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segunda-feira, abril 12, 2021

Telefonema provoca bate-boca e amplia desgaste de Bolsonaro em Poderes

Kajuru rebateu ministros do STF e disse que não faz teatro; Flávio Bolsonaro acionou Conselho de Ética

A publicação da conversa entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) sobre a CPI da Covid provocou nesta segunda-feira (12) um bate-boca que atingiu outras autoridades e ampliou o desgaste do governo com o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal).

O conteúdo da ligação telefônica, que veio a público no domingo (11) e teve uma segunda parte divulgada no dia seguinte, expôs a pressão de Bolsonaro para que o Senado amplie o escopo da CPI que investigará responsabilidades na pandemia, de forma a atingir também prefeitos e governadores.

A instalação da comissão parlamentar de inquérito sobre a atuação do governo federal na crise sanitária foi determinada na quinta-feira (8) pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso, em decisão monocrática que deverá ser julgada no plenário físico da corte nesta quarta-feira (14).

A exposição da conversa, feita por Kajuru em redes sociais, mostrava o presidente dizendo que, se os senadores não alargarem o foco de investigação da CPI, incluindo apurações sobre as ações de governos estaduais e prefeituras, serão escrutinados apenas o governo federal e seus aliados.

No diálogo, o chefe do Executivo também estimulou o senador a atuar pelo impeachment de ministros do STF, sugerindo que dá para fazer "do limão uma limonada".

Na manhã desta segunda-feira, ao conversar com simpatizantes em Brasília, Bolsonaro condenou o registro e a divulgação do diálogo, indicando que não sabia que estava sendo gravado.

"O que está em voga hoje em dia é que eu fui gravado numa conversa telefônica. A que ponto chegamos no Brasil aqui. Gravado", disse Bolsonaro, segundo imagens divulgadas na internet por um apoiador.

"Não é vazar. É te gravar. A gravação é só com autorização judicial. Agora, gravar o presidente e divulgar. E outra, só para controle, falei mais coisas naquela conversa lá. Pode divulgar tudo da minha parte, tá?", complementou o presidente na porta do Palácio da Alvorada.

Kajuru, durante entrevista à Rádio Bandeirantes ainda pela manhã, decidiu então divulgar um trecho ainda inédito. Nele, Bolsonaro chamou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de "bosta" e afirmou que teria que "sair na porrada" com o autor do requerimento de criação da CPI da Covid.

"Se você [Kajuru] não participa [da CPI], vem a canalhada lá do Randolfe Rodrigues para participar e vai começar a encher o saco. Daí, vou ter que sair na porrada com um bosta desses", afirmou o presidente.

À rádio Kajuru disse ter avisado a Bolsonaro às 12h40 de domingo que, em 20 minutos, divulgaria o áudio da conversa. De acordo com o parlamentar, todos sabem que ele grava seus contatos telefônicos e que já divulgou outros diálogos que teve com Bolsonaro.

O senador relatou que em nenhum momento o presidente pediu que ele não publicasse o áudio. Afirmou ainda que omitiu o ataque a Randolfe para proteger o chefe do Executivo, que a ofensa foi desnecessária e que, ao ouvi-la, pediu calma a Bolsonaro e disse não ser "hora disso".

Randolfe disse à Bandeirantes que "o presidente devia ter coisas mais importantes para se preocupar do que chamar senador para briga de rua". "Eu não sei o presidente, mas eu não tenho idade para participar de briga de rua", respondeu o parlamentar de oposição.

À Folha Kajuru disse que sua ligação não foi nenhuma armadilha para Bolsonaro e que não estava fazendo nenhum “teatro” durante a conversa, diferentemente do que interpretaram ministros do STF.

sexta-feira, abril 02, 2021

Humor: Diário de Bolso (de Bolsonaro), 2 de abril de 2021

 Diário, meu Diarinho, que tristeza...


É que ontem eu levei uma surra do Lula. Daquelas com fio de ferro de passar roupa.

É que eu fui olhar a audiência da minha live no Youtube e só tinha 167 mil views. Pô, o que aconteceu com o meu público? Morreu todo mundo?

Já a conversa do Lula com o Reinaldo Azevedo, que foi no mesmo horário, tava com mais de um milhão e quatrocentos mil views. Eu sou ruim de conta de cabeça, mas acho que isso aí dá mais que o dobro.

E eu tenho que confessar que eu fui um dos que viu. Só para ver o que o Nove Dedos falava.

Ele veio com aquela bobagem de que o Brasil tem que crescer, com aquela palhaçada de que se o pobre tiver dignidade todo mundo sai ganhando, essas coisas de esquerdalha.

Disse também que, mesmo sem dinheiro, se você tiver credibilidade e previsibilidade você consegue tocar o país o frente. Pô, e tem alguém com mais credibilidade e previsibilidade do que eu? Tem? Me responde, Diário! Tem? Me responde!

* * * * * * *

Foi mal, Diário, eu não devia ter jogado você no chão. Mas odeio quem não responde o que eu quero.

Bom, voltando à vaca fria, o Reinaldo Azevedo, que inventou o termo “petralha”, parecia apaixonado pelo Nove Dedos. Um verdadeiro lulático! Até imitou o cara. E o Lula chamou ele de “companheiro”.

Pô, por que os calhordas da imprensa não me tratam bem assim? Por quê? Olha, Diário, se eu pudesse, eu pegava todos os jornalistas e...

* * * * * *

Desculpa te amassar, Diário. É que o Lula me deixa meio desacorçoado...

Sabe que ele até me mandou um recado? Falou assim: “Deixe de ser ignorante, presidente. Pare de brigar com a ciência, pare de tentar falar com os seus milicianos. Fale para 210 milhões de pessoas”.

Ignorante? Eu sou ignorante? Já li muita coisa, pô! Pode perguntar qual o nome do cachorro do Sargento Tainha que eu respondo na hora. Pode perguntar qual o nome dos amigos do Recruta Zero que eu sei todos de cor!

Olha, Diário, o cara ainda jogou pra turma da direita, prometendo transformar várias estatais em empresas de capital misto e disse que, se o mercado tivesse juízo, iria até Aparecida do Norte para fazer promessa para ele voltar.

Desse jeito, em 2022, o Estadão, em vez de fazer um editorial que nem aquele “Uma escolha difícil”, vai fazer um com o título “Uma escolha muito fácil”.

Talkei? Não, não tá, não!

Carta Capital

quinta-feira, março 11, 2021

Quem será que mandou matar o vereador cuja suplemente é filha de Fernandinho Beira Mar...

