sexta-feira, setembro 26, 2008

Edição 71 do JC já está nas bancas

Começou a circular no final da tarde de hoje a 71ª edição do Jornal do Comércio. Nesta reta final de campanha eleitoral, o JC aborda a questão da enorme poluição sonora que se verifica em Itaituba, trata da abordagem feita pelos três candidatos a prefeito a respeito da economia local e trás como matéria chamada de capa, a viagem que farão o jornalista Jota Parente e o professor Jadir Fank, que percorrerão a América do Sul, de motocicleta, saindo de Manaus no próximo dia 10 de Outubro. A seguir o blog publica algumas das matérias e dos artigos desta edição. Boa leitura.

Jota Parente e Jadir Fank vão dar a volta na América do Sul, de moto


Se você tem uma idéia fixa na cabeça, pegue uma boa dose de disposição, elabore um projeto bem detalhado, desses que possam ser exeqüíveis, mesmo tendo consciência de que as dificuldades poderão ser maiores do que você possa imaginar e vá à luta. Quando pensar em desistir, lembre do disse o filósofo Sêneca, no final do Século I A.C.: “Não chega a lugar algum, quem não sabe para onde vai”.

Expedição Itaituba/Amazônia. Esse é o nome do projeto montado pelo jornalista Jota Parente e pelo professor Jadir Fank, que seguindo a máxima do filósofo, sabem de onde querem sair e aonde querem chegar.

Logo depois da eleição, dia 10 de outubro, eles partirão em suas motos, uma Yamaha XTZ 125 e uma Honda Bros 150, de Manaus, com o objetivo de circundar toda a América do Sul, passando por nove países.
Serão gastos mais ou menos sessenta dias para completar o percurso, otimizando-se o tempo. Chegou a ser aventada a possibilidade deles saírem de Macapá, cruzando a Guiana Francesa, o Suriname e a Guiana, antiga Guiana Inglesa, até chegarem a Boa Vista, de onde a viagem seguiria o seu curso. Mas, a falta de informações sobre as estradas daqueles três países impediu que isso acontecesse.

De Boa Vista Jota Parente e Jadir Fank seguirão para a Venezuela, país que cruzarão de sul a norte e de leste a oeste; de lá para a Colômbia, entrando pelo nordeste colombiano; depois de cruzar a Colômbia no sentido leste oeste e norte sul; a expedição entrará no Equador e de lá, Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai, retornando pelo litoral brasileiro até Belém. Da capital do Estado voltarão a Itaituba pela Transamazônica. A viagem durará aproximadamente dois meses, perfazendo um total de mais de 32 mil quilômetros percorridos.

O jornalista e o professor passaram meses levantando informações a respeito de todos os lugares por onde vão passar, tendo lido dezenas de relatos de outros motociclistas que fizeram, ou o mesmo percurso, ou algo parecido. O mesmo percurso não tem sido completado por muita gente, dadas às dificuldades e ao tempo necessário para cumprir a jornada. Acima de tudo, é preciso muita determinação. Para Jota Parente, essa será a grande reportagem de sua vida. Juntando o material coletado nessa expedição, e o que será produzido nas próximas que já estão sendo pensadas, deverá ser escrito um livro.

Para levar a cabo um projeto como esse, quem o idealiza precisa ter boas condições financeiras, ou contar com o patrocínio de amigos, pois somente de gasolina serão consumidos em torno de 1.200 litros por moto, totalizando 2.400 litros, que ao preço de Itaituba equivale a R$ 7.180,00. Some-se a isso a despesa de alimentação, pernoite e manutenção da moto, o empreendimento não sairá por menos de R$ 11.800,00, sem nenhum esbanjamento.

No decorrer dos mais ou menos 32 mil quilômetros a serem vencidos será necessário trocar, de três a quatros vezes, os pneus e o kit das motos. O óleo do motor terá que ser trocado, aproximadamente, 30 vezes. Pelo menos a cada oito mil quilômetros será aconselhável fazer uma revisão na moto.

Uma moto com carburador, como no caso da XTZ 125 2007, apresenta uma preocupação a mais a ser superada: a Cordilheira dos Andes, por onde passam muitas das estradas que serão percorridas. Por causa das elevadas altitudes das mesmas, motos com carburador falham muito, chegando a não ter condições de continuar a viagem, sobretudo em subidas, caso o piloto não tenha conhecimento mínimo do que deve ser feito.
Isso se deve ao fato da diminuição de partículas de oxigênio no ar, o que faz com que a moto necessite de uma compensação que é feita por meio de uma chave apropriada para ser usada na regulagem da mistura do ar com a gasolina. No caso de Parente e Jadir, eles estão passando por um treinamento na oficina da Cimaq Yamaha Motos, para conseguirem vencer essas e outras dificuldades que não dependem de conhecimentos técnicos aprofundados.

Revisão completa e parcerias - No caso de Jota Parente, sua XTZ 125, apesar de ter rodado apenas 7.000 mil quilômetros, passou por uma revisão completa, bancada pela Cimaq Yamaha, que mandou colocar pneus novos e entregou um novo capacete para ele fazer a viagem.
Diversas empresas locais e alguns profissionais liberais de Itaituba participam do projeto, como o Posto São Matheus (Wimar Freire), LG Materiais Elétricos (Luis Gomes), Grupo Climaco (Valmir Climaco), Grupo Leal (Gilberto Leal), Cimaq Yamaha Motos (Afábio Borges), Loja Planalto (Francimar Aguiar), Ouro Minas (Rildo Serrão), Drogaria Pontual (João Batista Rodrigues Prado), Império da Moda (Jaime Sousa), CKR Materiais de Construção (Gim), Guamá Madeiras (Adécio e Magno Gomes), Portal Madeiras (Helder Gomes), Mercantil Pontual (Antônio Paulino), Sercont (Antônio Santana), Stúdio Moura (Cláudio Moura), Armarinho Norte (Iraldo Aguiar), Posto Campo Verde (Gleison Freire), TV Tapajoara, (Ivan Araújo e Marlúcio Couto), TV Eldorado (Pedro Filho e Escritório de Advocacia Jairo Araújo.

Não se trata de um passeio, mas, de uma aventura jornalística que levará o nome de Itaituba bem longe, de forma positiva; bem diferente da maior parte das notícias que são veiculadas na grande mídia a respeito deste município.

Os dois expedicionários levarão material de divulgação concernente à realidade presente, de Itaituba e da Amazônia, tratando dos problemas que são enfrentados nos dias de hoje, como o desmatamento que ainda persiste em níveis bastante preocupantes, assim como sobre as medidas que têm sido tomadas para que se reduza ao máximo a devastação da floresta amazônica.
Falarão da problemática das ONGs financiadas com capital externo, e/ou nacional, que defendem interesses alheios aos da nação brasileira; abordarão, com bastante ênfase, as inúmeras coisas boas que existem, como as belezas naturais e o potencial de crescimento e desenvolvimento de que a região dispõe. Tal material será divulgado em veículos de comunicação das cidades por onde a Expedição Itaituba/Amazônia passar, os quais serão visitados, pois essa é a forma mais rápida e eficaz de se alcançar o maior número possível de pessoas.

Haverá material impresso para divulgar os potenciais de Itaituba, seja no campo do turismo, voltado, principalmente, para o eco-turismo, seja na questão das possibilidades de desenvolvimento deste município; será destacado que a Amazônia não é apenas uma fonte inesgotável de problemas, ou somente uma floresta. Será enfatizado que na Amazônia vive gente; vivem em torno de 25 milhões de seres humanos que raramente são lembrados quando se fala da região.
Essa gente precisa ser levada em conta quando se discute a questão da preservação. Esse povo vai continuar vivendo nesse território, com crescimento populacional acima da média nacional. Essa gente vai continuar habitando a Amazônia, ache o que achar quem luta pela preservação, e sem a cumplicidade desses amazônidas, de nascimento ou por adoção, as campanhas voltadas para o desenvolvimento sustentável estarão fadadas ao fracasso, ou a meios sucessos.
Por esse motivo, é fundamental mostrar isso ao mundo, começando pelos irmãos sul-americanos, bem como do restante do Brasil, os quais estão mais perto de nós, para depois fazer esse grito chegar mais longe. Para tanto, em cidades importantes a serem visitadas serão ministradas palestras alertando sobre o que está sendo feito na Amazônia, ocasião em que será propagada a imagem deste município.

Pode parecer uma meta ousada para um humilde jornalista interiorano e um professor de faculdade. Todavia, questionados sobre essa ousadia, ou se isso não é muita pretensão de sua parte, eles respondem lembrando da lenda o Beija-flor, que carregava água com o bico para apagar um incêndio. Um outro Beija-flor perguntou se e não estava ficando maluco, pois, como conseguiria acabar com aquele incêndio, carregando quantidade tão insignificante de água, ao que ele retrucou, dizendo que estava apenas fazendo sua parte.

A Expedição Itaituba/Amazônia foi concebida inicialmente com o nome de Expedição América, pois a idéia original era partir de Manaus para cruzar o norte da América do Sul, a América Central e a América do Norte. Como teria que dispor de uma logística especial para passar da Colômbia para o Panamá, posto que a rodovia Pan-americana está interrompida entre os dois países, onde o matou tomou conta em torno de 80 quilômetros, em território panamenho, optou-se por essa segunda opção, ficando definido que essa será a segunda etapa do projeto, a ser cumprida em maio de 2010, provavelmente com uma equipe maior.

Informe JC

Raposa
Um contingente de militares do 53º Batalhão de Infantaria de Selva (Itaituba) deverá ser enviado para a reserva Raposa Terra do Sol, em Roraima, após a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a desocupação, ou não, das terras indígenas, onde estão os arrozeiros. Essa possibilidade é real e terá por finalidade evitar que possa ser deflagrado um conflito de proporções inimagináveis, entre índios e colonos.

Enfeite
A coluna recebeu reclamação de um passageiro que precisou viajar na lancha Princesa do Tapajós, no trecho Santarém-Itaituba, semana passada. Disse ele que chegou por volta de 15h30, debaixo de um sol escaldante. Às 16h10 a lancha zarpou. Só então o passageiro observou que havia três pequenas centrais de ar condicionado, que não estavam ligadas, apesar do enorme calor que fazia. A viagem continuou bastante calorenta, até que a noite caiu e a Natureza encarregou-se de amenizar a temperatura.

BR 163 I
O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou irregularidades consideradas graves de sobre preço de R$ 5,7 milhões no projeto de pavimentação da rodovia BR-163, que liga as cidades de Cuiabá a Santarém, no Mato Grosso. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

BR 163 II
Segundo a assessoria do órgão, o TCU constatou sobre preço no pagamento de horas improdutivas dos equipamentos que efetuam o transporte de maquinário/pessoal e nos valores do custo da brita, além de modalidade indevida de licitação, entre outras falhas. O valor total estimado é de R$ 49.921.604,00. Como as obras ainda não foram iniciadas, as irregularidades foram consideradas graves, mas sem que haja a necessidade de paralisação, já que pode haver correção no sentido de não computar os valores irregulares no orçamento.

BR 163 III
O tribunal determinou ainda que o 9º Batalhão de Engenharia e Construção e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes no Mato Grosso (Dnit/MT) que formalizasse, no plano de trabalho, um orçamento com base em elementos de despesa em que conste o detalhamento de todos os custos da obra; excluísse do orçamento itens que não correspondam ao efetivo desembolso; adote o pregão para licitar bens e serviços comuns e reavalie o orçamento da obra, de modo que ele fique limitado ao valor que seria obtido com a integral aplicação dos recursos previstos.

