terça-feira, dezembro 08, 2020

Vereador Wescley, na sessão de hoje: "vereador Dirceu, eu não vou votar em você"

O vereador Wescley Tomaz prometeu fazer um discurso na sessão de hoje na Câmara, no qual relataria o que aconteceu até agora na corrida pela presidência da Casa de Leis.

O discurso aconteceu, porém, quem foi para lá esperando que ele soltasse os cachorros pra cima do prefeito e de vereadores que estiveram apalavrados com sua candidatura, não ouviu o que esperava.

Calmo, falando pausadamente sem citar o nome de Valmir em nenhum momento, Wescley deu o recado, deixando claro que não estava zangado, mas, muito magoado com a maneira como as coisas aconteceram até a unção Dirceu Biolchi como candidato do prefeito.

O vereador que foi o segundo mais bem votado na eleição deste ano, disse que não faria muito arrodeio sobre o que foi falado durante a semana passada, algumas coisas que ele já havia afirmado antes.

“É um direito de qualquer vereador eleito disputar a presidência, mas, como o governo do qual eu faço parte e ajudei a eleger, conseguiu eleger doze vereadores, eu pensei em conversar com o líder sobre quem seria o candidato do governo.

Não existia candidato do governo, e sendo assim, coloquei meu nome à disposição. Existe alguém abençoado, algum preferido? Nunca existiu! E assim, me lancei na disputa pela presidência, juntamente com o colega Dirceu Biolchi.

Articulação pra cá, articulação pra lá. Pra resumir essa história de eu ser candidato, não existe traidor nisso, vereadora Maria e vereador Nem, porque a conversa antes, era de que o governo não iria se meter, porque eram dois vereadores da base aliada.

Falam agora, que o combinado era o vereador mais votado (ser o candidato). Isso foi combinado com quem? Eu nunca fui informado disso. O combinado era que se os candidatos fossem da base, ninguém se meteria.

Não sei se foi premeditado, se foi de caso pensado, porque eu me lembro, que há duas semanas o vereador Dirceu me chamou para conversar, quando ele me disse: “Wescley, larga de confusão, vem pro meu lado.” E eu disse a ele: vereador, se eu tenho oito votos e o senhor tem seis, porque o vereador eleito Conrado não vota em ninguém, porque eu tenho que conversar?

Eu sei que no final das contas, sempre existiu um candidato de preferência do governo e esse candidato não era eu.

Não estou aqui choramingando por não ser o presidente declarado, o presidente eleito (antecipadamente), porque numa disputa, ganhar e perder fazem parte (do jogo). Ganhar é muito bom, mas, é bom saber perder. Parece que foi premeditado para mostrar força e humilhar os vereadores Wescley, Maria e Nem.

Eu não sei quem é que vai sair ganhando com tudo isso, porque poderíamos muito bem terminar o ano comemorando a vitória do MDB em Itaituba. O governo vai terminar o ano dividido. Tem muita gente lá dentro que não tem coragem de falar, mas, não gostou da atitude. Não vou bater de frente, porque a gente não tem a mesma força.

Quero dizer ao vereador Dirceu: eu não vou votar em você. Não é nada pessoal, mas, não vou votar em você.

Eu perdi essa presidência por imposição. Não foi na disputa do voto dos vereadores. Foi uma imposição de cima para baixo.

A minha tristeza e a minha insatisfação são pela forma como tudo isso aconteceu, e poderia ser muito bem evitado.

Vereador Maria e vereador Nem não mereciam passar por todo esse constrangimento. Eles nunca foram infiéis ao governo. Sempre defenderam o governo e sempre votaram a favor do governo. E pela primeira vez não acompanharam o prefeito. Isso não quer dizer traição, até porque, na teoria este poder deveria ser independente”, finalizou Wescley.

Foi dado o recado pelo vereador.

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