Danilo do Mercado (MDB) era investigado sob suspeita de ser chefe de um grupo de extermínio; Fernanda da Costa (MDB-RJ), filha de Fernandinho Beira-Mar, fica com a cadeira na Câmara Municipal

O vereador de Duque de Caxias Danilo
Francisco da Silva (MDB), o Danilo
 do Mercado, e o filho dele, Gabriel
 da Silva, de 25 anos; ambos foram
 encontrados mortos na quarta-feira (10)
-
Um vereador de Duque de Caxias e seu filho foram mortos a tiros nesta quarta-feira (10) numa ação com características de emboscada, segundo a Polícia Civil.

Danilo Francisco da Silva, o Danilo do Mercado (MDB), 53, e seu filho Gabriel da Silva, 25, foram alvos de tiros no Jardim Primavera, uma favela da cidade, por pessoas de dentro de um carro.

O vereador havia sido alvo de operação da Polícia Civil no ano passado sob suspeita de chefiar um grupo de extermínio na cidade. Danilo era investigado por supostamente ter ordenado a morte de três pessoas após um deles se recusar a vender um imóvel para ele —os outros dois foram assassinados por estarem no mesmo local, segundo as investigações.

O prefeito Washington Reis (MDB) e o presidente municipal do MDB, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB), lamentaram a morte do correligionário.

“À família enlutada as nossas sinceras condolências e que Deus, em sua bondade infinita, traga o conforto necessário neste momento difícil”, afirma a nota assinada pelos dois.

A vereadora de Duque de Caxias (RJ)
Fernanda da Costa, filha de
Fernandinho Beira-Mar
Com a morte de Danilo do Mercado, a vereadora Fernanda da Costa (MDB-RJ), filha do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, fica com a cadeira na Câmara Municipal.

Ela assumiu o mandato em janeiro após um membro da sigla eleito para a Câmara ser nomeado secretário na gestão do prefeito Washington Reis, reeleito com apoio do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Poderia perder a vaga caso ele retornasse para o Legislativo.

Fernanda é ré numa ação penal sob acusação de ser o “braço social e político” do pai.

O processo é resultado da Operação Epístola, uma investigação da Polícia Federal baseada em bilhetes e gravações do traficante supostamente enviando, de dentro do presídio federal de Porto Velho (RO), recados a membros da quadrilha para manter ativa a comercialização internacional de drogas, bem como a lavagem de dinheiro do grupo.

Fernandinho Beira-Mar (foto) é apontado como uma das maiores lideranças do Comando Vermelho, tendo construído uma rede internacional de tráfico de drogas e armas. Já foi condenado a mais de 300 anos de cadeia.

Fernanda é descrita pelo Ministério Público Federal de Rondônia como responsável pelo “papel social e político da organização [criminosa], em razão dos serviços que presta em comunidades de Duque de Caxias”.

Ao longo da denúncia, as principais acusações contra a vereadora se referem ao fato de ela usar o dinheiro proveniente do tráfico de drogas para atividades assistenciais nas favelas da cidade. Para o MPF-RO, a prática configura lavagem de dinheiro —crime pelo qual, contudo, ela não é acusada.

“Luiz Fernando [Beira-Mar] comandava vasta gama de negócios ilícitos, notadamente o tráfico de drogas, além de empreendimentos comerciais que, a despeito de buscarem, em alguma medida, benefícios sociais, eram financiados com recursos obtidos ilicitamente”, afirma a Procuradoria.

“O próprio réu admite ainda que buscava realizar um trabalho social nas comunidades que estavam sob sua influência. Contudo, em seu entendimento —e isso ficou claro no interrogatório—, uma vez desenvolvida determinada atividade de forma ‘lícita’, não importava a origem do investimento inicial, o que, à evidência, somente reforça a conclusão de que houve de fato o crime de lavagem de dinheiro perpetrado por membros da organização”, escreveu o MPF-RO nas alegações finais do processo.

Entre as acusações contra Fernanda está sua participação na criação da Associação de Moradores do Parque das Missões, favela da cidade, bem como de clínicas populares de saúde, das quais parte do lucro era distribuído para membros da família.

Foi na região que ela obteve quase metade dos seus votos, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A vereadora é acusada ainda de enviar recados ao pai para solicitar aportes financeiros num bar usado, segundo as investigações, para lavagem de dinheiro. Ela também liberava dinheiro para um outro acusado após visitas ao pai no presídio.

De acordo com as investigações, a vereadora recebia uma mesada da quadrilha de R$ 10 mil. Também reforça o pedido de condenação da integrante do MDB-RJ o fato de residir num imóvel “adquirido com proveitos dos crimes praticados pelo seu pai”.

Fernanda era identificada pelo codinome “Vasconcelos” nos bilhetes enviados por Beira-Mar, segundo os investigadores.

“Hoje, eu só posso confiar em duas pessoas: Vasconcelos e Nélio [codinome atribuído a Alessandra da Costa, irmã de Beira-Mar]”, dizia uma carta, escrita possivelmente em novembro de 2015, segundo o MPF-RO.

Cirurgiã dentista formada em 2009 pela Unigranrio, a vereadora estreou na política há quatro anos, quando tentou pela primeira vez uma vaga na Câmara caxiense. Filiada ao PP, teve 3.098 votos e não foi eleita.

Na ocasião, sua candidatura já era motivo de preocupação do então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

“Sem fazer pré julgamento dela, mas para mim simboliza tudo que venho denunciando: o Rio de Janeiro hoje convive com um estado paralelo que captura as instituições seja Legislativo, Executivo e mesmo Judiciário. Isso é um câncer”, completou.

Na ocasião, ela integrava a oposição, ligada ao ex-prefeito José Camilo Zito. Assim como 26 dos 29 vereadores eleitos este ano, agora integra a base de apoio a Washington Reis. Na campanha, obteve R$ 100 mil do MDB-RJ.

Fernanda, contudo, não é a primeira parente de Beira-Mar a frequentar a Câmara Municipal da cidade da Baixada Fluminense. A Operação Epístola identificou que o traficante tinha uma filha, sogra e irmã empregadas em gabinetes no Legislativo da cidade.

“De dentro do presídio, sabia, até mesmo, a remuneração de cada cargo e determinava para quem deveria ser destinado”, afirma a denúncia do MPF-RO.

O presidente do MDB em Duque de Caxias, deputado Gutemberg Reis —irmão do prefeito—, disse em nota que a vereadora “cumpriu todos os requisitos necessários para fazer parte do MDB e sempre teve relação de respeito com os membros do partido”.

