sábado, novembro 03, 2018

Deputado Eraldo Pimenta poderá ser o próximo presidente da ALEPA

 O deputado estadual Eraldo Pimenta, do MDB, que foi reeleito para exercer seu segundo mandato na Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), com uma votação expressiva, alcançando 43.605 votos, mostrou que é a maior referência política na região da Transamazônica e Santarém-Cuiabá, sem falar de seu apoio incondicional a Helder Barbalho, também do MDB, que foi eleito governado do Pará.
Por seu prestígio na região, por seu brilhante trabalho na atual legislatura e por sua lealdade ao governador Helder Barbalho, tem todas as condições para ser o próximo presidente da Alepa.
Em bate papo rápido com os deputados estaduais sobre a sucessão na presidência da Assembléia Legislativa do Pará sobre quem deverá presidir a casa no próximo ano, constatamos que um dos nomes que surge com maior força é o Emedebista deputado estadual Eraldo Pimenta, eleito o Mais Votado da “Bancada da Resistência” composta hoje por 6 deputados, 5 reeleitos, e 1 novo eleito (deputado Shamonzinho).
Segundo parlamentares, um dos pré-acordos seria que o mais votado da bancada que foi oposicionista do ex-governador Simão Jatene seria o escolhido (antes 8 deputados, …).
Eraldo Pimenta foi Vereador, presidente da Câmara de Vereadores de Uruará, Prefeito de Uruará por duas vezes, Deputado Estadual eleito e agora reeleito para o segundo mandato, como o mais votado da “Bancada da Resistência) que se reelegeram.
Mas não são apenas os currículos e a trajetória política do Deputado que fizeram com que os deputados dessem suas opiniões em favor de Eraldo Pimenta. O motivo principal seria a forma conciliadora e articulada que tem com os parlamentares, somada à fidelidade que sempre manteve a Helder Barbalho e também o fato de ser um dos homens de confiança do Governador eleito.
“Em um primeiro ano do primeiro governo, Helder Barbalho precisará, acima de tudo, ter alguém de sua máxima confiança no cargo, portanto, esse nome é Eraldo Pimenta”, disse um antigo parlamentar da Alepa.
Nossa reportagem entrou em contato com o deputado Eraldo Pimenta, por telefone, e o mesmo não quis falar muito sobre o assunto, mas com humildade enfatizou: “Estou à disposição do amigo e Governador eleito Helder Barbalho, por um projeto de desenvolvimento pelo nosso querido Pará. Qualquer que seja a decisão do mesmo, estarei de qualquer forma junto, fiel e trabalhando com ele. A decisão final sempre foi e sempre será dele. O nosso Líder é Helder Barbalho. O que juntos queremos, independente de cargos, é que façamos deste novo mandato, um Pará melhor daqui pra Frente, e transformá-lo em um Estado dos nossos sonhos…”, disse Eraldo Pimenta
NO 2º TURNO VOTOS DOS PETISTAS FORAM PARA O CANDIDATO DO DEM
Com grandes investimentos na campanha do Governo do Estado na Região e a parceria escancarada provada nos resultados do 2º turno, mostra que o PT votou em massa no candidato derrotado Márcio Miranda, do Dem.
Por exemplo, no município de Uruará, no 1º Turno, Helder Barbalho obteve 62% dos votos e Marcio Miranda 25%. No 2º Turno, Helder Barbalho, com muito trabalho, cresceu 4º, ficando com 67% dos votos; mas Márcio Miranda cresceu 8%, ficando com 33% dos votos.
No município de Altamira aconteceu a mesma coisa. No 1º Turno, Helder Barbalho obteve 55% dos votos e Márcio Miranda obteve 28% dos votos. No 2º Turno, Helder Barbalho não cresceu nada e Márcio Miranda cresceu absurdos 15%, ou seja, o voto do Partido dos Trabalhadores foi todo para o candidato do DEM. Isso aconteceu em todos os municípios da região Oeste, somente no município de Jacareacanga que Márcio Miranda não teve sua votação crescida. Confira no Mapa:
Fonte - O Impacto

Ainda sem internet do provedor

Conforme informei ontem, um raio danificou completamente o equipamento do provedor de internet Slimnet net da minha casa.

