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terça-feira, agosto 24, 2021

Vereador Peninha apresenta Moção de Aplausos a Jota Parente pelos 50 anos de rádio

Na seção desta terça-feira (24), o líder do governo, vereador Peninha, apresentou uma Moção de Aplausos para o radialista e jornalista Jota Parente, que completou 50 anos de trabalho no Rádio da região, no dia primeiro de agosto.

A moção foi aprovada por unanimidade.

O veredor disse que conhece o jornalista há muitos anos, tendo trabalhado com ele na Rádio Rural de Santarém, nos anos 1970.

disse também que o profissional era assíduo frequentador de sua casa, porque, embora muito mais novo, era amigo de seu pai, João Santos.

A grande paixão pelo Botafogo uniu Parente à família.

A moção será entregue na seção de amanhã, quarta-feira.

sábado, maio 29, 2021

Aumento de salários d Executivo Federal e de Palamentares é um tapa na cara dos brasileiros

É simplemente vergonhoso o aumento que deverá ser concedido aos poderes Executivo e Legislativo em nível federal, que está na Câmara e já foi aprovado pela Comissão de Finanças da Casa, presidida pelo deputado Virgilio Guimarães, do PT de Minas Gerais.

Quem tomou a iniciativa de propor os percentuais foi o ministro Paulo Guedes, que encaminhou a solicitação ao Congresso Nacional. O mesmo que pediu para o presidente congelar o salário de todo mundo, quando começou a pandemia.e 

Prestem bem atenção! O relator é do PT, chapa de primeira hora do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, e os beneficiados são os próprios congressistas, cuja maioria jamais vai reclamar disso, e o pessoal do Poder Executivo, que tem como chefe o presidente Jair Bolsonaro, que se elegeu montado no cavalo do cambate à corrução e aos desmandos governamentais do país, calado estava, calado ficou.

Essa imoralidade é um tapa na cara dos brasileiros que passam fome todos os dias, e de todos os cidadãos dessa nação, que pagam impostos.

Enquanto o aumento do Executivo federal poderá chegar a elevadosn 69% para alguns cargos, a mesma Câmara confirmou a proposta do governo federal para o estonteante aumento deo Salário Mínimo na ordem de 5,22%. Isso mesmo, 5,22%.

O presidente do Brasil recebe, até a presente data, R$ 30.904,00. Vai passar a receber se o aumento for aprovado, R$ 66 mil, ou 69%. 

O mesmo acontece com o vice-presidente Hamilton Mourão que deverá passar a receber R$ 63 mil.

Os ministros de Estado deverão receber algo em torno de R$ 55 mil.

Tem deputado colhendo assinaturas para derrubar isso no plenário.

É revoltante ver um pais que tem mais de 14 milhões de desempregados, e que teve um aumento muito grande do número de brasileiros que estão abaixo da linha de pobreza levar uma rasteira como essa, sem nenhuma cerimônia desses senhores de Brasília, que querem mesmo é que o povo se lasque.

E tem mais, esse aumento está vindo num momento em que os servidores públicos em geral estão com seus salários congelados até o final do ano, por conta de um decreto do presidente, por causa da pandemia. Parece que o decreto não alcança esses vampiros da administração pública brasileira.

Triste Brasil.

Jota Parente


quarta-feira, maio 19, 2021

A insistência no comparecimento da diretora do HRT na Câmara parece falta de assunto relevante

O assunto voltou à tona na seção de hoje na Câmara Municipal por parte do vereador Felipe Marques, mas, em sessões anteriores o tema foi ardorosamente discutido, inclusive pelo presidente da Casa de Leis, Dirceu Biolchi.

Talvez a direção do Hospital Regional do Tapajós esteja perdendo uma boa oportunidade para esclarecer para a população alguns fatos que vieram a público nas últimas semanas, como a demora exagerada reclamada por um paciente, que informou a imprensa, que já tinham se passado mais de vinte dias, e nada de sair o resultado de um exame de imagem que tinha feito.

