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sexta-feira, julho 15, 2022

Fonoaudióloga é suspeita de violentar crianças autistas


A médica supostamente se referia às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) como “filho da puta”, “demônio”, “chato”, “insuportável”, entre outros termos.

A denúncia feita à Polícia Civil acusa uma fonoaudióloga de maus tratos à crianças autistas. Os abusos teriam acontecido em uma clínica fonoaudióloga em Duartina, interior de São Paulo.

As crianças teriam sido agredidas, trancadas em salas e tocadas em seus órgãos sexuais. A polícia teve acesso de conversas onde a fonoaudióloga, que atendia as crianças, utilizava expressões de baixo calão para se referir aos pacientes. “Demônio”, “chato”, “insuportável”, foram alguns dos termos utilizados pela fonoaudióloga. 

“Cagou minha sala inteira. Filho da p***”, dizia uma das mensagens enviadas pela fonoaudióloga.

As denúncias foram feitas por uma ex-funcionária que foi contratada como acompanhante terapêutica. Ela decidiu ir à polícia quando viu um menino levar um tapa e fez vídeos, fotos e áudios das agressões. 

O telefone da ex-funcionária foi apreendido para perícia do material gravado. A polícia também apura se houve crime de tortura.

Maus tratos

Em depoimento, uma mãe disse que seu filho de 3 anos relatou que a “tia” tocava em seu órgão genital. Outra mãe descobriu que seu filho de 9 anos ficava trancado em uma sala. Uma foto mostra a criança, que possui autismo severo, com as mãos apoiadas em um vidro. A mãe contou que seu filho voltava para casa urinado e sem camiseta.

A mãe de um menino de 6 anos, diagnosticado com autismo em grau severo, acusou a fonoaudióloga de ter dado um tapa na boca da criança depois que ele a mordeu.

A defesa da fonoaudióloga disse que por não haver ainda um inquérito formal é preciso cautela e prudência ao se analisar as denúncias “tanto em respeito à pessoa das acusadas como às supostas vítimas”.

Ainda em comunicado, a defesa afirmou que a fonoaudióloga está colaborando com as investigações policiais. No entanto, a família da investigada teve de sair de casa por temer represálias.

Fonte: Metrópoles