A descarga elétrica foi muito forte, causando danos em alguns dos meus equipamentos, como o PC e o roteador.

Apesar do esforço dos técnicos do provedor, que saíram de minha casa quase noite, hoje, não foi possível restabelecer o serviço, razão pela qual estou usando somente o meu pacote da Vivo.

Isso fez com que eu ficasse sem poder atualizar o blog nos dois últimos dias, o que volto a fazer agora.

quinta-feira, novembro 01, 2018

Nota de Sergio Moro ao aceitar convite para ser ministro da Justiça de Bolsonaro

Juiz Sérgio Moro deixa a casa de Jair Bolsonaro ao lado do economista Paulo Guedes, no Rio de Janeiro  — Foto: Silvia Izquierdo/APFui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. 

Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar, pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. 

No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrução dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. 

A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.
Curitiba, 01 de novembro de 2018.
Sérgio Fernando Moro

Valmir está sendo transferido para Santarém

Prefeito está a caminho de Santarém
O médico Manoel Diniz, que assiste o prefeito Valmir Clímaco, depois de analisar os exames feitos após a agressão sofrida pelo gestor de Itaituba, incluindo exames de imagem, recomendou sua transferência para Santarém.
Por volta de 12:30 o prefeito embarcou para Santarém, onde passará por novos exames.
Diniz achou melhor encaminha Valmir para um centro onde há recursos mais avançados, pois ele sofreu pancadas na cabeça, local que é sempre motivo de muita preocupação.

Prefeito Valmir Clímaco foi agredido a pauladas por motorista de empresa

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, carro e atividades ao ar livre
O prefeito Valmir Clímaco foi covardemente agredido na manhã de hoje por um funcionário de uma empresa do ramo da construção e que também faz coleta de detritos em caçambas.

Quando passava pelo km 07, próximo de sua casa, o prefeito viu um carro despejando lixo no local.

Valmir desceu de seu carro e foi falar com o motorista, pedindo para que ele não cometesse aquele crime ambiental.

O elemento esperou que o prefeito virasse de costas para agredi-lo com grande violência, desferindo algumas pauladas.

A imagem pode conter: céu e atividades ao ar livreComo consequência da agressão, Valmir teve um braço quebrado, além das pancadas a altura da cabeça, sendo hospitalizado no Hospital Dom Bosco, onde se encontra no momento sob observação.

Seu estado de saúde é estável.

Quanto ao agressor, depois de muita pressão de pessoas ligadas ao prefeito, ele se apresentou à 19ª Seccional de Polícia Civil, sendo preso.

Não só elemento violento, que será enquadrado por tentativa de homicídio, a empresa empregadora também deverá responder por crime ambiental.

Justiça paralisa concessão da Ferrogrão por insuficiência de estudos socioambientais

Decisão atende a pedido do MPF, em ação que foi iniciada, originalmente, pelo sindicato dos motoristas de caminhão
imagem.jpg A Justiça Federal em Belém ordenou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) paralise o procedimento para concessão da Ferrogrão, projeto de ferrovia que deve afetar comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas entre o Mato Grosso e o Pará. A determinação foi expedida no último dia 24 de outubro pelo juiz Arthur Pinheiro Chaves, da 9ª Vara da Justiça em Belém. 

Para o juiz, é “temerária a continuidade do processo para concessão, diante da possibilidade concreta de que o ‘diagnóstico ambiental’, na forma em que se encontra, sirva de base para outros estudos ou para o próprio licenciamento ambiental, contaminando todo o processo com seus vícios de conteúdo”. 

O diagnóstico apresentado tem falhas consideradas graves pela Justiça, como omissão das comunidades quilombolas afetadas e cópia de trechos de estudos feitos para as hidrelétricas da bacia do Tapajós. O relatório “Diagnóstico Ambiental”, apresentado pela ANTT, tem outros problemas apontados na decisão judicial: utilizou imagens do Google Earth como ferramenta de diagnóstico, deixou de realizar estudos técnicos prévios essenciais, não trouxe entrevistas com moradores, não levantou vestígios culturais e arqueológicos no traçado da ferrovia.