Uma convivência  harmoniosa com órgãos locais e com a comunidade de um modo geral, creio que faria bem ao HRT e a todos, pois sua recusa em conversar com os vereadores soa estranha, como se estivesse escondendo alguma coisa. 

Esse é um lado dessa situação. O outro lado reside no fato da direção do HRT só ter obrigação de prestar contas ao governo do Estado através da SESPA, ou à Assembleia Legislativa do Pará. Quem paga é quem manda.

Dito isto, não vejo razão para a insistência de alguns vereadores, visto que a Câmara não tem nenhum poder sobre essa Organização Social que gerencia o Hospital Regional do Tapajós.

Aliás, a atual composição da CMI não anda nada bem nos comentários da população. Até agora, pode-se dizer que a montanha pariu um rato, porque de quem tanto se esperava, que era do vereador Delegado Conrado, nada aconteceu. De parte dele, os fatos que mais chamaram a atenção foram alguns problemas relacionados com o seu gabinete. Os outros, nem isso.

Sem o menor sinal de oposição ao governo do prefeito Valmir Clímaco, tem seção que chega a dar sono. As cadeiras destinadas ao público tem sido ocupadas por meia dúzia de assessores. Até os repórteres minguaram. Poucos estão indo ao local em busca de notícias, porque elas pouco acontecem. Os outros, nem isso.

Saudade dos embates César x Peninha, que lotavam as dependências da Câmara.

São apenas três meses de seções nessa legislatura, mas, parece que já faz muito tempo. Se continuar assim, vai ser duro aguentar os quatro anos.

Não tenho ideia de como os edis podem melhorarar sua produção, mas, ainda há muito tempo darem a volta por cima, desde que queiram fazer isso.

Jota Parente

quinta-feira, abril 01, 2021

Quem será o candidato do prefeito Valmir Clímaco a deputado estadual?

            A eleição para deputado estadual, assim como para deputado federal, senador e presidente da República vai ser somente em outubro do ano que vem, mas, as pedras já estão sendo mexidas. São muitas as conjecturas, como é normal em política. Algumas vingam, outras não.

          Ulisses Guimarães dizia, que em política, não se deve estar tão próximo que amanhã não possa ser adversário ou inimigo, nem tão distante, que amanhã possa ter dificuldade para estar próximo. Principalmente no Brasil, onde o pluripartidarismo predomina, a frase do Doutor Ulisses, o Senhor Brasil, é uma verdade incontestável.

          Pois é, aqui em Itaituba, nem bem virou o ano, começaram as conversas, inicialmente informais, sobre a eleição para deputado estadual, principalmente essa, embora esteja interligada com as eleições para governador, deputado federal e senador.

          Quem será o candidato do prefeito Valmir Clímaco a deputado estadual? Se fosse hoje, provavelmente seria o deputado Hilton Aguiar, mas a eleição só vai acontecer ano que vem, tempo suficiente para muita coisa mudar, até mais de uma vez.

          Eu perguntei ao prefeito, como anda a convivência política entre ele e Hilton. A resposta foi que está bem, está normal. Perguntei, também se é verdade que ele não gostou da secretária de Cultura Sueli Aguiar estar filiando-se no PSC. Valmir disse que não tinha nada a comentar sobre esse assunto.

          Dentre as possibilidades de candidaturas que são aventadas atualmente, cogita-se o nome de Hilton Aguiar como candidato a deputado federal, fazendo dobradinha com sua esposa, Sueli, que poderia vir candidata a deputada estadual.

Ocorre que também o ex-deputado federal Francisco Chapadinha, irmão de Hilton, também mantém conversas sobre uma possível candidatura ao mesmo cargo federal.

Trata-se de uma família, que sempre caminhou unida nas eleições anteriores. Com a experiência política que Hilton, Chapadinha e Nicodemos, o vice-prefeito, tem, a probabilidade de isso acontecer não soa como plausível, porque seria dividir forças e correr o sério risco de morrer todo mundo abraçado.