“O partido convidou a vereadora Fernanda Costa para disputar as eleições 2020 pela legenda por sua atuação política e liderança. O presidente ressalta que não há nada que desabone sua integridade moral”, afirmou a nota do deputado.


segunda-feira, março 08, 2021

Se não está bom com Bolsonaro, e não está pode piorar com Lula

A decisão do minstro Luiz Edson Fachin, do STF, da qual ainda cabe decisão pela PGR, que restabeleceu os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pegou todos de surpresa, tanto lulistas, quanto bolsonaristas, e mesmo os que ficam no meio do fogo cruzado entre os fanáticos da esquerda e os fanáticos da direita.

Para quem acompanha o trabalho desse ministro de forma desapaixonada, trata-se de um homem sério, contra o qual há discordâncias de parte de quem se achou prejudicado por alguma de suas decisões, mas, para por aí.

Essa decisão muda de forma radical a disputa pela cadeira de presidente da República Federativa do Brasil, ano que bem, porque Lula não é Hadad. É peso pesado na política.

Lula já provou, fartamente, que se derem câmera e microfone ele sabem muito bem o que fazer, pois, costuma encantar muitas plateias dizendo o que muita gente quer ouvir.

Seu exército de admiradores ainda é muito grande, constituído de um povo que não medirá esforços para ver seu líder voltar a comandar o país.

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro parte para a agressão, Lula, usando a linguagem do futebol, bate colocado, procurando acertar o alvo, que são os seus reais adversários, como é o presidente.

O ex-presidente, se vier mesmo a ser candidato, terá muitos problemas a resolver. Um deles é Ciro Gomes, que já foi seu aliado, mas, atualmente afirma que se o manda chuva do PT for presidente, o ex-governador do Ceará também o será, apenas com o objetivo de tirá-lo do segundo turno da eleição presidencial.

Além dessa pedra no sapato, a roubalheira comandada pelo Partido dos Trabalhadores, com o apoio de siglas como MDB e PT, os maiores parceiros do PT no maior assalto já perpetrado aos cofres públicos no Brasil, ainda está recente. E apesar de se afirma que brasileiro tem memória curta, ainda vai demorar muito para esse fato cair no esquecimento.

Eu não gosto do modo como o presidente Jair Bolsonaro se comporta. Como diria Romário, calado ele é um poeta. Talvez seja melhor assim, pois, como ele tem pavio muito curto, a gente fica sabendo quem ele é de fato.

Repito que embora o presidente tenha saído muito pior do que encomenda, há pontos positivos que continuam pesando a seu favor, como a diminuição da roubalheira do dinheiro público. Isso não é pouco. Num país onde o dinheiro da Educação e da Saúde enriqueceu centenas da ladrões de colarinho branco, respaldados por votos populares, é alentador saber que essa sangria, se não parou, ao menos diminuiu muito.

O atual mandatário do país é do tipo que, se não tem problema, ele cria um. Seu negacionismo da covid-19 poderá lhe custar caro na eleição. O desleixo com que ele tem cuidado da pandemia o tornou um dos governantes mais criticados do mundo. E os números estão aí para comprovar.

As quase 270 mil mortes por covid, no Brasil, que ainda vão aumentar bastante, serão um fardo pesado para ele carregar na campanha, por causa da sua absoluta falta de habilidade para se comportar como um verdadeiro líder, alguém que conduza uma crise monumental como a que passamos, com equilíbrio. 

Se na eleição de 2022, Lula e Bolsonaro estiverem frente a frente, certamente essa será a polarização. Eu não votaria, jamais, em nenhum dos dois. Todavia, olho para um lado, olho para outro e não vejo opções convincente.

Isso se deve ao vácuo que acontece na política brasileira, que não tem revelado novas lideranças. Então, temos que nos contentar com isso que está colocado aí no tabuleiro, porque não se fabricam novos líderes como se fossem artigos de produção em massa.

Estamos pobres, muito pobres de opções. E a velha política que Bolsonaro prometeu acabar, continua firme e forte, porque não se muda um sistema político arraigado com todos os seus vícios, por toque de mágica, e quem não se rende a ele, é tragado e dura pouco. Que o diga Fernando Collor de Melo.

Por fim, lembro que a decisão de hoje acertou o coração de duas pessoas: o do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, a quem cabe dizer que, além da queda, o coice, pois ele quase virou vilão, e o presidente Jair Bolsonaro, que ganha um opositor de peso, caso o pleno do STF não reforme essa decisão monocrática do ministro Edson Fachin, uma vez que a PGR vai recorrer, pois, Aras reza na cartilha de Bolsonaro.

Quanto a Moro, para que não me entendam mal, na minha modesta avaliação, acho que ele acertou mais do que errou. Ele levantou o pano que cobria uma roubalheira que vinha de muitos e muitos anos, mas, que o PT aprimorou, quase esgotando os cofres do país.

É tudo que nos resta nessa festa.

Jota Parente

Bolsonaro fala em 'bandalheira' do PT e diz que povo não quer Lula candidato

Bolsonaro falou sobre decisão do ministro do STF quando chegou no Palácio da Alvorada

FOLHAPRESS - Horas depois de uma decisão judicial ter restabelecido os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse acreditar que o povo brasileiro não quer o petista como vencedor ou candidato nas eleições de 2022.

"Eu acredito que o povo brasileiro não quer sequer ter um candidato como ele em 2022, muito menos pensar numa possível eleição dele", disse o presidente, ao chegar no Palácio da Alvorada.

A fala do mandatário foi transmitida pela CNN Brasil.

"As bandalheiras que esse governo [do PT] fez estão claras perante toda a sociedade. Você pode até supor a questão do sítio em Atibaia, do apartamento, mas tem coisa dentro do CNDES que o desvio chegou na casa de meio trilhão de reais, com obras fora do brasil", afirmou. 

"Os desvios na Petrobras foram enormes, na ordem de R$ 2 bilhões que o pessoal na delação devolveu. Então foi uma administração realmente catastrófica do PT no governo".


segunda-feira, março 01, 2021

Aliado do Presidente, após assinar carta com críticas ao presidente, Castro acusa o aliado Bolsonaro de 'criar confusão'

Governador em exercício do Rio questionou publicação em rede social sobre repasses do governo federal para os estados, chamada por ele de 'pessima ideia'

Aliado da família Bolsonaro, o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), classificou a atitude do presidente, que divulgou informações sobre repasses do governo federal para os estados no último fim de semana, como uma "péssima ideia". Castro, um dos dezenove chefes dos executivos estaduais que assinam uma carta divulgada nesta segunda-feira com críticas a Bolsonaro, também chamou o gesto do presidente de "irresponsável". Para o chefe interino do Rio de Janeiro, a postagem “cria confusão” e os números “não traduzem a realidade” de cada unidade da federação. Nesta manhã, Castro esteve com dois filhos de Bolsonaro em um evento no Cristo Redentor: o senador Flávio e o deputado federal Eduardo.

