sexta-feira, janeiro 23, 2009

O garimpo vai ser a solução na crise

No começo de 2008 o Jornal do Comércio fez uma reportagem a respeito das perspectivas do setor mineral para a região do Tapajós, cujos reflexos seriam diretos sobre Itaituba. O cenário era muito otimista na ocasião e boa parte daquele otimismo transformou-se em realidade. Hoje a situação é completamente diferente em virtude da crise mundial, que começou com a quebradeira norte-americana. As expectativas são bastante pessimistas, como diz o presidente da AMOT, Ivo Lubrinna, em entrevista concedida ao JC. Ele aborda ainda, o complicado momento pelo qual passa a Serabi, que demitiu praticamente todos os seus funcionários, que teve o valor de suas ações na bolsa reduzido a quase nada e que pode quebrar, segundo suas palavras.
JC – No início de 2008 houve a expectativa de investimentos em torno de 60 milhões de dólares na província mineral do Tapajós, sobretudo em pesquisas. O que se confirmou daquela previsão e o que deixou de ser aplicado, já em função dessa crise?

Ivo – Eu digo que, de acordo com as expectativas da AMOT, que para este ano de 2009, se nós tivermos a aplicação de 10% a 20%, eu acho que nós estaremos numa situação muito boa. Então, daqueles 50 milhões ou 60 milhões de dólares que foram investidos em 2008, num horizonte muito otimista, nós atingiremos uns U$ 6 milhões a no máximo U$ 12 milhões, o que representará uma queda de 80% a 90% no decorrer deste ano.

JC – Mas, 2008 foi bom?

Ivo – Até a data da quebradeira foi bom. O dinheiro para o desenvolvimento dos projetos estava fluindo. No momento em que começou a quebradeira, sentimos aqui o corte de investimentos em pesquisas. A retração foi imediata.

JC – A situação só não se complicou mais, porque a crise mundial só ficou mais acentuada no final do ano?

Ivo – Nós, do setor mineral, só começamos a ver o horizonte mais sombrio nos últimos três meses do ano que passou. Foi quando a gente começou a sentir a diminuição dos investimentos. Porém, vemos que o ouro está, de novo, sendo o centro das atenções dos investimentos, tanto nos tesouros nacionais, como lastro dos bancos centrais mundo afora, quanto de grandes instituições financeiras, bem como da indústria eletroeletrônica, que usa o ouro como matéria prima. Da mesma forma, a jóia de ouro também fica mais valorizada.

JC – Qual o reflexo que isso pode ter para Itaituba?

Ivo – No nosso caso, quem tiver uma mina de ouro produtiva não vai ter problema, pois o preço do ouro está muito bom e crescendo. O problema está na área de pesquisa, pois não se consegue captar recursos no mercado externo, uma vez que pesquisa é investimento de risco.

JC – Como fica o garimpo, nesse cenário?

Ivo – Quem vai salvar a pátria aqui na região do Tapajós, principalmente Itaituba, é o garimpo.

JC – A Serabi conseguiu colocar suas ações na bolsa de Londres. Os valores das ações caíram e a empresa passou a enfrentar dificuldades...

Ivo – Houve uma queda, mas, especificamente no caso da Serabi, o problema foi má gestão. Foi uma estratégia errada, um caminho errado que a Serabi trilhou. Ela era uma empresa adimplente; o ouro continua lá; permanece, algo cubado em torno de cinco toneladas, fora aquele estimado que existe, calculado em cerca de dezesseis toneladas, tudo na área do Palito. Então, a gente teria em torno de 21 a 25 toneladas, o que poderia esticar o tempo de vida da mina em mais uns 15 anos. Agora, o que é que está acontecendo?
Com essa má administração houve um descaminho, o que está levando ao fechamento da mina, porque todos os seus funcionários foram despedidos. Na mina só estão processando aquilo que já estava no pátio. Não estão tirando mais um grama de dentro da mina. Chegou ao colapso.

JC – Qual o impacto disso tudo para futuros investimentos?