Pingos nos is

Seu Mané
Aldo Inácio Makoto Filho (Aldinho), filho do Seu Mané, passou por Itaituba, semana passada, a caminho de Novo Progresso, onde vive seu pai. Em contato com a coluna, Aldinho disse que estava indo até aquela cidade do sudoeste paraense para visitar seu pai, depois de ter recebido um telefonema de sua irmã Yoko, que mora atualmente no Japão, mas que também estava em Novo Progresso. Yoko informou a Aldinho, que o pai estava com câncer de próstata. Ele disse que nem sabia se seria recebido por Seu Mané, que tinha deixado de falar com Aldo Inácio Filho há vários anos. Sua intenção era levar o pai para João Pessoa, onde mora e tem negócios, para que iniciasse o tratamento conveniente para combater a doença.

A quadra I
A vereadora Ana Cativo (PT) usou a tribuna da Câmara, na única sessão desta semana, para criticar a administração municipal por causa da quadra do bairro da Floresta, cujos recursos foram conseguidos com seu empenho e com a participação do deputado estadual Calos Martins (PT). Conforme falou Ana, a quadra ficou de ser construída em algum terreno do bairro, mas, o prefeito Roselito Soares, alegando que não havia nenhuma área do patrimônio municipal mandou construir no Escola Haroldo Veloso.

A quadra II
Sábado passado a vereadora esteve na escola e verificou que nada tinha sido feito até aquele momento. Segundo suas palavras, como o prefeito ficou sabendo que o deputado Carlos Martins estava em Itaituba, rapidamente determinou que a obra fosse iniciada no final se semana mesmo. Quando ela voltou lá, no domingo, viu que havia máquinas gente trabalhando.

Medo de avião pequeno

Jota Parente - Em tempos de eleição é comum a gente relembrar casos ocorridos em campanhas políticas. Há algumas edições contei a história envolvendo o então candidato a vereador Luis Preto. Nesta edição vou rememorar um fato ocorrido no mesmo ano de 1992, por ocasião da campanha eleitoral na qual Wirland Freire foi eleito prefeito pela primeira vez.
Saímos para um giro rápido por alguns garimpos, com a condição de fazer três grandes reuniões políticas em único dia. Eu morria de medo de viajar de avião, naquele tempo. Se fosse monomotor, então, só entrava no último caso. Mas, como coordenador da campanha, tinha que deixar o medo de lado. A primeira parada foi no garimpo do Marupá e o meu primeiro susto foi logo no pouso, pois o avião, um Carajá de prefixo PT-VCG parou quase dentro do cemitério, que fica na cabeceira da pista a qual, por se bastante inclinada faz com que as aeronaves pousem sempre na direção do cemitério. Fizemos nossa reunião com os garimpeiros, tendo sido muito bem recebidos.
A decolagem é no sentido contrário para aproveitar a descida, mas, aí veio o segundo susto, porque havia mais gente no avião do que o bom senso recomendava. Isso fez com que a decolagem fosse complicada, pois sendo o Carajá bastante veloz, precisaria de uma pista maior para decolar. O piloto Merani puxou o manche no limite e todos os alarmes soaram. Wirland, que estava sentado ao lado do piloto, olhou para o Merani, preocupado. Os passageiros, dentre os quais eu, ficaram todos muitos assustados. Apesar do grande susto, por ter motores muito potentes, o Carajá deu conta do recado.
Do Marupá fomos para o Crepurizão onde a pista era muito boa, sobrando muitos metros, tanto para o pouso, quanto para a decolagem. Lá, fizemos a maior de todas as reuniões. A maior parte da comunidade foi ouvir as propostas do então candidato a prefeito, que tinha em sua, Wilmar Freire, que estava no seu segundo ano de mandato de deputado estadual, e Benigno Reges, que era o prefeito de Itaituba.
Terminada a bem sucedida reunião no Crepurizão, por volta de onze horas da manhã, recebemos uma informação dando conta de que estava chovendo torrencialmente no Cuiu-Cuiu, local onde estava marcado um almoço e outra grande reunião. Fomos aconselhados a não seguir para lá no Carajá, pois a pista, embora bastante extensa, por não ser piçarrada, era muito escorregadia. Uma operação de pouso num avião como aquele poderia não se bem sucedida.
Não podendo ir no PT-VG, o jeito foi conseguir um avião menor, um monomotor, para levar a comitiva. Porém, isso causou um impasse que durou alguns minutos: alguém teria que ficar. Benigno tinha muito mais medo de avião -pelo menos de avião pequeno - do que eu. Eu Também não queria ir naquela lata de sardinha. Eu dizia: vai Benigno; ele dizia que eu é que teria que ir e assim ficamos num jogo de empurra, enquanto os outros se divertiam, sabendo que nós dois estávamos mesmo era com medo.
Enquanto a gente não chegava a um acordo sobre quem ficava e quem embarcava, eu maquinava uma idéia para convencer Wirland a escolher quem deveria ir. Em determinado momento eu lembrei que existiam duas FMs piratas no Crepurizão, que tinham muita audiência na comunidade. Como andávamos sempre correndo, não houve tempo para visitar as duas emissoras, que foram a salvação da lavoura para mim.
Wirland, disse eu, é melhor eu ficar para visitar as duas emissoras de rádio para fazer tua propaganda eleitoral, pois não tem sentido a gente passar por aqui sem explorar todos os meios possíveis para vender a imagem do candidato. Ademais, o Benigno é o prefeito de Itaituba. Lá no Cuiu-Cuiu ninguém de conhece, ao passo que o prefeito, todos sabem quem é. E não e que colou! Wirland virou para o Benigno e disse: é Benigno, não tem jeito; o Parente tem razão, é melhor você e ele ficar. Muito a contragosto, com seu mais de um metro e oitenta ele apertou-se no carioquinha e subiu com os demais rumo ao Cuiu.
De fato, eu fui visitar as duas FMs, tendo sido bem recebido pelos colegas, que abriram os microfones para que eu falasse à vontade a respeito da candidatura de Wirland Freire. Enquanto eu cumpria essa parte a missão, o Merani mantinha contato com outros pilotos pelo rádio, para saber em que condições estava a pista, até que, por volta das duas horas da tarde veio a informação de que já dava para ele pousa. Levantamos vôo e alguns minutos depois pousamos no Cuiu-Cuiu. O avião ainda deu uma derrapada, mas, não passou disso. De lá para cá eu perdi um pouco do medo de voar.

O que está acontecendo?

Jadir Fank - Cada dia que passa, fico mais a pensar, sobre o que está acontecendo no mundo. Quanta coisa ruim está acontecendo, desastres, calamidades, assassinatos ... Nem tem como enumerar. Pergunto-me o que está levando a isso? Deve ter alguma explicação? No meu ponto de vista o tal “capitalismo selvagem” está tomando conta. As pessoas esqueceram das outras, só pensam mais em si mesmas. Não tem mais amor pelos outros seres semelhantes, pior do que isso, não tem mais amor a si próprio. Atentam contra sua própria existência, não dando valor a sua vida, deixando as coisas de Deus de lado.
Quanta coisa está acontecendo em Itaituba! Todo dia é noticiado todo tipo violência como, estupro, tráfico de drogas, mulheres apanhando de homens covardes, acidentes de moto, de carro ..... Por que tudo isso? O que está acontecendo? O que se passa na mente dessas pessoas? Atribui-se isso à impunidade, gerando essas coisas. Concordo, mas será que é só isso? Questiono muito sobre essas situações, tentando uma resposta que fosse capaz de dar pelo menos um significado razoável a tudo isso.
Já escrevi sobre esse tema. Vamos analisar nosso trânsito. Quanta barbaridade está acontecendo, principalmente em finais de semana. Alguns valentões, quando sentam numa moto ou mesmo ao volante de um carro, não respeitam nada. Sinalização é apenas assunto obrigatório, quando se está na auto escola, com objetivo de tirar a carteira de habilitação. Quando pegam um veículo e voltam às ruas, nada disso vale, sinaleira é apenas um enfeite, ultrapassar pela direita parece obrigação, andar sem capacete e com mais de uma pessoa na garupa um prazer, parecendo uma disputa para ver quem consegue infringir mais a lei e burlar as autoridades do trânsito e policial com intuito de se exibir entre os amigos, como se isso fosse um troféu.
E quando o troféu é um acidente grave? Com vítimas fatais, como temos visto constantemente, ou causar danos corporais irreversíveis? Aí só resta lamentar, e contar as “vantagens desses” que um dia já foram os melhores enganadores das autoridades. Será não estavam enganando a si mesmo? E o que nossas autoridades estão fazendo para coibir isso? Onde estão os agentes de trânsito? E quando os agentes de trânsito coíbem essas ações, quantos usam a sua influencia “política”, principalmente nesse período eleitoral para resolver nos bastidores? Será que isso não incentiva mais ainda o que se vê em nossa cidade. Um trânsito maluco, com muitos acidentes, de pequena, média ou grandes proporções. Quem paga por esse ônus somos todos nós contribuintes. O que fazer?
Comenta-se que tudo passa pela educação no trânsito. Que coisa linda essa! É a solução de tudo. Com certeza sim, porém de que forma iremos fazer isso? Estão de parabéns as autoridades do trânsito que na semana nacional do trânsito foram palestrar nas escolas da cidade. Isso é uma ação de médio ou longo prazo, desde que essas palestras não aconteçam somente de ano em ano e que sejam constantes. O que fazer em curto prazo? Fiscalização, punição de todas as formas, sem influência desse ou daquele, senão continuaremos, principalmente nas segundas feiras, lamentando os ocorridos do final de semana. Espero que isso não tenha acontecido nesse final de semana, e que a paz volte a reinar em nosso trânsito, principalmente em nossos corações e que invertemos alguns valores novamente, deixando o amor de Deus reinar.
Educação é tudo sim, vamos investir nela para que em médio prazo muita coisa possa mudar e Itaituba ser menos violenta. Pensamos nisso.