A ação contra a Ferrogrão foi proposta inicialmente pelo Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado do Mato Grosso. Como a entidade não tem legitimidade legal para questionar o procedimento da ANTT, o Ministério Público Federal (MPF) no Pará pediu para integrar o processo no polo ativo, ou seja, passou a ser titular da ação judicial. O juiz aceitou, retirou o sindicato do processo e concedeu a liminar. 

Além de suspender o procedimento de concessão, o juiz notificou os estados do Pará e Mato Grosso, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para se manifestarem se querem fazer parte do processo judicial. 

A decisão ordena que seja feito um novo diagnóstico ambiental na área afetada, entre os municípios de Sinop (MT) e Itaituba (PA) e, até lá, todos os procedimentos da Ferrogrão ficam suspensos, inclusive as audiências públicas já realizadas. 

Fonte: Assessoria de Comunicação do MFP no Pará

quarta-feira, outubro 31, 2018

América do Sul de Moto, Tintim por Tintim, parte 10

Atravessamos a fronteira do Equador com o Peru, no dia 30 de outubro, passando por Huaquillas, que fica na província que tem o nome sugestivo de Ouro (Equador), cidade fronteiriça das maiores que cruzamos, e Águas Verdes (Peru), um pequeno distrito. A separar os dois países há uma ponte sobre o rio Zarumilla. O movimento é intenso durante todo o período do dia em que as duas aduanas estão funcionando.

Ciudad de la Mitad del Mundo - Linha do Equador
Em Águas Verdes paramos para fazer a troca de óleo das duas motocicletas. Lá eu esqueci o GPS que eu quase perdi no dia anterior. Coloquei o meu capacete, as luvas e o GPS num cantinho, enquanto trocavam o óleo da XTZ. Na hora de sair eu não o peguei. Ainda voltei procurando pelo caminho, mas, só muito mais tarde, muito distante dali lembrei-me onde o tinha deixado. Àquela altura não havia chance de retornar. Aliás, eu perdi quase tudo na viagem.

Da fronteira até Tumbes, primeira cidade peruana a distância é menos de 30 quilômetros de estrada impecável. Em poucos minutos a gente estaria lá, se não tivesse parado na metade do caminho para apreciar a vastidão bela do Oceano Pacífico. Eu e o Jadir não resistimos à tentação de molhar ao menos os pés, pela primeira vez na vida, no maior de todos os oceanos.
Mototaxi no Peru
Já passava de uma e meia da tarde quando resolvemos parar numa barraca que vendia comida, para saber o que havia para o almoço e, principalmente, qual o preço, pois à beira mar não costuma haver muita coisa barata. Mas, para nossa surpresa, a especialidade do pessoal era pescado e o preço era muito acessível. Assim sendo, pedimos uma torta de lagostim, coisa que eu nunca tinha comido. Saciamo-nos de verdade, com uma refeição muito deliciosa, pagando por ela o preço que teríamos pago por um prato comum em outro lugar.

Enquanto na Venezuela, na Colômbia e no Equador viajamos quase sempre tendo o verde da Natureza como companhia , no Peru já começamos a enfrentar o deserto logo no começo, com distâncias enormes entre uma cidade e outra.

No deserto no Peru
Passamos por Piúra às 16:30, com pressa. Com tanta pressa que esquecemos de abastecer nossas motos. Não podíamos ter feito aquilo. Às sete da noite, já escurecendo, o Jadir já tinha rodada uns 30 km com a gasolina da reserva; eu acabara de rodar a chave que aciona a reserva do tanque da minha moto. Começou a bater uma preocupação, mesmo tempo em que o tempo foi mudando bruscamente do calor diurno para o frio intenso do deserto.

Paramos no primeiro lugar que apareceu, um restaurante iluminado pela luz de um lampião a gás. Pedimos informações a um rapaz, o qual no disse que o posto de gasolina mais próximo estava distante uma hora de viagem. Disse, também, que o dono do restaurante vendia gasolina; muito cara por sinal, mas, nós não tínhamos escolha. Seria abastecer, ou ficar no prego. Abastecemos, claro.

