domingo, abril 21, 2019

Nos bastidores, Bolsonaro incentiva ataques a Mourão

Imagem relacionadaLauro Jardim ( O Globo) - Jair Bolsonaro traçou uma estratégia para fazer frente aos movimentos de Hamilton Mourão, sem criar mais ebulição num governo que parece navegar em permanente efervescência: trata-se, na prática, de terceirizar ataques.
Bolsonaro tem estimulado alguns de seus líderes a descerem a borduna no vice.
A coluna teve acesso a um áudio de WhatsApp em que Bolsonaro lança algumas de suas marcas registradas verbais ("valeu aí" e "é isso aí") para agradecer e, mais grave, incentivar um aliado que lhe informara que vinha criticando Mourão nas redes sociais.
Em outro diálogo, com uma frase, Bolsonaro prevê que a batalha doméstica contra o companheiro de caserna vai perdurar pelos próximos três anos anos. Mais: dá a entender que pensa mesmo em disputar a reeleição. "Em 2022, ele vai ter uma surpresinha". Palavras de capitão.

Relatos indispensáveis ao repórter, seja ele quem for e quais forem as suas preferências profissionais

Conversa de jornalista-professor às vésperas do reinício das aulas

Manuel Dutra - Insisto com frequência com meus alunos do curso de jornalismo que escrever é um momento do ler, como aliás, já disseram respeitáveis pesquisadores. E cito um exemplo: quando eu estava no dia a dia da reportagem percebia claramente que, nos momentos em que eu negligenciava as leituras, percebia que o ato de escrever, produzir uma reportagem, também sofria não de uma paralisia, mas de um certo torpor que me aborrecia.

Ao jornalista é exigido realizar obrigatoriamente duas formas de leitura, lembrando Paulo Freire. A leitura do mundo e a leitura da palavra. Sem estas, compromete-se o ato de escrever.

Faço aqui um paralelo de quando eu dava aulas de Português no segundo grau, em colégio público. Certo dia fui chamado à diretoria para ouvir isto: O senhor está utilizando o tempo das aulas com atividade que não consta do programa. Perguntei: como assim? A diretora retomou a palavra: O senhor está utilizando grande parte do tempo com leituras de recortes de jornais e revistas, por quê? O senhor deve entender que nosso programa exige a gramática de Domingos Paschoal Cegalla.

De fato, Cegalla era um excelente gramático, poeta e escritor, porém, ficar exclusivamente com ele seria reduzir a língua portuguesa e estimular o hábito de ler apenas por meio de uma gramática e de autor específico. E o restante da vida, a percepção do dia a dia, a informação sobre o chão que pisamos. Afinal, a língua que falamos se produz no seio da sociedade, com avanços e recuos. Porém... era pra ficar só com o Cegalla e seu bom livro.

Afinal, por que razão nos envolvemos num senso comum que distingue a teoria (contemplação do mundo) com a "prática"? Os filósofos nos mostram que a teoria é o conhecimento especulativo, puramente racional. O substantivo theoría significa ação de contemplar, olhar, examinar, especular e também vista ou espetáculo. Também pode ser entendido como forma de pensar e entender algum fenômeno a partir da observação. Será que os bons autores, ao produzirem, por exemplo, um romance, uma poesia, ao recriarem histórias de vida tão maravilhosamente relatadas, não estariam, eles também, fazendo teoria, ou seja contemplando e mundo e oferecendo-nos, especialmente a nós professores e jornalistas, a possibilidade e a capacidade de melhor compreendermos os acontecimentos que relatamos sob formas diversas?

Cada um tem a sua lista de livros preferidos. Para um jornalista, há obras que podemos considerar indispensáveis, pela riqueza dos relatos e origem autoral. São muitos os livros que um jornalista deve apreciar, e qualquer lista será sempre capenga e segue o gosto de quem produz a lista.

Depois desta pretensa introdução, enumero a seguir alguns livros que costumo indicar aos meus alunos, alguns como leitura obrigatória, outros opcionais. Mas falo de cada um desses livros, tentando entusiasmar os jovens a penetrarem nas suas páginas.