Léo Rezende: 20 anos voando para os garimpos, do Tapajós – Parte II

Na primeira parte do seu relato, Léo Rezende falou das dificuldades da aviação de garimpo, proporcionadas sobretudo pelas condições precárias da maioria das pistas; tratou da questão do grande número de acidentes, que resultaram na morte de 150 pilotos no lapso de tempo relativo há dez anos; falou, também, de sua atividade como garimpeiro, concomitante com a de piloto. Nesta edição ele conclui, abordando aspectos da violência, que notabilizou Itaituba, tanto quanto as extravagâncias dos garimpeiros que bamburravam. Léo relembra um fato pitoresco que aconteceu num vôo de Rondonópolis para Itaituba, que ele contou na edição do JC, comemorativa do sesquicentenário de Itaituba.
Eu vi muita coisa acontecer, principalmente na década de 1990, período em que eu ficava muito mais tempo dentro dos garimpos do que na cidade, porque a gente passou a voar de lugares mais próximos aos garimpos, que serviam de pontos de apoio. A gente utilizava as pistas do Crepurizão, Porto Seguro, Moraes Almeida, Km 64, Novo Progresso. A gente saía de Itaituba e voava desses lugares, pois assim os donos de garimpo diminuíam os custos dos vôos. Isso fazia com que a gente terminasse ficando mais lá dentro. Além disso, como eu também era dono de garimpo, presenciei, sim, muitas cenas de violência, muitas delas, aconteceram muito próximo de mim.
Vi muitas brigas e algumas mortes. Tive uma experiência muito ruim nesse sentido. Nunca cheguei a ser diretamente ameaçado, mas, corri alguns riscos que seriam quase inevitáveis pelo clima da época. Uma dessas experiências foi particularmente marcante.
Numa ocasião eu pernoitei numa pista, no garimpo São João, para onde eu tinha levado o time do garimpo de minha propriedade (pista comandante Arara) com o objetivo de jogar uma partida de futebol. Transcorreu tudo normal no jogo, mas, à noite o local foi invadido por homens de outro garimpo, a pista Nova, determinados a matar o dono do lugar onde eu me encontrava
Eu estava dormindo na casa do dono do garimpo, que era o Raimundão - que terminou morrendo em Boa Vista, mais tarde -, quando houve a ameaça de invasão. Eu passei a noite toda acordado, com duas armas na mão, um revolver e uma espingarda, vigiando uma janela, sentado e fumando um cigarro atrás do outro. O dono da casa disse que se alguém entrasse era para eu atirar, porque se eu não fizesse isso eles me matariam e só depois é que descobririam que eu era o Léo Rezende.
Eu passei a noite acordado e aquilo foi muito desgastante, tanto física, quanto psicologicamente. Eu acho que eu perdi de três a quatro quilos naquela noite. Aquele foi um dos momentos mais difíceis que eu passei no garimpo. Hoje, quando lembro, parece que foi um filme que eu assisti, mas foi tudo muito real.
Foi uma noite de cão, mas, felizmente não houve a invasão. De madrugada os invasores foram embora. Mas, o bom senso mandava que a gente não saísse Na medida em que o dia foi amanhecendo a gente pode constatar que os homens tinham se retirado. Quando a gente teve certeza que não havia mais perigo, saímos da casa e eu voltei para minha pista. Acho que isso aconteceu no ano de 1989.
Afora isso, houve outro tipo do que a gente pode considerar como violência, que foi o caminho que tomaram alguns bons amigos, colegas de profissão, homens bons, trabalhadores, que não conseguiram se adaptar na aviação de táxi aéreo, aviação executiva, enfim, e infelizmente partiram para uma atividade ilícita, o que muitos fazem até hoje. Nessa atividade muitos morreram, enquanto muitos foram presos. Essa é uma página sofrida que a gente tem na aviação. Eu não entendo direito o que leva uma pessoa de bem a se envolver com o narcotráfico, com o transporte de drogas e tudo mais. Lamentavelmente, isso é verídico e não há como esconder.
Em dezembro de 1999, pouco antes do Natal daquele ano, eu deixei Itaituba para viver em Macapá. Não posso dizer que isso não tenha se divido, ao menos um pouco, à desaceleração da aviação nessa região, provocada pela queda do movimento de garimpo. Entretanto, o que mais motivou minha saída foi o desejo de tentar fazer alguma coisa nova. Eu estava estabilizado em Itaituba e podia continuar vivendo bem aí, mas, surgiu essa vontade de fazer algo novo.
O editor chefe do Jornal do Comércio, meu querido amigo Jota Parente, pediu que eu contasse algum fato engraçado que tenha acontecido comigo em vôo. Não recordo de nenhum tão pitoresco quanto aquele que contei por ocasião da passagem dos 150 anos de Itaituba, que me rendeu diversos telefonemas de Itaituba, de amigos que riram bastante com o fato.
Lá pelos idos dos anos 1990, vinha eu pilotando um avião utilizado na aviação de garimpo, o qual acabara de sair da revisão, na cidade de Birigui, em S. Paulo. A aeronave estava recém pintada, com bancos novos, enfim, quase tudo novinho, exalando aquele característico cheiro gostoso de coisa nova, recém saída da fábrica. Ao descer em Rondonópolis, no Mato Grosso, um colega piloto perguntou se dava para ele trazer um senhor de idade que vinha para Itaituba. Como só trazia uma pessoa, disse que não haveria problema. O avião foi abastecido e a gente levantou vôo, mas não imaginava que estava começando uma aventura completamente diferente das que tinha enfrentado até aquele momento, depois de alguns anos de vôos para garimpos.
O senhor que embarcara em Rondonópolis, mais ou menos uns trinta minutos depois da decolagem avisou. “Seu Léo, eu estou ruim da barriga e o negócio está apertando”. Agüente, disse eu, pois o avião não tem banheiro”. Mais uns quinze minutos depois o homem voltou a falar da situação. “Seu Léo, tá apertando eu não sei se vai dar para agüentar”. Agüente, respondi, pois não tenho jeito a dar aqui em cima”.
Na terceira vez o homem pediu que eu desse um jeito, pelo amor de Deus, pois não tinha mais como evitar. Foi quando eu, na tentativa de pelo menos diminuir o estrago, pedi ao passageiro que viajava na cadeira do co-piloto, que passasse um saco de plástico um pouco maior do que aqueles usados quando alguém sente náuseas a bordo, para que o outro pudesse se aliviar. Assim foi feito, mas o resultado foi pior do que o esperado. O homem estava com uma infecção intestinal violenta e o odor no interior da aeronave ficou insuportável.
Eu pensei rápido no que poderia fazer para melhorar o ambiente e tive uma idéia que considero não ter sido das melhores. Abri a janelinha do lado do piloto e do co-piloto, diminui a velocidade do avião e pedi para que o passageiro que viajava ao meu lado pegasse o saco com os excrementos e jogasse para o lado de fora. Arrependi-me amargamente daquela decisão tomada nas alturas, pois foi exatamente como jogar merda no ventilador. Por causa da força do vento da hélice, uma parte foi jogada contra o pára-brisa e boa parte retornou para dentro do avião, sujando-o desde o teto, até os bancos, que até aquele momento estava limpos e cheirosos.
Lembro bem que o tempo que restava de vôo até Itaituba pareceu uma eternidade. Depois que estacionei o avião desci correndo para tomar um senhor banho e pedi que a aeronave passasse por uma lavagem completa. Após essa experiência, eu não aconselho nenhum colega meu a fazer o mesmo, caso passe pela mesma situação. Hoje em dia, quando lembro desse fato e o conto, dou muitas risadas, mas, na hora não teve graça nenhuma.
Não gostaria de concluir meu relato, sem antes citar alguns nomes, para fazer justiça a verdadeiros desbravadores, heróis que tiveram uma enorme importância na história dessa atividade, na região do Tapajós. Nomes como o comandante Flávio da Real, que hoje mora em Santarém, o Pai Velho, esse exemplo vivo que tem que ser respeitado e homenageado sempre, o Careca e tantos outros que foram pioneiros, os quais abriram caminho para os colegas mais novos como eu.
Uma coisa que foi marcante para a aviação de garimpo foi a Associação dos Aeronautas do Vale do Tapajós. Essa associação foi fundada em 1984 e o grande idealizador dela foi o Bessa, o comandante Pedro Leão Bessa. Ele teve a idéia da entidade porque a gente ainda estava em pleno regime militar, período em que havia uma repressão muito grande. A finalidade da associação era nós nos unirmos para enfrentar a repressão dos militares, que era muito forte em cima da nossa atividade. As fiscalizações eram muito arbitrárias. A associação cumpriu o seu papel. Além do Bessa, participaram da fundação, o coronel Sanches, o Xerife, eu e o Dr. Semir Albertoni, que tinha chegado há pouco tempo a Itaituba.
Nós nos reunimos no escritório do Dr. Semir, que ficava na casa da dona Carminha, em frente ao Fórum. Essa reunião teve a finalidade de tratar da questão de estatuto e de toda a parte legal da associação. Os pilotos foram se associando e a entidade cresceu. Uma das nossas grandes conquistas foi trazer o exame médico de pilotos para Itaituba, o que foi uma coisa inédita no Brasil. A gente não precisou mais sair daqui, por um bom tempo, para fazer os exames em Belém ou em Manaus. Isso durou quase oito anos. Depois o benefício foi estendido para outros lugares.
A aviação de garimpo não termina aqui sua participação nesta série. Fará apenas um intervalo para destacar a história de Rui Mendonça, o próximo destaque da série 50 anos da Garimpagem de Ouro no Tapajós. Ainda falta falar de Pai Velho e de outros que fizeram história na aviação de garimpo,nesta região.

As vantagens da Licença Maternidade de seis meses

Marilene Parente - A sanção da Lei 11.770/2008 pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, dia 9 deste mês, representa um avanço social importante, com resultados imediatos, e para o futuro da nação brasileira, que poderá contar com cidadãos mais saudáveis no futuro. O resultado de ficar direto ao lado do filho, nos primeiros meses de vida eu posso testemunhar por meio do meu rebento que acaba de completar quatro meses de nascido.
O fato do meu filho alimentar-se exclusivamente com leite materno faz com que ele seja uma criança absolutamente sadia, ao ponto de nunca ter tido necessidade de sair correndo atrás de assistência médica. As poucas vezes que o levei a um pediatra foi para consultas de rotina, para fazer o acompanhamento recomendado.
Quando a discussão da ampliação da licença maternidade começou, houve manifestações contrárias de parte do empresariado, que ainda não tinha conhecimento de como seria a futura lei. Na medida que os pontos foram sendo esclarecidos, as resistências foram diminuindo, até não se houver mais voz discordante. Isso, certamente, se deve ao caráter facultativo da nova lei.
Sei que é fácil falar, mas, difícil praticar certas coisas. Porém, o empresário que parar pensar nas conseqüências positivas dessa lei, vai chegar à conclusão de que ela é, não apenas para o futuro do País, mas, para ele próprio, pois, na medida em que a funcionaria/mãe amamentar seus filho até os primeiros seis meses do bebê, ele terá todas as condições para ser saudável para o resto de sua vida. Como resultado prático disso, a essa mãe dificilmente precisará perder um dia de trabalho.
Uma criança que não tenha sido alimentada pelo tempo necessário com o leite materno, tem um desenvolvimento muito menos protegido, ficando incomparavelmente mais exposta a contrair doenças seguidas, as quais força a mãe a perder dias de trabalho. Além disso, os estudos comprovam que a criança que mama pelo tempo recomendado tem um melhor aproveitamento escolar e desenvolve muito bem sua afetividade.
Para as servidoras públicas, a mudança entrou em vigor após a publicação no "Diário Oficial" da União, já nesta quarta-feira. Para as funcionárias de empresas privadas, a prorrogação da licença só vale a partir de 2010 e precisa ser negociada com o patrão, por ser opcional.
A empresa que optar pela concessão de mais dois meses de licença-maternidade poderá abater do IR (Imposto de Renda) o total da remuneração integral pago à funcionária no período adicional.
Lula vetou dois pontos do projeto. Segundo a Casa Civil, a medida não vale para micro e pequenas empresas que fazem parte do Simples, uma vez que já desfrutam de isenções fiscais, como alegou o Ministério da Fazenda.
O presidente Lula também vetou a possibilidade de isenção do pagamento da contribuição previdenciária na prorrogação da licença, atendendo a um pedido do Ministério da Previdência.
O custo da ampliação da licença-maternidade foi calculado pela equipe econômica em R$ 800 milhões. Atualmente, 93 municípios e 11 Estados, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, já permitem que as mães desfrutem de seis meses de licença.
Esse período de seis meses é crucial para a criança, não apenas pelo aspecto da saúde, mas, também, pela ampliação do vínculo que ela cria com a mãe e isso não tem preço, mas, terá conseqüência benéfica, conquanto, no futuro, essa criança que sendo bem amada desde os primeiros dias de vida, com um acompanhamento tão próximo, tenderá a tornar-se um adulto com uma alto estima elevada e uma convivência social das mais positivas. Numa economia capitalista, o lucro vem sempre em primeiro lugar. Contudo, fazermos parte desse grande contexto chamado Brasil, cujo bom andamento depende do empenho de todos. Então, o empresário consciente não pode pensar apenas no quanto deixará de ganhar com a extensão da licença maternidade para seis meses, mas, no quanto o País ganhará no futuro com essa medida. Nenhuma das grandes nações do primeiro mundo se formou sem que houvesse a participação consciente dos seus cidadãos. O Brasil gigante está se formando porque nós estamos fazendo isso acontecer.

