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quinta-feira, outubro 07, 2021

Maior evento de Educação do Brasil chega em sua 6ª edição com o objetivo de apresentar soluções educacionais inovadoras

 O Educa Week 2021 vai reunir mais de 150 educadores e ativistas do setor, que participam de evento online e gratuito, entre 18 e 23 de outubro, com o objetivo de impulsionar a educação no pós-pandemia

São Paulo, outubro de 2021 – A sexta edição do Educa Week acontece entre 18 e 23 de outubro, com o objetivo de apontar caminhos para os atuais desafios da educação básica no Brasil, priorizando o desenvolvimento das competências da formação cidadã e profissional dos estudantes.

A ideia do evento é debater o futuro da educação no Brasil, promovendo conexões e trocas de experiências, com a finalidade de melhorar o ensino e a aprendizagem no País.

Serão realizados mais de 35 painéis, com a participação de cerca de 150 especialistas, entre líderes do setor, autoridades e educadores, que discutirão a necessidade de inovação, com temas pautados nas novas demandas educacionais, geradas e impulsionadas pela pandemia. “É o momento de somarmos forças para juntos alavancarmos a educação no Brasil, principalmente neste momento de retomada”, diz Marcos Talarico, CEO do Educa Week.

O Educa Week 2021 será totalmente online, gratuito e será transmitido ao vivo, diariamente, pelo YouTube, entre 8h30 às 21 horas.  Para acompanhar os painéis de discussão, que acontecem durante uma semana inteira e são abertos a toda a população, basta acessar www.educaweek.com.br.

O evento contará com a participação nomes de expressão nacional e internacional, como a Dra. Jo Boaler; docente da Universidade de Stanford; Luiz Henrique Mandetta,  ex-ministro da Saúde;  e os congressistas e ativistas pela Educação Tabata Amaral, Israel Batista, Felipe Rigoni e Alessandro Vieira. 

Já o time de especialistas da esfera privada inclui  CEOs e diretores e executivos dos maiores grupos educacionais do Brasil, como Tânia Consentino, CEO da Microsoft; Mário Ghio, Presidente da Somos Educação; Ana Maria Diniz, presidente do conselho do Instituto Península; Dennis Szyller, CEO da Matific Brasil; Bruno Elias, CEO da Eleva Educação; Ari de Sá, CEO da Arco Educação; Guilherme Henrique de Campli Martins, CEO da Playkids e Pasi Loman, Presidente da Seppo e Ademar Celedônio, diretor de ensino e inovações educacionais da SAS Plataforma de Educação.

O evento sediará dois importantes fóruns de discussão: o Fórum Nacional para a Educação Pública de Qualidade, que acontece na quinta-feira, dia 21/10, e o Fórum “The World High School”, grupo internacional dedicado a compartilhar as melhores práticas realizadas em escolas de ponta dos Estados Unidos, China, Reino Unido, Finlândia e Chile.

Ensino público, o novo Enem e transformação digital nas escolas serão destaques

O Educa Week 2021 é dividido em eixos temáticos. São eles “Novas rotas pedagógicas (dia 18/10); Gestão escolar e tecnologia educacional (19/10), Escolas e pós pandemia (20/10), Educação pública de qualidade (21/10), O mundo educacional no século 21 (22/10) e Edtech day (23/10). 

Na agenda do evento, estão pautas urgentes como: “Abertura: as escolas e o pós pandemia”, “Os desafios da implantação do Ensino Médio nas escolas públicas”, “Como as escolas estão superando graves impactos socioemocionais pós pandemia”, “Transformação digital: o que aprendemos com a pandemia”, “Diversidade e inclusão nas escolas”, “Os desafios para ensinar, frente a um estudante nativo digital”; “O papel das avaliações diante das tecnologias e métricas do ensino virtual”, “Multilinguismo, bilinguismo e programas internacionais”;  “O desafios de preparara os estudantes para os processos seletivos diferenciados do ensino superior”, “Fusões e aquisições”, “Gestão Escolar”, entre outros.

Saúde mental na pauta

Após um ano e meio de pandemia, a curadoria do Educa Week também dá atenção especial ao tema da saúde mental.  “É fundamental priorizar a humanização nas práticas, resgatando o espaço sociocultural da escola para alunos e famílias, para se diminuir os impactos socioemocionais do atual período”, explica Ismael Rocha, diretor acadêmico do Instituite of Technology and Education (Iteduc) e diretor pedagógico do Educa Week.

E o Educa Week também deverá tratar da situação crítica das escolas públicas que precisaram se adaptar para atender às novas diretrizes do governo, porém, contam com recursos escassos para seu aparelhamento.

Na área da gestão escolar, o debate acontecerá em torno das novas demandas que surgiram após o fechamento das instituições de ensino, quando passou a haver necessidade de readaptação de toda a estrutura escolar.

Prêmio Destaque Educação 2021 – 3ª edição

Em sua terceira edição, a premiação reconhecerá experiências que exercitem o tema “O olhar inovador para as demandas educacionais”. O prêmio foi idealizado para identificar e reconhecer experiências de sucesso na área da educação, dando visibilidade a iniciativa de professores, coordenadores e diretores que tem como missão promover melhoria no aprendizado e na vida de alunos, pais e colaboradores de escolas públicas e privadas. Professores individuais, coordenadores, diretores de escola. “O Prêmio Destaque Educação 2021 vai dar visibilidade para as práticas pedagógicas que geraram transformações reais na vida dos estudantes, desde o início da pandemia da covid-19”, explica Rocha. 

Espaço de Trocas das Melhores Práticas das Escolas

Haverá também o Espaço de Trocas, canal que irá destacar as melhores práticas pedagógicas implantadas de 2019 para cá, visando oferecer um painel bastante contemporâneo de modelos pedagógicos vencedores, seja no presencial, virtual ou híbrido.   “O objetivo do espaço é inspirar outros educadores e somar forças para ajudar a transformar a educação no Brasil, neste momento de retomada”, conta Rocha.

O Educa Week é uma realização da Educational Leaders (Grupo de Líderes da Educação), em parceria com o Institute of Technology and Education (Iteduc) e SD Student Travel. Tem como patrocinadores as seguintes organizações: Matific, Árvore, Escolas Exponenciais, FTD Educação, International School, Eduqo e Somos Educação, além do apoio do Colégio Bandeirantes, Colégio Dante Alighieri, Vertice, Colégio Santo Américo, Colégio Rio Branco, Colégio Magno Mágico de Oz, ABSSTARTUPS, Instituto Casa Grande, Grupo Rabbit, Seppo e Unibes Cultural.

Além dos ativistas e personalidades convidadas, dos painéis de discussão e fóruns participam, ainda, diretores de tradicionais escolas particulares do Brasil, como os colégios Avenues School (SP), Bandeirantes (SP), Beit Yaacov (SP), Bernoulli (MG), Dante Alighieri (SP), Energia (SC), Farias Brito (CE), Farroupilha (RS), Galois (DF), GGE (PE), ISO (PB), Marista Arquidiocesano (SP), Poliedro (SP), Rio Branco (SP), Santo Américo (SP), São Luís (SP) e Vértice (SP).

