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segunda-feira, maio 23, 2022

Governo demite presidente de PETROBRAS depois de 40 dias no cargo

O Ministério de Minas e Energia anunciou na noite desta segunda-feira (23) a demissão de mais um presidente da Petrobras. Após 40 dias no cargo, José Mauro Ferreira Coelho foi dispensado. Ele foi o terceiro presidente da estatal no governo Jair Bolsonaro. Os dois anteriores, também demitidos, são Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna.

Leia a íntegra de nota do Ministério das Minas e Energia:


Nota oficial - Presidência da Petrobras


OGoverno Federal, como acionista controlador da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, participa que decidiu promover alteração da Presidência da Empresa.


O Governo consigna ao Presidente José Mauro os agradecimentos pelos resultados alcançados em sua gestão, frente a Petrobras. O Brasil vive atualmente um momento desafiador, decorrente dos efeitos da extrema volatilidade dos hidrocarbonetos nos mercados internacionais.


Adicionalmente, diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel, mas sobre todos os componentes energéticos. Dessa maneira, para que sejam mantidas as condições necessárias para o crescimento do emprego e renda dos brasileiros, é preciso fortalecer a capacidade de investimento do setor privado como um todo. Trabalhar e contribuir para um cenário equilibrado na área energética é fundamental para a geração de valor da Empresa, gerando benefícios para toda a sociedade.


Assim, o Governo Federal decidiu convidar o Sr Caio Mário Paes de Andrade para exercer o Cargo de Presidente da Petrobras. O Sr Caio Paes de Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduado em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University.


Portanto, o indicado reúne todos as qualificações para liderar a Companhia a superar os desafios que a presente conjuntura impõe, incrementando o seu capital reputacional, promovendo o continuo aprimoramento administrativo e o crescente desempenho da Empresa, sem descuidar das responsabilidades de governança, ambiental e, especialmente, social da Petrobras.


Por fim, o Governo renova o seu compromisso de respeito a governança da Empresa, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a Petrobras.


Assessoria de Comunicação Social

quarta-feira, abril 06, 2022

Futuro presidente da Petrobras ajudou governo Lula a mudar modelo de exploração de petróleo

O então secretário de óleo e gás do Ministério de Minas
e Energia José Mauro Coelho, indicado para a
presidência da Petrobras | Divulgação/TV Brasil
        O futuro presidente da Petrobras José Mauro Coelho atuou na Empresa de   Pesquisa Energética (EPE) durante o   governo Lula e ajudou na mudança do   modelo de exploração de petróleo, para o   formato de partilha, após a descoberta do   pré-sal.

  Coelho atuou por 12 anos na EPE, antes   de se tornar secretário de óleo e gás no   governo Bolsonaro, e em entrevista ao canal Grupo Mídia, em uma rede social, elencou sua atuação na mudança para o modelo de partilha como uma das principais conquistas de sua carreira.

“Nos últimos 10 anos, houve muitos momentos importantes. Tive oportunidade, já em 2007 e 2008, de participar ativamente, à época, da descoberta do pré-sal, e a gente participou ativamente desse novo marco regulatório do setor de petróleo e gás natural, que acabou que finalizou no modelo de partilha de produção. Isso foi muito interessante, foi um marco importante”, afirmou.

Esse modelo de partilha foi fortemente criticado pelo setor de petróleo por mudar regras já consolidadas e levou a uma paralisia nos leilões que fez o Brasil perder cinco anos em rodadas de exploração.

Como secretário de óleo e gás, Coelho era subordinado ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e por isso sua indicação tende a aumentar a influência do governo Bolsonaro sobre a gestão da Petrobras.

Mirian Leitão - O Globo

segunda-feira, fevereiro 22, 2021

Escritórios já preparam ações coletivas contra a Petrobras nos EUA

O advogado André de Almeida, um dos idealizadores da ação coletiva (class action) que levou a Petrobras a pagar US$ 2,9 bilhões para encerrar uma disputa judicial com acionistas nos Estados Unidos em 2018, já mira uma nova batalha na justiça em Nova York.

Ele tem entre seus clientes fundos de investimentos que são acionistas da estatal. Já na sexta-feira esse era um dos temores entre executivos de alto escalão da estatal, sobretudo das áreas de governança, jurídica e financeira.

O tom de ameaça ganhou ainda mais força após a gestora Aberdeen Standard Investments, dona de 0,5% do capital social da estatal, ter enviado carta ao Conselho da estatal.

A Almeida Advogados, em parceria com o escritório Wolf Popper LLP, foi quem protocolou a primeira petição que gerou a class action em NY em dezembro de 2014. A estratégia é fazer parceria com outras bancas no exterior novamente. Segundo Almeida, a forma como o presidente Jair Bolsonaro anunciou a troca no comando da estatal é mais um exemplo de ilegalidade que acontece na empresa.

Ele tem entre seus clientes fundos de investimentos que são acionistas da estatal. Já na sexta-feira esse era um dos temores entre executivos de alto escalão da estatal, sobretudo das áreas de governança, jurídica e financeira.

O tom de ameaça ganhou ainda mais força após a gestora Aberdeen Standard Investments, dona de 0,5% do capital social da estatal, ter enviado carta ao Conselho da estatal.

A Almeida Advogados, em parceria com o escritório Wolf Popper LLP, foi quem protocolou a primeira petição que gerou a class action em NY em dezembro de 2014. A estratégia é fazer parceria com outras bancas no exterior novamente. Segundo Almeida, a forma como o presidente Jair Bolsonaro anunciou a troca no comando da estatal é mais um exemplo de ilegalidade que acontece na empresa.

O advogado cita diferenças entre a crise atual e a anterior, quando foram revelados os casos de corrupção com a Operação Lava-Jato. Na ocasião, a empresa, segundo ele, teria sido conivente com os contratos superfaturados e o esquema de pagamento de propina nas licitações, que resultou na prisão de diretores da estatal e presidentes de construtoras.

Desta vez, a ilegalidade é conduzir ações que não levam em conta o melhor interesse dos acionistas.

- É um déjà vu - disse ele, que já lançou um livro contando a história da Class action contra a Petrobras ("A maior ação do mundo").

Fonte: O Globo