A Economia de Itaituba na Campanha Eleitoral

Restando somente uma semana para o final da campanha eleitoral, todos os eleitores de Itaituba já tiveram oportunidade de ouvir as propostas dos três candidatos a prefeito, através do Horário Político no Rádio ou na TV, ou numa das inúmeras reuniões ou comícios realizados. Todos eles apresentaram seus projetos, que neste pleito estão mais calcados na realidade. De um modo geral, todos têm evitado promessas mirabolantes, embora haja um ou outro excesso, de vez em quando.
No que tange à economia, assunto que interessa diretamente a todo mundo, as propostas são mais ou menos genéricas, pois nenhum candidato teve o cuidado de reunir algumas cabeças pensantes bem informadas sobre o tema, capazes de apresentar sugestões de metas factíveis e realizáveis. Sendo assim, tudo que tem sido dito é fruto do pensamento próprio de cada candidato a prefeito.
Valmir Climaco (Coligação Frente de Trabalho) tem falado bastante sobre a questão das vicinais, que tem sido um calcanhar de Aquiles de qualquer prefeito, pois são muitas centenas de quilômetros delas espalhadas pelos mais de 65 mil quilômetros do município. Prefeito nenhum, em tempo algum conseguiu dar conta de recuperar ou fazer a manutenção das mesmas. Mesmo os que mais trabalharam ficaram longe disso, porque os recursos do município são insuficientes. Quem promete que vai recuperar todas não está falando a verdade.
Até hoje, nenhum prefeito deu tanta atenção à problemática das vicinais quanto Wirland Freire, que antes mesmo de pensar em se lançar candidato fez a vicinal dos Doidos, que mais tarde foi rebatizada com seu nome. Aquele foi um trabalho gigantesco, feito com recursos próprios, que nenhum governo do município ousou encarar. Ele manteve a Transgarimpeira trafegável por muito tempo. Houve quem alegasse que era de seu interesse, e na verdade era, porque ele usava a mesma para o transporte de combustível. Porém, muitos outras utilizavam a mesma estrada, tinham recursos, mas não fizeram nada.
Depois que se tornou prefeito, Wirland priorizou o asfaltamento de ruas e os trabalhos de conservação e recuperação de estradas vicinais. Em algumas delas não havia mais que um simples caminho de roça.
Mas, nem Wirland Freire, com toda sua disposição e determinação conseguiu atender à enorme demanda das comunidades interioranas. Sabendo disso desde o começo, ele deu prioridade para fazer trabalhos em estradas que fossem fundamentais para o escoamento da produção. Assim ele fez com a estrada de Barreiras, de Pimental, com a Transgarimpeira, com a vicinal do Brabo, do Capitauã, dentre outras.
Se existe um fator que pode ajudar a alavancar em curto prazo a economia de Itaituba, ele atende pelo nome de agricultura. Não é a panacéia que vai resolver todos os males, mas, não há dúvida de que é um pilar importante, que precisa de pesados investimentos na infra-estrutura do município, no que concerne a estradas. A partir do momento em que o agricultor tiver estímulo para produzir, o primeiro impacto será a diminuição do êxodo rural, cuja maior causa é a falta de condições, seja por causa das estradas quase sempre em péssimas condições, ou por falta de incentivo dos diversos níveis de governo.
Havendo estradas para que as safras sejam escoadas sem atropelos, haverá excedente de produção, o qual será vendido para o mercado externo, fazendo com que melhore a renda do produtor rural. Melhorando a renda do homem do campo, haverá mais dinheiro circulando no mercado interno, além de diminuir drasticamente a importação de produtos de primeira necessidade, cuja maioria vem de fora do município, apesar de suas terras férteis e da disposição de seus agricultores, que desejam muito produzir.
O prefeito Roselito Soares (Coligação Unidos por Itaituba) tem dado destaque às suas realizações, evitando promessas mirabolantes, como as feitas na campanha passada, que têm sido exploradas por seus opositores. No tocante à economia, não há muita novidade.
Afábio Borges (Coligação Itaituba tem Jeito) aposta nos convênios com os governos estadual e federal, dos quais é aliado, para encetar suas metas para a economia, com ênfase especial para a juventude, que pena para ser inserida no mercado de trabalho.
O município de Itaituba precisa bem mais do que um prefeito que se concentre apenas em administrar com parcimônia e austeridade os repasses constitucionais, pois isso é o mínimo que o eleitor espera de um bom gestor. Necessita de alguém, que além de honesto, seja criativo, inovador, ousado e capaz de abrir os caminhos que levam a novos recursos, imprescindíveis para que seja alcançado o verdadeiro desenvolvimento.
Pouco se tem falado a respeito da importância da atividade mineral no município de Itaituba. Os candidatos não citam, nem mesmo o fato deste ano se comemorar o cinqüentenário do início da garimpagem de ouro no vale do Tapajós. Tudo bem que o governo municipal, em tempo algum exerceu, quase que nenhuma influência nesse setor, conquanto no auge do garimpo a economia local girava exclusivamente em torno do ouro, à revelia da Prefeitura, que não conseguiu nem mesmo ir à reboque.
O avanço da mineração nos moldes da Serabi tem acontecido muito mais lentamente do que os anseios da comunidade itaitubense e não se vislumbra muita coisa que possa ser feita por um prefeito para acelerar esse processo. Contudo, certamente vai se encontrar alguma coisa que a Prefeitura possa fazer para beneficiar o município, como parcerias na área social com as empresas mineradoras que já estão investindo pesado em pesquisas na região, embora a maior parte do dinheiro não fique aqui, pois é investido em empresas e profissionais de pesquisa, que têm que ser contratados de fora. Os candidatos vão terminar a campanha devendo a discussão desse tema com o eleitor. Como é possível ignorar um assunto tão relevante para esta economia?
Com a implantação da Universidade Federal do Oeste do Pará, que tem a horrorosa sigla de UFOPA, não vai demorar muito para Itaituba ganhar seu campus, juntamente com Monte Alegre. Esse será um marco histórico, não somente para este município, mas para toda a região sudoeste do Estado. Porém, sem um bom projeto para a economia, Itaituba vai ter que encarar o mesmo dilema de Santarém, que virou o centro acadêmico da região oeste do Pará.
O fato de ter se transformado nesse centro acadêmico foi altamente positivo para Santarém, pois o nível de escolaridade de sua população foi consideravelmente elevado, além de ter migrado para lá, a cada ano, um grande número de estudantes em busca de fazer um curso superior . Entretanto, como aquele município também tem sérios gargalos em sua economia, todo ano são jogados no mercado de trabalho, dezenas de novos profissionais em nível de terceiro grau, sem que haja oferta de emprego compatível com essa disponibilidade de mão de obra. Então, muitos dos jovens que se formam, continuam trabalhando como balconistas, auxiliares de escritório e outras profissionais diferentes dos cursos que fazem ou fizeram.
Por enquanto esse é um problema incipiente em Itaituba, pois a maioria dos que tem se formado nas faculdades que atendem o município já tem ou já tinham seus empregos ou suas atividades laborais bem definidas. Mas, isso vai acontecer a partir do momento em que forem formadas as primeiras turmas do futuro campus de Itaituba e isso não foi tratado por nenhum dos três candidatos à Prefeitura, em momento algum da atual campanha eleitoral. Fala-se, simplesmente, em arranjar mais emprego para os jovens, mas, ninguém diz como isso vai ser feito e emprego não cai do Céu. Não há projetos nesse sentido.
Quase tudo gira em torno da economia e o eleitor não deve esquecer isso quando for votar. Se o ocupante da cadeira de prefeito tiver competência para gerenciar a máquina pública, através do gerenciamento correto do dinheiro arrecado pela Prefeitura, ou por meio da captação de recursos em outras esferas de governo e até mesmo de empréstimos contraídos para a execução de obras vitais para o desenvolvimento do município, então o povo terá feito a escolha certa.
Está terminando uma campanha eleitoral na qual os candidatos precisaram ser mais criativos no convencimento do eleitor, pois não podem mais usar o artifício dos shows artísticos. O lado negativo disso para a economia foi o enxugamento de um bom dinheiro que costumava circular no comércio local nas áreas artísticas e comercial. Mas, a democracia saiu ganhando com as medidas.
Nestes poucos dias que restam de campanha, o eleitor deve refletir sobre qual dos três candidatos tem a proposta mais coerente para a economia de Itaituba, sob pena de condenar o município à estagnação por um período de quatro anos, que não é nada pequeno. Sem esquecer as outras áreas vitais, como Saúde e Educação. É fundamental que todos se lembrem que uma decisão equivocada poderá doer no bolso. E essa é uma linguagem que todo mundo compreende muito bem. Portanto, a razão deve prevalecer à emoção na hora de votar.

Poluição Sonora tem sido muito forte na campanha eleitoral de Itaituba

O aperfeiçoamento da legislação eleitoral vem provocando mudanças consideráveis na maneira de se fazer campanha política, como pode ser facilmente comprovado no dia-a-dia da campanha deste ano, que vive seus últimos momentos. Os hábitos enraizados, tanto em candidatos, quanto em eleitores, precisam ser readequados dentro da nova realidade.
O visual da cidade de Itaituba ficou bem menos poluído, em comparação com campanhas anteriores, nas quais se pintavam incontáveis muros, muitos deles com 30 ou até 50 metros de comprimento. Havia acirrada disputa por esse tipo de espaço de divulgação. As lojas de material de construção vendiam muita tinta para esse fim, nesse período, e os pintores tinham um bom reforço no orçamento, trabalhando do nascer ao por do Sol. Tempos houve em que a mão de obra ficou escassa, sendo muito concorrida.
Este ano, o que se vê são pequenas pinturas, consonantes às novas exigências legais, ocupando muito poucos profissionais. Em contrapartida, os candidatos investiram pesado nos adesivos com suas propagandas, colocados em veículos dos mais variados tipos. Evidentemente, quem tem mais recursos, que tem mais carros, tem tido mais chance de fazer seu nome e seu número circular pelas ruas da cidade. Os que não possuem carro, ou moto, no caso os candidatos a vereador, esses precisam se desdobrar para vencer a concorrência.
Mas, nem tudo tem sido favorável ao eleitor, no que diz respeito aos excessos de campanha, nesta eleição de 2008, pois, se de um lado diminuiu a poluição visual, de outro, aumentou muito a poluição sonora da campanha. As reclamações surgem de toda parte contra o barulho ensurdecedor que tomou conta das ruas de Itaituba.
Em muitos momentos, sobretudo no centro da cidade e no centro comercial do bairro Bela Vista, trios elétricos e outras parafernálias eletrônicas de propaganda, seguem um atrás do outro, mais irritando quem se encontra nas casas ou nas lojas, do que conquistando votos para quem fazem campanha. Há situações em que falta bom senso, ou quem sabe uma melhor orientação aos condutores de tais veículos. Muitos são os casos em que fica claro que o candidato acha que, quanto maior o barulho que fizer, maiores serão suas chances de ganhar votos, em detrimento de uma melhor qualidade sonora, assim como do texto apresentado.
Houve cidades em que o juiz eleitoral tomou a iniciativa de convidar partidos e coligações para conversar a respeito dos excessos sonoros. Em algumas foi feito acordo entre todas as partes sobre os decibéis que deveriam ser observados em cada carro de propaganda. Onde o acordo foi cumprido, ninguém saiu prejudicado na divulgação de sua campanha, e a população aplaudiu agradecida. Bem que isso podia ter acontecido em Itaituba, pois aqui o volume tem estado sempre no limite máximo.
O pleito de 2008 está na sua reta final. Não dá mais tempo para consertar alguns desacertos que foram detectados, como esse da poluição sonora, por exemplo. E quando chegar a próxima campanha eleitoral, nem candidatos, nem eleitores lembrar-se-ão mais dessa barulheira ensurdecedora que tomou conta das ruas da cidade. A esperança reside na crescente conscientização da população, a qual, sentindo-se prejudicada, ou incomodada, deve manifestar-se para que sejam impostos limites toleráveis e civilizados de volume nos carros de propaganda. Vai ser bom para todo mundo.