— Existe um erro de informação ali. Temos que entender o que é transferência obrigatória e o que é transferência do governo federal. Primeira coisa: eu transfiro 25% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e uma parte do IPVA para os municípios, e nem por isso eu estou dando dinheiro para os municípios. Aquilo é um direito deles. Eu acho que ali quem pegou a conta quis aumentar o bolo de uma forma precoce e até irresponsável, porque (parece que) os governos estão nadando no dinheiro, e isso não é verdade — afirmou Castro, na manhã desta segunda-feira, durante o lançamento das comemorações pelos 90 anos do Cristo.

Segundo o documento divulgado esta manhã, rebatendo os números do presidente, os governadores “manifestam preocupação em face da utilização, pelo governo federal, de instrumento de comunicação oficial, custeado por dinheiro público, a fim de produzir informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governadores locais”. A carta continua: “Em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por uma contundente crise econômica e social, o governo federal parece priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população”.

— Ali (na publicação do presidente) está misturado fundo de participação de estado, fundo de participação de município, FUNDEB, SUS, etc. Você não pode dar uma informação dessas, porque acaba gerando uma confusão. Infelizmente, quem teve esse pensamento (de divulgar os números) teve uma péssima ideia. Cria mais essa confusão. Hoje precisamos de paz, harmonia e de trabalharmos juntos — pontou Castro, que seguiu:

— Esse número não traduz a realidade. Como o Rio de Janeiro pode ter recebido de transferência (do governo federal) R$ 76 milhões (na verdade, o número divulgado por Bolsonaro é de R$ 76 bilhões) se só arrecadou R$ 67, R$ 68 (bilhões)? É uma conta que não faz o menor sentido, e isso vem em uma péssima hora. Parece que gera mais uma carga de briga e confusão. Espero que não tenhamos mais divulgações como essa, que causam mais brigas e separam (os mandatários) no momento em que deveríamos estar unidos.

A nota é assinada por: Renan Filho (AL), Waldez Góes (AP), Rui Costa (BA) Camilo Santana (CE), Renato Casagrande (ES), Ronaldo Caiado (GO), Flávio Dino (MA), Mauro Mendes (MT), Helder Barbalho (PA), João Azevêdo (PB), Ratinho Junior (PR), Paulo Câmara (PE), Wellington Dias (PI), Cláudio Castro (RJ, em exercício), Fátima Bezerra (RN), Eduardo Leite (RS), João Doria (SP) , Belivaldo Chagas (SE) e Mauro Carlesse (TO).

Fonte: O Globo

quarta-feira, fevereiro 17, 2021

PSL diz que vai expulsar Daniel Silveira do partido

O deputado federal Daniel Silveira (RJ) poderá ser expulso do PSL. Após a prisão do parlamentar, o presidente nacional do partido, deputado federal Luciano Bivar (PE), afirmou nesta quarta-feira (17) que o partido está “tomando todas as medidas jurídicas cabíveis” para a expulsão.

Na terça-feira (16), Silveira foi preso após publicar um vídeo com ataques e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “A Executiva Nacional do PSL repudia com veemência os ataques proferidos pelo deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ofendendo, de maneira vil, a honra dos mesmos, bem como proferindo críticas contundentes à instituição como um todo”, diz a nota do PSL.

De acordo com o partido, os ataques do parlamentar aos ministros “são inaceitáveis”. “Esta atitude não pode e jamais será confundida com liberdade de expressão, uma conquista tão duramente obtida pelos brasileiros e que deve estar no cerne de todo o debate nacional.”

segunda-feira, fevereiro 08, 2021

Por que petistas e bolsonaristas estão sempre contra a imprensa:

Jornalistas e você - Não há democracia que preste no mundo sem uma imprensa livre e forte. Entenda por ”livre” o conceito literal da palavra. Assim como não há meia gravidez, não há meia liberdade. Certa ou errada; parcial ou imparcial; justa ou injusta; de boa ou péssima qualidade; remunerada ou não, qualquer forma de imp+rensa é sempre melhor – ou menos pior – que nenhuma imprensa.
Jornalistas são seres humanos e trabalhadores comuns, como quaisquer desses cretinos que os atacam nas redes sociais, na internet e nas ruas. E grupos de comunicação são o sustento de dezenas de milhares de pais e mães de famílias, como são as fábricas, os shoppings e as lojas. Cercear o trabalho da imprensa é, antes de tudo, cercear o direito ao trabalho e à vida.
Se você não gosta ou não concorda com a linha editorial de um veículo de imprensa, beleza, é um direito legítimo seu. Deixe de segui-lo e critique-o à vontade. Diga a todos que conhece que se trata de uma porcaria – ou “lixo”, para ficar no linguajar atual – e recomende um outro de sua preferência. Mas jamais pregue seu fechamento ou deseje sua extinção. É estupidez.
Governos e Imprensa - O sonho de qualquer péssimo governante, de qualquer tiranete, de qualquer governo fascista é uma imprensa servil. Melhor ainda é imprensa alguma. Não há nem houve um único regime desta espécie, no mundo, em qualquer tempo, que tenha permitido livre circulação de opinião e de informação. Ditaduras e tiranias pseudo democráticas estão aí, aos montes, para provar.
É mentira que a imprensa brasileira – ou a de qualquer país do mundo – seja o agente do mal e o motivo para que as coisas não deem certo com o governo. Como qualquer negócio, se as coisas vão bem, os veículos ganham mais dinheiro, já que terão mais anunciantes. O mesmo ocorre com os jornalistas: quanto melhores as coisas, mais empregos e melhores os salários.
A imprensa, bem ou mal, apenas noticia e opina. Ela não escolhe ministros, não legisla, não julga e nem executa. Não é responsável por políticas econômicas e sociais. Não decide sobre a condução da saúde, educação e segurança públicas. Como poderia, então, ser um entrave ou mesmo derrubar um governo popular e democraticamente eleito? Com palavras? Ora…
Psicologia, Lula e Bolsonaro - Quando a imprensa mostra cenas de aglomerações, você fica com raiva porque também se aglomera e a ataca. Quando divulga o número de mortos por Covid-19, você fica com medo e a ataca. Quando mostra a psicopatia e o negacionismo do presidente, você se dá conta de que foi enganado e a ataca. A culpa, meus caros, não é de quem os alerta para a realidade.
Culpar a imprensa é uma tática velha e conhecida, praticada por todos os maus governantes do mundo. Infelizmente, entra ano, sai ano; entra década, sai década e o embuste se repete. É o tal negócio do “não se mexe em time que está ganhando”. Uma boa parcela das pessoas é presa fácil para populistas cretinos, ladrões e incompetentes. Lula e Bolsonaro sabem bem.
Se você, leitor amigo, leitora amiga, chegou até aqui, ótimo! Se concorda comigo, faça sua parte como defensor(a) da democracia e das liberdades individuais. Ajude a combater estes tiranetes governantes e seus bibelôs na sociedade. Mas, se não concorda, antes de xingar ou de bater em retirada, repense e reflita sobre o que leu. Coloque-se no lugar de quem ofende.
Não há fórmula mágica ou receita única para o sucesso e desenvolvimento de um país. Mas certas coisas são comuns a nações que deram certo. Tolerância e respeito ao contraditório é uma delas. Não há democracia sem divergência. Não há crescimento sem debate. E não há progresso no silêncio. As vozes – quaisquer vozes – têm de ser livres, ouvidas e respeitadas.
Ricardo Kertzman, jornalista, colunista da Revista ISTOÉ

