Muitas
pessoas que contraem o coronavírus, quando recebem alta do tratamento ficam com
algumas sequelas, umas mais leves, outras mais pesadas.
Uma
das piores é a necessidade continuar precisando fazer sessões de hemodiálise
por causa dos danos que o vírus causa aos rins.
Isso
aconteceu com o ex-deputado federal e advogado Dudimar Paxiúba, que atualmente
tem permanecido mais em Santarém do que em Itaituba, porque somente lá, nesta
região, existe esse serviço para pacientes considerados crônicos.
No
caso dele, os médicos ainda trabalham com a possibilidade de num futuro próximo
não precisar mais fazer as sessões.
Dudimar
teve uma conversa por telefone com o prefeito Valmir Clímaco, sugerindo que o
mesmo analisasse a possibilidade de implantar o serviço de hemodiálise no
Hospital Municipal de Itaituba.
Contatado
pela reportagem do blog do Jota Parente, o secretário de saúde Iamax Prado,
disse que foi chamado pelo prefeito, logo depois do telefonema de Dudimar, para
conversar sobre o assunto.
Iamax
informou que fez o levantamento dos custos, que foi apresentado ao prefeito,
que concluiu não ser viável esse investimento no momento.
Valmir
afirmou que conversou sobre o assunto com o governador Helder Barbalho, tratando
da implantação do serviço de hemodiálise no Hospital do Tapajós.
Helder,
segundo disse o prefeito, respondeu que o Estado iria providenciar a licitação
das máquinas, pois, já existe uma um espaço reservado para isso no HRT.
De
acordo com o projeto, o Hospital Regional do Tapajós deverá ter vinte e duas
máquinas de hemodiálise funcionando, quando estiver em plena atividade.
Atualmente
existe apenas uma máquina, que atende os pacientes de covid que necessitam
desse tipo de serviço especial.
Enquanto isso, mais de vinte pessoas de Itaituba são obrigadas a residir em Santarém para fazer as sessões, enquanto o serviço não é oferecido aqui.
Diante
desse quadro, resta aos políticos da região com acesso direto ao governador, o
prefeito Valmir Clímaco e os deputados estaduais Hilton Aguiar e Eraldo Pimenta,
pressionar o governador para que apresse a compra das máquinas.
Está
mais do que claro, que em virtude da situação ainda muito complicada da
covid-19, que exige toda atenção possível, é preciso ter um pouco de paciência
para que isso aconteça.
Custos
elevados
O
preço de uma máquina de hemodiálise não chega a ser tão alto. Segundo as
pesquisas feitas pelo blog, variam de R$ 15 mil a R$ 38 mil. Ocorre que esse é
apenas um dos custos.
O
médico Telmo Moreira Alves, que tem mais de 40 anos de profissão e atua na
linha de frente contra a covid, no Hospital Regional do Baixo Amazonas, dono de
um centro médico em Santarém, em conversa com o blog a respeito dessa questão,
deu alguns detalhes do funcionamento de um centro de hemodiálise.
“Os
profissionais que trabalham no setor de hemodiálise, precisam ser todos especializados.
Necessita de um nefrologista com especialização nesse serviço, um por plantão.
Da mesma forma, enfermeiros e técnicos de enfermagem precisam de treinamento
específico”.
Depois
de todas essas colocações, fica claro que o município não vai investir nessa
área, pelo menos por enquanto, e que o caminho a seguir é mesmo convencer o
governo do Estado a colocar o centro de hemodiálise do HRT para funcionar, o
mais breve possível.
Jota
Parente