Proposta de Paim e Simon regulamenta profissão de comerciário

A regulamentação da profissão de comerciário é proposta pelos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Pedro Simon (PMDB-RS), em projetos de lei que aguardam designação de relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A matéria, que receberá decisão terminativa na CAS, será discutida em audiência pública, em data a ser ainda marcada.
De acordo com o projeto de Paim (PLS 117/07)), os empregados no comércio terão jornada de trabalho de seis horas diárias, de segunda-feira a sábado, e tal horário deverá ser cumprido entre as 7h e as 19 h. O estabelecimento comercial que funcionar durante todo esse período, prevê a proposta, deverá adotar regime de dois turnos. Aos domingos e feriados, determina ainda a proposição, ficará proibido o trabalho dos empregados da categoria.
Na justificação do projeto, Paim ressaltou que o crescimento da atividade econômica gerou ampliação dos horários de atendimento ao público, inclusive aos domingos. Com isso, os comerciários tiveram sua jornada de trabalho aumentada - em alguns casos, esses empregados trabalham cerca de 12 horas diárias. Paim defende a instituição de parâmetros para o exercício da profissão de forma a que este não cause "sacrifício pessoal e o desgaste físico e emocional", bem como evite doenças profissionais e problemas de saúde desses trabalhadores.
O projeto de Paim também estabelece piso salarial nacional para os comerciários no valor correspondente a três salários mínimos. A reposição salarial, as condições de trabalho e os benefícios sociais da categoria serão promovidos no mês de novembro de cada ano. A proposta ainda institui o dia 30 de outubro como o Dia do Comerciário.
Paim informou que o texto da proposta apresentada foi aprovado por unanimidade no Congresso Nacional dos Trabalhadores do Comércio, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC)
O excesso de horas trabalhadas pelos comerciários também foi motivo de preocupação do senador Pedro Simon. Sua proposta (PLS 152/07)) estabelece carga horária dos comerciários em sete horas diárias, com limite máximo de 42 horas por semana. O trabalhador que exercer atividades acima desses limites, prevê o projeto, terá direito ao adicional de 100% sobre o valor da hora normal de trabalho.
Segundo a proposta de Simon, comerciário é o trabalhador que exerce as atividades profissionais em empresas atacadistas e varejistas indicadas numa relação anexa à lei. Tal lista possui 24 tipos de estabelecimentos comerciais atacadistas e 19 varejistas.

Usinas do Tapajós já têm projeto

A Eletrobrás vai apresentar ao Ministério de Minas e Energia, nos próximos dias, um projeto estimado em R$ 31 bilhões para a construção do Complexo Tapajós, que terá capacidade instalada para a geração de mais de 10 mil megawatts (MW) de energia. O estudo de inventário do rio Tapajós foi finalizado recentemente, em parceria com a CNEC, empresa de engenharia do grupo Camargo Corrêa.

As empresas estão fazendo agora o estudo de viabilidade do projeto que prevê a instalação de cinco usinas, todas dentro do mesmo plano de investimentos. Se fosse realizada hoje a venda da energia do Complexo Tapajós, o preço médio nas cinco usinas giraria em torno de R$ 65 o MW/h, segundo dados apresentados ontem pelo presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, em seminário promovido pela CNEC.

Os preços ficam muito em linha com os negociados no leilão das usinas do Rio Madeira. No estudo de inventário de Tapajós foi possível identificar um potencial de 14 mil MW, mas a Eletrobrás optou por montar um plano que excluísse áreas habitadas por índios e parte do parque nacional da Amazônia.

Um dos objetivos é reduzir impactos ambientais e sociais e facilitar a aprovação do projeto. A usina de Belo Monte, por exemplo, outro projeto no coração da Amazônia, nem foi leiloada ainda e o projeto já está sendo contestado em quatro ações civis públicas diferentes. A expectativa, entretanto, é de que a usina seja leiloada no próximo ano.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, diz, entretanto, que após a aprovação do estudo de viabilidade e inventário, o Complexo Tapajós leva cerca de três anos até ser leiloado. Antes disso, outros projetos de peso estão na fila dos grandes leilões de energia.

Além de Belo Monte, que tem capacidade de 11 mil MW, os outros dois grandes projetos hidrelétricos a serem vendidos nos próximos anos são os de Teles Pires e Marabá, com capacidade média cada uma para produzir 2 mil MW. O presidente da CNEC, José Ayres de Campos, explica que entre os parques nacionais na Amazônia existem faixas sem donos e que a idéia do complexo Tapajós é fazer uma espécie de cinturão nessas áreas.

O presidente da Eletrobrás afirmou que a grande diferença do projeto de Tapajós para o de Belo Monte é não atingir um conjunto de áreas protegidas. 'Pelo contrário, Tapajós vai possibilitar transformar em reserva mesmo áreas que hoje não são protegidas', disse Lopes. Uma das idéias é fazer o projeto com base em plataformas, como as petrolíferas, sem necessidade de que as pessoas morem no entorno das usinas, evitando assim o impacto ambiental da ocupação.

Das cinco usinas previstas no projeto, a maior delas é a de São Luiz de Tapajós, com capacidade de gerar pouco mais de 6,3 mil MW e que vai exigir investimentos de R$ 18 bilhões. Para minimizar os impactos ambientais do alagamento de regiões de floresta, as usinas que vão ser construídas na Amazônia não possuem reservatórios. Por causa disso, a capacidade de geração se concentra nos primeiros seis meses do ano, época de maior chuva. Mas já existem estudos e projetos, segundo o presidente da Eletrobrás, para se fazer uma troca de energia com a Venezuela, onde as bacias possuem um regime de chuva invertido, ou seja, há mais chuva no segundo semestre.

Outra forma de complementar a geração de energia das usinas da Amazônia é o investimento na produção eólica. O projeto de Tapajós deve ficar dentro dos planos de investimentos do PAC Eletrobrás. Ao todo, prevê-se investir R$ 93 bilhões. Cerca de R$ 37 bilhões desse total já está em fase de análise de viabilidade, outros R$ 28 bilhões em fase de inventário e R$ 19 bilhões em implantação de usinas hidrelétricas.

(Fonte: Valor Econômico)

quarta-feira, setembro 24, 2008

Câmara só volta depois da eleição

O presidente João Bastos Rodrigues conversou com a maioria dos vereadores, ontem, a respeito da suspensão das atividades do Poder Legislativo local até que passe a eleição. O assunto não foi tratado durante a reunião.

Foi feito um acordo entre a maioria dos vereadores, para que a partir desta quarta-feira a Câmara inicie um recesso branco, aquele que não é oficializado, mas que vai acontecer por conta do acordo. As reunião só serão retomadas após a eleição, quando o clima na Casa de Leis deverá ser bem diferente, pois alguns voltarão eufóricos com a reeleição, enquanto outros retornarão cabisbaixos com a reprovação nas urnas. Certamente, os novatos que forem eleitos já começarão a visitar a Casa para conhecer o ritual do cargo.

Viana defende

O vereador Brás Vaiana, da base do prefeito Roselito Soares, defendeu a administração municipal. Ele disse que tem sido feita muita coisa, dentre as quais citou a orla, que se tem uma participação pequena da Prefeitura, no que tange aos recuros empregados na obra, tem a participação direta, pois foi Roselito quem trabalhou para tornar a Prefeitura adimplente, capaz de celbrar convênios e receber investimentos como essa da orla. Citou a questão do Hospital Municipal, que segundo suas palavras está muito melhor do que quando Roselito assumiu o governo.

Apesar dos pontos de vista divergentes, não houve alteração do clima entre os vereadores.

Diniz ataca

O vereado Manuel Diniz usou a tribuna, na reunião de ontem, terça-feira, para fazer duras críicas ao prefeito Roselito Soares. Dentre elas, a mais contundente foi a que afirmou que o prefeito ficou conhecido como mentiroso, por ter prometido mundos e fundos e não ter cumprido quase nada.

Falou a respeito das condições do Hospital Municipal, o qual não é o que o prefeito diz ser. De acordo com Diniz, falta muita coisa. Além disso, Roselito vem prometendo aumentar de 30 para 120 leitos, o que o vereador, que também é médico e servidor municipal disse não ser possível por não haver espaço no atual espaço físico.

sábado, setembro 20, 2008

Prefeito de Almeirim tem candidatura cassada

BELÉM - O prefeito e candidato à reeleição de Almeirim, Gandor Hage, do PR, teve a candidatura cassada depois de decisão, na tarde de ontem, do juiz da 55ª Zona Eleitoral daquele município, Clênio Lima Corrêa. Abuso de poder político foi o motivo que levou ao deferimento do pedido feito pelo promotor de Justiça Almiro do Socorro Avelar Deniur, do Ministério Público Estadual.

Por telefone, o juiz explica que a medida foi divulgada às 18h de ontem e, a partir de agora, Hage se obriga a suspender a campanha sob acusação de desvio de dinheiro público. Avelar também solicitou que seja destinada multa pela conduta ilegal e a cassação da candidatura do vice de Hage.

Pediu ainda a inelegibilidade dos dois políticos (prefeito e vice). A denúncia foi feita ao MPE por Iran Santos, liado ao PMDB. Um carregamento de materiais de campanha entregue na Prefeitura em nome do secretário de Desenvolvimento Econômico, Francisco Pires, levantou a suspeita de que dinheiro público estaria sendo usado na reeleição.

Antes da denúncia ao MPE, Iran Santos conseguiu ter acesso às notas do carregamento, em nome de Pires. O material foi apreendido na sede do comitê do PR.

O que estava sendo apurado era se tal material seria usado na campanha de Hage. A Procuradoria do município trabalha na defesa da causa. Em esclarecimento enviado ao Ministério Público, o prefeito diz que o carregador fez a entrega do material em lugar errado. Gandor Hage, candidato à reeleição. (Diário o Pará)

quinta-feira, setembro 18, 2008

Os 70 anos de Trentino

Francisco Trentino (D´Gold), está completando 70 anos hoje, 18 de setembro.

Ele recebeu de presente uma festa surpresa na APAE, ao lado das crianças que são assistidas por essa entidade, as quais tanto ama.

Trentino, que não veio a esta vida a passeio, já deixou sua marca em Itaituba, tanto como empresário bem sucedido, quanto como ser humano preocupado com o próximo. A APAE Itaituba é a prova insofismável disso.

Pessoas como ele precisam de muito mais tempo para continuar fazendo o bem, sem esperar nada em troca.

Este blogueiro, que tem o privilégio de fazer parte do rol dos seus amigos, deseja que ele possa comemorar esta data muitas e muitas outras vezes.

Parabéns!
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domingo, setembro 14, 2008

Show radical


Aconteceu na noite de ontem, um grande show, na Praça do Congesso, realizado pela Cimaq Yamaha Motos.

A equipe Radical Moto Show, de São Paulo, esteve em Itaituba pela segunda vez, realizando manobras arriscadas e sensacionais, arrancando aplausos e suspiros da platéia, que compareceu em grande número.

Os caras são verdadeiros craques, apresentando completo domínio das máquinas, tendo feito manobras em motos de diversas cilindradas.

Eles foram da Neo 115, até a R1 1.100 cilindradas, sonho de consumo de qualquer motoqueiro.

De parabéns a Cimaq Motos pela iniciativa.