Mais sobre o Educa Week 2021: considerado o maior evento de educação básica do Brasil, em sua sexta edição, vai reunir as maiores autoridades, líderes e ativistas do país, além de especialistas internacionais (das universidades de Harvard e Stanford), durante seis dias. A programação totaliza 40 painéis, com temas pautados nas novas demandas educacionais, geradas e impulsionadas pela pandemia. Serão abordados aspectos pedagógicos e socioemocionais, transformações geradas no pós-pandemia, os desafios para a escola pública de qualidade, edtechs, e, ainda, como melhorar os índices educacionais no Brasil. Serão debatidas, também, as tendências da educação no Exterior, com estudos de caso em países como Estados Unidos, China e Finlândia. Para completar, o Prêmio Destaque Educação irá reconhecer os projetos pedagógicos que transformaram para melhor a vida dos estudantes durante a pandemia. Confira a programação completa, acessando: https://educaweek.com.br/

Mais sobre o Iteduc: principal apoiador do Educa Week, o Institute of Technology and Education (Iteduc) é uma organização tem o propósito de transformar e aprimorar o desenvolvimento da educação, por meio de tecnologias digitais e metodologias híbridas de ensino e aprendizagem. Elaborado por uma equipe de educadores mundialmente reconhecidos, os cursos e metodologias do Iteduc tem como objetivo habilitar o profissional da educação para enfrentar os desafios que o século XXI e, principalmente, a nova realidade impõe ao setor de Educação, já que, mais do que nunca, a aceleração digital se faz presente, em todos os segmentos. 

Informações para a imprensa: Key Press Comunicação

Beatriz Marques Dias/ Giovanna Reggiolli/ Caroline Fakhouri / Katia Amorim

bia@keypress.com.br/atendimento2@keypress.com.br/ relaciona@keypress.com.br

terça-feira, setembro 28, 2021

Empresário Ivan D'Almeida deverá ser candidato a deputado federal pelo PL

A notícia pegou todos de surpresa: o empresário Ivan D’Almeida decidiu lançar o seu nome como candidato a deputado federal na eleição do ano que vem.

Ele tem conversado sobre o assunto com alguns interlocutores, entre os quais o deputado estadual José Maria Tapajós, que esteve sexta-feira passada mantendo contatos políticos em Itaituba e Trairão.

O deputado José Maria Tapajós, que também é do PL, faz parte da bancada de apoio ao governador Helder Barbalho, o que significa que, em sendo candidato, Ivan D’Almeida subirá no mesmo palanque.

O comandante em chefe do PL, no Pará, é ninguém menos que o vice-governador Lúcio Vale, o que significa que quem estiver no partido terá que acompanhar Helder na eleição.

Ivan D’Almeida foi candidato a prefeito de Itaituba por duas vezes, a primeira em 2016 e a segunda em 2020.

segunda-feira, setembro 13, 2021

Em rede social, Ricardo Salles aponta ministra Damares como candidata ao Senado no Pará

O ex-ministro compartilhou uma publicação que cita supostos nomes de confiança do presidente Jair Bolsonaro para concorrer ao Senado. Pelo Pará, a escolhida seria a ministra Damares Alves

O ex-ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, exonerado em junho deste ano, compartilhou em seu perfil do Instagram um post feito por uma apoiadora do presidente Jair Bolsonaro que cita prováveis nomes de confiança do atual chefe do Executivo Federal para concorrer ao Senado em 2022. Na lista, além do próprio Salles, como eventual candidato por São Paulo, tem o nome da ministra Damares Alves, como candidata pelo Pará.

Essa não é a primeira vez a ministra é apontada como candidata nas próximas eleições – além de Senadora pelo Pará, já foram divulgadas informações de que ela poderia concorrer a algum cargo eletivo por Sergipe ou Tocantins.

No entanto, em entrevista concedida ao Grupo Liberal e publicada no dia 22 de agosto, ela negou qualquer pretensão política. “Eu não tenho nenhum interesse em ser candidata a nada. Isso não está no meu coração. É uma questão pessoal. As pessoas quando falam “ah, mas você tem que ser”. Tem não, a mulher pode decidir se ela quer ou não. Não tem nenhuma pressão política para ser candidata e se tivesse eu ia dizer não. Porque eu acho que eu não nasci para o parlamento. Hoje, eu te garanto com certeza, não sou candidata a nada, a não ser cuidar do meu povo do Marajó”, afirmou.

“Quem sabe terminando essa minha gestão aqui, agora, eu não vá morar no Marajó, não vá trabalhar diretamente, fazer o que eu sei fazer: cuidar de criança. Eu queria muito voltar para a minha vida. Eu tinha uma vida extraordinária e hoje com esse cargo aqui a gente perde privacidade, a gente perde muita coisa. Mas eu estou cumprindo missão e missão dada é missão cumprida. Não vou entregar antes de cumprir essa missão; vou até o fim, mas, depois de cumprida essa minha missão, quem sabe eu não vá trabalhar numa dessas instituições que estão lá no Marajó cuidando de criança. Quem sabe eu não vá trabalhar numa igreja que está cuidando de criança. Quem sabe eu não vá fazer o que eu quero, ver a vida dessas crianças bem melhor. Ah, estão dizendo que eu vou ser senadora no Pará. Semana passada, saiu uma matéria que eu seria candidata a governadora em Sergipe, depois, candidata a senadora no Tocantins, senadora do DF, vice-governadora em São Paulo, agora eu sou senadora no Pará, mas já fui deputada federal também no Sergipe. Então, toda hora falam uma coisa, mas eu garanto a vocês que não sou candidata a nada”, completou a ministra.

Após a publicação do ex-ministro Ricardo Salles, assessoria de imprensa da ministra Damares Alves respondeu que o posicionamento dela não mudou e que ela não tem interesse nenhum em se candidar para as próximas eleições.

Fonte: O Liberal

segunda-feira, setembro 06, 2021

Frase de Bolsonaro afugentou o capital

Uma frase dita pelo presidente Bolsonaro piorou muito a percepção do mercado financeiro e dos investidores nacionais e estrangeiros sobre o Brasil. A afirmação de que ele tem três alternativas, a prisão, a morte ou a vitória, foi vista, na explicação de um banqueiro, da seguinte forma. “Quem entende que a derrota significa a sua morte tomará decisões irracionais. Essa fala foi para todos os investidores, com os quais eu converso, um marco, um ponto de inflexão”. E existem, explicou esse banqueiro, "US$ 15 trilhões sentados no exterior com juros perto de zero. Tem que atrair esse capital, mas ele não vem pra cá”.

O mundo da política e o da economia são bem diferentes. Mas o reflexo de um no outro é inevitável. Nos últimos dias, Bolsonaro conduziu uma escalada de ameaças institucionais, insinuações, truques de linguagem e manipulação como parte da mobilização para o ato de 7 de setembro, que ele convocou e comanda. Na política, cada palavra provoca reação, e o barulho aumenta. Na economia, tudo é visto com mais frieza e objetividade. Uma pergunta feita sempre é: o que isso muda de fato? Os que decidem o destino do dinheiro entenderam que Bolsonaro, assim desesperado, achando que está entre a morte e a vitória, não tomará decisões racionais.

— Esse marco recente mostrou que a coisa é bem pior. Até então tinha briga, muita tensão. A frase foi um ponto de inflexão — diz a fonte.

O que o presidente disse não foi tirado do contexto. Ele foi claro e depois repetiu o mesmo raciocínio. Em Goiânia, dia 28, falando para evangélicos para mobilizá-los a participar do evento do dia 7, Bolsonaro afirmou: “Eu tenho três alternativas para o meu futuro. Estar preso, ser morto, ou a vitória. Pode ter certeza, a primeira alternativa, ser preso, não existe.” Portanto, ele acha que tem duas opções: ser morto ou vencer.