Ivo - Foi muito ruim. A Serabi é uma empresa que esteve avaliada na casa dos 50 milhões de dólares, algo em torno de 130 milhões de reais, de acordo com a variação atual da moeda norte-americana. Hoje, por todos esses problemas, incluindo essa política que eles seguiram a partir da metade de 2007, quando a empresa passou a ter nova direção, houve essa queda brutal. Faz um ano e meio que começou essa queda, tanto na bolsa de Londres, quanto aqui na mina. Um foi contaminando o outro. Hoje, a Serabi está acrescentando zeros à esquerda. Prova disso é o atual valor de suas ações, na casa de 0,01 libras esterlinas, enquanto estiveram em torno de 0,50 centavos. Então, bateu no fundo do poço.

JC – Tem jeito?

Ivo – Se não houver uma mexida, o que eu vejo com certa reserva, o caminho da Serabi vai ser quebrar. Ela está com dívidas grandes aqui na região. Se estivesse funcionando como antes, como até junho de 2007, quando a Serabi era uma grande compradora no mercado local, adimplente como era, isso se resolveria com facilidade. Hoje ela deixou de ser consumidora deste mercado e se tornou inadimplente. Está devendo a muitas pessoas aqui, tem títulos protestados. Enfim, eu vejo um horizonte sombrio, a permanecer a política atual da Serabi. E o valor de mercado da empresa, que era de U$ 50 milhões, hoje está na casa de U$ 5 milhões.

JC – Qual é a situação da Serabi neste momento?

Ivo – Está fechada. Foi todo mundo mandado embora, tanto aqui, quanto na mina. Não tem ninguém, foi todo mundo demitido. Só ficou o pessoal de manutenção, na mina, tipo cinco pessoas. De mais ou menos 500 empregados, ficaram cinco.

JC – Houve um erro estratégico?

Ivo – Sim, houve! Havia um corpo técnico que estava funcionando como um relógio. A mina, na boca da mina, ela era adimplente. A empresa tinha uns custos absurdos depois da boca da mina; custo altíssimo em Londres; fizeram uma mudança inadequada do escritório, primeiro para Fortaleza e posteriormente para Belo Horizonte, o que fez com que o centro de decisões ficasse longe do local de produção. Com o escritório aqui em Itaituba, a empresa tinha o controle da situação; em Fortaleza ou em Belo Horizonte esse controle ficou mais difícil. Os bons técnicos que a empresa tinha ficaram desmotivados com a nova política. Antes, ela funcionava como uma família, onde todos suavam a camisa para que as coisas dessem certo.

JC – A conseqüência direta foi a demissão de cerca de 500 pessoas. E a conseqüência indireta?

Ivo – Se somarmos aos empregos que eram gerados pelas prestadoras de serviços, as chamadas empresas terceirizadas, são 700 postos de serviços imediatamente extinguidos. Todas essas 700 pessoas foram colocadas no olho da rua. Juntando a isso os outros que prestavam algum tipo de serviço, eu creio que perderam sua fonte de renda mais ou menos 3.500 pessoas.

JC – Isso tudo pode ter reflexos negativos em investimentos que estavam previstos para esta região?

Ivo – Isso para nós foi uma desgraça, porque nós temos um problema seriíssimo aqui na Amazônia, referente à logística. Faltam estradas, falta energia elétrica, faltam técnicos. Temos ainda um agravante que foi a criação dessas unidades de conservação que foram criadas irresponsavelmente em cima de jazimentos minerais sem respeitar a tradição da região, o que representa um entrave.
No momento em que você tem uma empresa como a Serabi, que passa por um momento crítico como esse, por má gestão, se ela quebrar, com certeza o capital de investimento e desenvolvimento industrial vai fugir. Uma virtual quebra da Serabi – e está caminhando para isso – vai representar um atraso em médio e longo prazos, de dez a quinze anos, com conseqüências imprevisíveis, não só na pesquisa, mas também de desenvolvimento da indústria, que é a mina. Se a primeira der errado, corremos o risco de outras não desenvolverem.
Temos o caso do projeto da Jaguar, que foi vendido para um outro grupo, o qual agora está com medo de fazer investimentos com toda essa crise mundial. Para desenvolver, a empresa vai precisar construir uma barragem que não vai impactar tanto assim o meio ambiente. Mas aí ela vai encontrar dificuldades para fazer isso, porque vai ter que vencer a oposição desses conselhos que são contra tudo que se refere a algum impacto ao meio ambiente. Um dia desses, numa reunião, o presidente de um desses conselhos me disse que quebrar coco babaçu poderia render o mesmo que tirar ouro da terra. Eu acho que não! Basta olhar quantos maranhenses existem em Itaituba, os quais, em sua grande maioria, deixaram sua terra, onde tem mais babaçu do que em qualquer outro lugar para virem extrair ouro. Compare o preço de um grama de ouro com um quilo de coco babaçu!

