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domingo, outubro 24, 2021

Invasão, destruição e BO: leia a súmula do jogo do Paysandu

Agoleada sofrida pelo Paysandu para o Ituano no Estádio Banpará Curuzu pode ter surpreendido torcedores mais esperançosos, que acreditavam na reação de um time que, ao longo de todo ano, talvez só tenha tido uma boa atuação: contra a Tuna, na última partida do Campeonato Paraense.

Entretanto, com observações mais frias, até os mais "apayxonados" conseguirão observar que o Papão - ainda que tenha condições matemáticas - provavelmente permanecerá mais um ano na Série C e que isto já era imaginado ao longo de toda a competição, em que não houve nenhuma partida com boa performance bicolor. Para a busca do acesso no ano que vem, as dificuldades que ainda virão parecem ser bem maiores.

Não bastasse uma diretoria, digamos, "confusa", que não acertou na montagem de elenco e nem na escolha de técnicos, o Clube de Suíço ainda deve atuar em 2022 longe de Belém ou mesmo sem torcida. Isto porque o árbitro Jefferson Ferreira de Moraes (Federação Goiana de Futebol) destacou todos os absurdos cometidos por um grupo de vândalos que se dizem torcedores e que integram a principal torcida organizada do Papão, a mesma que já atrapalhou o clube anos anteriores com inúmeras outras punições.

Na súmula, o juiz relatou que os "torcedores" arrombaram um portão localizado no canto do campo onde se encontrava o árbitro assistente 2, sendo contidos apenas com a intervenção da Polícia Militar (PM).

Vale destacar que o ambiente no estádio, desde o início da partida, já era bastante hostil, foi piorando após o primeiro gol do Ituano e "explodiu" após o terceiro tento dos paulistas. Além disso, há que se observar que seguranças do Paysandu se concentraram na área da arquibancada central, atrás dos bancos de reservas, enquanto a PM permaneceu principalmente na arquibancada da travessa do Chaco, deixando a da Curuzu, onde fica a dita "torcida", livre. Foi exatamente ali onde ocorreu a invasão, nada surpreendente para quem estava no estádio e notou as falhas na segurança.

O árbitro relatou ainda que "foram arremessados no gramado vários objetos como: chinelo, garrafas pets, cadeiras e mesas plásticas, além da destruição de algumas placas de publicidade".

Na súmula, que não cita os cantos e gritos homofóbicos proferidos pela mesma "torcida", facilmente audíveis, e que seguem sendo crimes, Jefferson de Moraes informa que a partida só foi reiniciada após conversar com o comandante do policiamento, que garantiu a segurança no local - que, é bom lembrar, já estava praticamente vazio com a saída de quase todos os torcedores.

Por fim, o árbitro goiano informou até mesmo que um boletim de ocorrência policial foi feito, após identificar Gustavo Henrique Lopes de Castro, apenas um dos mais de 40 invasores do gramado.

Veja o que foi descrito na súmula pelo árbitro: 




E AGORA?

Em campo, a vitória do Botafogo-PB por 1 a 0 diante do Criciúma manteve chances para o Paysandu, que deve vencer seus dois últimos confrontos e torcer para que o Ituano vença tanto o Tigre catarinense como o Belo paraibano.

Já em relação ao futuro jurídico do Bicola, resta aguardar o caminhar dos trâmites no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que deve render ao Papão multa e perda de mando de campos na temporada 2022.

Fonte: DOL