Isso afasta investidores em geral. Ninguém quer vir para o país ou, se for local, fazer novos investimentos se o presidente está desesperado achando que luta pela própria vida e que a derrota o levaria à morte. Um presidente assim caminhará cada vez mais para a radicalização, elevando o nível de imprevisibilidades. Capital detesta o imprevisível.

Bolsonaro está encurralado e com muito medo. Aparecem cada vez mais denúncias sobre os crimes cometidos pelos seus quatro filhos e por uma de suas ex-mulheres. A popularidade dele está em queda, o que tem o efeito de derreter o apoio político. Para reverter esse quadro, Bolsonaro decidiu sequestrar a data nacional do 7 de setembro, como se ela fosse da sua facção.

Políticos de centro, com os quais conversei esta semana, afirmam que o evento será grande. Bolsonaro quer dar uma demonstração de força para o mundo político, para reverter esse clima de desidratação, assustar adversários e intimidar o Judiciário. O presidente usou de forma escancarada recursos públicos e a máquina pública para mobilizar seguidores. Em cidades do interior, panfletos são distribuídos convocando para a manifestação e caravanas estão sendo organizadas. Bolsonaro dedicou o tempo do expediente à organização dos atos. Que fique claro: não é uma manifestação à qual Bolsonaro comparecerá, é um ato organizado pelo presidente da República contra a democracia.

O governo perdeu a batalha dos manifestos empresariais. Primeiro, porque a maioria do capital — agronegócio exportador, industrial e financeiro — deixou claro que se opõe à escalada autoritária do presidente. Segundo, dividiu-se a área econômica do próprio governo. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, foi “incendiário”, segundo eu ouvi de duas fontes oficiais. Mentiu dizendo que o documento da Febraban seria uma carta em favor do impeachment, tentou empurrar Bolsonaro para brigar pessoalmente com os bancos e, por fim, criou o clima de “vale tudo” ao fazer ameaças aos bancos. “O Pedro estava incendiário porque é candidato e tem aspiração política”, me disse uma fonte do governo, sobre o presidente da Caixa.

Ouvi de um integrante do governo a seguinte avaliação: “Esta tensão não é boa para o ingrediente mais importante para a reeleição, que é a recuperação econômica. Quanto mais politizar o setor produtivo, quem está fora não entra, quem está dentro prefere esperar”. Bolsonaro criou um bumerangue que atinge a economia e seu próprio projeto.

Mirian Leitão

quarta-feira, agosto 18, 2021

Kassab: Bolsonaro está 'perdidinho' e caminha para a derrota em 2022

Após encontro com empresários e parlamentares, dirigente trata das perspectivas para o próximo pleito

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse na terça-feira, após encontro com empresários e parlamentares, que o presidente Jair Bolsonaro está caminhando para a derrota em 2022. Nos bastidores, Kassab tenta impulsionar a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ao Palácio do Planalto.

Segundo o dirigente do PSD, os conflitos de Bolsonaro com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) só prejudicam a postulação dele à reeleição. Na visão de Kassab, o presidente da República estaria "perdidinho".

 — É o estilo dele (Bolsonaro). Está em fim de governo, não surpreende ninguém. É o estilo (do confronto), cuja maior vítima é ele. O desgaste que ele está tendo é por causa dessa postura. Esse estilo de criar polêmica. Isso assusta. 

Há a questão da pandemia, aquelas manifestações negacionistas, sem máscaras, sem distanciamento social. Ele não respeitou. Isso não surpreende mais ninguém. É o desgaste que o está levando à derrota  — disse Kassab.No encontro, o presidente do PSD disse que está estudando várias pesquisas. Na sua análise, a maior parte do eleitorado está no centro, cenário que seria favorável a um candidato de perfil moderado. Com isso, aposta em um nome alternativo às candidaturas de Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

 — Cerca de 70%  da população prefere o candidato de centro  — disse Kassab

O presidente do PSD também desconsiderou qualquer risco de ruptura institucional a partir das ameaças de Bolsonaro ao processo eleitoral e ao Judiciário.

 — O Bolsonaro, se é que ele está pensando nisso (em ruptura), está sozinho. 

Em almoço com deputados, senadores e empresários, Kassab discursou sobre reforma eleitoral. Disse ser contra o retorno das coligações proporcionais, aprovadas pela Câmara. Ele espera que o Senado barre a medida.

Kassab defendeu ainda o valor de R$ 5,7 bilhões previsto pelo Congresso para o Fundo Eleitoral. Jair Bolsonaro prometeu vetar trecho da lei que estipulou o valor.

— Não tenho nenhum problema com esse valor, desde que se esclareça os critérios. Não é possível que (a verba) seja (revertida) só para quem tem mandato. O Congresso tem que deixar isso claro. O mínimo para a renovação. É melhor ter democracia do que não ter democracia.

Fonte: O Globo

domingo, agosto 15, 2021

Brasil vive escalada de grupos neonazistas e aumento de inquéritos de apologia do nazismo na PF

Discurso sectário de Bolsonaro contribui para ascensão de ideologia extremista, avaliam estudiosos

O Brasil vive uma escalada no número de células neonazistas, uma explosão de denúncias de discursos que exaltam essa ideologia de ultradireita nos meios digitais e um aumento de inquéritos que investigam o crime de apologia do nazismo na Polícia Federal.

Esse cenário sinistro acompanha uma onda global de grupos de extrema direita que levaram o secretário-geral das ONU, António Guterres, a instar a criação de uma aliança global contra o crescimento e o alastramento do neonazismo, da supremacia branca e dos discursos de ódio, especialmente a partir da pandemia da Covid-19.

"Tragicamente, depois de décadas nas sombras, os neonazistas e suas ideias agora estão ganhando popularidade", declarou o chefe da ONU em janeiro de 2021.

O Brasil parece ser um triste retrato desse movimento. De 2015 a maio de 2021, células neonazistas saltaram de 75 para 530, segundo monitoramento feito pela antropóloga Adriana Dias, que pesquisa há duas décadas as atividades desses grupos no Brasil.

Já um levantamento na Central de Denúncias de Crimes Cibernéticos da plataforma Safernet Brasil contabilizou uma explosão de denúncias sobre conteúdo de apologia do nazismo nas redes. Em 2015, foram 1.282 casos, ante 9.004 em 2020 —um crescimento de mais de 600%.

O ano de 2020 também marcou o recorde histórico de novas páginas de conteúdo neonazista e também o maior número de páginas removidas da internet por conta de conteúdo ilegal ligado às ideias do regime de Adolf Hitler. Foram 1.659 URLs (endereços) derrubadas no ano passado, contra 329 em 2015.

"Quando há remoção é porque o conteúdo era de fato criminoso ou violava os termos de uso dos serviços", afirma Thiago Tavares, presidente da Safernet Brasil, organização não governamental que atua na prevenção e no combate a crimes cometidos nos meios digitais.

"Quando o conteúdo é ilegal, as plataformas removem as páginas voluntariamente porque constatam que, de fato, há crime."

Além disso, o número de inquéritos que investigam o crime de apologia do nazismo no âmbito da Polícia Federal aumentaram, no mesmo período, de apenas 6 em 2015 para 110 em 2020. Só de 2019 a 2020, o crescimento das investigações desse tipo de crime foi de 59%. Os dados da PF foram revelados pelo jornal O Globo.