JC – Existem campanhas claras de ONGs tentando impor esses discursos?

Ivo – E não é isso que está acontecendo? Estamos vivenciando isso agora! E uma coisa que preocupado muito é que esses discursos de quebrar coco estão tomando conta. Não demora muito, daqui uns dias nós vamos estar atando nossas redes no meio da rua porque não vai ter mais movimento nenhum. Tem pessoas daqui de Itaituba, que sofreram lavagem cerebral, que estão brigando para isso aconteça e que defendem a criação de novas unidades de conservação, sem lembrar que essas que existem foram criadas onde estava se desenvolvendo a garimpagem há muito tempo. Essas pessoas recebem dinheiro de alguma organização não governamental de outros países, até o momento em que servirem aos interesses externos. No dia que não interessar mais, quero ver de que elas vão viver. São usadas como instrumentos dessas ONGs internacionais com objetivos escusos.

JC – Isso também ajuda a afugentar novos investimentos?

Ivo – Tudo isso ajuda a afugentar novos investimentos. Que garantia uma empresa vai ter para investir milhões de dólares, se não tem certeza que vai poder explorar uma mina mais tarde? Esse projeto do Tocantins está orçado em torno de 150 milhões de dólares. Consta do projeto uma pequena unidade de geração de energia elétrica, que ninguém sabe se poderá ser construída porque essas ONGs já estão chegando por aqui para dificultar. Muitas delas, que atuavam em Santarém, já se mudaram para cá.

JC – O que se pode esperar dessas empresas que já estão aqui, em termos de investimentos para este ano de 2009?

Ivo – 2009 é uma grande incógnita. Não dá para apostar nada. O que já estava disponível para ser aplicado pode ser recolhido. Toda essa insegurança (por causa do cenário externo, com implicações internas e das campanhas da ONGs) pode recrudescer a situação aqui.

Pingos nos is

Desconfiômetro desligado
O discurso de posse do presidente dos Estados Unidos, Batak Obama, teve a duração de exatos 19 minutos. Já o vice-governador Odair Correa falou durante 56 minutos na posse de Olavos Neves, presidente reeleito da Associação Empresarial de Santarém. Resultado: foi quase todo mundo embora.

Disputada acirrada
A Secretaria Municipal de Esportes ainda nem foi criada e já há uma disputa muito acirrada pela vaga de secretário. Só que a coluna conseguiu levar, esperam ser ungidos pelo prefeito Roselito Soares, os ex-vereadores Antônio Cardoso e Paulo Gasolina.

Quem será?
Acontece, que no decorrer da campanha política, o prefeito se comprometeu com Reinaldo Queiroz, diretor do Didesp (Diretoria de Desporto), vinculado à Secretaria Municipal de Educação, que aguarda pelo cumprimento do que ele considera, não uma promessa, mas, um compromisso de Roselito. Agora, só resta aguardar para ver como vai ficar. Porém, primeiro é preciso criar a referida secretaria, para depois discutir quem será seu titular.

Trânsito selvagem
Severiano Gomes vai ter muito tra -balho para botar ordem no complicado trânsito de Itaituba, que anda nada comportado ultimamente. Além da problemática dos mototaxistas clandestinos que chegou à sua mesa, levada pelos mototaxistas legalizados, é preciso atacar a selvageria que tomou conta do tràfego, que voltou a apresentar números de acidentes preocupantes, a maioria envolvendo motocicletas. Enquanto isso não acontece, de vez em quando ouvem-se comentários de pessoas insatisfeita com a atual situação - que por questão de justiça é preciso dizer que Severiano já encontrou quando assumiu o comando da Comtri - dizendo que sentem saudades dos tempos de Aguiarzinho, pois, mesmo com alguns excessos, ele botava ordem na casa.