No começo do ano, ao participar do programa O Assunto é Este, na Alternativa FM, Hilton falou sobre uma possível candidatura a deputado federal, desde que contasse com apoio efetivo do governador Helder Barbalho, que até estaria propenso a fazê-lo. O partido seria decidido depois, com alguma chance de ser o MDB.

O deputado federal José Priante, que conta com os votos de Itaituba, não ficou muito satisfeito com essa engenharia política. Além de ser um dos maiores caciques do partido no Estado, Priante é sobrinho de Jader e primo de Helder, motivos mais que suficientes para jogar água fria na fervura.

Essa semana surgiram informações não oficiais dando conta de que Helder trocaria alguns indicados de Hilton por nomes apontados por outro deputado estadual em órgãos do Estado na região. Todavia, embora essa possibilidade sempre exista, pois tratam-se de cargos de confiança, seria de estranhar se isso acontecesse, pois do ponto de vista da política estadual, Hilton é a maior liderança da região Sudoeste do Pará, sendo um deputado com enorme chance de reeleger-se novamente, se tentar renovar seu mandato.

Ele já faz parte da base de apoio ao governo, então, não seria uma jogada inteligente, abrir mão de um deputado que tem peso político e pode ser muito importante para aumentar a votação do atual governador na disputa da reeleição.

Quanto ao motivo pelo qual o prefeito não teria ficado satisfeito com a possibilidade da filiação de Sueli Aguiar ao PSC, o desconforto atende pelo nome de senador Zequinha Marinha, que é o presidente da sigla no Pará, que está se assanhando para sair candidato ao governo do Estado, ano que vem.  

Uma coisa que posso afirmar sem medo de errar é que, se permanecer mais ou menos como está, o prefeito Valmir Clímaco deverá apoiar a candidatura de Hilton Aguiar a deputado estadual, mas, com uma mudança substancial na sua participação na campanha: não haverá mais apoio exclusivo a apenas um candidato.

Jota Parente

quarta-feira, março 31, 2021

Ditadura, nem pensar!

           Quem não viveu na época do golpe de estado de 1964, quando os militares depuseram o presidente João Goulart, assumindo o poder por longos vinte e um anos, ou não estuda a sério a História do Brasil, não tem condições de criticar ou fazer argumentações a respeito desse fato histórico que durou um quinto de século. Eu estava lá.

          Para aqueles que preferem ser marionetes, batendo continência, seja mantendo o seu emprego, ou qualquer outra atividade, pode ter sido uma maravilha. Esse negócio de liberdade de expressão, direito de ir e vir é coisa de quem está sempre insatisfeito com tudo, dizem eles.

          Eu prefiro a liberdade com responsabilidade. Não comungo dessas ideias de cerceamento dos direitos fundamentais dos seres humanos. Nem por isso, jamais tive que comparecer a uma delegacia de polícia, ou de um juiz de direito para dar explicações sobre qualquer malfeito, porque respeito as leis do meu país.

          De agosto de 1971, quando comecei no Rádio, até 1985, eu e meus colegas de trabalho sofremos muito com a censura. Houve um período em que a Delegacia da Polícia Federal ficava a uns 30 metros da Rádio Rural. Tempos muito complicados, em que a pressão era enorme e o medo de fazer alguma coisa que os caras não gostasse era grande.

          Hoje, dia 31 de março de 2021, completam-se 57 anos que a ditadura foi implantada no Brasil. A proposta inicial era para não demorar muito, pois o que se soube na época foi que dentro de um ano, ou um pouco mais, os militares promoveriam eleições diretas gerais, devolvendo o poder aos civis, o que só viria acontecer muito mais tarde.

          O Brasil era, naquele momento, um verdadeiro barril de pólvora, pronto para explodir diante da menor faísca. O populista Jânio Quadros, de direita, do qual pouco se fala, foi a razão dessa confusão toda, pois, calculou mal as consequências de sua renúncia. Ele esperava voltar nos braços do povo, mas, o que aconteceu foi que seu vice João Goulart, um populista de esquerda, assumiu a presidência e ficou.