segunda-feira, janeiro 11, 2021

Vereador Custo Zero, Só Gastou Sola de Sapato

É zero receita e zero despesa a prestação de contas de campanha entregue à Justiça Eleitoral pelo vereador eleito e empossado Relison Silva (PSB), 34 anos, estreante na Câmara de Belterra (PA). O parlamentar é o único representante da legenda na Casa. Integra a bancada de apoio ao prefeito empossado liminarmente Dr. Macêdo (DEM).

Mecânico, Relison teve 210 votos – a menor votação entre os 11 eleitos para o cargo no município. “Ele fez campanha centrada no Amapá [comunidade belterrense] e comunidades vizinhas. Não gastou realmente nada”, justificou Arielton Silva, contador e candidato a prefeito pelo PSB em novembro passado, tendo ficado em 3º lugar entre os 5 concorrentes ao cargo.

RRelison gastou mesmo sola de sapato.

BBlog do Jeso

domingo, janeiro 03, 2021

Exclusivo: Discurso de Posse do Prefeito Valmir Clímaco

Emocionado. Assim foi o discurso de posse do prefeito reeleito Valmir Clímaco, que durou menos de 15 minutos.

O blog do Jota Parente e o Jornal do Comércio fizeram um resumo da fala do gestor municipal, que está disponibilizado para os leitores, com exclusividade. Basta clicar no link.

quinta-feira, dezembro 31, 2020

Vereador Dirceu Biolchi já tem nove votos, garante prefeito Valmir Clímaco

Conversei no final da tarde com o prefeito Valmir Clímaco a respeito da eleição para presidente da Câmara, amanhã, logo após a posse dos vereadores eleitos em 15 de novembro passado.

Ele afirmou: “Pode colocar aí, que nós já estamos com nove votos, e mais tarde deveremos ter o décimo voto, do vereador eleito, Professor Thiago.

A chapa continua tendo como candidato a presidente, o vereador reeleito e o mais votado do último pleito, Dirceu Biolchi (foto à esquerda) do MDB, tendo como vice a vereadora reeleita, Maria Pretinha, também do MDB e com primeiro. secretário o vereador eleito Rangel Moraes.

A chapa 2 é encabeçada pelo vereador eleito para primeiro mandato, Ronny Freitas (MDBB, pelo menos até amanhã, abaixo) tendo como vice o vereador reeleito e ex-presidente da Câmara Wescley Tomaz.

Tentei manter contato diretamente com o vereador Wescley, porém, o máximo que consegui foi trocar algumas mensageens, que da parte do edil não esclareceram muita coisa. 

A notícia da chapa dois causou um frisson muito grande no mundo político itaitubense, que ficou muito alvoroçado com as mexidas repentinas nas pedras.

A verdade é que todo vereador sonha ser presidente da Câmara, porém, um dos motivos da grande surpresa é por se tratar de uma pessoa que até então gozava de plena confiança do prefeito, tendo permanecido no cargo de secretário de administração durante quase todo o mandato.

A confiança era tão grande, que quando Ronny afastou-se do cargo para ser candidato a vereador, Valmir permitiu que ele indicasse sua esposa para substituí-lo.

O mais provável, mesmo, é que com o força política que tem no momento, o prefeito consiga eleger o seu candidato Dirceu Biolchi, não sendo surpresa se isso acontecer com uma boa vantagem.

O que leva a crer que Valmir deva vencer essa queda de braço é sua incontestável liderança. Todavia, se acontecer uma vitória da chapa 2, isso não deverá ser motivo para grande surpresa, posto que, em se tratando de Itaituba, e no começo de mandato,


tem havido uma surpresa após a outra, saindo resultados jamais esperados da urna.

Por muitos dos seus hoje novos adversários, o vereador eleito Ronny Freitas cometeu um ato de traição ao  seu grupo, pois as duas chapas são do mesmo partido, o MDB.

É no mínimo estranho o fato de ter estado todo mundo junto até poucos dias em campanha, recebendo as benesses do poder, e de uma hora para outra virar adversário político, peitando aquele que foi seu líder até poucos dias. No entanto, são poucos os que resistem ao canto da sereia do poder.

Cada um enxerga com os olhos da situação política do momento, e não será difícil ver a grande maioria junta lá na frente. É assim que o barco da política navega.

Não é demais lembrar que está se tratando de 

Uma coisa é certa: vai ter disputa.

Jota Parente

Foto: Prefeito Valmir Clímaco

Autor: Jota Parente

Obs. Esta notícia foi publicada por volta das quatro da tarde, mas, um problema no Blogger, do Google, que hospeda o meu blog fez com que quase ninguém a lê-se.

quinta-feira, dezembro 10, 2020

Solenidade de diplomação dos eleitos em 15 de novembro mudar de lugar

Não será mais no Espaço Português a diplomação de prefeito, vice-prefeito e vereadores eleitos no dia 15 de novembro passado, marcada para segunda-feira, dia 14. O novo local será a Câmara Municipal.

A direção da Casa de Leis informou que os protocolos de saúde serão rigosamente cumpridos. Dentre as providências tomadas, cita-se a limitação de pessoas no recinto para evitar aglomerações desnecessárias.

Somente as emissoras de televisão poderão credenciar mais de uma pessoa, por necessitar de, pelo menos, um repórter e um cinagrafista. Aos demais veículos de comunicação só será concedida uma credencial.