César secretário
O vereador César Aguiar, enquanto aguarda o desenrolar da questão que será decidida pela Justiça, que poderá ou não custar o seu mandato, tem seu nome cotado para assumir uma secretaria no segundo mandato do prefeito Roselito Soares. Quem acompanha tudo com muita atenção é o vereador Antônio Cardoso, primeiro suplente.

De Peninha a César
Cardoso herdou o mandato de Peninha, na legislatura passada, depois que seu compadre foi cassado. Agora, dependendo dos desdobramentos do caso César Aguiar, Cardoso poderá voltar a ser vereador, praticamente nas mesmas condições da vez anterior. Por enquanto ele continua em Itaituba, aguardando para ver o que vai acontecer.

Serra inova I
Quando foi ministro da saúde, José Serra tomou medidas como a fabricação de medicamentos genéricos, que não agradou aos grandes laboratórios e ameaçou quebrar a patente de alguns remédios para AIDS, porque laboratórios estrangeiros poderosos não queriam chegar a um acordo sobre os preços. Quando sentiram que o ministro não estava blefando, baixaram a crista e não foi preciso quebrar patentes.

Serra inova II
Agora Serra ataca, de novo. José Serra sancionou a medida mais ousada de sua gestão como governador de São Paulo: o pagamento dos servidores das escolas, com base especialmente no desempenho dos alunos. Para isso, ele teve de enfrentar a ira sindical e mesmo a incompreensão de parte dos acadêmicos, defensores da idéia de que pagar pelo mérito é jogar nos professores a responsabilidade da qualidade do ensino.
O professor é uma vítima: ganha mal, seu treinamento é precário, enfrenta, em especial nas regiões metropolitanas, a violência cotidiana combinada com a falta de infra-estrutura. Mas o aluno também é vítima do mau professor que, além das dificuldades conhecidas, não gosta ou não quer ser professor. Isso só piora o problema das faltas, dos atrasos, da pouca vontade de preparar aulas mais interessantes.
Professores dedicados e esforçados são tratados da mesma forma que os relapsos. Não é justo, nem com os professores nem com os alunos.
Como Serra vem aí, com todo o gás, como um dos nomes mais fortes para a sucessão presidente Lula, se virar presidente da República, quem sabe vai querem implantar essa novidade em nível nacional. Até lá já vai dar para saber se os resultados da experiência serão positivos.
Pela importância da rede paulista, esse bônus terá um impacto nacional e até na América Latina. Os bons professores (e não faltam professores dedicados) serão os maiores beneficiados.

Remédico foi incinerado dentro do prazo de validade, no final do governo passado de Jacareacanga

Por Nonato Silva - Irresponsabilidade! Foi esta a definição de um assessor da prefeitura de Jacareacanga, quando na manhã do dia 14/01, esteve no local onde foi jogado e incinerado um lote de medicamentos básicos, que deveriam ser usados para atender a população do município.
A denúncia chegou ao conhecimento da Comissão de Inventário da Prefeitura de Jacareacanga através de um senhor, que por medida de segurança não quis se identificar.
Um assessor jurídico da prefeitura se dirigiu até o local, na margem direita da rodovia Transamazônica, que fica em um trecho denominado de Estirão, cerca de 40 km da cidade de Jacareacanga, no sentido Apui/AM. No local, foi feita a constatação do desperdício do dinheiro público. Vários frascos de Hidróxido de Alumínio, medicação usada para o tratamento de gastrite, com prazo de validade a vencer em 07/09, Cloridrato de Lidocaína, creme vaginal, Nistantina, Dimeticolim, Estroliol-Creme Vaginal, Captropil 25mg, entre outros medicamentos, fizeram parte da fogueira do descaso e do desrespeito para com a população local.
“Está explicada a falta de medicamentos na farmácia do hospital”, disse seu José Gonçalves, usuário do Sistema Único de Saúde. Segundo seu José, há mais de três meses que vem faltando medicamentos na única unidade hospitalar da cidade. “Isso é uma tremenda falta de respeito com a população de nosso município” desabafou.
O ex-prefeito Carlos Veiga, logo após sua derrota, na eleição de 05 de outubro do ano passado, mandou suspender toda a aquisição de medicamentos e suprimentos para o Hospital Municipal. Falta de lençóis para cobrir leitos, falta de medicamentos para os primeiros socorros na emergência deixaram os profissionais da área de saúde preocupados. Segundo uma técnica de enfermagem. se essa situação permanecesse, com certeza a saúde pública local entraria em colapso.
Logo no primeiro dia de administração o prefeito Raulien Queiroz determinou à secretária de Saúde, Tânia Sena, que procedesse de imediato a compra de medicamentos para abastecer a farmácia básica do Hospital Municipal.