          Naquele tempo, votava-se no candidato a presidente e no candidato a vice-presidente, assim como para governador e vice, e prefeito e vice. Por isso, Jango, que era vice de Juscelino, decidiu concorrer mais uma vez, sendo reeleito, apesar da disparidade política que havia entre ele e o presidente eleito.

          Jango assumiu e arregaçou as mangas para tentar colocar em prática seus ideais políticos, o que não foi possível com Juscelino. Reforma agrária era uma das metas do conterrâneo de Getúlio Vargas, tema que dava calafrios em todo mundo da direita, sobretudo nos latifundiários.

          O alinhamento de João Goulart com Cuba e União Soviética afetou os interesses de Washington na América Latina. O Brasil defendia a manutenção de Cuba no bloco de países interamericanos, o que ia de encontro ao que queriam os Estados Unidos. Não se deve esquecer que se vivia sob o clima da Guerra Fria.

          Com Jango o Brasil foi cambando, cada vez mais para a esquerda, até chegar ao ponto de ruptura quando, com apoio de fortes lideranças de direita, com o governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, e das vozes das ruas, e com as bençãos dos americanos, na noite de 31 de março para 1º de abril de 1964 aconteceu o golpe.

          Durante os vinte e um anos em que as forças armadas ficaram no poder, houve muitos investimentos em infraestrutura por todo o país, ao custo de um imenso endividamento externo. Direitos fundamentais foram restringidos e muitos brasileiros desapareceram para sempre, principalmente quem se envolvia em guerrilhas.

          É natural que chorem os seus mortos para sempre. Para a esquerda, foram mártires que lutaram para restabelecer a liberdade no país, porém, a liberdade ao modo como concebiam suas lideranças, seria liberdade para elas. Para o povo sobraria uma ditadura de esquerda, passando por cima de tudo e de todos.

          Talvez o golpe tenha sido um mal necessário que durou mais do que deveria, pois o país caminhava para uma anarquia política, cujas consequências seriam imprevisíveis. Provavelmente, seria implantada uma ditadura de esquerda, porque caminhava para isso, e aí seria trocar seis por meia dúzia, com agravante de que só um golpe defenestraria a esquerda do poder.

Nada há para comemorar nesse 31 de março, mesmo porque temos um presidente que, só não deu um novo golpe até hoje, porque não encontrou apoio de quem mais esperava, os militares do alto escalão, pois, sem nenhuma competência para fazer o gerenciamento político inerente ao cargo de comandante em chefe da nação brasileira, Jair Bolsonaro atolou o país numa crise política e crise de gestão poucas vezes vivenciadas na história do Brasil.

Aos jovens, sugiro que leiam, leiam bastante sobre esse marcante fato da história do país, que foi a ditadura militar. Evitem ficar repetindo o que dizem pessoas mais velhas, que por algum motivo tenham saudades dos anos de chumbo. Certamente, foi porque se beneficiaram com o regime, ou porque nunca prezaram esse bem inalienável, que é a liberdade plena.

Meu respeito pelos militares das três forças, Exército, Marinha e Aeronáutica, que com suas cabeças arejadas pelos ares do Século XXI, tem uma visão correta de que sua missão é servir o Estado, em vez de ser subserviente ao governo, qualquer governo. Ao não aceitarem embarcar nas aventuras tresloucadas de Bolsonaro, prestam um grande serviço ao Brasil.

Ditadura, nunca mais!

Jota Parente

 

quinta-feira, fevereiro 04, 2021

Bolsonaro e Ernesto Araújo se merecem, mas, quem paga a conta é o país

A conta do puxa-saquismo desavergonhado e a troco de nada, do presidente Jair Bolsonaro, em relação ao ex-presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, começa a chegar e pode ser muito salgada.

Durante dois anos, Bolsonaro lambeu as botas de Trump, como se o Brasil fosse uma republiqueta que vende bananas.

Um trabalho feito por dez universidades americanas, que começou a ser feito ano passado, o qual tem trinta e uma páginas, que foi entregue ontem ao presidente Joe Biden, recomenda que os acordos celebrados entre Brasil e Estados Unidos sejam suspensos, e que as exportações brasileiras de produtos agrícolas e de madeira que não puderem provar que foram produzidos sem prejuízo ao meio ambiente, também sejam paralisadas.