Continuamos viajando por mais duas horas, enfrentando muito frio e dezenas de carretas no sentido contrário ao da gente, cujos motoristas quase nunca davam luz baixa. Paramos em Lambayaque depois das nove da noite, onde pernoitamos, depois de rodarmos 715 km. Lá conversamos com um peruano, Carlos Gimenez, que nos disse que o Peru e o Chile são dois grandes desertos. Nós tivemos oportunidade de confirmar isso.

O deserto peruano tem formações geológicas distintas. Em alguns pontos predomina um terreno argiloso, enquanto em outras partes o que se vê é areia; tanta areia, que o vento transporta com facilidade para o leito da rodovia. Equipes de limpeza são vistas com frequência afastando a areia da estrada. Outra peculiaridade que eu e o Jadir observamos no Peru são as enormes plantações irrigadas em pleno deserto e um sem número de aviários perto da margem do Oceano Pacífico.

O dia 31 de outubro, uma sexta-feira começou frio. Alias, continuou o frio que fez à noite. Saímos cedo para tentar chegar o mais perto possível de Lima. Às 11:30 começou uma chuva fina que só fez piorar o frio. Eu, que tinha saído sem agasalho, tive que parar, pois estava tremendo. Melhorou, mas não resolveu, porque aquele foi de fato um dia bastante frio. Paramos pouco depois das quatro da tarde para conversar sobre o que fazer diante daquele clima nada camarada. Decidimos que pararíamos no primeiro lugar que tivesse algo parecido com um hotel para passar a noite. Por volta de cinco da tarde entramos na cidade de Huarmey, que fica a um quilômetro e meio do Pacífico.

Mais cedo nos permitimos um pouco de maluquice. Eu e o Jadir resolvemos experimentar como nossas máquinas reagiriam no deserto. Assim, saímos da estrada por alguns quilômetros, sentindo-nos verdadeiros pilotos de rali. No começo foi tudo bem. A certa altura eu parei minha moto e quando tentei largar novamente, patinou legal até encostar a corrente na areia. Mas, aquela parte foi uma pequena festa que nos permitimos. Não houve risco algum, nem danos às motos. Hoje nós conhecemos o mototáxi do Peru, que é bem diferente do nosso, tudo regularizado. É bem mais confortável e existe aos milhares por quase tudo quanto é cidade. Só lembro de não termos visto em Cusco.

Hoje nós paramos na casa de um casal de peruanos simples, que parecem viver muito felizes com a vida que levam. Israel e Marina Castilho moram em pleno deserto, mas, tem água de um poço artesiano que lhes permite ter 18 cabeças de gado leiteiro, além de galinhas, porcos, perus e preás, sem contar o belo jardim da Marina. Jadir, que é oriundo de Santa Catarina, numa região onde o gado leiteiro tem uma produtividade excelente, ficou surpreso quando Israel informou que suas vagas chegavam a dar até 40 litros de leite por dia, o que é mais do que acontece no Sul do Brasil.

À noite, depois de um gostoso banho quente saímos para comer alguma coisa. Paramos na banca da Rosa, que prepara uma saborosa CACHAMBA, um tipo de pastel peruano, bem grande, frito na hora, o qual fica nadando numa grande quantidade de óleo. O cheiro é bom e o gosto também, mas, minha barriga acusou o golpe do excesso de gordura e por pouco a viagem não foi retardada por conta da cachamba. Felizmente, depois de algumas visitas à casinha, durante a noite, amanheci bem na manhã seguinte, pronto para prosseguir nossa aventura, cumprindo o desafio de fazer a volta de motocicleta pela América do Sul. No próximo capítulo, nossa passagem por Pisco, a cidade onde ocorreu um grande terremoto em agosto de 2007.

