domingo, novembro 24, 2013

*Informe JC

Dilma vetou I
Pelo menos por enquanto o Pará, e os demais Estados, não terão novos municípios, depois do veto da Presidente Dilma Rousseff, dia 14/11, à lei que transformaria distritos em sedes municipais. No Sudoeste do Pará, casos emblemáticos são os distritos de Castelo dos Sonhos (Altamira) e Moraes Almeida (Itaituba), que contam com movimentos de emancipação bem organizados, e tem capacidade para se virar novos municípios.

Dilma vetou II
A presidenta Dilma Rousseff vetou integralmente o Projeto de Lei 98/2002 que criava, incorporava, fundia e desmembrava municípios. No despacho presidencial ao Congresso, publicado quinta, 14/11, em edição extra no Diário Oficial da União, Dilma diz que a proposta de lei devolvida ao Congresso contraria “o interesse público”. 

Dilma vetou III
Segundo o despacho presidencial, o Ministério da Fazenda ponderou que a medida aumentaria “a expansão expressiva do número de municípios” o que acarretaria no aumento das despesas do Estado com a manutenção da estrutura administrativa e representativa. O ministério ponderou, ainda, que o crescimento de despesas não será acompanhado por receitas que permitam a cobertura dos novos gastos, “o que impactará negativamente a sustentabilidade fiscal e a estabilidade macroeconômica”
Além disso, os técnicos da área econômica destacaram que, com o crescimento de municípios brasileiros, haveria uma “pulverização” na repartição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Isso, acrescentam na justificativa para o veto presidencial, acarretaria em prejuízos para as cidades menores, além de maiores dificuldades financeiras.

Decepção
 O jornalista Jota Parente passou há duas semanas por Moraes Almeida e Castelo de Sonhos, os dois distritos da região sudoeste do Pará, cuja transformação em novos municípios era dada como líquida e certa. Com certeza, o veto da presidente causou grande decepção. Na conversa que ele teve com lideranças dos dois movimentos, todos estavam convencidos de que a presidente sancionaria a lei. Jamais ninguém admitia a possibilidade de veto. Sabe-se que houve a chamada farra de criação de centenas de municípios sob o guarda chuva da lei anterior. Mas, hoje existem distritos que estão, de fato, em condições de se emancipar. E não há dúvida de que Moraes e Castelo atendem a todos os requisitos desse projeto vetado por Dilma. Mas, pelo menos por enquanto, o sonho foi adiado.

Vão derrubar o veto?

Vai ser uma luta dura, porque como o governo tem folgada maioria, e como em 2014 haverá eleições para deputados federais e senadores, dentre outros cargos, os senhores parlamentares da base não vão querer bater de frente contra Dilma, que tomou a decisão de vetar baseada em critérios técnicos. Mesmo que estivesse disposto a derrubar o veto, o Congresso precisaria ter uma boa argumentação técnica, algo melhor do que a que foi apresentada para a presidente pelo Ministério da Fazenda. Isso parece difícil. Portanto, o sonho fica adiado, pelo menos até depois de 2014, quando a discussão poderá ser retomada pela nova composição do Congresso.

* Na edição 169 do Jornal do Comércio, que está circulando

*As três quedas antes de Três Bueiras

            O primeiro dia da expedição começou perfeito. Acordei na hora determinada, 04h30min da manhã, e depois de tomar um poderoso mingau preparado por minha esposa Marilene, segui para a balsa para fazer a travessia. Pouco depois, chegaram o repórter Mauro Torres e o cinegrafista Dionei Alves, da TV Tapajoara, que fizerem uma matéria a respeito de minha largada, com tudo tinha direito.
            Tudo levava a crer que seria um dia maravilhoso. Mas, a perfeição ficou somente naquele começo, pois ao passar pela ponte do km 17, recebi a indesejada visita da chuva. E que chuva. Aí complicou, porque embora a capa estivesse fácil de pegar, naquela situação, completamente escuro, não houve como colocar a proteção contra chuva.
Então, decidi ir em frente, contudo, com muita dificuldade, pois mal enxergava a estrada, conquanto a chuva era torrencial. Corri o risco de sair da estrada, uma vez que estava em um local da BR 230 que não tem sinalização horizontal.  E como diz o ditado, nada é tão ruim que não possa piorar, chegou a parte da estrada onde ainda não existe pavimentação asfáltica. Foi muito difícil superar aquela situação.

*Mais de 41 km depois...