Informe JC

Cadê os PCs? I
No apagar das luzes do governo passado de Trairão foi feita uma compra no valor de R$ 50.000,00 em computadores, numa grande loja do ramo em Itaituba. Até aí, nada de mais e seria até louvável, se os equipamentos tivessem sido entregues em escolas do município, possibilitando o acesso dos estudantes à informática.

Cadê os PCs? II
O problema é que não foi entregue nenhum teclado, que dirá um computador completo. Ninguém sabe o que foi entregue, ou, se foi entregue alguma mercadoria no lugar dos pcs. A atual administração de Trairão está investigando o assunto.

Cheques sustados
Ainda de Trairão, também no finalzinho da administração que terminou em 31 de dezembro de 2008 foram expedidos muitos cheques, mas, muitos mesmo; algumas dezenas. Foi tanto cheque sem justificativa, que o governo do prefeito Danilo Vidal de Miranda teve que agir rápido, mandando sustar quase todos, porque alguns já tinham sido pagos, dentre os quais, um de R$ 5.000,00. O número de cheques é tão grande, que segundo informou uma fonte da coluna, só de taxa de sustação a Prefeitura de Trairão pagará mais de R$ 3.000,00.

Crise I
A entrevista do presidente da AMOT, Ivo Lubrina, matéria de capa desta edição é digna de reflexão por parte daqueles que comandam os destinos da economia deste município. No caso, os empresários, uma vez que a Prefeitura tem como maior contribuição o pagamento em dia dos servidores municipais, o que já é alguma coisa, mas é pouco.

Crise II
Apesar das bazófias do presidente Lula, que falou que a crise, se pegasse o Brasil, seria de leve, ela está chegando muito mais rapidamente do que se esperava. A Itaituba a crise apresentou-se a partir de outubro passado, apesar dos efeitos só começarem a ser sentidos de uma forma mais clara a partir de agora. Foi de outubro em diante que as empresas que investem em pesquisas na província mineral do Tapajós tiraram o pé do acelerador e pisaram no freio com vontade.

Garimpo
Mais do que nunca, desde que a produção do ouro nos garimpos do Tapajós caiu drasticamente, Itaituba depende do garimpeiro para sustentar sua economia em patamar mais ou menos normal. É hora de torcer para que o preço desse cobiçado metal permanece em alta no mercado externo. No final do verão passado, muita gente que já tinha colocado o pijama voltou para o garimpo. Isso valeu, tanto para empresários da área mineral, quanto para pequenos garimpeiros. Que venha o ouro dos garimpos do Tapajós e de seus afluentes, pois do contrário Itaituba poderá sentir muito mais o rigor da crise mundial.

Espadim I
Morreu, dia 7 de janeiro, vítima de câncer, o conhecido empresário Espadim, que teve negócios, principalmente no ramo do ouro, em Itaituba, nos anos 80 e 90. Seu corpo foi trazido de Minas Gerais para Santarém, onde foi sepultado.

Espadim II
Espadim veio a Santarém no ano de 1968, fazendo parte da delegação do time Calouros do Ar, do Ceará. Depois de jogos contra S. Francisco e São Raimundo ele resolveu ficar para jogar pelo São Raimundo, tendo passado, também, pelo São Francisco. Ele era uma pessoa muito bem relacionada. Vai ficar na lembrança dos parentes e amigos seu eterno bom humor. Estava sempre sorrindo, mesmo diante de situações mais complicadas. Descanse em paz, Espadim!

