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quarta-feira, fevereiro 17, 2021

PF prende em flagrante deputado bolsonarista que divulgou vídeo com ofensas a ministros do STF

Prisão de Daniel Silveira (PSL-RJ) foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito das fake news

A Polícia Federal (PF) prendeu na noite desta terça-feira o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o parlamentar ter divulgado um vídeo no qual proferia ataques e ofensas aos ministros da corte. Como O GLOBO mostrou, Silveira fez apologia a agressões físicas contra os ministros e defendeu a "destituição" deles.

Silveira é investigado no inquérito dos atos antidemocráticos, que apura a organização e realização de manifestações com ataques ao Legislativo e ao Judiciário, e também no inquérito das fake news, que apura ataques aos ministros da corte.

Em sua página em uma rede social, o parlamentar relatou: "Polícia federal na minha casa neste exato momento com ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes".

A prisão ocorreu por flagrante delito por crime inafiançável e foi determinada de ofício pelo ministro dentro do inquérito das fake news — ou seja, sem pedido da PF ou da Procuradoria-Geral da República (PGR).

"As condutas criminosas do parlamentar configuram flagrante delito, pois verifica-se, de maneira clara e evidente, a perpetuação dos delitos acima mencionados, uma vez que o referido vídeo permanece disponível e acessível a todos os usuários da rede mundial de computadores, sendo que até o momento, apenas em um canal que fora disponibilizado, o vídeo já conta com mais de 55 mil acessos", escreveu Moraes na decisão.

O ministro classificou como "gravíssimas" as declarações do deputado. "Não só atingem a honorabilidade e constituem ameaça ilegal à segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal, como se revestem de claro intuito visando a impedir o exercício da judicatura, notadamente a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito", escreveu. Moraes também determinou que a plataforma YouTube bloqueie imediatamente o vídeo publicado pelo deputado.

Na decisão, Moraes descreve que as condutas do parlamentar podem configurar crimes contra a honra do Poder Judiciário e outros crimes previstos na Lei de Segurança Nacional, como "tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União" ou "fazer e mpúblico propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social".

Nos bastidores do Supremo, o clima era de revolta com as declarações do parlamentar. Por isso, o ministro Alexandre de Moraes agiu para dar uma rápida resposta ao caso.

Discurso de ódio

Um dos trechos mais agressivos do vídeo publicado pelo parlamentar é quando ele diz que gostaria de ver ministros da corte "na rua levando uma surra".

— Por várias e várias vezes já te imaginei (Fachin) levando uma surra. Quantas vezes eu imaginei você e todos os integrantes dessa corte aí. Quantas vezes eu imaginei você, na rua levando uma surra. 

O que você vai falar? Que eu tô fomentando a violência? Não, só imaginei. Ainda que eu premeditasse, ainda assim não seria crime, você sabe que não seria crime. Você é um jurista pífio, mas sabe que esse mínimo é previsível. Então qualquer cidadão que conjecturar uma surra bem dada nessa sua cara com um gato morto até ele miar, de preferência após a refeição, não é crime — afirmou Silveira.

Fonte: O Globo


sábado, outubro 03, 2020

A Polícia Federal avança sobre mais um nome de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro

A Polícia Federal avança sobre mais um nome de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na investigação dos atos antidemocráticos. Trata-se de Max Guilherme Machado de Moura, ex-policial do Bope do Rio de Janeiro, atualmente assessor especial no gabinete pessoal do presidente.

A PF apura a ligação do PM com perfis nas redes socais que estimularam as manifestações contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso.

Os demais foram os assessores especiais Tércio Tomaz Arnaud, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz, apontados como integrantes do chamado "gabinete do ódio", além do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro.

Iniciado a partir de um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) e por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o inquérito busca elucidar a ligação de apoiadores do presidente com as manifestações que pediam fechamento da corte e do Congresso.

A PF tem feito progressos na coleta de informações sobre a organização e o patrocínio desses atos, ocorridos seja em ambiente virtual, seja nas ruas do país –um deles, no mês de abril em Brasília, em frente ao QG do Exército, contou com a presença de Bolsonaro.