Estamos falando do segundo mais importante parceiro comercial do país, atrás apenas da China. Então, tratam-se de muitos bilhões de dólares em jogo, num momento em que a economia brasileira precisa muito das exportações para não piorar a situação da balança comercial.

As trapalhadas do presidente Bolsonaro e de seu ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, um terraplanista da turma do Olavo de Carvalho, tem colocado o Brasil em maus lençóis. Nunca a diplomacia do país esteve em mãos tão erradas e desastradas.

Ernesto Araújo já criou incidentes diplomáticos com a China e meteu-se a dar opiniões que soaram como intromissão na política interna de um país amigo, os Estados Unidos. Parodiando Romário, calado, o chanceler é um poeta.

Agora, do alto da sua prepotência, ou Bolsonaro engole o próprio vômito para tentar remediar a desastrosa política externa do seu governo, ou o Brasil arcará com as consequências das sandices do seu presidente e do seu muito amado ministro, pois já foi dito em tom zangado que Ernesto Araújo vai continuar no Itamaraty. Os dois se merecem.

O presidente Jair Bolsonaro tem grande apoio de empresários, incluindo os produtores rurais. Caso venham as sanções dos EUA, vai pesar no bolso dessa turma, e quando se mexe no bolso de alguém, há chiadeira. O bolso é a parte mais sensível do ser humano.

Jota Parente

quinta-feira, dezembro 10, 2020

Nem melhores, nem piores...

Semana que vem, terminam os trabalhos legislativos na Câmara Municipal de Itaituba. Haverá apenas uma sessão, a de quarta-feira, 16 de dezembro, porque dia 15 será celebrado o aniversário de Itaituba. Depois disso, somente a sessão solene de entrega de honrarias.

Nesses últimos quase quatro anos, alguns vereadores inseriram em seus discursos, por diversas vezes, que essa composição da Câmara é a melhor entre todas. Essa é a melhor Câmara que já existiu em Itaituba, afirmaram alto e bom som. De onde tiraram isso, não faço a menor ideia.

Nessa legislatura que está terminando, os vereadores erraram e acertaram como sempre aconteceu na Câmara. Houve momentos tensos, como na votação do projeto de lei do Executivo que aumentou bastante a Contribuição de Iluminação Pública (CIP), conhecida com Taxa de Iluminação Pública.

Como se diz que brasileiro tem memória curta, aliado ao fato da prefeitura ter colocado lâmpadas de LED em os cantos da cidade, e até em algumas cidades do interior, ninguém mais reclama do valor da CIP. É possível que alguns votos tenham sido perdidos em função do aumento.

Houve uma matéria em especial, que passou despercebida do grande público. Foi a aprovação de uma das contas do ex-prefeito Benigno Reges, que não poderiam ter sido votadas, porque eles nunca foram enviadas para a apreciação do Tribunal de Contas dos Municípios, o TCM, em Belém. Portanto, essa votação não poderia ter acontecido, jamais. Peninha absteve-se de votar.

O comportamento dos vereadores, no Brasil, tem muito a ver com a personalidade do governante de plantão. Itaituba não foge a isso, pois, diante da aprovação maciça da gestão do prefeito Valmir Clímaco, não sobrou alternativa a eles, se não, seguir o líder e surfar em sua onda. Davi Salomão e Manoel Dentista foram as exceções. Davi fez oposição e se deu mal.

Em tom de brincadeira, eu disse para alguns vereadores, que eles têm toda liberdade para fazer tudo que o prefeito quiser. Brincadeiras à parte, é exatamente isso que tem acontecido no decorrer desses quase quatro anos de governo. A procissão vai por onde o prefeito mandar.

Os três poderes são harmônicos e independentes entre si, sendo três funções com independência, prerrogativas e imunidades próprias. Obedecendo a essa regra basilar do Estado Democrático de Direito, a Constituição Federal de 1988 prevê em seu art. 2º: “são poderes da União independentes e harmônicos entre si, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário”.