GAMI I
Foram dizer ao padre João McAthy, que a professora Antonieta Lima estava desativando o GAMI porque não tinha sido eleita vereadora. Sempre engajado nos movimentos populares, padre João foi conversar com a ex-vice prefeita, ocasião em que o assunto foi esclarecido.

GAMI II
O que aconteceu foi que Antonieta doou os computadores para a APAE, para o SOS Tapajós e outras entidades, porque não tinha como manter em funcionamento a escola de computação, uma vez que vinha tirando esses custos do próprio bolso. As demais atividades do GAMI vão continuar, agora um pouco mais enxutas.

Estado do Tapajós
Até março as atividades do Comitê pela Criação do Estado do Tapajós serão retomadas, depois de passada a refrega da campanha eleitoral. No momento, mesmo em Santarém o Movimento não está funcionando a todo vapor.

A Expedição, tintim por tintim (A volta pela América do Sul, de moto, por Jota Parente e Jadir Fank)




A partir desta edição o Jornal do Comércio vai contar a história da Expedição Itaituba/Amazônia, com todos os pormenores. A jornada foi empreendida pelo jornalista Jota Parente, que teve a responsabilidade de anotar os acontecimentos diários ao final de cada dia de viagem, e pelo professor Jadir Fank. Alguns fatos da jornada já foram contados pelos dois, mas, de forma resumida. Agora os leitores conhecerão todos os detalhes, observando-se a cronologia da viagem. A intenção é publicar um livro com algumas fotos, contando as minúcias da aventura que levou bem longe o nome de Itaituba.
Em sua coluna deste periódico, o professor Jadir Fank vem relatando suas observações, o que é interessante para os leitores, que podem dispor de duas observações diferentes.
Já foi relatado em edições anteriores que nossa partida de Itaituba, no dia 7 de outubro de 2008 foi muito conturbada, por conta da superlotação do barco motor Joana D’Arc. Ate a Polícia Militar foi chamada para botar ordem na confusão estabelecida. Chegamos a pensar que não viajaríamos. Embarcamos e viajamos, sem conseguir armar nossas redes. Em compensação, a viagem de Santarém para Manaus confortabilíssima, no navio motor São Bartolomeu II. Chegamos a Manaus às 11 horas do dia 10/10.
Os 785 quilômetros de Manaus até Boa Vista foram bem complicados. Para começar, estávamos iniciando (em 11/10/08) a grande jornada, que consistia em dar a volta de motocicleta pela América do Sul. A ansiedade em por as máquinas na estrada era muito grande. Estávamos partindo para o desconhecido, ávidos por avançar ao máximo. Saímos às seis horas, pegando a BR 174. Nos primeiros 200 quilômetros a gente trafegou por uma rodovia em boas condições, o que nos permitiu avançar bastante. Depois disso, principalmente na grande área da reserva dos índios Ianomâmi, enfrentamos uma buraqueira que parecia não tem fim. Os trabalham de manutenção não passavam por lá há muito tempo.
No quilômetro 385 uma nuvem negra avisou-nos que a chuva estava chegando. Eu tinha capa, mas, decidi não usá-la; o Jadir ainda não tinha comprado a sua. A chuva era certa, mesmo porque estava chovendo bastante naqueles dias por aquelas bandas. Mesmo assim, decidimos encarar. Só não nos arrependemos amargamente porque estávamos determinados a chegar a Boa Vista naquele dia. Não foi nada fácil, pois a não ser por alguns pequenos intervalos, a chuva só nos largou por volta de oito a noite. Às nove da noite, quando finalmente chegamos à capital do Estado de Roraima, já não chovia. Também, não precisava, pois não havia um só item, uma só peça de roupa em nossas mochilas que não estivesse completamente molhada.
José Maria, empresário muito bem de vida, que nos anos oitenta trabalhou em Itaituba, com o então poderoso empresário Zé Arara, foi nos receber no terminal rodoviário, local que acertamos para nos encontrar. Fomos muito bem recebidos e tivemos uma estada magnífica em Boa Vista. Para nossa sorte o domingo foi de muito sol, o que fez com que tudo enxugasse. Na segunda-feira, 13/10, às oito horas, fomos resolver questões burocráticas e tratar da revisão de 1.000 quilômetros da moto do Jadir. Gastamos quase oito horas nessas tarefas. Ainda bem que o Zé Maria nos avisou que precisávamos tirar uma tal licença para rodar com nossas motos na Venezuela, único país da América do Sul que exige isso. Se não, quando chegássemos à fronteira teríamos que retornar. Só às 15:40 deixamos Boa Vista. Corremos bastante, uma vez que vencemos os 215 quilômetros em pouco mais de duas horas.
Ao chegarmos a Pacaraima, (município que tinha como prefeito José Carlos Quartiero, (aquele líder dos arrozeiros que foi pela Polícia Federal e levado para Brasília) última cidade brasileira ao norte, fomos procurar o vigário, na tentativa de economizar na hospedagem. Tínhamos conversado que, caso aquela abordagem desse certo, continuaríamos usando tal método durante o restante da viagem. Mas, não deu. Entramos na residência do padre Jesus, que alquebrado pelos seus quase 70 anos, veio nos atender visivelmente nervoso. Ele tremia, enquanto ouvia nossa história, parecendo estar diante de dois bandidos com armas apontadas para ele. Quando perguntamos se poderia nos acolher por aquela noite, foi logo nos dizendo que havia uma ordem expressa do bispo de Boa Vista proibindo alojar qualquer pessoa que não fosse diretamente ligada à Igreja Católica. O motivo: em Caracarai, o padre local deu abrigo a três jovens, que durante a noite roubaram tudo que puderam. Além disso, um carro da diocese tinha dado carona a uma pessoa. O veículo capotou e a pessoa morreu. Isso custou muito caro aos cofres da Igreja Católica de Roraima. Tivemos que procurar um hotel, desses que cobram uma tarifa por um pernoite, ou cobram por hora, para casais.