O crime de apologia do nazismo é normalmente enquadrado no artigo 20 da lei 7.716 de 1989. Ela prevê pena de dois a cinco anos de reclusão para quem fabrica, comercializa, distribui ou veicula símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica para divulgar o nazismo.

Tanto Dias, que acompanha as atividades desses grupos, como Tavares, que recebe e encaminha denúncias aos órgãos competentes, avaliam que a presença do neonazismo cresceu e ganhou visibilidade na esteira da ascensão do discurso sectário do hoje presidente Jair Bolsonaro.

"A fala de Bolsonaro é inflamatória. Suas práticas e discursos são determinantes para a ação e manifestação desses grupos tanto na internet quanto fora dela", avalia a antropóloga que, no mês passado, encontrou em seus arquivos uma carta do então deputado federal Bolsonaro publicada em 2004 em um site neonazista.

A página continha um banner com link direto para a página do político na internet. O caso foi revelado pelo site The Intercept Brasil.

"A descoberta da carta mostra um vínculo com os neonazistas pelo menos desde 2004. E, doravante, todos os sinais que observamos não podem ser vistos apenas como fatos aleatórios ou provocações, mas como projeto", afirma ela.

Coincidência ou não, em 2016, o neonazista Donato di Mauro foi condenado em Minas Gerais a mais de oito anos de prisão por apologia do nazismo e corrupção de menores e, entre seus pertences encaminhados ao Ministério Público, estava uma carta de Bolsonaro.

À época, Di Mauro causou revolta ao postar uma foto em que supostamente enforcava uma pessoa em situação de rua com uma corrente.

"É inegável que as reiteradas manifestações de membros do governo, que evocam gestos e palavras próprios da iconografia nazista, têm empoderado essas células no Brasil”, aponta Tavares. "Não são dois ou três exemplos. São vários. E isso faz com que esses grupos se sintam legitimados."

O presidente adotou como slogan um lema (“Brasil acima de tudo”) que emula o brado nazista “Deutschland über alles” (Alemanha acima de tudo). E seu ex-secretário da Cultura Roberto Alvim protagonizou vídeo em que imitava o ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels.

Em uma live, Bolsonaro e sua equipe tomaram todos copos de leite, num gesto considerado indicativo da exaltação à supremacia branca.

O assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, foi flagrado fazendo gestos considerados obscenos e racistas às costas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Ainda deputado, Bolsonaro defendeu alunos de um colégio militar de Porto Alegre que elegeram Hitler como personalidade histórica. E posou para foto ao lado de um “sósia” do ditador nazista.



quarta-feira, agosto 11, 2021

Flordelis tem o mandato cassado em votação aberta na Câmara

A deputada federal foi denunciada pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019.

A deputada federal Flordelis dos Santos Souza (PSD-RJ), foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como suspeita de ser a mandante do assassinato do marido.

O pastor Anderson do Carmo foi assassinado depois de chegar em casa com Flordelis, em Niterói, na região metropolitana do Rio, em 2019. Ele foi alvo de vários tiros na garagem da residência.

Na ocasião, Flordelis afirmou que o marido tinha sido morto durante um assalto e alegou que o casal estava sendo seguido por homens em uma moto quando voltavam para casa.

Nesta terça-feira (11), o plenário da Câmara dos Deputados cassou o mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob a acusação de ser a mandante do assassinato do marido, Anderson do Carmo.

Foram 437 votos a favor da cassação e 7 contrários, com 12 abstenções, em votação aberta -eram necessários ao menos 257 votos favoráveis para a cassação ser aprovada.

Antes da votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu dar preferência a um projeto de resolução, em vez de votar o relatório do deputado Alexandre Leite (DEM-SP) no conselho de ética, que recomendou a cassação do mandato da parlamentar. Se votassem o parecer de Leite, só haveria a opção de cassar ou não o mandato da deputada.

Ao dar preferência ao projeto de resolução, os parlamentares puderam apresentar emendas para propor penalidades mais brandas à deputada.

A decisão de Lira de mudar a forma de votação de processos de cassação tende a beneficiar os parlamentares acusados. Até então, cabia ao plenário apenas referendar a recomendação de cassação feita pelo Conselho de Ética ou arquivá-la.
 De agora em diante, caso haja apoio entre os partidos, o plenário poderá votar a aprovar uma punição alternativa, como suspensão do mandato.

Lira justificou a decisão. "Alterei a regra de discussão e cassação de parlamentar no plenário desta casa por um entendimento da Presidência no sentido de que o plenário é soberano e órgão maior de decisão na Casa legislativa", defendeu o presidente da Câmara.

"Essa Casa tem a liberdade de talvez arbitrar não por mérito de vossa excelência [advogado de Flordelis], mas por vontade dos senhores deputados, talvez uma pena menor, enquanto não se julgue", disse Lira. "Essa casa não tem competência para julgar crime penal. Essa Casa só tem competência para julgar falta de decoro parlamentar, e é isto que se refere este julgamento."

O presidente do conselho de ética, Paulo Azi (DEM-BA), contestou a decisão e argumentou que significava um desprestígio ao relator das representações no colegiado.

O suplente de Flordelis é Jones Barbosa de Moura (PSD), vereador do Rio de Janeiro que tem como bandeira a defesa da Guarda Municipal.

Fonte: Folhaprress

terça-feira, agosto 10, 2021

Relator da PEC do voto impresso prevê derrota no Plenário

Dep. Felipe Barros, relator da PEC 135/19
 O presidente da Câmara dos   Deputados, Arthur Lira, afirmou   que qualquer resultado da   votação deverá ser respeitado.

  Presidente da Câmara dos Deputados,   Arthur Lira (PP-AL), já havia afirmado que   o resultado da votação da proposta de emenda constitucional que torna obrigatório o voto impresso (PEC 135/19) será respeitado, seja ele qual for. Na fala, Lira também acrescentou que teve a garantia de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, vai respeitar a decisão da Casa.

Lira decidiu levar a proposta para o Plenário para que todos os deputados decidam sobre o tema. A intenção do presidente é votar o texto ainda nesta semana para “pacificar e serenar o País”.

A votação está marcada para acontecer nesta terça-feira (10), mas o relator da PEC na Câmara, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), admitiu que a proposta será rejeitada pelo plenário da Casa.

“Não acredito numa vitória do voto impresso, infelizmente. O debate saiu do aspecto técnico e, graças à campanha de desinformação promovida pelo próprio TSE, a aprovação da matéria fica prejudicada”, afirmou à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles. 

Ele completou dizendo à coluna: “qualquer possibilidade de meio-termo deve passar, necessariamente, pela impressão do voto em 100% das urnas. Se tivermos apenas 20% com impressão de voto, os outras 80% continuarão vulneráveis e inauditáveis”.

Para ser aprovada, uma PEC precisa do voto favorável de 308 deputados em dois turnos de votação, além de passar pelo Senado, também em dois turnos.

Fonte: Agência Câmara

Meu comentário: Ué, se não respeitasse a decisão do plenário, então, não seria mais democracia! Simples assim! E o presidente da Câmara fez uma declaração, pondo em dúvida a lisura da urna eletrônica, claramente para agradar o presidente da República.