PEC quer prorrogar mandatos de prefeitos e vereadores até 2022

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Deputado Rogério Peninha

Proposta de deputado paranaense, apresentada na última quinta-feira, pretende unificar eleições federais, estaduais e municipais


De autoria do deputado federal Rogério Peninha (MDB-SC), a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que quer estender os mandatos dos atuais vereadores e prefeitos para que, a partir de 2022, as eleições municipais e gerais sejam unificadas, já conta com apoio de 5 dos 17 integrantes da bancada paraense na Câmara dos Deputados. 

O levantamento foi feito pelo Blog do Jeso. A PEC foi protocolada semana passada (dia 10), e ganhou força na recente Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios de Prefeitos. Se aprovada a matéria, as eleições do próximo ano serão canceladas e os brasileiros só voltarão às urnas em 2022, para votar para presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador. O autor da PEC a defende como medida de contenção de gastos públicos. “Um bilhão de reais [serão economizados]. 

E o povo não aguenta mais tanta eleição. Ano passado, tivemos a de presidente e já está todo mundo pensando nisso novamente”, argumenta. Os parlamentares paraense que estão de acordo com essa ideia, e por isso aparecem como signatário da proposta, são:

— Cássio Andrade (PSB); — Celso Sabino (PSDB); — Edmilson Rodriges (PSOL); — Elcione Barbalho (MDB), e — Júnior Ferrari (PSD). 

O deputado Rogério Peninha corre agora por mais apoio na Casa, para que a PEC continue a tramitar. É que foi detectado que a proposta não possui ainda o número mínimo de assinaturas, conforme estabelece a lei, e foi de devolvida ao autor. 

O parlamentar catarinense afirma que sua proposta está combinada com o fim da reeleição e a instituição de mandatos de cinco anos – em vez dos quatros já em vigor. A PEC que apresentou, porém, não contempla esses aspectos. 

Questionada, sua assessoria pontuou que “o parlamento deve aproveitar a oportunidade para acabar com a a reeleição para cargos no Executivo e, quem sabe, estender mandatos para 5 anos. Isso já vem sendo discutido com outros parlamentares”.

Fonte:blog do Jeso

Por que pagamos tão caro pela energia que consumimos no Pará?

yelpA Conexão Amz comparou as contas de consumidores de outros Estados e constatou o que os paraenses já sentem no bolso: pagamos uma das tarifas mais caras do País 

O Liberal - Em Belém, ouvimos a psicóloga Lucíola Santos, que também mora sozinha e pouco usa os eletrodomésticos da casa – máquina de lavar e ferro de passar só são ligados uma vez por mês, por exemplo – mas é quem paga, de longe, a conta mais cara. O valor varia entre R$ 550 e R$ 750 por mês. “Um dos problemas que vejo é a instabilidade de consumo e valores, apesar de eu morar só e consumir praticamente sempre a mesma quantidade e da mesma forma”, reclamou. 

