Sob nova doutrina, EUA puxam expansão militar; Turquia evita fiasco de cúpula, mas divisões persistem
Em 2010, quando aprovou seu mais recente documento de doutrina, a Otan habitava um mundo em que fazia papel de coadjuvante no Afeganistão, a China era um país distante, e a Rússia, descrita como uma parceira estratégica.
Quarta (29), 12 anos depois, a aliança militar liderada pelos EUA anunciou sua refundação, cortesia da Guerra da Ucrânia, entronizou a China como uma ameaça potencial e se prepara para um período de expansão contra Moscou ancorada em ações americanas e na entrada de Suécia e Finlândia no clube.
O novo Conceito Estratégico da Otan volta à fundação do grupo para encontrar sua razão de ser: combater Moscou com dissuasão militar. Os russos querem "estabelecer esferas de influência e controle direto por coerção, subversão, agressão e anexação", diz o texto, que ecoa os temores de uma Terceira Guerra.