Segundo apurou a reportagem do blog, além dos diplomandos, do pessoal de apoio da Câmara e da imprensa, somente as autoridades convidadas terão acesso às dependências do plenário e do salão de sessões.

terça-feira, dezembro 08, 2020

Vereador Wescley, na sessão de hoje: "vereador Dirceu, eu não vou votar em você"

O vereador Wescley Tomaz prometeu fazer um discurso na sessão de hoje na Câmara, no qual relataria o que aconteceu até agora na corrida pela presidência da Casa de Leis.

O discurso aconteceu, porém, quem foi para lá esperando que ele soltasse os cachorros pra cima do prefeito e de vereadores que estiveram apalavrados com sua candidatura, não ouviu o que esperava.

Calmo, falando pausadamente sem citar o nome de Valmir em nenhum momento, Wescley deu o recado, deixando claro que não estava zangado, mas, muito magoado com a maneira como as coisas aconteceram até a unção Dirceu Biolchi como candidato do prefeito.

O vereador que foi o segundo mais bem votado na eleição deste ano, disse que não faria muito arrodeio sobre o que foi falado durante a semana passada, algumas coisas que ele já havia afirmado antes.

“É um direito de qualquer vereador eleito disputar a presidência, mas, como o governo do qual eu faço parte e ajudei a eleger, conseguiu eleger doze vereadores, eu pensei em conversar com o líder sobre quem seria o candidato do governo.

Não existia candidato do governo, e sendo assim, coloquei meu nome à disposição. Existe alguém abençoado, algum preferido? Nunca existiu! E assim, me lancei na disputa pela presidência, juntamente com o colega Dirceu Biolchi.

Articulação pra cá, articulação pra lá. Pra resumir essa história de eu ser candidato, não existe traidor nisso, vereadora Maria e vereador Nem, porque a conversa antes, era de que o governo não iria se meter, porque eram dois vereadores da base aliada.

Falam agora, que o combinado era o vereador mais votado (ser o candidato). Isso foi combinado com quem? Eu nunca fui informado disso. O combinado era que se os candidatos fossem da base, ninguém se meteria.

Não sei se foi premeditado, se foi de caso pensado, porque eu me lembro, que há duas semanas o vereador Dirceu me chamou para conversar, quando ele me disse: “Wescley, larga de confusão, vem pro meu lado.” E eu disse a ele: vereador, se eu tenho oito votos e o senhor tem seis, porque o vereador eleito Conrado não vota em ninguém, porque eu tenho que conversar?

Eu sei que no final das contas, sempre existiu um candidato de preferência do governo e esse candidato não era eu.

Não estou aqui choramingando por não ser o presidente declarado, o presidente eleito (antecipadamente), porque numa disputa, ganhar e perder fazem parte (do jogo). Ganhar é muito bom, mas, é bom saber perder. Parece que foi premeditado para mostrar força e humilhar os vereadores Wescley, Maria e Nem.

Eu não sei quem é que vai sair ganhando com tudo isso, porque poderíamos muito bem terminar o ano comemorando a vitória do MDB em Itaituba. O governo vai terminar o ano dividido. Tem muita gente lá dentro que não tem coragem de falar, mas, não gostou da atitude. Não vou bater de frente, porque a gente não tem a mesma força.

Quero dizer ao vereador Dirceu: eu não vou votar em você. Não é nada pessoal, mas, não vou votar em você.

Eu perdi essa presidência por imposição. Não foi na disputa do voto dos vereadores. Foi uma imposição de cima para baixo.

A minha tristeza e a minha insatisfação são pela forma como tudo isso aconteceu, e poderia ser muito bem evitado.

Vereador Maria e vereador Nem não mereciam passar por todo esse constrangimento. Eles nunca foram infiéis ao governo. Sempre defenderam o governo e sempre votaram a favor do governo. E pela primeira vez não acompanharam o prefeito. Isso não quer dizer traição, até porque, na teoria este poder deveria ser independente”, finalizou Wescley.

Foi dado o recado pelo vereador.

quinta-feira, dezembro 03, 2020

Vereadores se queixam de falta de diálogo do prefeito na eleição para presidente da Câmara: Dirceu ou Wescley?

A história completa da eleição para o próximo presidente da Câmara Municipal de Itaituba virou um balaio de gato e é bem complicada.

O primeiro vereador a demonstrar interesse para disputar a presidência foi Wescley Tomaz (MDB), que depois de ouvir do prefeito Valmir Clímaco (MDB), que não se meteria no assunto, começou a manter contato com seus colegas reeleitos e com os novatos.

Sua campanha parecia navegar por mares calmos até o momento em que o prefeito resolveu se meter.

Acabou o ambiente de tranquilidade quando Valmir botou a candidatura do vereador Dirceu Biolchi (MDB) debaixo do braço, jogando pesado para “convencer” os outros vereadores a acompanha-lo.

Eu conversei com alguns vereadores, que se disseram surpresos e um pouco assustados com a mudança repentina. Mais surpresos ainda ficaram por ainda não terem conversado com Valmir, que tirou alguns dias de férias, tendo retorno marcado para amanhã.

Mesmo sem ter havido ainda nenhuma conversa com o prefeito, dois dos vereadores contatados disseram ter ficado estupefatos por terem sido informados que servidores temporários que eles indicaram serão demitidos, caso não acompanhem o prefeito.

O que parecia ser uma eleição tranquila, de uma hora para outra transformou-se numa crise política dentro do heterogêneo grupo político do prefeito Valmir Clímaco.

No começo das negociações, a vereadora Antônia Borroló (MDB) participava da chapa que estava sendo montada, como candidata a vice. Como ela aliada de primeira hora do deputado Hilton Aguiar e também é muito próxima do prefeito, com o andamento das coisas, pediu para retirar seu nome, entrando Maria Pretinha (MDB) no seu lugar.

Lembrem-se de que tudo isso acontece dentro de um mesmo grupo político, porque o prefeito não tinha intenção de se envolver no processo de sucessão na Câmara, mas, depois se arrependeu, e hoje, não só tem candidato, como joga pesado para elegê-lo.

O vereador eleito Rangel Moraes (PP) recebeu telefonema do deputado Eraldo Pimenta (MDB), que pediu para que ele vote no candidato do prefeito.

Como se observa, tudo acontece internamente no MDB, que é o partido que comanda a política no município.

Até segunda ordem, Wescley é candidato.

As surpresas – Nunca é demais lembrar que não foram poucas as surpresas de última hora em eleições para presidente da Câmara. Uma das maiores delas foi a do saudoso ex-vereador Diomar Figueira, em 1º de janeiro de 2001.

