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segunda-feira, maio 10, 2021

Magno Nascimento um jovem com visão empreendedora

  A pandemia do novo coronavírus, conhecida como Covid-19 é um divisor de águas para a humanidade. Antes dela o mundo funcionava de um jeito que a atual geração conhece bem, e depois será outra coisa em inúmeros setores da vida, pois foi todo mundo afetado. É o que o Dr. Anthony Faucy, infectologista norte-americano mundialmente respeito, chamou de “Novo Normal”.

          A economia mundial tem sido muito castigada, e ela diz respeito à vida de todas as pessoas do planeta Terra. Uns países mais, outros menos, mas, nem mesmo a poderosa economia chinesa foi poupada. Alguns poucos lugares, como Itaituba, sentiram menos, por causa da matriz econômica, como afirmou o contabilista Magno Nascimento, da Magnum Contábil e Empresarial, em entrevista ao blog do Jota Parente.

          Blog do JP - Magno, qual o balanço que você faz de tudo isso?

          Magno – A pandemia afetou a todos, sobre tudo na economia. Ainda existe muita gente internada e ainda estão acontecendo muitas mortes. E só haverá tranquilidade, quando todas as pessoas estiverem vacinadas. No aspecto econômico, todos tem sofrido bastante, porque muita coisa parou, além de ter havido um aumento grande nos preços de muitos itens. As receitas caíram e os preços subiram.

          Em Itaituba tem sido bem diferente de muitos lugares. Alguns negócios foram prejudicados, mas, outros continuaram funcionando a todo vapor. Nossa economia continuou aquecida.

          A construção civil, em Itaituba andou na contramão do país.
Enquanto no balanço da economia do Brasil em 2020 teve uma queda de 7%, no nosso município ela continuou de vento em poupa, em 2020 e continua em 2021; não se consegue contratar profissionais da construção civil porque estão todos ocupados.

          Blog do JP - Você é dono da construtora Mageplan. Nesse tempo da pandemia a empresa continuou trabalhando normalmente?

          Magno - A gente já estava trabalhando quando a pandemia começou. Nossa principal obra já era o Hospital Municipal de Aveiro, que é maior do que o Hospital Municipal de Itaituba. Nunca paramos, apesar de termos diversas dificuldades em função do aumento dos preços de materiais de construção. A cidade de Aveiro, como muitas outras no Brasil, fechou por um período e esse foi outro problema que tivemos. Mas, não paramos. A obra já está com 95% concluída. Nesse período, fizemos ainda uma escola no município de Trairão.

          Blog do JP – Você tem despontado como um empreendedor aguerrido, sempre atento às oportunidades...

          Magno – Então, a gente tem procurado diversificar as nossas atividades. O carro chefe dos nossos negócios é o nosso escritório, que é uma marca que a gente tem trabalhado para solidificar, e através dele é que tem surgido os demais empreendimentos.

          A construção civil é algo que a gente já vem trabalhando. Temos investimento, hoje, na mineração, setor para o qual diversas pessoas têm migrado. Apesar da dificuldade pra gente trabalhar, fazemos tudo legalizado, e já temos colhido frutos. Já participamos de reuniões em Brasília com árabes e com ingleses, pessoas interessadas na região. Sempre tem gente de fora de olho aqui.

          Nós temos dois grandes projetos para lançar aqui. Tratam-se de um empreendimento imobiliário e outro imobiliário/comercial, através de um novo modelo que há no país, que são as cotas.

          Blog do JP - Magno, você começou a falar sobre essa modalidade de cotas, e eu pedi para a gente falar disso depois. Explique...

          Magno – Parente, durante a pandemia, muitas pessoas ficaram pobres, enquanto outras ficaram ricas, muitas empresas quebraram. Com isso, ganhou força o sistema de cotas, que é um modelo de negócios que está se popularizando no Brasil.

          Muita gente não consegue empreender, seja pela falta de capital para começar um negócio próprio, seja pela falta de conhecimento da logística do negócio, então, agora está em voga participar de empreendimento por meio de cotas. Isso já está chegando aqui. Já temos alguns ensaios nesse sentido.

          Nós estamos trabalhando para lançar um grande projeto nesse formato. Temos intenção de alcançar, do pequeno, até o maior investidor. A pessoa vai poder comprar quantas cotas quiser e puder. Muitos negócios na pandemia não se sustentaram porque dependiam de uma única pessoa. Quando se trata de uma organização, a chance de segurar é bem maior.

          Blog do JP - Entre os seus clientes, você ouviu muitas reclamações de dificuldades na pandemia?

          Magno - Sim, a gente conversou com diversos clientes, por conta de problemas causados pela pandemia. Uns sentiram mais do que outros. Muitos são amigos da gente. Acabamos funcionando em muitos casos como um conselheiro, porque estamos sempre em contato, e nossa opinião é solicitada por vários dos nossos parceiros.

          Blog do JP - Para você, Itaituba é uma terra de futuro, ou já é uma terra de presente?

          Magno - Itaituba, hoje, já é uma terra de presente. Aqui, a gente fala e mostra o crescimento. Eu conversei com um amigo que foi embora há muito tempo daqui. Ele falou sobre uma Itaituba ruim das pernas e eu retruquei que ele estava falando de outra cidade, pois Itaituba é um lugar totalmente diferente do que pintaram pra ele. Temos potencial mineral enorme, temos os portos, terras agricultáveis, e por aí vai.

          Blog do JP – Você acha que essa ligação forte com o Mato Grosso tem sido importante para a mudança de Itaituba?

          Magno – A influência de Mato Grosso é muito grande e positiva para o crescimento do nosso município. Porém, uma das peças principais para que isso aconteça é nosso gestor, o prefeito Valmir Clímaco. É impressionante como ele está sempre atento aos acontecimentos, em função de sua grande visão empreendedora. Valmir vive no Mato Grosso conversando com empresários e políticos de lá. Se não houvesse esse tipo de envolvimento, isso não teria andado tanto.                   Blog do JP – Tem gente contra a Ferrogrão, principalmente os donos de empresas de transporte rodoviário. Qual é a sua opinião?

          Magno – Eu entendo que não tem como a Ferrogrão não sair. Pode não ser esse ano, pode não ser no outro, mas, ela vai sair. Ela é necessária para o Brasil, para baratear o transporte de grãos do Centro Oeste. Toda mudança gera discussão. O pessoal do transporte rodoviário acha que ela vai inviabilizar o negócio, deles, mas, eu acredito, que embora desafogue, a BR 163 vai continuar servindo para o transporte da produção de grãos.