Jota Parente - Mais de 41 mil quilômetros depois, somando as três viagens de moto, o que equivale a um percurso superior a uma volta completa ao redor da Terra, completei a terceira expedição, chegando a Belém. Não foi do jeito que eu pensei, não teve a extensão que imaginei, nem tampouco atendeu ao projeto que montei, o qual divulguei e entreguei aos parceiros comerciais e colaborares. Mas, fui até onde deu.
            Ir ao pé do Aconcágua foi um sonho alimentado, que ficou pelo meio do caminho porque, embora tenha sido bastante ousado em todas essas viagens, uma das virtudes de um ser humano é reconhecer suas limitações, não devendo isso ser confundido com fraqueza. E na minha idade, acho que testei meus limites acima do que poderia imaginar nesta viagem que acabo de fazer, e nas outras.
            Como escrevi em uma das postagens que fiz, o mau humor e a imprevisibilidade do tempo foram dois grandes desafios que tive pela frente. Confesso que houve momentos em que pensei em desistir, porque senti as forças faltarem, literalmente, como quando caí com minha moto entre Trairão e Moraes Almeida, por três vezes. Cheguei à exaustão, física e psicológica, questionando-me se era aquilo mesmo que eu deveria estar fazendo naquele momento.
            Enfrentei lama, muita lama, chuva que parecia não ter fim, em locais e em período que não deveria estar chovendo, e tive que encarar uma ponta de frio fora de época na região Sul do Brasil. Cheguei a Curitiba com uma temperatura de 18 graus, em pleno dia. À noite a temperatura chegou aos 11 graus. Tudo isso depois de passar por um calor infernal em Mato Grosso, onde os termômetros apontaram mais de 35 graus centígrados.
            O mau tempo na região do Aconcágua, atípico para este período, com frio intenso e ventos muitos fortes levou-me a abortar essa parte crucial, pois considerei que os riscos transcendiam à minha capacidade de superá-los. Peguei todas as informações possíveis a respeito da situação naquele local, e reconheci a tempo, que mesmo sentindo uma forte sensação de frustração, o melhor que tinha a fazer, era não realizar aquele trajeto.

*Lombadas, solução barata que salva vidas

 Artigo do Jota Parente - Quando estou viajando, como agora, o jornalista Jota Parente está em franca atividade, observando tudo que é possível. Do contrário, os projetos que desenvolvo com apoio de parcerias comerciais não teria muita utilidade. Seria apenas deleite pessoal, o que não é o meu objetivo, de forma alguma. Espero, sempre, contribuir com minha comunidade através dessas observações.

Por força da profissão, os jornalistas que não se contentam em serem meros repassadores de informações para o público, mas, tem coragem para manifestar sua opinião crítica dos problemas que lhe cercam, são confundidos e até taxados de opositores aos governantes de plantão. Incluo-me nesse rol de profissionais, juntamente com o amigo Weliton Lima. Esse comportamento descontenta a quem está no poder, quando não está fazendo o que prometeu, mas, cultiva o respeito das pessoas sensatas.

sábado, novembro 23, 2013

Supermercado da fé

Batismo no Jordão custa R$ 4.000 e inclui aluguel de bata e toalha

Cristãos de todas as denominações e países invadem diariamente o parque turístico de Israel para se batizar no mesmo rio de seu Messias: o rio Jordão. 

O local tem vestiários, batas, toalhas, certificados, água do rio engarrafada e todo tipo de souvenir para os visitantes. Incluindo o viagem, o batismo por lá sai por, pelo menos, R$ 4.024,00. 
 
A equipe da TV UOL foi à Israel a convite do ministério do Turismo local. Por lá, aconteceu no último mês a primeira Marcha para Jesus em solo israelense, promovida pela igreja Renascer em Cristo.

sexta-feira, novembro 22, 2013

Biopirataria: Ibama flagra coreanos com material biológico em Mato Grosso


O Ibama flagrou quatro coreanos por prática de biopirataria. A operação começou no dia 4 de novembro, quando técnicos do Ibama em parceria com a Funai e apoio da Força Nacional foram para o Município de Canarana no Mato Grosso, para apurar a denúncia que pessoas estavam coletando material genético da Terra Indígena Parque Nacional do Xingu.

Após semanas de investigação, a equipe do Ibama flagrou o grupo quando retornavam da Terra Indígena após coletarem amostras de material vegetal e filmagens de formas de coleta e uso de ervas medicinais dos indígenas Kamaiura, Waurá e Ikpeng. Após o flagrante eles foram levados para a Delegacia Regional da Polícia Federal de Barra do Garça (MT).

Um dos infratores possui uma empresa nos Estados Unidos, a qual revende amostras biológicas para indústrias farmacêuticas e de cosméticos. Além disso, conforme informações obtidas ao longo da investigação, não seria a primeira visita do sul-coreano ao país, tendo realizado atividades semelhantes em outras oportunidades, inclusive com o conhecimento de que estava desrespeitando as normas nacionais.