Até que enfim acabou a mais asquerosa, a mais repulsante, a mais baixa, a mais nojenta e a mais radical de todas as eleições que já vivenciei neste país. E só não foi pior, porque a pequena reforma eleitoral aprovada ano passado, e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral botaram um freio em muita coisa. E uma das melhores entre as mudanças foi a diminuição do tempo de campanha.

Eu me perguntei diversas vezes durante o Horário Eleitoral Gratuito e, da mesma forma, em muitos dos incontáveis debates que aconteceram, o porquê de ainda estarem acontecendo.

O Horário Eleitoral acontece porque a legislação vigente determina que vá ao ar, mas, os debates, por que tantos, um seguido do outro para os candidatos dizerem as mesmas coisas, para proferirem as mesmas ofensas uns contra os outros. Chegou num ponto em que a gente já tinha até decorado quais seriam as acusações.

Podem dizer: ah, mas, isso faz parte do processo eleitoral! Sim, eu sei que faz parte; o que questiono é a falta de conteúdo da maioria dos candidatos, a partir da disputa pela presidência da República, onde aqueles que realmente tinham alguma coisa na cabeça, que poderiam apresentar propostas claras e exequíveis ficaram pelo caminho.

Seja na eleição para o mais elevado cargo do Poder Executivo, o de presidente da República, ou para governador, na maioria das vezes o que vi foram trocas de insultos, mentiras deslavadas de candidatos que não apresentavam propostas concretas, mas, faziam promessas mirabolantes que não poderiam ser cumpridas nem em três ou quatro mandatos consecutivos de um bom governante.

Na briga pela presidência da República, os candidatos passaram longe de conversar com o eleitor, por exemplo, sobre a monumental dívida pública, que já chega aos R$ 4,19 trilhões. Cerca de R$ 3,1 trilhões compõem a dívida pública federal (DPF), formada pelas dívidas interna e externa. O restante se deve às chamadas operações compromissadas do Banco Central.

O PIB caiu 7,2% no período 2015-2016, derrubando também a arrecadação federal. Foram dois anos consecutivos de recessão da economia brasileira, fato inédito no país desde o início da década de 1930. Nesse cenário, a relação entre a dívida bruta do governo e o PIB cresceu aceleradamente e fechou 2016 a uma taxa de 69,6%. Isso significa que o endividamento do país equivale a mais de dois terços do tamanho da economia. Há dois anos, essa relação era de 56,3%.

Com uma dívida nesse patamar, estamos sacrificando investimentos no Brasil. Estamos deixando de aplicar mais recursos na saúde, na educação, na questão previdenciária, na infraestrutura, etc…, Mas, infelizmente, a maior parte da população não se liga nisso, embora esses números nos afetem a todos. E os candidatos a presidente também quase não se interessaram por esse grave assunto.

Essa é uma herança maldita que o novo presidente da República, que assumirá em 15 de março do ano que vem vai herdar. Esse é apenas um dos problemas gigantescos que o chefe do Poder Executivo vai ter que enfrentar, além de todos os outros fartamente tratados no Horário Eleitoral, e fora dele.

Eu espero que essa grande massa que potencializou o crescimento da candidatura, e elegeu o deputado federal Jair Bolsonaro, lembre que ele não tem varinha de cristal para resolver tudo por passe de mágica. É preciso que a nação tenha consciência de que haverá remédio amargo para curar o enfermo Brasil. E embora jamais tenha sido um entusiasta da campanha do presidente eleito, torço para que ele aplique uma vacina eficaz contra a corrupção, para que seja possível começar a consertar o país.

Votei em Jair Bolsonaro no segundo turno por absoluta falta de opção, pois, depois do estrago nacional de proporções colossais que o Partido dos Trabalhadores comandou como maestro de uma orquestra que tinha “músicos” de diversos outros partidos, só mesmo se não tivesse juízo para votar nesse projeto que vai de encontro aos meus princípios e aos meus valores. Agora, resta torcer para o capitão acertar na mão, porque quem torcer contra ele, quem quiser que ele se dê mal na presidência, estará torcendo contra si mesmo, pois estamos todos no mesmo barco.


*Artigo publicado na edição 243 do Jornal do Comércio, que está circulando desde a tarde de hoje.