Roberto Katsuda vê ano bom para produção de ouro


Blog do Jota Parente - Com os dois pés e as duas ligados diretamente à atividade garimpeira no Vale do Tapajós, o comandante da World Tractor, Roberto Katsuda, representante das máquinas da marca coreana Hyundai, no Pará, vê o ano de 2019 como muito promissor para a economia da região.
          “Com a mudança de comando no país, com a posse do novo presidente, houve uma injeção de ânimo na população, não só de Itaituba, como da região e todo o Brasil. Ademais, esse inverno está sendo um pouco diferente e bastante positivo porque os nossos clientes estão pagando, estão liquidando os seus contratos.
Eles estão se antecipando e adquirindo novos equipamentos Hyundai, para que no verão eles estejam prontos continuar produzindo ainda mais. E este ano, apesar de ter chovido e continuar chovido bastante, não houve uma interrupção tão brusca da atividade garimpeira como em outros anos, o que tem sido bom para o comércio em geral e para toda a economia da região”, disse ele.
Blog do Jota Parente – Com as vendas se mantendo, significa que está se produzindo mais ouro?
Roberto - A nossa região é muito rica, mas, ano passado nós tivemos algumas intervenções dos órgãos ambientais, que andaram queimando máquinas em algumas operações, onde foram queimados escavadeiras e motores. Isso tudo faz com que faz com que a garimpagem sofra uma redução e iniba os garimpeiros a fazerem novos investimentos.
Este ano, com a postura do novo governo, que mudou o olhar para quem produz, trocando o comando dos órgãos, eu acredito que nós vamos produzir muito mais ouro na região. A minha expectativa é de que se produza aqui na região, cerca de duas toneladas de ouro por mês. Isso significa mais ou menos R$ 300 milhões de reais por mês circulando na região, com um faturamento anual que pode chegar a R$ 4 bilhões.
Blog do Jota Parente – Durante a campanha eleitoral do ano passado, o então candidato a presidente, Jair Bolsonaro, deixou claro que se eleito fosse, mudaria essa relação dos órgãos ambientais com quem produz. Você fez parte de uma comitiva que esteve com ele durante o período eleitoral. Já deu para sentir alguma mudança?
Roberto – Sim, o governo já deu sinais de vai que tratar o setor produtivo com respeito. Na questão do ouro, ainda como candidato, o presidente Jair Bolsonaro disse, mais de uma vez, que trabalharia para que não houve continuidade da queima dos equipamentos nas fiscalizações. Eu creio que isso venha acontecer.

quinta-feira, abril 18, 2019

Pamonhas e canjica: Lembranças das semanas santas de meio século atrás


Resultado de imagem para fotos de pamonhasUma das coisas boas da quinta e da sexta-feira santa quando eu era criança/adolescente, era que a gente não apanhava. Não podia aplicar o então tradicional corretivo. Ficava para o Sábado de Aleluia.

Se o mal feito fosse de gravidade moderada, às vezes, mamãe, responsável pelo departamento correcional até fazia de contas que havia esquecido. Fazia de contas, porque se tinha coisa que ela não era, de jeito nenhum, era esquecida. Tinha uma memória privilegiada a Dona Guiomar.

Hoje, quinta-feira santa, meus pensamentos passearam pela colônia Cipoal, lá pelos idos da primeira metade da década de 1960. Lembrei porque era o dia em que a gente colhia milho verde para fazer canjica e pamonha. Como quase todo trabalho que fazíamos, esse era mais um trabalho em família. Eram algumas dezenas de espigas, porque a família já era bem grande. Quem quisesse podia comer milho cozido ou assado.

Naquele tempo era muito difícil a gente comer peixe fresco na colônia. Uma vez ou outra Seu Tote arriscava. Então, sem poder comer carne, de jeito nenhum, e sem facilidade para ter peixe na mesa, a solução era o milho, de cujos derivados, aliás, eu gosto muito até hoje.

Imagem relacionadaSexta-feira santa a gente se fartava de comer pamonha e canjica, cada uma mais saborosa que a outra. Claro que o feijão com arroz nunca foi proibido.

E ainda havia a expectativa da tradicionalíssima Missa do Sábado de Aleluia, que valia como a missa de domingo, à qual gente ia andando nove km para ir e nove para voltar. Era na igreja de São José.

Parece que passou um vendaval para arrancar as folhinhas do calendário, com uma rapidez impressionante, porque essas lembranças já tem mais de meio século. E a fila andou, a vida seguiu seu curso. Hoje está tudo diferente.

Para uma parte bem grande da sociedade, a sexta-feira da paixão virou apenas um feriado para fazer coisas como ir à praia ou convidar os amigos para tomar umas em casa. Ainda tem muita gente que preserva a data.

Os cristãos, de um modo geral, aproveitam para momentos de oração, mas, de um modo particular, os católicos praticantes celebram a Paixão de Cristo com muito fervor. A ressureição, Domingo de Páscoa, é uma celebração da cristandade de um modo geral.

Resultado de imagem para fotos de milho verdeÉ, o tempo é mesmo implacável. Felizes os meus contemporâneos que ainda estão por aqui para contar histórias como essa, pois, na corrida da vida, muitos ficaram pelo meio do caminho. Para os que creram na salvação, dependendo do que fizeram em sua passagem terrestre, foram encontrar o Criador antes da gente.

Feliz Páscoa a todos.

Jota Parente