Mais uma rasteira foi dada pelo presidente Donald Trump no Brasil.
Bolsonaro já tinha até o nome escolhido para disputar o comando do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, e contava com o fundamental e decisivo apoio de Trump, que mudou de planos.
Os Estados Unidos decidiram lançar candidato próprio, um cubano-norte-americano, que deverá ser o próximo a sentar na cadeira de presidente do banco.
Questionado, o presidente brasileiro limitou-se a dizer: é um direito deles ter candidato próprio. Certamente, por falta de um argumento melhor.
Bolsonaro custa a entender, que os norte-americanos só são grande amigos, quando o assunto interessa a eles. Fora disso, é o famoso. "Mateus, primeiro os meus".
Enquanto insiste no papel de capacho, na sua condição de subserviente, o Brasil vai perdendo protagonismo cada vez mais.
Hoje, com um presidente néscio e com uma política externa tocada por um chanceler tosco, como se pode melhorar essa imagem?
O escritor norte-americano Benjamin Moser, prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural em 2016 e autor da biografia de Clarice Lispector, escreveu uma carta endereçada a Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores de Jair Bolsonaro, afirmando que a imagem do Brasil no exterior ficou pior com o novo governo, graças às declarações “ridículas” que o chanceler têm dado sobre aquecimento global, combate à globalização e outros assuntos.
Poucas vezes na História, o Brasil teve uma imagem tão ruim no exterior, como agora.
Jota Parente