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sábado, junho 12, 2021

Chefe da maior milícia do Rio morre depois de ser balaeado

RIO — A Polícia Civil informou que o miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto neste sábado, dia 12, foi baleado duas vezes na Operação Dia dos Namorados. Ele era o chefe da maior milícia do Rio e um dos bandidos mais procurados do país. O primeiro tiro ocorreu na casa da família dele, na comunidade Três Pontes, em Paciência, onde estavam sua mulher e três filhos, enquanto tentava fugir. Já o segundo, de acordo com Tiago Neves, da Subsecretaria de Inteligência, foi dentro da van que o levava até o helicóptero, onde Ecko tentou retirar a arma de uma policial. 

Policiais que estavam na van relataram que o criminoso chegou a apertar várias vezes a arma da agente, mas o equipamento estava travado. Então um colega dela, lotado na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPim), efetuou o disparo.

Ainda segundo os investigadores, no momento na abordagem ao miliciano dentro de casa, ele mostrou-se alterado, levantando hipótese de ter usado drogas. Os agentes descreveram gritos de que ele era "o Ecko" é que era o "Welington". Um dos policiais contou que mesmo ferido, o criminoso dizia que estava bem.

Investigadores tinham descoberto que Ecko visitaria a mulher no Dia dos Namorados, conforme revelou o subsecretário de Polícia Civil, Rodrigo Oliveira, na coletiva para detalhar a ação, na Cidade da Polícia. Segundo o subsecretário, foi feita uma prontidão de três dias.

Após o primeiro tiro, Ecko foi levado de Paciência para a Lagoa, de helicóptero, de forma a cumprir o procedimento para casos como esse. Durante o trajeto, houve o segundo tiro. De lá, foi de ambulância até o Hospital Miguel Couto, onde chegou morto.

O delegado Felipe Curi, diretor do Departamento de Polícia Especializada, detalhou como se deu a ação para localizar Ecko.

— Estávamos hoje (sábado, dia 12) desde o início da madrugada perto do local com quatro equipes concentradas em algum locais. Estávamos aguardando informações com nossa inteligência se o alvo ia ou não se encontrar com sua esposa por ocasião da data (dia dos namorados). 

Tivemos uma confirmação de que ele tinha chegado ao local por volta das 5h. Não tínhamos 100% de certeza, e sim 95%, mas só entraríamos com 100%. Fizemos uma digilência e confirmamos. 

Tivemos um efetivo muito reduzido, com 20 policiais. Equipes entrando na parte de trás da casa, outros entrando pela frente. Quando o helicóptero sobrevoou, ele tentou fugir justamente por trás. Houve algum confronto, e ele voltou pela frente. As equipes que entraram pela frente literalmente deram de cara com ele e o neutralizamos.

Presente na coletiva de imprensa, Claudio Castro tirou uma foto junto com os agentes que participaram da operação e elogiou o trabalho.

Fonte: O Globo

quinta-feira, maio 06, 2021

25 Mortes no Rio: Castro lamenta 'vidas perdidas' em operação no Jacarezinho, mas diz que ação foi pautada em 'trabalho de inteligência'

Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, o governador do Rio, Cláudio Castro, lamentou as 25 mortes decorrentes da operação da Polícia Civil no Jacarezinho. De acordo com o comunicado, "a ação foi pautada e orientada por um longo e detalhado trabalho de inteligência e investigação, que demorou dez meses para ser concluído". Como O GLOBO publicou hoje, a ação pode ser considerada a mais letal da História do estado do Rio. Um agente morreu no confronto.

Castro disse ser "lastimável que um território tão vasto seja dominado por uma facção criminosa que usa armas de guerra". O Palácio Guanabara reforçou que os locais em que foram registrados confrontos e mortes já passaram por perícia.

Mais cedo, o Ministério Público do Estado do Rio Janeiro (MPRJ) afirmou que "desde o conhecimento das primeiras notícias referentes à realização da operação que vitimou 24 civis e um policial civil, vem adotando todas as medidas para a verificação dos fundamentos e circunstâncias que envolvem a operação e mortes decorrentes da intervenção policial, de modo a permitir a abertura de investigação independente para apuração dos fatos, com a adoção das medidas de responsabilização aplicáveis".

O órgão disse ainda que o canal de atendimento de seu plantão recebeu, na tarde desta quinta-feira, notícias "sobre a ocorrência de abusos relacionados à operação em tela, que serão investigadas". Acrescentou que, ao saber dos fatos pela imprensa e pelas redes sociais, começou a atuação da Coordenação de Segurança Pública, do Grupo Temático Temporário e da Promotoria de Investigação Penal.

Já a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Municipal, a vereadora Teresa Bergher (Cidadania) afirmou, em nota, que também vai acompanhar e cobrar explicações dos setores de segurança pública do estado sobre a operação policial que resultou em 25 mortes. Ela afirmou que é preciso "cobrar da polícia um mínimo de inteligência, para evitar novos banhos de sangue, que não resolvem absolutamente nada".

Fonte: O Globo