*Mauro Torres: Repórter por acaso


Mauro Torres - Desde a primeira metade da década de 1980, televisão tem sido minha área de trabalho. Já vi e vivi diversas situações, das mais inusitadas às mais cômicas, estranhas, emocionantes, enfim. Em 1984, conheci a primeira turma de colegas com quem dividi momentos de alegria, de tristeza, de embaraços e gafes que só agora percebo quão engraçadas foram.

Em 1989, entrei, por acaso, na carreira de jornalista. Não sou formado, mas aprendi muita coisa ao longo desses quase trinta anos de jornalismo. Saí do Exército e fui para a TV Tapajoara, à época dirigida por Marilu Machado Freire Macedo, esposa do amigo Sílvio de Paiva Macedo. Foi bem por acaso mesmo que eu passei a ser repórter.

Todos os dias eu vinha à emissora, já que estava desempregado. Em um desses dias, Marilu Macedo perguntou à gerente de jornalismo à época, Marilene Silva: “quem é aquele ‘rapazinho’ que, todos os dias que eu chego, ele está aqui?”. Marilene respondeu que eu estava atrás de emprego. Então fui chamado à sala da diretora. Quando entrei, Marilu Macedo olhou-me e perguntou: “mano, tu quer fazer o quê aqui, tu quer ser repórter, é?”, ao que eu respondi prontamente que estava desempregado e faria o que me fosse proposto fazer. Pronto, nascia o repórter Mauro Torres.

No mesmo dia, Marilene Silva me chamou à redação para dizer o que eu teria que fazer e me passou a primeira pauta da minha carreira. Exatamente naquele dia, que não me lembro a data, acontecia a criação e a formação da primeira diretoria do então Sindicato Rural Patronal de Itaituba, o “Sirpi” (hoje Sipri). Meu primeiro entrevistado foi o primeiro presidente da entidade, Joaquim Carlos Lima. Naquele mesmo evento, também consegui arrancar de Amadeu Coutinho Neto a sua primeira e, que eu saiba, a única entrevista.

Depois disso, me vieram muitas e muitas situações, como eu já disse, engraçadas ou constrangedoras, mas que, de uma forma ou de outra, contribuíram para enriquecer meus conhecimentos e fazer de mim o profissional que sou hoje. Já tomei empurrão de embriagado, levei pedrada de menino portador de distúrbio mental e até um soco no nariz de uma senhora que passava por uma crise neurológica.

Algumas situações são bem interessantes, como em certa ocasião, quando, estando em Jacareacanga cobrindo a primeira edição de uma feira da produção familiar, me veio a ideia de entrevistar um indígena que comercializava frutas e farinha de mandioca. Cheguei educadamente para o indígena e perguntei: “você fala minha língua?”. Ele olhou pra mim e respondeu: “não”, só isso.

Quando estive repórter na TV Tapajós, Canal 4, em Santarém, (afiliada da Rede Globo), também escrevi para o jornal O Impacto e tive que enfrentar algumas situações bem inesperadas. Em uma delas, fui abordado por um oficial de Justiça que me pediu que assinasse uma intimação.

O documento me cientificava de um processo que estava sendo movido contra mim por um médico que havia sido candidato a prefeito de Santarém e estava prestando serviço em Aveiro. Fui ao fórum no horário marcado, entrei na sala de audiência. O juiz olhou para mim, pediu desculpas e disse que não seria possível ‘cobrir a audiência’ porque as partes poderiam não gostar. Eu disse a ele que não estava como repórter, mas sim como réu. O próprio juiz sorriu da situação e o denunciante foi chamado à sala. “O quê que você faz aqui, Mauro?” – perguntou. Eu respondi que estava ali para responder a um processo, ele disse que eu estava enganado; eu havia sido ‘processado por engano’.

Aconteceram muitos outros episódios pitorescos e ainda acontecem em minha carreira de jornalista. Por enquanto, são esses os que eu lembro. Em uma próxima oportunidade, pesquisaremos nas nossas memórias alguns outros episódios que, com certeza, vão arrancar boas risadas.