No dia 14 de outubro, terça-feira, cedinho preparamo-nos para atravessar a fronteira. Carimbamos o passaporte na aduana brasileira dando a saída do país. Ao chegarmos à aduana venezuelana fomos informados que precisávamos tirar um bocado de fotocópias para podermos receber o visto e a autorização para que nossas motos pudessem trafegar em território do país vizinho. Voltamos a Pacaraima. Perdendo mais de uma hora nesse vai-e-vem.
Ao pisarmos em solo da Venezuela deixamos de abastecer nossas motos ao preço de mais ou menos 90 centavos de Real o litro de gasolina, porque tínhamos a informação de que era quase de graça a partir de Santa Elena de Uairen, primeira cidade, distante 15 quilômetros da fronteira com o Brasil. É realmente muito barato. Só que brasileiro não pode abastecer lá. Depois, nas próximas cidades, sim, não tem problema. Isso fez com que saíssemos atrás de alguém que se vende no câmbio negro. Foi uma luta conseguir um contrabandista de gasolina e quando conseguimos o cara não queria vender, pois a quantidade era de apenas 20 litros, enquanto ele só gostava de vender a partir de 50 litros. O próprio Ramon nos confessou que conseguia a gasolina através de militares venezuelanos, que são responsáveis pelo controle da venda. Disse-nos ele que a corrupção nesse setor é muito grande em todo o país.
Depois de muita conversa o Ramon Quezadas resolveu nos atender, mas, aí começou outra novela. Ele subiu numa moto velha junto com um amigo e mandou que a gente o seguisse. Rodamos por uns 15 quilômetros, saindo da cidade, entrando por caminhos esquisitos. Chegamos a pensar que aquilo era uma armação e poderíamos nos dar mal. Por último ele dobrou numa ruela muito estreita e mal conservada, no final da qual havia uma casa com um monte de tambores de 200 litros. O Ramon abriu um deles e encheu os nossos tanques, cobrando um Real por litro. Pagamos em Real, mesmo e seguimos de volta para o centro de Santa Elena, para dar uma olhada no comércio, já que se trata de zona de livre comércio. Encontramos muitos eletro-eletrônicos muito baratos. Contudo, alguns itens diferem pouco do preço do Brasil. Após esse tour, ao qual incluímos uma passagem para fotos na centenária Iglesia de Piedra (Igreja de Pedra), com direito a muitas fotos. Antes de partir visitamos a Plaza Bolívar, que existe em toda cidade venezuelana. Aí sim, avançamos Venezuela adentro.
Confesso que saí um pouco preocupado com a forma como seriamos tratados, tanto pelo povo, quanto pelos militares do país de Hugo Chaves, conquanto muitos brasileiros passaram informações que não eram muito encorajadoras. Pelo povo fomos tratados sempre com muito carinho; de parte dos militares, nas quase 50 alcabalas, nome dado às barreiras rodoviárias da Guarda Nacional, fomos quase sempre tratados com muito respeito, com raríssimas exceções. Raros foram os momentos me que sentimos segundas intenções (querendo extorquir dinheiro da gente) de parte de algum militar venezuelano.
Tanto que pesquisei, tantos relatos que li e mesmo assim eu e o Jadir (assim como eu, sabia disso), cometemos um erro muito grave em Santa Elena: deixamos de trocar todo os nossos reais por dólares, com um cotação bastante atraente. Não foi por falta de aviso. O Jadir cambiou apenas R$ 500,00 e eu R$ 300,00, como se fossemos visitar somente alguns lugares da Venezuela. Essa falta de atenção iria nos custar muito, mas, muito caro em todos os sentidos, pois embora tenhamos sido salvos pelos cartões de créditos internacionais do Jadir, algumas vezes não restou alternativa senão pagar um pouco mais caro por um pernoite, ou por uma refeição, além do dissabor de ter que rodar muito, em alguns momentos, em cidades pequenas, atrás de um lugar que aceitasse pagamento com cartão de crédito.
Na Venezuela vimos muita coisa bonita, proporcionada sobretudo pela exuberante natureza daquele país vizinho, começando pela Grande Savana. Quem viaja pela estrada, partindo de Boa Vista, mantém contato com a Grande Savana ainda em território Brasileiro, mas a parte mais bonita está em solo venezuelano. Onde a vista alcança, enxerga-se o verde da relva, que é a única vegetação em muitas partes; em outros lugares, alguns arbustos ajudam a compor o cenário, digno dos melhores filmes de Hollywood. O terreno é plano ou com pouca elevação.
Nas edições seguintes, até que a história seja totalmente contada, os leitores do Jornal do Comércio conhecerão novos episódios dessa inesquecível aventura.
As fotos acima: a primeira, da esquerda para a direita, Jota Parente contempla a Grande Savana, maravilha da natureza da Venezuela; a segunda e Iglesia de Piedra