Cada país faz a eleição do jeito que acha melhor. No Brasil, já está mais do que provado que a urna é segura. Se os americanos querem continuar com a eleição no papel, é problema deles. E que problema que se repetiu nas duas últimas eleições para presidente.

sexta-feira, julho 09, 2021

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco diz que confia na Justiça Eleitoral e que quem pretender retrocesso democrático será considerado inimigo da nação

Senador concedeu entrevista à imprensa nesta sexta-feira após Bolsonaro levantar novas suspeitas sobre a segurança das próximas eleições

BRASÍLIA — Após o presidente Jair Bolsonaro voltar a colocar em dúvida a segurança das eleições, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que "todo aquele que pretender algum retrocesso ao Estado Democrático de Direito será apontado pelo povo brasileiro como inimigo da nação". Pacheco disse que confia na Justiça Eleitoral brasileira e que não acredita que o sistema esteja suscetível a fraudes em 2022.

— Não podemos admitir qualquer tipo de fala, de ato, de menção que seja atentatória à democracia ou que estabeleça um retrocesso na democracia. Tudo quanto houver de especulações em relação a algum retrocesso á democracia, como a frustração das eleições próximas, é algo que o Congresso, além de não concordar, repudia veementemente. Nós não admitiremos nenhum retrocesso nesse sentido.

Pacheco também manifestou solidariedade ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, chamado de "imbecil" por Bolsonaro. "Discordo de qualquer ataque pejorativo que seja feito a ele (Barroso) ou a qualquer cidadão."

Em mais de um momento, Pacheco garantiu que as eleições acontecerão no próximo ano. Ele reforçou que as eleições e a democracia são inegociáveis:

— As eleições são uma realidade da democracia brasileira, são inegociáveis e o formato dessas eleições, que é algo que se discute muito hoje na sociedade, sobre a manutenção do formato atual ou de uma nova tecnologia através do voto auditável, é uma discussão que haverá de se ter com todos os personsagens da República, mas sem ataque a pessoas. Essa discussão não será feita pelo Executivo, não será feita pelo TSE, e sim pelo Congresso.

— Nesse momento precisamos de união de pacificação de busca de consenso, mas também precisamos também de firmeza para poder afirmar princípios e preceitos constitucionais que não serão transigidos em hipótese alguma pelo Congresso Nacional — disse Pacheco em outro momento.

Fonte: O Globo

Helenilson Pontes fala sobre possível candidatura para governador do Pará nas eleições 2022

Helenilson Pontes, presidente regional do Partido Social Democrático (PSD), em sua passagem por Santarém concedeu entrevista ao O Impacto, onde falou sobre os planos políticos do seu partido para as próximas eleições e respondeu questões sobre a possibilidade de sair futuramente como um dos candidatos a governador do Pará no pleito de 2022. 

Segundo Helenilson, que é um respeitado tributarista e na vida pública já ocupou o cargo de vice-governador, além de ter disputado a última eleição para o senado federal, a intenção é oferecer para o eleitor paraense mais uma opção de voto além dos grupos políticos que têm dominado o estado do Pará nos últimos 40 anos. Acompanhe:

O Impacto – O senhor poderia nos falar um pouco sobre o seu trabalho no PSD?

Helenilson – Nós fizemos um trabalho muito sério, duro e importante no PSD na eleição municipal. Eu organizei o partido no estado inteiro e saímos das urnas como a segunda maior força política do Pará, atrás apenas da força política capitaneada pelo governador do estado. Mas temos 18 prefeitos em cidades importantes, 27 vice-prefeitos e mais de 150 vereadores espalhados em mais de 80 cidades, além de termos disputado prefeituras nas maiores cidades, como Belém, Ananindeua e outras. O partido está muito bem posicionado no cenário municipal, saiu das urnas muito bem condicionado e estamos construindo para o ano que vem uma alternativa ao povo que fuja daquilo que acontece no estado nos últimos 40 anos, em que a política foi dominada por dois grandes grupos políticos, um familiar e outro de coloração partidária.

Então estamos construindo junto de outras pessoas que pensam igual uma candidatura que possa ser de centro-direita, que tenha compromisso com alguns valores como a melhoria da gestão pública, a ética na gestão, o respeito pelo povo do Pará e principalmente pelo povo do interior, que nunca teve a oportunidade de lançar uma candidatura ao governo do estado. A classe política em Belém nunca permitiu que uma candidatura nascesse no interior, dentro de um partido forte como o PSD, então a ideia é que a gente possa trazer para a sociedade uma opção democrática. Não é contra A ou B, é uma opção apenas diferente de tudo aquilo que existe e a gente quer mostrar que existe sim uma possibilidade de um novo rumo, novas ideias e novas soluções para os problemas do povo paraense.

O Impacto – O PSD fez parte de apoio a candidatura do atual governador?

Helenilson – O PSD estava muito dividido aquela altura, mas formalmente a sigla caminhou com o governador. Outra parte considerável dos deputados caminhou com o candidato do governo Márcio Miranda, então havia uma disputa interna muito grande, por isso nós não apresentamos nem candidatura majoritária. E hoje o partido está com outra cara, mais unido, e há uma compreensão de que é preciso que o PSD ocupe uma posição de protagonismo. Na democracia nós precisamos apresentar as opções para que o povo desista de quem não quer mais e decida e aponte os futuros que ele deseja.

O Impacto – Agora o pensamento é uma candidatura própria a governador?

Helenilson – Sim, a nossa ideia é apresentar uma candidatura a governador e se possível a senador também. Estamos conversando com outros personagens que pensam como nós e que têm a possibilidade de se apresentarem no cenário político como novidade. Eu tenho andado pelo estado todo e percebo uma ansiedade das pessoas por gente diferente, que tenha a possibilidade de apresentar novas alternativas e caminhos ao estado do Pará.

O Impacto – É dessa ideia que vem a questão do Pará merece mais/melhor?

Helenilson – O Pará merece mais porque não vamos conseguir mudar a realidade do povo com as mesmas regras do jogo e nem com as mesmas pessoas. É preciso que a gente pense fora da caixinha, apresente novas soluções. Eu acredito que a questão fiscal, por exemplo, é seriíssima, pois o Pará tem um dos menores orçamentos por habitante do Brasil, e tem uma das mais altas taxas de ICMS sobre energia elétrica, além de prejuízos bilionários com a não tributação da mineração.

São questões muito graves e que impactam diretamente o povo. Você sabia que se tributássemos apenas a exportação de minério, nós poderíamos dispensar o ICMS de todos os paraenses e de todas as empresas paraenses? Nós pagamos 25% na energia elétrica quando poderíamos pagar zero se tivéssemos a tributação das mineradoras que daqui tiram bilhões de dólares todos os anos de minério. Além da revisão da tributação da energia que mandamos para o resto do Brasil, pois quem fica com o ICMS dessa energia é São Paulo, o Rio de Janeiro, os estados grandes e desenvolvidos. 

O paraense fica com a pobreza. Nós somos o 11º estado em PIB, mas em produto e renda somos o 3º pior. Então é isso o que eu quero discutir, como é que pode nós vivermos em um estado tão rico, com tanta riqueza natural, e termos o 3º povo mais pobre?

O Impacto – É verdade que um grupo, envolvendo Helenilson, Simão Jatene, Zequinha Marinho e outros, está se aglutinando para enfrentar a máquina do governo hoje?