Evidenciada pelos interrogatórios das últimas semanas, uma das linhas de apuração é tentar esclarecer o envolvimento de assessores diretos do presidente.

O nome de Max Guilherme foi mencionado pela delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, encarregada do inquérito, nos interrogatórios do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), de Tércio e de José Matheus, nos dias 10 e 11 do mês passado.

Os três foram questionados sobre a relação que mantêm com Max Guilherme.

Filho do presidente, Carlos respondeu que o "conhece, uma vez que o mesmo trabalha com o presidente de República, [mas] que não tem relação profissional com Max".

José Matheus também disse conhecer "Max, da assessoria do presidente, mantendo apenas uma relação profissional com ele".

Além de perguntar se conhece Max, a delegada quis saber de Tércio se "criou alguma página ou publicou algum conteúdo para Max".

Tércio respondeu que "conhece Max, uma vez que ele trabalha na assessoria pessoal do presidente da República", mas que não se recorda de ter criado alguma página ou publicado conteúdo em redes sociais.

"Max aparentemente não tem domínio das redes sociais e acredita que ele tenha redes sociais de uso pessoal", consta do depoimento de Tércio.

Sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro e ex-integrante do Bope, Max Guilherme foi designado para atuar na segurança de Bolsonaro em novembro de 2018, ainda durante o governo de transição do então presidente eleito. Após a posse, ele passou a integrar o gabinete pessoal do presidente.

Ele acompanha Bolsonaro em compromissos oficiais. Na semana passada, esteve com o presidente em Mato Grosso e no Rio de Janeiro, de acordo com a agenda divulgada pelo Palácio do Planalto.

Recentemente, Bolsonaro o admitiu no quadro suplementar de agraciados da Ordem do Mérito da Defesa.

No ano passado, um número atribuído ao nome do sargento da PM foi identificado pelo Ministério Público em uma lista de contatos de Márcia Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Queiroz é apontado como o operador do esquema da "rachadinha" no gabinete do filho do presidente na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Por meio da assessoria de imprensa da Presidência, a reportagem enviou perguntas a Max Guilherme, mas não houve respostas até a publicação deste texto.

A PF apura crimes previstos na Lei de Segurança Nacional, de 1983, entre eles "fazer, em público, propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social" ou "incitar à subversão da ordem política ou social ou à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições". As penas podem chegar a 4 anos de prisão.

No mês passado, a Folha de S.Paulo antecipou detalhes do depoimento de Carlos Bolsonaro, prestado uma semana antes no Rio de Janeiro.

O filho 02 do presidente disse que não é "covarde ou canalha a ponto de utilizar robôs e omitir essa informação".

O vereador admitiu relação com contas pessoais de Bolsonaro nas redes sociais. Ele disse ainda que não participa da política de comunicação do governo.

O "gabinete do ódio", tutelado por Carlos, é responsável por parte da estratégia digital bolsonarista. A existência do grupo foi revelada pela Folha de S.Paulo em setembro de 2019.

A polícia tenta desvendar se há participação do "gabinete do ódio" na produção e disseminação de material para turbinar as manifestações em Brasília.

Dois dos assessores especiais da Presidência apontados como integrantes do "gabinete do ódio" reforçaram a existência do vínculo.

Tércio Arnaud e José Matheus disseram à delegada que horas antes de prestarem depoimento se reuniram com o vereador, conforme também mostrou a Folha de S.Paulo. Na véspera, Carlos havia sido interrogado.

Carlos e os dois auxiliares de Bolsonaro no Planalto rechaçaram a existência do grupo e negaram qualquer envolvimento com os atos antidemocráticos.

Na linha de tentar esclarecer o envolvimento de auxiliares do presidente no caso, a PF também intimou o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro.

Cid foi questionado sobre a comunicação eventualmente mantida com blogueiros apoiadores do chefe do Executivo.

Ele disse que na maior parte o trabalho envolve solicitações de intermediação de contato vindas de congressistas e ministros, mas também de pedidos de apoiadores em geral.

