas Manhãs de Domingo nos Anos 1980 Com Maradona

Bem no começo dos anos 1980, a Rede Bandeirantes comprou os direitos de transmissão do campeonato italiano de futebol, o mais importante do mundo na época. Os jogos eram transmitidos sempre pela parte da manhã. 

Bares e residências que dispunham de antena parabólica ficavam lotados por amantes do futebol. Ninguém queria perder o espetáculo que Don Diego Maradona proporcionava. Era raro ele não jogar bem, pois, além de gênio, o desempenho do seu jogo era muito regular.

Eu não perdia um jogo do Napoli, por nada dessse mundo. Naquele tempo, eu comentava jogos de futebol do campeonato santareno, para os quais ia com aquelas imagens do que havia de melhor no futebol mundial daquele tempo.

O Napoli tinha, também, o centro avante brasileiro Careca, que cansou de fazer gols, tanto por sua grande habilidade, quanto pelas inúmeras assistência de seu amigo Pessoal Maradora.

Desde que ele foi revelado para o mundo, nunca ninguém jogou bola tão bem quanto ele. E na minha concepção, somente Pelé foi melhor do que ele.

Pelé e Maradona, muito provavelmente, são os dois únicos futebolistas que estarão sempre em qualquer seleção dos melhores do mundo de todos os tempos. Quem ama o futebol, ao montar sua própria seleção, só precisa mais nove jogadores, porque duas vagas são deles.

Don Diego Armando Maradona foi um primor de espetáculo do esporte rei em pessoa. Era incisivo, driblador nato e finalizador implacável. Era decisivo, tipo do jogador que depois que seu time, ou seleção, sofria um gol, botava a bola debaixo do braço e chamava a responsabilidade para si. Fiz isso muitas vezes.

A Copa do Mundo de 1986, no México, o consagrou de vez e o colocou no panteão dos gigantes do futebol. A partir dali ele escreveu de forma indelével o seu nome no livro dos gênios do futebol.

A Argentina só não foi campeã em 1994 porque ele não resistiu ao vício da droga, sendo pego no antidoping. Los hermanos estavam jogando o fino da bola, e dificilmente alguém conseguiria parar aquela seleção, que se esfacelou depois que Maradona teve que ser sacado do time. Depois daquele episódio, sua carreira começou a desmoronar.

É uma pena perder um ídolo, que em outras circunstâncias, poderia ter vivido por muitos anos mais. Foi lamentável testemunhar a derrocada precoce de um talento ingualável.

Como amante do futebol arte eu estou muito triste por essa perda, porque, Maradona só é superado por Pelé, mas, quando se trata apenas de comparar seu talento, ele foi tão bom quanto o eterno rei do futebol. Só usava o pé esquerdo, mas, ninguém conseguia impedir que ele passasse.

Descanse em paz, Don Diego Armando Maradona!

Jota Parente