Helenilson – Meu nome saiu nessas notícias, mas quero deixar claro que não faço parte de grupo nenhum. Eu sou presidente estadual do PSD e temos um projeto político partidário que não é exatamente o caminho que está sendo trilhado por essas lideranças. Cada uma delas tem os seus próprios objetivos e desejos, e nós estamos construindo algo independente no PSD. Eu tenho conversado com todos esses personagens, mas não há nenhum tipo de entendimento no sentido de fazer bloco ou formar grupo como alguns blogs e sites noticiaram.

terça-feira, julho 06, 2021

Depois do 'up grade', prédio da Câmara vai ter dois pisos e dezessete gabinetes

Relação do Legislativo com o executivo é excelente, diz presidente

O vereador Dirceu Biolchi, presidente da Câmara, terminou o primeiro período legislativo dessa presente legislatura de bem com a vida e com o legislativo arrumo, no que tange ao gerenciamento financeiro da Casa de Leis. Ele fez questão de destacar que o poder legislativo termina essa primeira etapa com as contas em dia...

Dirceu. - Com certeza. A gente tem uma equipe de profissionais e colaboradores na nossa casa, que estão trabalhando 100%, como a gente se sempre pede, como tem que ser, e como a lei exige. Quero parabenizar, como presidente, os colaboradores, os profissionais que trabalham nessa casa, para nós atingirmos os 100% no Portal de Transparência.

         Nossa Câmara e Itaituba é que ganham com isso, assim como o nosso município ganha, e com certeza, essa casa vai ser vista com os olhos diferentes de outros tempos. Queremos fazer a diferença, queremos mudar e com certeza, com os colaboradores que nós temos dentro dessa casa nós vamos poder fazer um trabalho 100%.

         Blog do JP - Termina essa primeira fase desta legislatura com o anexo da Câmara com tudo funcionando?

         Dirceu – Sim, já está funcionando. A gente ainda não conseguiu adquirir mais móveis por causa do orçamento que a gente não tinha, mas, o anexo está funcionando, já temos o nosso projeto da reconstrução do nosso prédio feito e aprovado, que vai ser licitado já nos próximos 30 dias, e assim que licitar já vamos começar a obra.

         Blog do JP – Quanto Custar esse trabalho que será feito, pois será uma grande obra de reformulação do prédio?

Dirceu - A gente não tem os dados concretos ainda, por motivo dos preços dos materiais que vão subindo, mas, se fosse hoje, seria em torno de um milhão de reais.

Vai ser derrubada só a parte dos fundos. Vai ser ampliado o plenário, na parte dos fundos, que mede 15m por 30m, onde serão construídos os novos gabinetes e o administrativo. Onde estão os gabinetes e o administrativo, atualmente, vai mudar 100%, porque vai construir tudo do zero fazer, com dois pisos, e vamos deixar já com armação pronta para o terceiro piso.

         Blog do JP – Os gabinetes serão maiores do que os atuais, que são muito pequenos?

Dirceu - Com certeza, o primeiro piso vai ser destinado ao administrativo e o segundo piso vai ser só para os gabinetes, então, já vamos fazer já com dois gabinetes a mais, porque como o nosso município está crescendo, futuramente vai passar para 17 vereadores, então, a gente já programou até os gabinetes para mais dois vereadores.

         Blog do JP - Esse assunto de mais dois vereadores já foi até discutido na legislatura passada, mas aí, diante pandemia parou-se de falar, porém, com o eleitorado crescendo quase todo ano, o presidente acha provável que na próxima legislatura passe para 17 vereadores?

         DirceuHoje, ainda não se comenta novamente isso, mas, a gente prevê para o futuro, ou na próxima legislatura ou daqui a 8 anos, então, a gente já vem preparando a nossa casa e aumentando o plenário, aumentando os espaços, fazendo um trabalho mais adequado para que nós possamos trabalhar com os profissionais, com os vereadores, os assessores, num ambiente mais agradável, mais confortável.

Blog do JP - A relação do presidente da Câmara e do legislativo em geral com o executivo e com o prefeito nunca esteve tão favorável...

Dirceu – Pode ter certeza disso. É bom trabalhar juntamente com o executivo, com o prefeito Valmir Clímaco sempre atendendo as nossas demandas e trabalhando pelo município. Quem ganha com isso é a população e o município de Itaituba.

sexta-feira, junho 18, 2021

Rafael Colombo quer fim de quadro com Alexandre Garcia por causa de fakenews

A situação nos bastidores da CNN Brasil não está nada fácil. As divergências políticas entre os jornalistas têm se tornado motivo de confusões e até pedidos de demissão. 

O jornalista Rafael Colombo, 43, pediu para deixar o quadro Liberdade de Opinião na CNN Brasil, após um ano na apresentação. Ele estava descontente em apresentar o quadro, do qual Alexandre Garcia, 80, participa.

Pessoas próximas ao jornalista disseram à Folha de S.Paulo que ele já estava descontente há muito tempo de participar do quadro com Garcia. Ele já havia conversado com a direção da empresa para deixar o quadro, mas foi convencido a ficar.

A notícia de que Garcia ganhava dinheiro com vídeos de fake news, publicada pelo jornal O Globo, foi estopim para ele pedir para deixar o quadro. Dados entregues à CPI da Covid, mostram Garcia no topo de uma lista que lucra com notícias falsas. Colombo continua no jornal Novo Dia, ao lado da jornalista Elisa Veeck.

Em maio, os dois jornalistas tiveram divergências de opinião ao vivo durante o quadro no telejornal Novo Dia, da CNN Brasil. Colombo comentou a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que declarou a possibilidade de editar decreto para garantir o direito de "ir e vir". Garcia, que apoia o político, questionou o âncora e disse que Bolsonaro quer apenas cumprir a Constituição brasileira.

Garcia afirmou ainda que o presidente tem "todo o direito" de lançar o decreto para proibir governadores e prefeitos de determinarem restrições para o controle do coronavírus. "O direito à vida também está na Constituição. Os governadores e prefeitos não estão tentando garantir o direito à vida?", questionou então Colombo.

Após um período de silêncio, Garcia respondeu: "Eu não estou sendo entrevistado", fazendo referência à pergunta. Colombo então seguiu a apresentação e disse que os dois continuariam a conversa no dia seguinte, sexta-feira (7), já que não havia mais tempo.

O veterano, então, respondeu "não sei se voltamos". Após o jornal acabar, Colombo foi à chefia perguntar se estava fora da emissora, mas isso não aconteceu.

Procurada na época do desentendimento entre os jornalistas, a assessoria da CNN Brasil disse em nota: "A CNN Brasil declara que Alexandre Garcia permanece no quadro Liberdade de Opinião".

Comentário sucinto: Eu não assisto a jornalista que emite opinião sobre política, quando ele é um fanático admirador de algum político, como é o caso de Alexandre Garcia. Não tem crédito algum.

terça-feira, junho 15, 2021

Esquerda avança na América Latina: Centro-esquerda vence maior número de disputas para governador no Chile, e Piñera sofre amarga derrota

Forças tradicionais se fortalecem nas primeiras eleições para governador do país, marcadas pelo mais baixo comparecimento às urnas já registrado no Chile

México, Venezuela e Bolívia já estavam sob o comando de governos esquerdistas, agora, a extrema elegeu o novo presidente do Peru e a centro-esquerda venceu as eleições no Chile.

SANTIAGO — A coalizão de centro-esquerda Unidade Constituinte foi a grande vitoriosa e ganhou 8 das 11 regiões que disputava no segundo turno das eleições para governador no Chile, realizadas no domingo. Com o resultado, o bloco que substituiu a Concertação — a força mais poderosa desde a redemocratização, que governou o país de 1990 a 2010 — governará 10 das 16 regiões chilenas.