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sábado, setembro 13, 2008

Queda de monomotor foi causada por falta de combustível

SANTARÉM (PA) - A falta de de combustível foi o fator determinante para a queda do avião monomotor da empresa WJ Táxi Aéreo na tarde da última quinta-feira (11), em Santarém, no Oeste do Pará.A confirmação foi do próprio piloto, Adolfo Biver a David Serruya, cunhado de Rubem Serruya, único ocupante da aeronave que não conseguiu se salvar.

David explica que manteve contato com o piloto e que Biver teria lhe revelado a causa que o levou a fazer um pouso forçado nas águas do rio Tapajós, a três quilômetros da margem da praia de Maria José, próximo a cabeceira da pista.Uma equipe técnica do Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Ceripa) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está em Santarém para apurar as causas do acidente.

O trabalho inicial é de levantamento de dados e o técnico do Ceripa, Honorato assegura que os resultados preliminares devem sair em 90 dias. Biver e a arquiteta Leila Domingues foram socorridos por uma bajara (pequena embarcação) que passava pelo local apóso acidente. Biver disse a David que assim que o monomotor caiu, os três passageiros (Adolfo Biver, Leila Domingues e Rubem Serruya) ainda permaneceram por alguns minutos em cima de uma das asas do avião, que aos poucos foi afundando. "A informação que temos é que Rubem não quis tirar a roupa para que pudesse se manter flutuando. Ele não nadava muito bem e com desespero acabou afundando", conta o cunhado.

RESGATE - A esposa de Rubem, Milene Serruya, que acompanhou as buscas até às 23h de quinta-feira e não apareceu no local do acidente, ontem. David Serruya, irmão de Milene informou que ele está muito abalada com a certeza da morte do marido e prefere esperar em casa o final da operação.

Às 18h30 de ontem, homens do Corpo de Bombeiros suspenderam as buscas que foram retomadas na manhã deste sábado (13).

Militares da Marinha permanecerem no local até às 23h de ontem. A missão de encontrar o corpo do nutricionista ganhou adeptos. Amigos e familiares também, com lanças, passaram a procurar Rubem no rio Tapajós. As buscas estão sendo feitas em toda extensão do rio, próximo o local da queda. A aeronave também ainda não foi localizada.

Apenas manchas de óleo são vistas pelos homens do resgate e servem como indicação de que o monomotor modelo Embraer EMB-711C Corisco prefixo PT-NNM está por perto. WJ - Até o momento a direção da empresa WJ Táxi Aéreo não deu nenhuma informação sobre o acidente. Por telefone, uma funcionária que não quis se identificar disse que assim que ficar esclarecido as causas do acidente a imprensa seria avisada. (Albarina Coelho - Diário do Pará)

quinta-feira, setembro 11, 2008

Beleza de Itaituba


Pescador descendo o Tapajós, abaixo de Barreiras.(Foto: Jota Parente)

Viagem

Amanhã, sexta-feira, estarei viajando para Santarém, onde passarei o final de semana. Caso não seja possível postar alguma notícia, até a volta, segunda ou terça.

JC edição número 70

O Jornal do Comério está ciculando desde o final da tarde de hoje. Esta edição comemora o terceiro aniversário deste periódico quinzenal. A seguir, o blog publica algumas das matérias e artigos da presente edição.

Pingos nos is

Mão única I
Conforme o Jornal do Comércio informou, com exclusividade, na edição passada, a Avenida Getúlio Vargas está sendo preparada para ser via de mão única. Os trabalhos de sinalização horizontal estão adiantados. Quando esses forem concluídos, será implantada a sinalização vertical.

Mão única II
Ronaldo Serrão, coordenador da Comtri confirmou que será feita uma campanha de educação dos condutores, para depois o tráfego passar a fluir apenas no sentido da Travessa Paes de Carvalho para o Porto da Balsa.

Oti fora I
Não teve jeito! Apesar das explicações, o TSE confirmou, mesmo, a impugnação da candidatura de Oti Santos a prefeito de Belterra, por problemas em uma de suas contas, quando ele ocupou o cargo de prefeito daquele município.

Oti fora II
Segundo sustenta Oti, um assessor seu trocou um documento de uma determinada pasta para outra. Com isso, uma prestação de contas de um convênio federal foi para o Tribunal de Contas da União incompleta. O TCU mandou notificar Oti Santos por três vezes. Só que a correspondência foi sempre encaminhada para a Prefeitura de Belterra, cujo prefeito, Geraldo Pastana (PT), seu adversário político, não tinha nenhum interesse de fazer com que ele tivesse acesso à informação. Assim, todos os prazos se esgotaram sem que Oti pudesse apresentar defesa alguma. Aí, sobrou para ele.

Maria Freire dentro
O deputado federal Jader Barbalho, presidente do PMDB do Pará, ligou terça-feira, 9/9, para a empresária Maria Freire, ocasião em que informou que o caso de Oti não tinha mais jeito e que ela, que até então era a vice na chapa pemedebista, deveria assumir o comando da campanha como candidata a prefeita de Belterra. Maria Freire, num primeiro momento relutou, mas, deverá encarar o restante da campanha como cabeça de chapa. Se ela não aceitasse, o atual prefeito Geraldo Pastana estaria com sua reeleição praticamente assegurada.

Apoio de Juvenil
No final desta semana, o deputado estadual Domingos Juvenil estará em Santarém, onde sempre se hospeda na casa da empresária, pois é amigo da família, de longas datas. A visita já estava marcada há vários dias, mas, coincidiu com essa notícia do impedimento de Oti. Juvenil já mandou informar que apoiará Maria Freire no que puder.

Dependem do TSE
José Paulo Genuíno, ex-prefeito de Rurópolis (PSDB), Adalberto Viana (Cabano-PMDB), ex-prefeito de Aveiro, e Eduardo Azevedo (PMDB), ex-prefeito de Jacareacanga, candidatos a prefeito nos referidos municípios, que tinham sido impugnados em primeira instância, tiveram a impugnação de suas candidaturas confirmadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, dia 6 passado. Agora, estão todos dependendo do Tribunal Superior Eleitoral, que tem até o dia 26 deste mês para decidir a sorte deles. Seja qual for o resultado, o prejuízo para cada uma dessas candidaturas é imenso.

Inédito
Pela primeira vez, na região sudoeste do Estado do Pará, uma mulher foi presa por problemas relacionados com o não pagamento de pensão alimentícia. Trata-se de Euzimar Maria Rodrigues Santos, do município de Trairão, que deixou de pagar quarenta por cento de um salário mínimo a quatro filhos menores. Isso aconteceu de dezembro de 2007 a agosto de 2008, totalizando R$ 1.452,00. A sentença foi prolatada pelo juiz Arnaldo Albuquerque. Não se tem conhecimento de decisão semelhante em todo o Oeste paraense. No melhor sentido, o Dr. Arnaldo está fazendo história em Itaituba e no restante da região de influência desta município. Esse deveria ser o compor-tamento de todo magistrado; mas, infelizmente, nem sempre foi assim em Itaituba. Em tempos não muito distantes, passaram juizes e juízas por aqui, cujas condutas não condiziam com a relevância do cargo que desempenhavam.

Léo Resende: 20 anos voando para os garimpos do Tapajós


Léo Cassiano Resende nasceu no dia 27 de maio de 1957, na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul. Sua família trabalhava na agricultura mecanizada, onde ele também atuou, tendo feito alguns cursos relativos ao uso e à manutenção de máquinas agrícolas. Porém, desde muito cedo despertou a paixão pela aviação. Aos 18 anos de idade já se encontrava fazendo o curso para piloto privado, em Bagé. Pouco tempo depois de concluir esse curso ele foi para São Paulo estudar para ser piloto comercial. Terminada essa etapa, teve uma rápida passagem por Goiânia, de onde veio para Itaituba, ainda muito jovem. O comandante Léo Resende é o destaque desta edição, na série 50 Anos do Garimpo de Ouro do Tapajós.
“No começo era para eu trabalhar na aviação agrícola; mas, eu fui direto para a aviação comercial. Muito tempo depois de formado piloto, dez anos após chegar a Itaituba é que eu fui atuar como piloto agrícola, por pouco tempo.
Minha vinda para Itaituba teve uma trajetória interessante. Quando eu fui estudar aviação comercial em São Paulo, eu conheci um colega que era de Goiânia, que se chamava Adolfo Herten Rossi. Ele era catarinense, mas morava em Goiânia. Nós fizemos o curso juntos. Logo que nós terminamos o curso fomos para Goiânia. Ficamos tentando uma coisa e outra. Foi nesse tempo, final de 1979, que eu conheci o comandante Wagner Domingues da Fonseca, o Pai Velho. Ele tinha ido buscar um avião que estava em manutenção, lá. Como ainda iria demorar uns dias para aprontar o avião, ele contratou esse meu amigo para traze o avião para Itaituba. Eu fui convidado pelo meu amigo para trazer a aeronave junto com ele, em janeiro de 1980. Eu vim e a gente acabou ficando. Eu acabei ficando por vinte anos. O Adolfo terminou tendo uma morte trágica. Foi assassinado.
Meu primeiro emprego foi no Táxi Aéreo Crepuri, do seu Lourival; depois eu fui trabalhar na empresa do Pai Velho e dos filhos dele. Eles tinham vários aviões. Mais tarde fui trabalhar para o Sebastião Balbino de Sousa, o Sabá do Piranha, que tinha aviões, mas ainda não existia o Táxi Aéreo Piranha. A rigor, esses foram os meus três únicos empregos fixos em Itaituba. Fiz muitos vôos como freelance. Ao longo desses vinte anos que fiquei em Itaituba eu voei aproximadamente 15 mil horas.
Desde 1984, quando começaram a usar as máquinas conhecidas como chupadeiras, quando o Sabá começou a colocá-las nos garimpos dele, eu também coloquei uma para mim no garimpo São Sebastião. Aquela foi a primeira vez que eu trabalhei com garimpo. Depois eu coloquei mais alguns pares de máquinas, até que em 1987, eu e mais dois sócios fizemos uma pista. Eu fui sócio do Xerife, um piloto bastante conhecido, que voou nessa região e do Maetano, famoso e lendário garimpeiro Maetano. Essa pista ficava entre o Piranha e o São João, na qual colocamos o nome de Comandante Arara, em homenagem a um piloto que morreu ali por perto, no ano de 1983 ou 84. Fiquei um tempo nesse garimpo com os sócios, depois fiquei só, mais tarde, em 1991, eu vendi para o Sabá e fui trabalhar no Piranha. Durante quase todo o tempo que eu vivi em Itaituba eu estive mexendo com garimpo.
Depois da morte do Sabá, que aconteceu em 1993, eu acertei com a D. Tereza, esposa dele, que morava fora, para tocar o Piranha, ficando desde então, até o ano de 1999, pouco antes eu me mudara para Macapá, como arredantário da Pista do Piranha. Foram seis anos cuidando, inclusive, dos interesses da família (do Sabá).
Tudo valeu a pena! No período em que vivi em Itaituba em trabalhei, também com barco, usina de arroz, minha esposa Lia teve loja. Eu nunca me limitei a apenas uma atividade. Tenho certeza que valeu muito a pena. Financeiramente, eu também segui a sina do garimpeiro, mesmo sendo muito comedido na minha vida. Às vezes as coisas não saem como a gente planeja. Eu vim para Macapá e num primeiro momento as coisas não deram certo. Mas, assim é a vida. Repito que valeu a pena em todos os sentidos, pois adquiri uma experiência de vida fantástica. Foram anos maravilhosos de minha vida. Não tenho receio de dizer que foi um dos períodos mais felizes de minha vida o que eu vivi em Itaituba.
Lançamentos – Eu peguei ainda a época em que a gente fazia lançamentos de mercadorias em clareiras. Eu mesmo fiz muitos lançamentos. A primeira vez que eu fui lançar uma carga, fazia pouco tempo que eu estava voando. Foi para a abertura de uma pista chamada Santa Luzia, na região do Crepurizinho. O proprietário, se não estou enganado, era Chico Farias, que estava dentro do avião jogando a carga. Eu não tinha prática nenhuma daquilo. A metade da carga eu joguei fora da clareira. O dono da carga, para não perder tudo, pediu que eu pousasse na pista do Crepurizinho, de onde a carga foi levada na costa. Era quase um dia de viagem. O objetivo do lançamento era facilitar e para ganhar tempo, mas eu joguei a metade da carga fora. Depois eu fui aprendendo, pegando a prática e passei a acertar o alvo.
Durante os vinte anos que operei em Itaituba e na região, não sofri nenhum acidente grave. Em 1981 eu tive um acidente na pista Santa Terezinha, inclusive com meu amigo Luiz Preto, que era meu passageiro. Foi uma imperícia minha, que terminou com a quebra da aeronave na pista, que era bastante crítica. Acabei pilonando o avião (ficou com as rodas para cima), que era do Pai Velho. Houve danos materiais, mas, felizmente, ninguém se feriu. Esse foi o acidente mais grave que eu sofri. Houve alguns outros sustos menores.
Pelas informações que eu tenho, as primeiras pistas de garimpo começaram a surgir no começo dos anos 60, poucos anos depois do início da garimpagem. Isso dinamizou o garimpo porque facilitava a atividade, pois deu mobilidade ao garimpeiro. Antes, o garimpeiro passava dias e dias para chegar a um determinado lugar.
Quando comecei voar para garimpo, eu considero que tive sorte, porque fui operar numa pista considerada boa para os padrões do garimpo. Era a pista do Crepuizinho, que tinha uns 400 metros ou um pouco mais. Depois, passei a voar, também, para pistas de todo tipo, bem menores. A pista do Santa Terezinha era crítica, pois era curta e de subida; não tinha mais que 280 metros. Tinha a pista do Bacurau, no Rio Marupá, que também era muito crítica e não tinha mais que 300 metros, tinha muitas ondulações no terreno, com uma aproximação horrível, pois tinha um morro na cabeceira. Havia muitas outras pistas ruins.
Nesses anos todos, muitos colegas de profissão perderam a vida. Há registros oficiais de que, de 1980 a 1990, somente na aviação de garimpo do Tapajós nós tivemos 150 pilotos mortos. Esse período de dez anos foi o pico da atividade garimpeira. Nós tínhamos um colega piloto, o Lioto, que catalogava todos os acidentes. Ele hoje vive em Manaus. Somente no ano de 1984 morreram 18 pilotos na aviação de garimpo. A média era de 15 pilotos mortos por ano, ou mais de um por mês, nesse período. A maioria dos acidentes – e isso não se deu nem se dá apenas na aviação de garimpo -, acontece por imprudência. No caso da aviação de garimpo, somava-se a imprudência, com a carência de pistas seguras e a falta de uma manutenção adequada, pois ainda não tínhamos grandes oficinas, o que fazia com que as manutenções maiores tinham que ser feitas todas no sul do País. Tudo isso era ingrediente para que houvesse tantos acidentes.
A partir do início dos anos 90, com a desaceleração da atividade garimpeira e do aumento das alternativas de transporte, os vôos foram diminuindo, e consequentemente, com mais rigor na fiscalização, o número de acidente foi decrescendo”.
Na próxima edição Léo Resende completará o seu relato. Ele vai falar da experiência nada fácil de ter passado uma noite cercado numa casa, no garimpo, com arma na mão, enquanto do lado de fora alguns homens armados queriam acertar o dono da casa; vai relembrar de uma história que ele já contou ao Jornal do Comércio a respeito de um incidente pitoresco num vôo para Itaituba. E a seguir, o personagem a ser destacado nesta série será Rui Mendonça, que tem muita coisa para contar, pois é dono de uma memória invejável, capaz de lembrar os menores detalhes.