Os estrangeiros foram enquadrados pelo Ibama pela tentativa de remessa de patrimônio genético ao exterior e devem responder criminalmente pelo transporte de produtos florestais sem licença do órgão ambiental. O acesso ao conhecimento tradicional associado dos indígenas está sendo investigado. As irregularidades nos passaportes e vistos, podem resultar na sua expulsão do país.

Michelle Horovits
Ascom/Ibama

Foto: Dipro/Ibama

Globo ameaça jogar a culpa em Joaquim Barbosa?

Joaquim Barbosa poderá ficar falando só se (quando) a farsa ruir. E se Genoino morrer de infarto, a TV vai jogar a culpa em quem? E se Genoino e/ou Dirceu saírem da prisão como novos heróis e/ou para serem eleitos presidente da República. Em quem a mídia vai jogar a "culpa"? A TV Globo nunca divulgou antes outros manifestos em apoio aos réus, muito menos criticando Joaquim Barbosa, tampouco deu atenção a reclamações de abusos e erros grotescos cometidos no julgamento. Pelo contrário, endossou e encorajou verdadeiros linchamentos. Por que, então, divulgar esse manifesto, agora?

Por Helena Sthephanowitz
Rede Brasil Atual

Conquistada a condenação dos réus da Ação Penal 470, o chamado mensalão, a Globo agora quer transferir o ônus do golpismo para o STF, mais especificamente para Joaquim Barbosa. Não parece ser por virtude, mas por esperteza, que William Bonner passou um minuto no Jornal Nacional de quarta-feira (20) lendo a notícia: "Divulgada nota de repúdio contra decisão de Joaquim Barbosa".

Blog do Manuel Dutra - O manifesto é assinado por juristas, advogados, lideranças políticas e sociais repudiando ilegalidades nas prisões dos réus do mensalão efetuadas durante o feriado da Proclamação da República, com o ministro Joaquim Barbosa emitindo carta de sentença só 48 horas depois das ordens de prisão.

O locutor completou: "O manifesto ainda levanta dúvidas sobre o preparo ou boa-fé do ministro Joaquim Barbosa, e diz que o Supremo precisa reagir para não se tornar refém de seu presidente".

A TV Globo nunca divulgou antes outros manifestos em apoio aos réus, muito menos criticando Joaquim Barbosa, tampouco deu atenção a reclamações de abusos e erros grotescos cometidos no julgamento. Pelo contrário, endossou e encorajou verdadeiros linchamentos. Por que, então, divulgar esse manifesto, agora?

É o jogo político, que a Globo, bem ou mal, sabe jogar, e Joaquim Barbosa, calouro na política, não sabe. E quem ainda não entendeu que esse julgamento foi político do começo ao fim precisa voltar ao be-a-bá da política. O PT tinha um acerto de contas a fazer com a questão do caixa dois, mas parava por aí no que diz respeito aos petistas, pois tiveram suas vidas devassadas por adversários, que nada encontraram. O resto foi um golpe político, que falhou eleitoralmente, e transformou-se numa das maiores lambanças jurídicas já produzidas numa corte que deveria ser suprema.

A Globo precisava das cabeças de Dirceu e Genoino porque, se fossem absolvidos, sofreria a mesma derrota e o mesmo desgaste que sofreu para Leonel Brizola em 1982 no caso Proconsult, e o STF estaria endossando para a sociedade a tese da conspiração golpista perpetrada pela mídia oposicionista ao atual governo federal.

A emissora sabe dos bastidores, conhece a inocência de muitos condenados, sabe da inexistência de crimes atribuídos injustamente, e sabe que haverá uma reviravolta aos poucos, inclusive com apoios internacionais. A Globo sabe o que é uma novela e conhece os próximos capítulos desta que ela também é protagonista.

Hoje, em tempos de internet, as verdades desconhecidas do grande público não estão apenas nas gavetas da Rede Globo, como acontecia na ditadura, para serem publicadas somente quando os interesses empresariais de seus donos não fossem afetados. As verdades sobre o mensalão já estão escancaradas e estão sendo disseminadas nas redes sociais. A Globo, o STF e Joaquim Barbosa têm um encontro marcado com essas verdades. E a emissora já sinaliza que, se ela noticiou coisas "erradas", a culpa será atribuída aos "erros" de Joaquim Barbosa e do então procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Joaquim Barbosa, homem culto, deve conhecer a história de Mefistófeles de Goethe, a parábola do homem que entregou a alma ao demônio por ambições pessoais imediatas. Uma metáfora parecida parece haver na sua relação com a TV Globo. Mas a emissora parece que está cobrando a entrega antes do imaginado.