Já a coalizão Chile Vamos, do presidente conservador Sebastián Piñera, foi a grande derrotada, elegendo só um entre seus nove candidatos no segundo turno e nenhum no primeiro.

Apenas três governadores foram escolhidos no primeiro turno, realizado há um mês, o que significa que 13 regiões estavam em disputa no domingo.

Esta foi a primeira vez que o Chile realizou eleições para governador — até então, as regiões eram governadas por pessoas indicadas pelo Executivo federal. O pleito foi marcado pela baixíssima participação eleitoral: em meio a 13 milhões de chilenos aptos a votar, apenas 2,5 milhões compareceram às urnas, uma participação de 19,6%.

O Chile há muito sofre com o baixo comparecimento eleitoral, sobretudo desde a adoção do voto voluntário em 2012, mas esta foi a pior participação já registrada no país. No plebiscito de outubro de 2020, que definiu a substituição da Constituição, 50,95% dos eleitores participaram. Em maio passado, nas eleições conjuntas para os 155 deputados constituintes, prefeituras e governadores, o comparecimento foi de 43,41%.

O partido mais bem-sucedido no pleito domingo foi o Democrata Cristão, que venceu disputas em quatro estados, incluindo a Região Metropolitana de Santiago. O advogado democrata cristão Claudio Orrego obteve 52,7% dos votos contra a candidata da Frente Ampla, partido da esquerda mais jovem, a cientista política Karina Oliva, de 36 anos, que atingiu 47,27% dos votos.

No Chile, a Democracia Cristã é uma força progressista, que compõe a Unidade Constituinte. Também pela coalizão da UC, o Partido Socialista, que já ganhara a eleição na região de Aysén no primeiro turno, elegeu mais três governadores. A coalizão elegeu ainda dois candidatos independentes que concorreram por sua legenda, sendo um no primeiro e um no segundo turno.

A única vitória da direita foi a do jovem candidato independente Luciano Rivas, inscrito pelo partido Evópoli, que foi eleito para governar a região da Araucanía, tradicional terra dos índios mapuche, marcada por conflitos pela propriedade da terra.

O grande número de derrotas é um mau sinal para os quatro candidatos da direita que buscam suceder Piñera: Joaquín Lavín (UDI), Sebastián Sichel (independente), Ignacio Briones (Evópoli) e Mario Desbordes, da Renovação Nacional (RN), o partido de Piñera.

Já a Frente Ampla só terá um governador, em Tarapacá. Candidatos independentes foram eleitos para mais três regiões, governando ao todo quatro regiões.

Embora não haja correlação direta entre a inédita eleição de governadores e a eleição presidencial de novembro próximo, um triunfo da aliança formada pela Frente Ampla e pelo Partido Comunista teria fortalecido esse setor na futura disputa.

O resultado, ao contrário, dá nova esperança à ala moderada da oposição, que tem vários candidatos na corrida presidencial: a socialista Paula Narváez, o radical Carlos Maldonado e a senadora democrata cristã Yasna Provoste, a mais competitiva do setor.

No dia 18 de julho, os candidatos da esquerda ao Palácio de La Moneda, Daniel Jadue (do Partido Comunista) e Gabriel Boric (da Frente Ampla), irão disputar primárias para decidir quem representará a esquerda nas eleições presidenciais. Ambos apoiaram firmemente a candidata Oliva ao governo de Santiago, que obteve uma votação elevada, mas insuficiente para prevalecer sobre Claudio Orrego.

O governador eleito por Santiago, que tomará posse em 14 de julho, começou na política como estudante universitário nos anos 1980, na luta contra o regime militar. Depois foi ministro no governo de Ricardo Lagos (2000-2006), prefeito do município de Peñalolén durante oito anos e, durante o segundo governo de Michelle Bachelet, foi prefeito de Santiago, cargo que ocupou entre 2014 e 2018. Com reconhecida capacidade de gestão local, sua figura está fortemente relacionada à classe política convencional, contra a qual a sociedade chilena parecia se rebelar.

Fonte: O Globo e El País

terça-feira, junho 08, 2021

Mesmo ausente, vereador Conrado foi o maior destaque da seção

A orelha do vereador Delegdo Conrado deve ter esquentado entre as 09:30 e as 11:00 de hoje, pois seu nome foi citado dezenas de vezes pelos seus colegas de parlamento que fizeram uso da tribuna. Somente os vereadores Raimison Abreu e Ronny Freitas não falaram.

Os vereadores chegaram para a seção de hoje muito zangados com Conrado, por conta de um vídeo que ele gravou e fez circular nas redes sociais no final de semana, no qual ele criticou os demais edis por não terem ido prestigiar a manifestação para cobrar a construção de uma ponte sobre o Rio Tapajós.

Conrado usou palavras que machuraram seus colegas de Câmara, e o troco veio a galope.

O pau comeu pra valer na costa do vereador, que está para Brasília, e deverá ouvir muito mais quando voltar, na primeira seção da qual tomar parte.

Por ocasião da manifestação a favor da construção da ponte ligando Itaituba-Miritituba, sobre a qual o vereador Delegado Conrado gravou um vídeo que expôs a Câmara Municipal e ofendeu a empresa Rodonave.

O vereador Wescley Tomaz se pronunciou a respeito do assunto. Ele não poupou críticas ao colega, lamentando que ele estivesse ausente.

Wescley disse que o delegado vereador falou em nome da Casa de Leis sem autorização de ninguém.

"Falei que ele como vereador e delegado civil, em resumo, é um duplo fiscal, cumpridor da lei, pedi que ele apresentasse esses políticos a sociedade que usam essa gratuidade que ele se referiu, e que se ele quer aparecer que procure outros meios, mas, tentar denegrir imagem dos demais colegas não é o caminho, ainda mais com pronunciamento. Disse que ele é juvenil, inrresponsavel e demagogo. Quero ver quais foram as ações dele ao longo desses meses, que eu mostro as minhas, em vez de só buscar muita mídia com pouca ação prática", disse o vereador,
Uma assessora do vereador Conrado gravou os pronunciamentos.

O vereador Felipe Marques chama o vereador Conrado, de corrupto. Lembrou que gratuidade na balsa é para viaturas. Corrupto, repetiu Felipe.

Todos os vereadores falaram sobre esse imbróglio envolvendo o vereador Conrado.

Felipe Marques afirmou que Conrado tentou usar o nome do deputado federal Eder Mauro para marcar audiêtncia com a ministra Damares. 

A assessoria da ministra ligou para Éder Mauro perguntado sobre o vereador. Ele respondeu que não conhecia, e que seu contato em Itaituba é o vereador Felipe.

O vereador Peninha disse que gostaria de falar na presença do vereador Conrado e que quando ele estiver aqui vai dizer muito mais coisas do que falou na tribuna no tempo que usou hoje .

Peninha pediu que a mesa diretora faça uma advertência por escrito ao Vereador Conrado pelo fato dele ter exposto todos os vereadores desta legislatura a uma situação complicada diante da opinião pública.

O vereador Dirceu Biolchi também não aliviou. O presidente da Mesa Diretora, disse em aparte ao discurso de Peninha, que Conrado deve aproveitar o recesso de julho para internar-se e fazer um tratamento, pois ele está precisando e muito.

O espaço do blog fica à disposição do vereador delegado Conrado para responder as críticas dos seus pares, pois, ele ainda se encontra em Brasília.