Wirland Freire tinha sido eleito com uma votação esmagadora, mas, não conseguiu eleger a maioria dos vereadores. Por conta disso, mesmo tendo perdido a eleição, a presidência da Câmara passava pelas mãos do prefeito derrotado Edilson Botelho.

Quase na hora de começar a eleição, sem conseguir o voto que faltava, o ex-deputado Wilmar Freire teve uma reunião particular a portas fechadas com Diomar, ao qual perguntou se ele queria ser o presidente. Assustado com a pergunta, por isso nem passava por sua cabeça, Diomar Figueira respondeu que sim, e para surpresa do pessoal do seu lado, quando a urna foi aberta, a maioria dos votos era dele.

Roselito Soares não queria que Hilton Aguiar disputasse a presidência em 2008. Hilton peitou o prefeito e ganhou.

Na eleição de Manoel Dentista, em 2018, o prefeito Valmir Clímaco deixou para se envolver no processo, em cima da hora, quando a chapa da oposição já estava consolidada. Cebola era o candidato de Valmir, e para não passar vergonha, até ele votou em Manoel Dentista.

Talvez o prefeito esteja com esses filmes gravados em sua mente, e não esteja disposto a correr riscos. Todavia, com o capital político que ele tem hoje, não precisa de truculência, mas, de diálogo para aparar arestas.

Surpresa é o que não tem faltado na eleição para presidente do legislativo municipal.

Jota Parente

sexta-feira, novembro 27, 2020

Segundo mais bem votado e de olho na presidência, Vereador Wescley fala de voos mais altos

           Segundo mais bem votado na eleição deste ano com mais de 1.700 votos, o vereador Wescley Tomaz saiu das urnas fortalecido para voos mais altos, como voltar a tentar conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado. Dependendo do andar da carruagem, ele poderá disputar a presidência da Câmara, embora evite falar abertamente sobre isso. Está de olho na cadeira.

          JC – Ainda muito jovem, o senhor emplacou o terceiro mandato...

Vereador Wesley – É verdade, estou ainda muito jovem e já partindo para o terceiro mandato, conseguindo a segunda reeleição consecutiva. A gente fica muito grato a Deus porque a campanha foi corrida, tudo dentro da normalidade, sem nenhum problema, nenhum incidente, nenhum acidente, graças a Deus.

Agradecemos a nossa família, aos nossos amigos, parceiros e colaboradores que acreditam no Wescley Tomaz, que acreditam na nossa bandeira.

Eu sou muito abençoado pela criação que eu tive, pela raiz que nós criamos na região garimpeira, que acabou nos tornando uma grande referência em relação ao trabalho da mineração. Muito ainda há ainda por ser feito, mas, nós já avançamos bastante.

Não há nade de benefício para a região garimpeira que a gente não tenha uma participação efetiva através do reconhecer o nosso trabalho, o que nos deu uma grande votação na nossa terceira eleição. Chegamos a essa votação super expressiva, já que eu sempre fiquei na casa dos 1.000 votos, tanto na primeira, quanto na segunda, e nessa nós saltamos aí para mais de 1.700.

Isso aumenta ainda mais a nossa responsabilidade e o comprometimento com a causa da nossa luta, e certamente, no que depender aqui da minha ainda Juventude, dos meus 35 anos, já para o terceiro mandato, certamente, não vai faltar disposição de correr atrás.          Estamos, aliás, muito bem relacionados no governo federal através do deputado Joaquim Passarinho, que tem feito com que se torne o nosso mandato, um mandato diferenciado.

O deputado Passarinho é o indicado do governo do Pará para ser o presidente da Comissão de Minas e Energia, no ano 2021, o que significa que a nossa região vai ter mais força ainda para avançar no quesito da legalidade.

Estamos tentando trazer o governo federal cada vez mais para dentro da nossa região, porque quanto mais o governo conhecer a nossa realidade, mais chances teremos de uma vez por todas se encontrar uma solução para os nossos problemas.

JC – Cada eleição tem sua própria dinâmica. No pleito desse ano, entrou em vigor a proibição para a realização de coligações nas eleições para o parlamento municipal. Teve também a Covid-19. Somando-se ao extravagante número de candidatos, e o Grupão da Morte, do MDB, do qual o senhor fez parte, com mais 12 vereadores, ex-secretários e ex-vereadores. Tudo contribuiu para uma eleição diferente...

 Parente, acredito que o Grupão da Morte foi a melhor saída para todo mundo. Já era certo e sabido que não retornariam os vereadores, porque toda eleição tem renovação na Câmara. O nosso grupo (MDB) elegeu os cinco vereadores. Nove candidatos novos se elegeram.

Os que ficaram de fora, os colegas que não conseguiram chegar, sabemos que temos um prefeito que valoriza os seus aliados e provavelmente essa turma toda vai ser alocada dentro do governo conforme, com sua capacidade, e conforme a disponibilidade, ele vai resolver tudo ao seu tempo.

O Chapão beneficiou o prefeito Valmir, ajudando-o a se tornar o prefeito mais bem votado, proporcionalmente, do Pará. Então, ele tem um grupo muito forte, e o prefeito vai honrar a votação recebida, assim como os compromissos assumidos antes da campanha.

JC - Pela votação expressiva que o senhor teve, acha que os eleitores da cidade entenderam o esforço tem feito para ajudar a comunidade garimpeira, da qual faz parte?

Vereador Wesley - Acha que isso contribuiu, com certeza, Parente. De 2017 para cá, eu tenho certeza que esses esforços foram determinantes para que o nosso mandato ganhasse um pouco mais de destaque agora em 2020. A nossa quase eleição como deputado estadual em 2018, eu acho que também contribuiu. Ficou aquele sentimento de, puxa, por pouco nós não ganhamos mais um deputado, e tudo isso eu acho que contribuiu agora.

Agora, que a campanha acabou, é preciso começar um novo trabalho no novo mandato, porque novos desafios virão e a gente tem que estar com o mandato bem ativo, bem participativo para que a sociedade possa reconhecer que a gente merece isso. Quem sabe dar um passo mais largo.

JC - O senhor está pensando em se candidatar à presidência da Câmara?

Vereador Wesley - Essa é uma pergunta complicada neste momento, porque ainda é muito cedo para falar sobre isso. E normalmente, todo vereador que deseja ser presidente, quando sai muito na frente, lá no final acaba não dando certo.

