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quinta-feira, setembro 09, 2021

SP vai usar força se caminhoneiro insistir em bloqueio; militares veem tensão sob controle

Exército considera crise séria, mas em declínio com pedido de Bolsonaro e prazo para fim de atos

O governo de São Paulo determinou que qualquer bloqueio de caminhoneiro que não seja desfeito por meio de negociações em estradas estaduais seja retirado à força pela Polícia Militar Rodoviária.

Um teste ocorreu nesta manhã de quinta (9), quando a PM conseguiu ver a rodovia Anhanguera desbloqueada na altura de Limeira (145 km de São Paulo). Os motoristas estão nas ruas desde o 7 de Setembro, para apoiar o governo de Jair Bolsonaro.

A situação é de alerta, não menos porque São Paulo é governado por João Doria (PSDB), o maior rival político do presidente entre os chefes estaduais. Entre integrantes de sua gestão, desde quarta (8) há o temor de ações coordenadas visando afetar a estabilidade do tucano.

Seja como for, o clima começou a desanuviar desde que Bolsonaro pediu para que os caminhoneiros se desmobilizassem. O governo Doria, contudo, não tem gestão sobre as rodovias federais que cruzam o estado —aí o problema é da Polícia Rodoviária Federal, e houve registro de ações em duas delas, a Dutra e. Régis Bittencourt.

Bolsonaro foi alertado por auxiliares que sua associação com o movimento após ter convocado os caminhoneiros a apoiá-lo nos atos golpistas do 7 de Setembro teria consequência sobre sua popularidade decadente, já que o desabastecimento seria o problema número 1 em caso de crescimento dos bloqueios.Na avaliação de oficiais-generais do Exército, a crise por ora está controlada, e não há a avaliação de que possa escalar para a confusão generalizada da greve de caminhoneiros de 2018. Teoricamente, a manifestação acaba à meia-noite desta quinta.

Militares sempre acompanham, por meio de seus serviços de inteligência, esse tipo de movimentação no país. A avaliação é de que, até pelo caráter político do ato agora, o temor de Bolsonaro de ver o caldo desandar vai colaborar decisivamente para encerrar a crise.

Fonte: Folha