Jota Parente


domingo, maio 16, 2021

Falando de Política: Deputado Eraldo Pimental (MDB) - Eleições, HRT, Itaituba e Transuruará

O deputa estadual Eraldo Pimenta concedeu entrevista exclusiva ao blog do Jota Parente, na qual ele fala das eleições do ano que vem, sobre avanços no atendimento no Hospital Regional do Tapajós, governo de Helder, Transuruará e outros temas importantes.

https://soundcloud.com/jparentedesousa/deputado-eraldo-pimenta-editado-15052021

sábado, maio 01, 2021

Bolsonaro é "sem alma nem ideal", diz ex-ministro

Muitos ministros que passaram pelo governo de Jair Bolsonaro não escondem a frustração em relação às atitudes do presidente do país. Não raro eles têm feito desabafos públicos, como uma tentativa de se distanciar do que consideram uma mudança de rumos diferente do que havia sido a eles prometido.

Cerca de um mês após pedir demissão do cargo de ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo publicou neste sábado (1º) em seu perfil em uma rede social uma sequência de postagens de tom crítico ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Um governo popular, audaz e visionário foi se transformando numa administração tecnocrática sem alma nem ideal. Penhoraram o coração do povo ao sistema. O projeto de construir uma grande nação minguou no projeto de construir uma base parlamentar", diz uma das postagens.

"Assisti a esse processo com angústia e inconformidade, e fiz o que pude, até onde pude, para preservar a visão original. Nisso estive quase sozinho. Vi confiscarem ao presidente seu sonho, anularem suas convicções, abafarem sua chama. (Não deixei que abafassem a minha.)", escreveu o ex-ministro.

Após dois anos como chanceler, Ernesto pediu demissão sob pressão da cúpula do Congresso e em meio a desavenças com diferentes setores da sociedade, como empresários, lideranças do agronegócio e até outros setores do governo. Ele foi substituído pelo embaixador Carlos Alberto Franco França.

Acusado de omissão no combate à pandemia, o ex-chanceler queixou-se no texto de sua carta de demissão, publicada no fim de março, de "uma narrativa falsa e hipócrita, a serviço de interesses escusos nacionais e estrangeiros, segundo a qual minha atuação prejudicaria a obtenção de vacinas".

Em suas postagens, Ernesto afirmou ainda que o governo de Jair Bolsonaro fez avanços, porém em 2020 "a reação do sistema, cavalgando a pandemia, começou a desmantelar essa esperança". O ex-chanceler também fez comentários sobre reformas e privatizações, alguns dos temas políticos estratégicos para o governo, que rendeu apoio do mercado e a marca de liberal a Bolsonaro em sua eleição.

"Leilões, privatizações, reformas tributária e administrativa? Se não for combatida a essência do sistema, estas serão reformas 'Gattopardo': mudanças para que tudo permaneça igual. Nenhuma 'articulação política' vai mudar o Brasil. Somente a pressão popular", afirmou na postagem.

Em uma das mensagens, porém, Ernesto adota um tom mais conciliatório e afirma que continua apoiando o presidente. "Muitos desprezam o sonho do PR [presidente da República] de mudar o Brasil. Eu, ao contrário, sempre acreditei, sempre estive e estarei com ele no seu amor pela liberdade e sua luta para libertar o povo de um sistema opressor. Com o apoio popular estou certo de que ele terá a força necessária para vencer."

Fonte: Folhapress

segunda-feira, abril 26, 2021

Países governados por populistas, como Brasil e México, sofrem mais com a pandemia

Faz grande diferença se os políticos se importam com seus cidadãos e se acreditam na ciência

Yascha Mounk

O cientista social Yascha Mounk é professor associado na Universidade Johns Hopkins e autor de "O Povo contra a Democracia".

A pandemia não tem lugar para narrativas simples.

A maioria das previsões que as pessoas fizeram há um ano se revelaram falsas. As democracias não se saíram sistematicamente melhor que as ditaduras. E o Estado não se mostrou mais eficaz que a economia global em lidar com as reviravoltas provocadas pela pandemia.

Mas um contraste simples traçado talvez se mostre acertado, afinal.

Nos primeiros meses da pandemia, muitos observadores argumentaram que países governados por líderes populistas que não confiavam na ciência e negavam a gravidade da pandemia sofreriam resultados piores. Possivelmente, especularam, isso até atrasasse ou revertesse a ascensão aparentemente inexorável dos líderes populistas nos últimos dez anos.

Então alguns países governados por políticos moderados, como França e Alemanha, enfrentaram dificuldades, enquanto alguns dos países governados por populistas autoritários, como Polônia e Hungria, pareceram estar se saindo surpreendentemente bem. A ideia de que os governantes populistas se sairiam especialmente mal acabou parecendo ser mais uma das teorias amplamente aceitas que não sobreviviam à fogueira dos vírus.

Tragicamente, esse não é mais o caso. Quanto mais tempo a pandemia vem durando, maior importância vem ganhando a qualidade da governança. Se lançamos um olhar ao mundo hoje, fica dolorosamente claro que os países governados por populistas vêm pagando um preço especialmente alto em termos de prejuízos econômicos, número de casos de Covid e mortalidade.

Sob a liderança errática de Jair Bolsonaro, o Brasil tornou-se uma das nações mais duramente atingidas do mundo. Hoje o país registra milhares de mortes por Covid quase todos os dias. Hospitais em todo o país permanecem absolutamente sobrecarregados. Em São Paulo, as autoridades anunciaram recentemente que pretendem abrir um “cemitério vertical” para dar conta de todos os corpos excedentes.

Mais ao norte, o México está desabando rapidamente sob pressão semelhante. O tratamento dado à pandemia por Andrés Manuel López Obrador vem sendo similarmente irresponsável. A catástrofe nacional agora está sendo inteiramente exposta, finalmente. Nos últimos meses o México teve 300 mil mortes a mais do que a média, e hospitais superlotados em todo o país rejeitam pacientes que poderiam facilmente ser salvos se pudessem ter acesso a atendimento médico.

O triunvirato das grandes democracias derrubadas por líderes populistas se completa com o país mais fortemente atingido pela pandemia no mundo: a Índia de Narendra Modi. Embora a maior parte da população continue sem acesso a testes do vírus, centenas de milhares de indianos hoje recebem diagnósticos da doença diariamente. O número de casos quintuplicou em menos de um mês, e o governo ainda não tem um plano coerente para enfrentar a pandemia.

As evidências do custo do populismo em termos da pandemia crescem em outros lugares também. Bolívia, Equador e Filipinas também fazem parte dos países mais afetados do mundo. E nos Estados Unidos, a transição de Donald Trump para Joe Biden evidenciou quanto um governo competente pode fazer para melhorar a situação, mesmo quando ele chega ao poder em uma fase já adiantada do problema.

Aqueles de nós que nos sentimos horrorizados com a ascensão do populismo nos últimos dez anos devemos interpretar essa realidade como uma confirmação trágica dos nossos piores temores. Fica claro que realmente faz grande diferença, sim, para o bem-estar do público se os políticos se importam com seus cidadãos, se acreditam na ciência e se são ou não restritos por freios e contrapesos que podem controlá-los quando eles saem dos trilhos.

O preço do populismo se revelou ainda mais letal do que poderíamos ter imaginado antes de esta pandemia terrível se alastrar pelo mundo.

Tradução de Clara Allain