A letra da nossa lei maior é muito bonita, mas, é fria como o gelo quando se trata dessa pretensa igualdade. Em vez de interdependência, o que se percebe, na maioria das vezes, como ocorre em Itaituba, é um atrelamento de um poder ao outro, Executivo e Legislativo. A regra geral é o Legislativo virar um puxadinho do Executivo.

Um vereador que ouse discordar do pensamento do “chefe”, cai imediatamente em desgraça e sua vida política complica-se. Não devia ser assim, mas é. E não é só aqui. Na verdade, há uma relação de subserviência de um poder em relação ao outro. Não é diferente com esses vereadores que se reelegeram, com os que estão saindo e com os que vão entrar, excetuando os que farão oposição ao governo.

Nem melhores, nem piores dos que os antecederam. Os vereadores dessa legislatura têm se comportado de acordo com a situação política do momento, cada qual com suas razões. É assim que a banda toca. Mesmo porque, esse tipo de comparação é muito subjetivo. Que venha a próxima composição da Câmara.

Jota Parente

terça-feira, novembro 24, 2020

A Denúncia do Vereador Diego, Que vai Ser Lembrada Por Muito tempo

 Está dando muito que falar a entrevista do vereador Diego Mota, concedida ao blog do Jota Parente, na qual ele afirmou que a compra de votos na eleição do dia 15 passado correu solta. Inclusive, disse que tem dezenas de gravações nas quais eleitores oferecem descaradamente o voto em troca de dinheiro.

          Na Câmara, hoje, antes e depois da sessão, nas rodinhas entre vereadores e o pessoal da imprensa, o assunto foi muito comentado, uns, achando que ele não deveria ter feito tal afirmação, outros, dizendo Diego deveria ter denunciado o fato para a Justiça Eleitoral, mas, alguns acham que ele está certo.

          A entrevista que Diego concedeu, aconteceu depois de três dias que a eleição aconteceu. Ele falou sobre isso, ontem, ao responder algumas críticas feitas assim que a entrevista foi publicada. Ainda estava sob o impacto do resultado negativo nas urnas. Talvez, hoje não fizesse a mesma afirmação com a mesma contundência.

          Não foi apenas o vereador Diego Mota quem falou isso. De forma um pouco mais comedida, Júnior Pires também tratou da compra de votos, o que Peninha também criticou com veemência na Tribuna da Câmara, terça-feira da semana passada, 17/11, quando disse que a compra de votos nunca foi tão escancarada.

          Tive conhecimento de um caso em que uma pessoa estava abordando os transeuntes. Sem nenhuma cerimônia, com dinheiro na mão para todo mundo ver, oferecia recompensa para votar no seu candidato.

          O vereador Davi Salomão também abordou essa questão na entrevista ao blog. Disse que tomou conhecimento do fato, mas, que não tinha provas, pois, se as tivesse, denunciaria.

          Quem ganhou pode dizer que isso é coisa de quem perdeu, mas, não é só isso, não. Tem muita pilantragem no dia da eleição. Infelizmente, é assim que parte do processo se dá, e Diego tem o mérito de ter sido corajoso, assim como Peninha, na Tribuna. Alguém precisa falar abertamente sobre essa aberração que tem influência no resultado final da eleição.

          É pura safadeza de candidatos e eleitores que se dispõem a isso. É corrupção pura. Difícil é escolher quem é mais safado dos dois, se candidato ou eleitor. E o resultado é que até o lado podre da sociedade fica representado no legislativo. Para o bem e para o mal, a Câmara representa o extrato da sociedade. Seja pelo voto conquistado honestamente, ou por meio de subterfúgios, ninguém vai ocupar uma cadeira por decreto.

          E não adianta culpar a Justiça Eleitoral, ou o Ministério Público Eleitoral, porque não tem como nomear um fiscal para cada cidadão para impedir que haja algum tipo de corrupção no pleito. Contra a safadeza, e contra o mau-caratismo de pessoas que tem o livre arbítrio para escolher entre o certo e o errado, e preferem a segunda opção, pouco ou quase nada se pode fazer.