*Publicado na edição 243 do Jornal do Comércio, que está circulando a partir de hoje.

*Weliton Lima: Como entrei para o mundo do jornalismo



Antes de abordar o tema que me foi solicitado pela direção do Jornal
do Comércio, à qual agradeço imensamente a oportunidade de traçar aqui
esse breve relato da minha trajetória na comunicação, gostaria de
lembrar que o meu envolvimento com o jornalismo começou bem antes de
eu trabalhar na televisão.


Aconteceu logo após eu deixar a presidência da Liga Itaitubense de Desportos Atléticos - LIDA, no início dos anos 1990, quando fui convidado para escrever sobre futebol para um jornal local. Como só era eu e o dono do jornal de
funcionários, comecei assumindo logo a editoria de esporte e, me
recordo até agora, que a primeira matéria que fiz foi uma entrevista
com o Vivaldinho, um dos grandes nomes do futebol itaitubense.


Como o campeonato municipal naquele ano já estava em sua reta final, fiz
também uma avaliação das possibilidades de cada um dos clubes dentro do
campeonato municipal. Fiquei tão entusiasmado com o material produzido,
que passei a contar os dias para a chegada do jornal, que por falta de
gráfica aqui em Itaituba teria que ser impresso em Santarém.


Ocorre que o jornal demorou tanto para circular, que os meus prognósticos
ficaram todos defasados, e a minha carreira no jornalismo escrito parou
por aí.


Somente muito tempo depois, quando já estava trabalhando na
televisão é que voltei a ter uma nova experiência com jornal escrito,
quando o Walfredo Marques convidou-me para trabalhar no Jornal
Expresso, um informativo semanal que circulou por alguns meses aqui em
Itaituba e região.


Posto isso, volto-me então para a minha vivência na televisão. Essa história que teve início na TV Eldorado canal 6, a convite do Jornalista Jota Parente, por sugestão do Ivan Araújo, que na época era o responsável técnico pela montagem da emissora.

A princípio, a ideia me assustou um pouco, pois eu não me via trabalhando em televisão; mesmo assim aceitei o desafio e foi assim que entrei para o meio da comunicação onde estou até hoje.

Na TV Eldorado, comecei essa experiência fazendo reportagens externas e
também parte da redação do jornal Eldorado, tarefa divida com meu colega Fleury Colares, que também fazia parte da equipe.


Foram vários anos trabalhando na TV Eldorado (Band) e, sempre que tenho a
oportunidade, afirmo que a TV Eldorado foi para mim uma grande escola, pois convivi com profissionais do gabarito de Jota Parente e o saudoso Leal di Souza.


Além da Eldorado, também tive a oportunidade de participar do início de um outro projeto de jornalismo local que foi na TV Itaituba canal 2, Rede Record, e lá montamos para o jornalismo a primeira ilha de edição não linear de Itaituba.

Entre uma passagem e outra por emissoras de TV, tive uma breve experiência trabalhando como assessor de comunicação da prefeitura, na administração do ex-prefeito Benigno Reges, que assumiu o governo após a morte de Wirland Freire.

A partir de março de 2003 vim para a TV Tapajoara, onde reencontrei o
Ivan Araújo e o Marlúcio Couto, começando então essa trajetória que
continua até hoje.


Para finalizar esse breve retrospecto, gostaria de destacar o orgulho que sinto em pertencer a essa equipe, que como já foi dito por outras pessoas, não faz somente o jornalismo nosso de cada dia, pois a TV Tapajoara se diferencia das demais emissoras por desenvolver projetos nas áreas de esportes, culturais, turismo entre
outros.


Nesse momento em que a TV Tapajoara completa trinta anos de
serviços prestados à população de Itaituba, resta-me agradecer a Deus
por me colocar nesse caminho e poder ter contribuído diretamente para
a construção dessa história de sucesso da emissora, o que de certa
forma também me ajudou a consolidar o nome no jornalismo de Itaituba e
região.


Jornalista Weliton Lima
Diretor de Jornalismo da TV Tapajoara


*Publicado na edição 243 do Jornal do Comércio, que está circulando a partir de hoje.