Informe JC

Mão única I
Conforme o Jornal do Comércio informou, com exclusividade, na edição passada, a Avenida Getúlio Vargas está sendo preparada para ser via de mão única. Os trabalhos de sinalização horizontal estão adiantados. Quando esses forem concluídos, será implantada a sinalização vertical.

Mão única II
Ronaldo Serrão, coordenador da Comtri confirmou que será feita uma campanha de educação dos condutores, para depois o tráfego passar a fluir apenas no sentido da Travessa Paes de Carvalho para o Porto da Balsa.

Oti fora I
Não teve jeito! Apesar das explicações, o TSE confirmou, mesmo, a impugnação da candidatura de Oti Santos a prefeito de Belterra, por problemas em uma de suas contas, quando ele ocupou o cargo de prefeito daquele município.

Oti fora II
Segundo sustenta Oti, um assessor seu trocou um documento de uma determinada pasta para outra. Com isso, uma prestação de contas de um convênio federal foi para o Tribunal de Contas da União incompleta. O TCU mandou notificar Oti Santos por três vezes. Só que a correspondência foi sempre encaminhada para a Prefeitura de Belterra, cujo prefeito, Geraldo Pastana (PT), seu adversário político, não tinha nenhum interesse de fazer com que ele tivesse acesso à informação. Assim, todos os prazos se esgotaram sem que Oti pudesse apresentar defesa alguma. Aí, sobrou para ele.

Maria Freire dentro
O deputado federal Jader Barbalho, presidente do PMDB do Pará, ligou terça-feira, 9/9, para a empresária Maria Freire, ocasião em que informou que o caso de Oti não tinha mais jeito e que ela, que até então era a vice na chapa pemedebista, deveria assumir o comando da campanha como candidata a prefeita de Belterra. Maria Freire, num primeiro momento relutou, mas, deverá encarar o restante da campanha como cabeça de chapa. Se ela não aceitasse, o atual prefeito Geraldo Pastana estaria com sua reeleição praticamente assegurada.

Apoio de Juvenil
No final desta semana, o deputado estadual Domingos Juvenil estará em Santarém, onde sempre se hospeda na casa da empresária, pois é amigo da família, de longas datas. A visita já estava marcada há vários dias, mas, coincidiu com essa notícia do impedimento de Oti. Juvenil já mandou informar que apoiará Maria Freire no que puder.

Dependem do TSE
José Paulo Genuíno, ex-prefeito de Rurópolis (PSDB), Adalberto Viana (Cabano-PMDB), ex-prefeito de Aveiro, e Eduardo Azevedo (PMDB), ex-prefeito de Jacareacanga, candidatos a prefeito nos referidos municípios, que tinham sido impugnados em primeira instância, tiveram a impugnação de suas candidaturas confirmadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, dia 6 passado. Agora, estão todos dependendo do Tribunal Superior Eleitoral, que tem até o dia 26 deste mês para decidir a sorte deles. Seja qual for o resultado, o prejuízo para cada uma dessas candidaturas é imenso.

Inédito
Pela primeira vez, na região sudoeste do Estado do Pará, uma mulher foi presa por problemas relacionados com o não pagamento de pensão alimentícia. Trata-se de Euzimar Maria Rodrigues Santos, do município de Trairão, que deixou de pagar quarenta por cento de um salário mínimo a quatro filhos menores. Isso aconteceu de dezembro de 2007 a agosto de 2008, totalizando R$ 1.452,00. A sentença foi prolatada pelo juiz Arnaldo Albuquerque. Não se tem conhecimento de decisão semelhante em todo o Oeste paraense. No melhor sentido, o Dr. Arnaldo está fazendo história em Itaituba e no restante da região de influência desta município. Esse deveria ser o compor-tamento de todo magistrado; mas, infelizmente, nem sempre foi assim em Itaituba. Em tempos não muito distantes, passaram juizes e juízas por aqui, cujas condutas não condiziam com a relevância do cargo que desempenhavam.

A Igreja Catolica e as eleições

Padre João Mc Ateer - A Igreja Católica, em solidariedade com outras entidades sociais, procura ser a voz do povo em vista da necessidade de haver eleições limpas e administrações políticas em todos os níveis de governo responsáveis.
A hierarquia, então, aconselha o seu povo em particular, e o povo Brasileiro em geral a levar muito a sério a questão política. A igreja encoraja seus membros a serem candidatos (as) políticos (as). Incentiva o povo a votar com sabedoria e responsabilidade e não deixa a assumir este privilégio democrático.
Não há como duvidar da importância da política na vida do povo, nos níveis nacional e internacional. A história mostra como e perigoso quando um povo não se interessa pelo campo político e como a falta de interesse leva para o fácil engano do povo. No mundo atual é difícil dizer que o quarto poder, a Mídia, esteja realmente ao lado do povo. Onde esta a mídia livre e onde encontrar jornalistas independentes de confiança?
A política, embora seja algo essencial, infelizmente, nos olhos do povo perde credibilidade. Recuperar o crédito e tarefa árdua. Como em qualquer vício, a recuperação exige perseverança e fé no valor da missão. A compra e a venda de votos é um exemplo do vício. Outro exemplo: candidatos (as ) suspeitos de corrupção, que sem um pingo de vergonha voltam a disputar cargos eletivos. Vale lembrar, também, as promessas na hora das campanhas que nunca são compridas.
Existem outros aspectos que merecem atenção: falta de transparência na prestação de contas; a relação nada saudável entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, e a interferência de políticos eleitos na administração judiciária. Para o bem democrático os poderes devem guardar uma separação e uma independência.
Preocupante é a falta de continuidade nas administrações: saúde, educação, agricultura etc. O quadro que aparece neste sentido é o desperdício de dinheiro público e o sumiço de material, além do tempo perdido na busca de informações sobre da administração anterior, dívidas não pagas, troca de trabalhadores por razões de política partidária, deixando de lado a obrigação de passar adiante uma administração estável com dados fundamentais.
Se educação é a solução para um povo mais bem formado e informado, o povo é a solução para se ter políticos melhor para que se alcance o avanço democrático.
A educação ajuda a dar valor à importância da política na vida do povo. Mas, só isso não é suficiente. A conversão dos políticos seria necessária. Em termos religiosos significa uma mudança de 180 graus. O pecado existe no mau uso do poder político com conseqüências sérias. Conversão então seria para não usar esse poder para fins incoerentes e utilizá-lo para o bem comum do povo todo.
O povo precisa se converter também. Mostrar mais interesse pela política, valorizá-la como algo essencial, não votar em pessoas que no passado aproveitaram o poder para interesses próprios, afastar as pessoas que não respeitam as leis, acompanhar na vida cotidiana as administrações, lutar pelas reformas em nível nacional.
Tenho certeza de que este assunto merece um tratamento mais adequado. Espero que isso ocorra tanto pela Igreja quanto por outras entidades sociais. A Igreja deve convidar os seus membros candidatos, dando-lhes subsídios para reforçar suas candidaturas. Não acho suficiente somente encorajar a entrada deles no campo da política partidária e depois deixar-los a própria sorte.
O Comitê 9.840 funcionou nas ultimas três campanhas políticas. É criação da Igreja e entidades populares e com certeza tem apoio de homens e mulheres de todos os estratos da sociedade. Precisa ser aceito como algo positivo e apoiado por todos. É uma arma da Justiça Eleitoral.
Pe. João Mc Ateer
Da Irlanda

Horário Eleitoral para vereador tem utilidade?