Eu acho que qualquer vereador que está de posse de um mandato quer ser presidente da Casa. Todos querem, mas, eu acho que não é o mento ainda de discutir esse assunto. Lá pelo dia 16 de dezembro, depois da diplomação, o assunto presidência ganhará corpo.

O jogo é jogado e o Lambari é pescado. A gente vai deixar para o momento certo para falar sobre isso. Desde quando sair da presidência, sempre gostei de apoiar um vereador que tenha condições de chegar, e nessa eleição não vai ser diferente. 

Jota Parente

terça-feira, novembro 24, 2020

Se o prefeito me chamar, cumprirei meu nono mandato

O mais longevo entre os quinze vereadores, Peninha está concluindo seu oitavo mandato consecutivo. Sua primeira eleição aconteceu no longínquo ano de 1998, quando o médico Benigno Olazar Reges foi eleito prefeito. Em 2020 bateu na trave, mas, terminou a apuração como primeiro suplente, o que não é pouco para quem fez parte do Grupo da Morte, do MDB.

Dois dias depois da eleição, Peninha estava presente na primeira sessão ordinária após o resultado do pleito para usar a tribuna. Falou sobre o seu desapontamento, criticando candidatos e eleitores, sendo enfático contra as pessoas que venderam o voto. Afirmou que sua votação foi fruto do seu trabalho. Ele analisou para o Jornal do Comércio, com tranquilidade, o resultado das urnas...

Peninha - Veja bem, cada eleição tem as suas particularidades. Essa eleição foi totalmente diferente de todas da minha carreira política, porque a pandemia fez com que o processo eleitoral tivesse que se adequar a uma nova realidade.

Nós não estávamos preparados para perder, e o método utilizado foi o mesmo das demais eleições, porém, acho que eu saí vitorioso pelos 1.234 votos conquistados, sem precisar dar nada para ninguém. Nos usamos o nosso mandato para defender os interesses do povo. Foi isso que sempre fizemos durante toda a nossa vida política. Temos uma história nesse município.

Muitas vezes a gente é mal compreendido, muitas vezes a gente não é correspondido, e nessas eleições foi diferente, porque todos os candidatos, tiveram uma votação mais baixa. Primeiro, a quantidade de eleitores que compareceram já foi menor do que na eleição passada. Este ano, somente 49 mil votantes marcaram presença, enquanto que na eleição de 2016 foram cerca de 55 mil.

O segundo fator foi uma quantidade maior de candidatos. Na história de Itaituba nunca teve tanto candidato a vereador como nessas eleições. Foram mais de 180 candidatos.  É importante ressaltar, que pessoas que nos ajudaram nas eleições passadas, nessas eleições saíram candidatas, e com isso dividiram muito a votação, não apenas a nossa, mas, dos demais candidatos.

Isso fez com que diminuísse muito a votação. Houve uma renovação, o que é normal, apenas seis vereadores conseguiram se reeleger; a democracia é assim. Hoje, tenho que aceitar, primeiro, a decisão de Deus, segundo, a decisão dos que escolheram seus representantes.

Eu acredito que se eu tiver que exercer o meu nono mandato, exercerei. Fui bem votado, e eu repito que sou servidor público do povo. Quando coloquei meu nome para ser candidato a vereador é porque eu quero servir a população. Quero agradecer a todos os meus eleitores, agradecer a todos me deram essa votação de mais de 1.200 votos, e tenham certeza que se nós tivermos que continuar na Câmara, será trabalhando, defendendo o povo. Essa é nossa bandeira.

          JC – Na eleição do dia 15 passado, vereador, houve muitas denúncias de compra de votos. A polícia andou atrás, mas, teve pouco êxito porque o pessoal fica muito atento a qualquer movimento. O que se pode fazer para dar uma basta nisso?

Peninha – A gente ouviu falar da prisão de candidato que estaria comprando votos, houve denúncia de candidato que estaria trocando favores por votos; enfim, essa foi uma eleição diferente de todas as demais. Isso é muito ruim, porque torna o jogo desigual.

Esse é um grande problema para a Democracia; as pessoas, muitas vezes, não votam no candidato pela história e pelo que ele faz, mas, por interesse, e isso é um grande problema para o Brasil.

Houve candidatos, que ao longo da sua história, de sua luta, trabalharam em uma determinada comunidade, trabalhando junto da comunidade, e quando chegou perto das eleições, o líder comunitário vendeu a mesma na folha para outro. Isso aconteceu e não foi por opção de melhoria das pessoas, mas, por interesses pessoais, o que é uma vergonha.

JC - O senhor vai completar 32 anos de legislativo, cerca da metade da sua vida dedicada à política. Disse na Tribuna que está cansado e que não é porque deixou de ser eleito, e que se fosse convidado para continuar iria pensar. Pelo jeito, o prefeito vai precisar muito do senhor na Câmera a partir de janeiro de 2021, por que vem chumbo grosso por aí. E quando tem chumbo grosso do outro lado, chama o Peninha. Como já aconteceu a sondagem para continuar, ainda vai pensar?

 Peninha - Na verdade, essa é a questão, mas eu volto a dizer que nós estamos à disposição para servir ao município. Há uma grande possibilidade disso acontecer, porque, pelo menos um desses vereadores eleitos não quer exercer o mandato, mas, voltar para a secretaria (Orismar Gomes, Seminfra). Existe, também, a chance de outros vereadores eleitos voltarem para as secretarias que ocupavam (Iamax Prado e Ronny Freitas), o que abriria vagas para outros suplentes.

Eu vou conversar com o prefeito sobre tudo isso. De minha parte, não há problema algum em continuar. volto dizer que estou muito feliz, porque acabei sendo bem votado. Nosso grupo cresceu. Foi um show de bola. Tanto que basta olhar para a votação do nosso prefeito, que teve mais de 42 mil votos, obtidos por mérito do trabalho, a maior votação da história de Itaituba.

O povo queria que Valmir continuasse, e queria muito. Os adversários fizeram de tudo para tentar denegrir sua imagem, mas, não adiantou, as críticas não surtiram efeito. Depois de tudo que fizeram contra ele, a população o escolheu novamente, pelo trabalho que ele está fazendo como prefeito de Itaituba.

Vou conversar com ele para ver o pensamento dele, o que que ele quer, e a minha experiência será colocada em prática. Enfim, acho que nós vamos continuar ligados. Se tiver que continuar na Câmara, continuarei. O interesse público é que manda.

O povo queria que eu fosse vereado; basta olhar para a votação que tive. Vamos fazer o que for melhor para mim, para minha família e para o município, principalmente, para nossa população, pois esse é o objetivo do nosso trabalho há quase trinta e dois anos. No final vai dar tudo certo.