A PF questionou se ele faz relatório desses contatos. Cid afirmou que "em razão da dinâmica do dia a dia e da grande quantidade de demanda de mensagens não é viável a confecção de relatório ou documento similar".

Em uma dessas comunicações, Allan dos Santos, responsável pelo site Terça Livre, defendeu a necessidade de uma intervenção militar

Fonte; Folhapress

terça-feira, setembro 29, 2020

Mega operação é deflagrada para combater desvios de recursos públicos por meio da contratação de Organizações Sociais para administrar hospitais públicos no PA

 



A Polícia Federal, em conjunto com Controladoria-Geral da União e Polícia Civil do Estado de São Paulo, deflagrou hoje a Operação S.O.S. A ação visa desarticular organização criminosa dedicada a desvios de recursos públicos na área da saúde, destinados a contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos do Pará, dentre eles os hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

A investigação alcança o período de agosto/2019 a maio/2020, 12 (doze) contratos celebrados entre o Governo do Estado do Pará e Organizações Sociais ligadas ao grupo investigado, totalizando o valor de R$ 1.284.234.651,90 (um bilhão duzentos e oitenta e quatro milhões duzentos e trinta e quatro mil seiscentos e cinquenta e um reais e noventa centavos).

Os investigados são empresários, o operador financeiro do grupo, integrantes da cúpula do governo do Pará, além do próprio Chefe do Poder Executivo Estadual.

A operação contou com a participação de 218 policiais federais, 14 auditores da CGU e 520 policiais civis.

A ação tem por objetivo dar cumprimento a 12 (doze) mandados de prisão temporária e  41 (quarenta e um) mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ, além de 64 mandados de prisão temporária e  237 mandados de busca e apreensão expedidos pelas Varas de Birigui/SP e Penápolis/SP.

As diligências estão em cumprimento em Belém/PA, Capanema/PA, Salinópolis/PA, Peixe-Boi/PA, Benevides/PA, Goiânia/GO, Araçatuba/SP e diversas cidades de São Paulo.

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas previstas superior a 60 (sessenta) anos de reclusão.

Matéria em atualização…

RG 15 / O Impacto com informações da PF

terça-feira, junho 16, 2020

Sósia do Rei Roberto Carlos entra na mira da PF por supostos atos antidemocrático

Crédito: Reprodução/Youtube

O comentarista político Roberto Boni, sósia do Rei Roberto Carlos, está na mira da Polícia Federal após uma ação de busca e apreensão contra diversos investigados pelos recentes atos antidemocráticos, de acordo com informações do colunista Chico Barney, do UOL.

Segundo a reportagem, o objetivo da PF é averiguar quem organiza e financia o esquema.

Boni é eloquente defensor de um golpe militar, como apontou recentemente o blog Saída Pela Direita da Folha. “Chega, presidente Bolsonaro. Não aceite mais isso. O sr. não deve atender a essa gente [Congresso]. […] O sr. é o chefe das Forças Armadas, pode muito bem resolver essa parada de vez, porque a nação está com o sr.”, disse em vídeo de 25 de fevereiro. (Istoé)

sexta-feira, junho 12, 2020

Após “previsões”de Carla Zambelli sobre operações da PF, policiais são aconselhados a evitá-la

    Luis Macedo

As “previsões” da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) sobre operações da Polícia Federal relacionadas à covid-19 fizeram com que integrantes da cúpula do órgão e de entidades de classe recomendassem a delegados e agentes evitar contato com a parlamentar.

Segundo membros da corporação, Zambelli tinha uma boa interlocução com diversos policiais federais, mas hoje ela é vista como um “perigo para a classe”. 

Os investigadores afirmam que pautas sigilosas nunca foram tratadas com a deputada, apenas temas de interesses corporativos. Ainda assim, seus comentários têm causado ruídos.

A avaliação do órgão é que, com suas declarações na linha de adiantar operações que são previsíveis, ela coloca em xeque a credibilidade da Polícia Federal e reforça críticas sobre ingerência política no órgão. O melhor, portanto, afirmam, é manter distância de Zambelli. (IG)