          Quanto a Diego Mota, quem vive em Itaituba vai lembrar por muitos anos, da sua denúncia em tom de desabafo. Pode ter sido no ardor da emoção do resultado negativo das urnas, mas, foi uma inestimável contribuição para a democracia, porque, somente os covardes se calam diante de descalabros como esse. E quem cala, consente.

          Jota Parente

quarta-feira, novembro 11, 2020

"O destino dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus"

Jota Parente
Jota Parente
      De acordo como informa o Tribunal     Superior Eleitoral (TSE), na eleição do     próximo domin go 147,9 milhões de   brasileiros deverão ir às urnas nos dias 15   (primeiro turno) e 29 (segundo turno) de   novembro para escolher seus   representantes municipais: 5.568   prefeitos, 5.568 vice-prefeitos e 57.942   vereadores.

O TSE estima que 750 mil candidatos disputarão essas vagas em todos os estados do país, exceto no Distrito Federal, onde não há eleições municipais. No meio de tanta gente podem existir diversos advogados, sapateiros, médicos, professores, farmacêuticos, policiais, jornalistas, psicólogos e muitos, muitos outros profissionais.

Os números são robustos, inclusive em Itaituba, que tem carca de 190 candidatos ao cargo de vereador e dois a prefeito.

Embora sejam apenas dois os candidatos a prefeito, a proibição de coligações na eleição para vereadores fez com eles sejam muitos.

Como diz o velho ditado, chegou a hora de saber quem tem garrafas secas para vender. Todos estão correndo atrás de votos, tentando fechar compromissos que resultem em sufrágio no dia da eleição.

Por conta disso, a sessão de hoje na Câmara foi de faz de conta. Só cinco vereadores deram as caras, e até o presidente da Mesa Diretora, Manoel Dentista, estava com pressa.

Ele abriu e fechou a sessão, mas, o vereador Peninha chamou sua atenção informando que não havia quórum para votações, mas, que isso não impedia que houvesse o uso da tribuna.

Manoel deu a palavra para Peninha, que também não estava lá muito inspirado, preocupado em tentar emplacar o nono mandato consecutivo. Falou pouco, disse menos ainda, e a sessão foi encerrada, durando menos de dez minutos.

Na primeira sessão da semana que vem, algumas cabeças baixas serão notadas. Aqueles que não se reelegerem vão começar a se despedir.

Eu faço uma projeção de que no GRUPO DA MORTE, que tem treze vereadores ex-vereadores e secretários, manterão seus mandatos, no mínimo sete e no máximo nove dos atuais.

No grupo do candidato Ivan D'Almeida é um tanto complicado fazer uma projeção mais confiável, todavia, vai continuar vereador, no mínimo, um dos dois vereadores com mandato, Manoel Dentista e Davi Salomão. Os dois tem boas chances de ficar no cargo.

Hoje um vereador do grupo de Valmir comentou comigo, que acha possível que o delegado Conrado se eleja. Segundo esse vereador, o delegado está bem cotado, capitalizando votos da parcela da população que não vota em Valmir, de jeito nenhum, nem em seus candidatos a vereador.

Olhando por esse prisma, faz sentido, mas, tudo vai depender do desempenho de Ivan D'Almeida nas urnas, pois quanto melhor ele for votado, maior será a chance de eleger mais vereadores. Quantos, só esperando domingo à noite chegar.

Sei que tem muite gente decepcionada com política no Brasil. Motivos não faltam, porém, deixar de participar do processo eleitoral, em vez de resolver, só faz piorar as coisas, porque é tudo que políticos corruptos querem é que nos mantenhamos alheios ao que acontece nos poderes da República.

"O castigo dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus", disse Platão. Então, se você não participa, quando as coisas derem erradas, não culpe a política, culpe a nossa falta de interesse por este tema de suma relevância ao qual não damos o devido valor.

Jota Parente