Artigo de Jota Parente - Tenho me esforçado para assistir aos programas do Horário Eleitoral Gratuito. Particularmente no que concerne à eleição proporcional. Comecei afirmando que tenho me esforçado, porque não é fácil ficar durante trinta minutos pregado na frente do televisor ou do rádio, assistindo aos candidatos a vereador se revezarem numa cantilena que mais lembra uma ladainha, do que uma fala política.
Nesse caso, será que o Horário Eleitoral Gratuito tem alguma utilidade? Eu estou convencido de que se trata de um grande desperdício de tempo e de dinheiro, conquanto em 30 segundos, ou, em um minuto, nenhum candidato tem condições de passar mensagem alguma sobre o que pensa e o que deseja fazer caso seja eleito. Além disso, ressalvadas honrosas exceções, a maioria dos candidatos parece não fazer a menor idéia do motivo pelo qual resolveu brigar por uma cadeira na Câmara Municipal, nem tampouco do que é ser um vereador.
É óbvio ululante que os políticos continuarão sustentando a manutenção desse ritual, pois nunca legislam contra seus próprios interesses e não defendo o fim do Horário Eleitoral Gratuito para a eleição proporcional. O que discuto e o modelo atual, que é absolutamente inócuo.
Responda com sinceridade: alguma vez na vida você decidiu o seu voto para vereador depois de ouvir algum candidato falar no rádio, ou vê-lo na televisão? De minha parte, eu garanto que jamais isso aconteceu comigo. Então, sendo assim, tem alguma coisa errada.
O Horário Eleitoral Gratuito no Rádio e na TV surgiu depois que a ditadura militar levou um banho nas eleições de 1974, quando não havia controle sobre a propaganda na TV. E o horário eleitoral gratuito é uma forma de financiamento público de campanha. Ele não impediu – pelo contrario, estimulou – os gastos exorbitantes e o caixa dois nas campanhas eleitorais. Nasceu para restringir o uso da TV, mas transformou-se em motivo de grandes gastos na produção de programas políticos.
Vivíamos os tempos de uma censura draconiana que controlava tudo que era publicado. O Horário Eleitoral Gratuito, então, nem se fala. Lembro que os candidatos chegavam ao estúdio da Rádio Rural de Santarém, onde trabalhei durante a maior parte do regime militar. Eles apresentavam-se com um texto igualzinho ao de um currículo, desses tão comuns nos dias de hoje. Diziam que tinham sido picolezeiro, engraxate, vendedor autônomo; que tinham estudado no colégio tal e que tinham essa ou aquela profissão ou atividade econômica.
Durante a ditadura militar, os opositores do regime, que tinham como única opção tentar se proteger sob o guarda-sol do MDB, todos eram contra o uso desse espaço chamado Horário Eleitoral Gratuito. Acabou a ditadura em 1985, voltou o regime democrático e os contra de então viraram os a favor de hoje. Poucos são os políticos que se posicionam contrariamente ao uso gratuito do espaço do Rádio e da TV nesse sentido. O horário é gratuito para os políticos, mas, as emissoras recebem pela cessão do espaço de suas grades de programação. Os empresários do setor de comunicação afetados reclamam, embora as grandes redes recebam polpudos descontos no Imposto de Renda. A Receita Federal estimou um valor superior a R$ 700 milhões, somente para esta eleição de 2008.
Voltando ao nosso caso, como a Câmara Municipal é um claro reflexo do extrato de nossa sociedade, que é quem elege os vereadores, o nível dos candidatos a uma das onze cadeiras está diretamente ligado a esse caldo étnico-cultural. Logo, não se pode esperar uma atuação muito diferente da que está acontecendo.
Na medida em que avançar o índice de escolaridade da população, que de preferência venha acompanhada de uma real melhoria na qualidade de vida, obtida por meio de uma maior oferta de empregos bem remunerados, aí sim, tenho certeza que a maioria dos candidatos saberá o que quiser nas suas falas e eleitor estará mais amadurecido para votar apenas com a razão.
Em suma, que fique claro que eu não defendo o fim do Horário Eleitoral Gratuito para a eleição proporcional. O que proponho é uma discussão para que se encontre uma fórmula de torná-lo, de fato, um elo entre o candidato a vereador e o eleitor. Mas, para que isso aconteça, será necessário que a gente tenha políticos que conheçam o real sentido da função que pretendem desempenhar, se eleitos. Por enquanto, um grande número deles parece apenas seduzido pelo poder, ou atrás do que considera ser um bom emprego de vereador.

Rotary promoverá bingo de uma L-200


O objetivo é fazer caixa para recuperar a quadra de esporte e para dar suporte para as ações sociais desse respeitado e reconhecido clube de serviços. Somente os trabalhos da quadra ficarão em torno de R$ 30 mil. Foi o que informou o presidente do Rotary Clube Itaituba, Manuel Salomão Silva, na entrevista que concedeu ao Jornal do Comércio.


JC – Essa promoção arrojada do bingo da L-200 está confirmada?


Salomão – Essa é uma aspiração ousada de nossa diretoria, que nós estaremos realizando em parceria com uma empresa, no dia 14 de dezembro, um domingo, véspera do aniversário da cidade de Itaituba. Vamos realizar o bingo de uma camionete Mitsubish L-200, zero km. Num prazo máximo de 30 dias nós estaremos colocando as cartelas à venda, esperando o apoio da comunidade. O preço da cartela será R$ 1.000,00, sendo que somente 250 serão colocadas à venda.
JC – Essa idéia foi bem recebida?


Salomão – Algumas pessoas mostraram-se apreensivas pelo fato do valor do prêmio ser muito alto. O objetivo maior é fazer com que a gente saia dessas promoções onde se arrecadam R$ 5 mil ou um pouco mais, para arrecadarmos R$ 50 mil ou algo parecido, para que possamos fazer a revitalização da nossa quadra, e o grande projeto para a gente conseguir isso é esse do bingo em dezembro. A quadra é um elo com a comunidade do bairro e também entre várias entidades, várias escolas, que utilizam aquele espaço para suas festas juninas, para suas reuniões, como faz a Colônia dos Pescadores, pois lá praticamente é a sede deles. Então, o nosso clube tem uma serventia muito grande, e se nós não cuidarmos, daqui uns dias não servirá mais para nada.


JC – Qual será o custo dessa promoção para o Rotary?


Salomão – Nós calculamos em torno de R$ 105 mil, incluindo a L-200, publicidade, deslocamento de equipes de vendas, pois vamos visitar outros municípios da região, tais como Jacareacanga, Trairão, Rurópolis e Santarém, uma vez que acreditamos que nesses lugares tem muita gente com potencial para adquirir a cartela.
JC – Essa promoção é apenas do Rotary?


Salomão – Sim, a promoção é do Rotary, de inteira responsabilidade do clube. Naturalmente, convidamos uma empresa para participar com a gente, apenas da venda das cartelas, em função da disponibilidade de tempo dos componentes dessa empresa para visitar os compradores em potencial. O pessoal do Rotary não teria condições de tempo para fazer isso. Essa empresa terá sua participação, mas, completamente diferente do que acontece em promoções em parceria com outras entidades. Em suma, o lucro líquido será do Rotary.


JC – Conseguindo um bom resultado financeiro, o Rotary beneficiará alguma outra entidade?
Salomão – Houve uma sugestão bem recebida dentro do clube para que a gente convidasse a APAE para participar conosco. Nós estaremos conversando com a diretoria da entidade por estes dias para que ela esteja junto conosco, pois ela também presta um grande serviço à comunidade.
JC – Houve algum estudo para se chegar a esse preço da cartela, que é bem elevado?
Salomão – Houve, sim. A CDL já realizou um bingo de um carro popular, um Fox, ao preço de R$ 1.000,00 a cartela. O carro custou R$ 36 mil. Na época nós procuramos a direção da CDL para saber como tinha sido o comportamento da comunidade em relação à promoção. Fomos informados de que foram colocadas à venda 50 cartelas, sendo vendidas todas e segundo a direção da entidade, se tivessem colocado 60 ou 70 cartelas, teriam sido vendidas todas. Nós estamos trabalhando com um carro que custa R$ 94 mil. Nós já mantivemos contatos com algumas pessoas, as quais mostraram grande interesse. Tem gente que diz que pode até não comprar uma cartela sozinho, mas, dividirá com um ou mais amigos. Mesmo formando um grupo de quatro, o prêmio ainda será suficiente para cada um comprar um carro popular. Mesmo sem termos feito nenhuma publicidade, mais de vinte pessoas já reservaram número de cartela. Tem gente supersticiosa que só joga com um determinado número de cartela. A empresa com a qual estamos negociando o carro já informou que quer quatro cartelas. Temos confiança no sucesso. Em Altamira, todo ano a Maçonaria realiza promoções grandes e tem êxito. Muitos empresários sonham com um carro desse e certamente eles vão querer tentar a sorte. Já pensou, sair dirigindo uma L-200, sua, por apenas R$ 1.000,00!


JC – O Rotary está com dificuldades de caixa?


Salomão – Na verdade, os clubes de serviço do mundo inteiro enfrentam esse problema, uma vez que a demanda pelos serviços sociais prestados está sempre crescendo. Conosco não é diferente. Nos meus 15 anos de Rotary tenho condições de fazer uma avaliação a respeito da situação atual, em comparação com alguns anos passados. De primeiro, tinha empresário que tirava dinheiro do bolso para doar 15 sacos de cimento, atender uma receita de R$ 200; hoje a realidade é outra. Veja o caso da nossa quadra. Tentamos resolver internamente, mas, não tem como, pois precisamos de 300 sacos de cimento. Onde a gente vai conseguir a doação dessa quantidade? Ao passo que a gente lembra que um companheiro que faleceu há pouco tempo, o Alencar, doou todo o cimento dessa quadra.


JC – Quais projetos estão em andamento, no momento?


Salomão – Temos a capoeira, que reúne mais de 30 alunos, que a gente precisa manter, pagando um salário para o instrutor; precisamos comprar uniforme novo para os alunos, de vez em quando e tem outras despesas com essa atividade. A nossa gestão entrou com quatro metas que a gente pretende desenvolver. Um dos grandes projetos que temos é a inclusão digital, que surgiu em função da capoeira. Um dia, conversando com os alunos, eu tive a curiosidade de perguntar quantos deles tinham feito algum curso de informática. Noventa por cento disseram que não tinham, feito, por falta de condições financeiras. A partir daí decidimos que quando assumíssemos a presidência tentaríamos fazer isso. Já dispomos de sete computadores, que foram doados para o clube. Temos um programa próprio, que facilitará o aprendizado. Esse programa requer apenas a presença de um monitor. Temos uma promessa do governo do Estado, que deverá nos fornecer uma linha de internet. Além disso, temos a intenção de fazer ao menos dois cursos profissionalizantes, na área de empregada doméstica e de garçom. Pretendemos começar o curso de doméstica até novembro deste ano.


JC - Tem mais alguma promoção em vista?



Salomão – Estamos tentando emplacar um outro festival da cerveja, de latinha, que já foi realizado ano passado, e que estamos tentando tornar tradição. É provável que a gente realize esse evento em novembro, como aconteceu ano passado. É uma promoção que não demanda muito tempo para se realizar.


JC – O Rotary toma sempre muito cuidado para que suas atividades não sejam envolvidas com política partidária...


Salomão – Com certeza! No passado nós tivemos alguns problemas que não queremos que se repitam. Os membros do Rotary podem ter atividades políticas, desde que elas não interfiram na vida do clube. Nós participamos ativamente da vida comunidade, e nesse sentido não devemos ficar alheios ao processo político, como o que está acontecendo neste momento, sem que para isso seja necessário estar envolvidos com esse ou aquele candidato, enquanto entidade. O clube decidiu convidar os três candidatos a prefeito, para que em datas diferentes, cada um possa comparecer a uma reunião para expor suas idéias. Nós vamos manter contato com eles, esperando que aceitem o convite, pois será uma oportunidade para mostrarem o que pretendem fazer por este município, de acordo com suas propostas de trabalho. Queremos fazer isso em conjunto com CDL, Maçonaria e Associação Empresarial. Não se tratará de debate, mas de uma exposição dos projetos de cada candidato. Esperamos que os candidatos aceitem o convite.