domingo, novembro 24, 2013

*Lombadas, solução barata que salva vidas

 Artigo do Jota Parente - Quando estou viajando, como agora, o jornalista Jota Parente está em franca atividade, observando tudo que é possível. Do contrário, os projetos que desenvolvo com apoio de parcerias comerciais não teria muita utilidade. Seria apenas deleite pessoal, o que não é o meu objetivo, de forma alguma. Espero, sempre, contribuir com minha comunidade através dessas observações.

Por força da profissão, os jornalistas que não se contentam em serem meros repassadores de informações para o público, mas, tem coragem para manifestar sua opinião crítica dos problemas que lhe cercam, são confundidos e até taxados de opositores aos governantes de plantão. Incluo-me nesse rol de profissionais, juntamente com o amigo Weliton Lima. Esse comportamento descontenta a quem está no poder, quando não está fazendo o que prometeu, mas, cultiva o respeito das pessoas sensatas.


Certamente por causa da situação de calamidade em que se transformou o sistema viário da cidade de Itaituba, seja em função dos buracos herdados pelo atual governo, seja pelos buracos que se formaram nas ruas depois que Eliene assumiu, ou pelo trânsito maluco, ou por outros problemas que saltam aos olhos, tenho dedicado atenção especial a essas questões em cada lugar que parei, onde fosse possível ficar um pouco para ver como cada administrador municipal está se saindo.

As reclamações a respeito de prefeitos que assumiram no começo deste ano não são uma exclusividade de Itaituba, se é que isso serve ao menos consolo. São muitas as cidades onde os habitantes reclamam dos seus prefeitos, fazendo perguntas muito parecidas com aquelas que a população daqui se faz, incluindo nesse universo, muita gente que votou em quem está no comando, neste momento. Todavia, não vi nada parecido com o que está acontecendo em Itaituba.

Por outro lado, tenho visto tantas cidades arrumadas, que dá gosto. São cidades do mesmo porte, um pouco maiores, ou menores do que Itaituba, com ruas arrumadas, bem sinalizadas, trânsito humanizado, enfim, cidades que parecem ter sido bem conduzidas pelos gestores anteriores, e nas quais o gestor atual procurou dar prosseguimento ao que já estava em andamento, sem essa de salvador da pátria.

Tenho dito a várias pessoas com as quais converso, que não tenho dúvida sobre a intenção da prefeita Eliene Nunes de fazer as coisas acontecerem, de fazer uma boa administração. O problema, arremato sempre, é que somente boas intenções não ganham jogo, utilizando uma analogia do futebol. É preciso tem um bom time, e um bom time só se monta com jogadores de boa qualidade, e é necessário que os jogadores desse time estejam bem entrosados para dar liga. O time da prefeita não deu liga, até agora.

Sou um incorrigível otimista, que continua acreditando que Itaituba nasceu para dar certo, apesar dos seus políticos. E como otimista que sou, vou continuar acreditando que uma hora dessas a prefeita vai conseguir fazer essa máquina andar, porque como escrevi em um artigo publicado antes do meio do ano, a lua de mel de qualquer gestor eleito, que assume o governo em primeiro mandato, vai até os três primeiros meses. Depois disso, tem mais uma tolerância de dois ou três meses, prazo o qual findado, acaba a paciência e começam as cobranças. A partir de então, não funciona mais ficar dizendo que tudo que acontece de ruim no município é culpa da gestão anterior. O povo não é bobo.

Uma das observações que mais me tocaram fundo, diz respeito à solução que todas as cidades cortadas por rodovias federais ou estaduais encontram para dar um basta no grande número de acidentes que ocorriam durante a passagem de veículos de todos os tamanhos pelos centros urbanos. O problema foi resolvido com a colocação de lombadas e mais lombadas, uma seguida da outra, em tais pontos. O trânsito fica muito nesse onde existem lombadas, fazendo com que seja quase impossível acontecer um acidente com graves consequências, pois não há como correr em tais lugares.

Não existe essa balela de que não se podecolocar lombadas em rodovias. Isso é conversa fiada, pois até mesmo em pequenos vilarejos que são cortados por estradas existem ao menos duas lombadas. Passei por cidades nas quais chegam a existir ao longo do trajeto em que a estrada passa por dentro delas até doze lombadas. Formam-se verdadeiras procissões de carros, a 20 ou 30 km por hora.

Uma hora dessas eu imagino que essa tão sonhada recuperação do perímetro urbano da Transamazônica vai sair do papel. Então, não deixe passar a oportunidade de humanizar o trânsito nesse via, colocando tantas lombadas quantas forem necessárias para que não se transforme em pista de corrida pelos condutores irresponsáveis. A senhora tem um canal aberto com DNIT através do deputado federal Dudimar Paxiúba. Logo, é só pedir, que o deputado cuidará para acionar o órgão, a fim de que se consiga a autorização para fazer esse trabalho.

Pelo amor de Deus, prefeita, não deixe passar essa oportunidade. Ou, do contrário, com pista boa, voltaremos a ter ali muitos acidentes, e muitas mortes. Completo, informando que andei pelo centro de várias cidades em locais de grande fluxo de carros e de pessoas, onde as prefeituras mandaram colocar lombadas. Com essa providência, o resultado foi a queda brusca no número de acidentes. Vou ficar de olho e vou cobrar.

* Na edição 169 do Jornal do Comércio, que está circulando

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