Cumprindo nosso papel na família*

Assistindo ao programa Nada Além da Verdade, veiculado pelo sbt e apresentado pelo dono do canal, Sílvio Santos, no dia em que o convidado foi o multi-talentoso Moacyr Franco, há mais ou menos um mês, algumas colocações do referido artista chamaram minha atenção.
Moacyr disse, dentre outras coisas interessantes, que a televisão no Brasil poderia desempenhar um papel muito mais importante, caso enaltece mais, nas telenovelas, as virtudes e os valores da família. Disse que em algumas tramas, quando aparece um jovem drogado, toda a atenção é dedicada a ele. Se o mesmo tem um irmão, há ocasiões em que até parece que ele está na contramão por agir corretamente. Moacyr defende a idéia de que o segundo seja devidamente valorizado, mostrando que aquele é o caminho a ser seguido, sem deixar de tomar os devidos cuidados com o filho que precisa de ajuda.
Ainda no sbt, no programa Casos de Família, que é muito bem comandado pela apresentadora Regina Volpato, assisti à reclamação de um jovem de 16 anos, que goza de liberdade total dada por sua mãe. Ele pode sair e chegar a hora que quiser. Pode até não voltar para casa de um dia para outro que a mãe não dá a mínima. Perguntado se era aquilo que ele queria, o jovem disse que era bom ter liberdade, mas que ele gostaria que sua mamãe lhe impusesse algum limite.
Limite é a palavra chave. Já tratei deste assunto e certamente voltarei a falar do tema, pois a maneira como um grande número de pais cria seus filhos nos dias de hoje contribui para a desagregação da estrutura familiar. Eles pensam, de maneira equivocada, que as crianças, os adolescentes e os jovens se contentam com polpudas mesadas e nenhum limite.
Quando a gente, que estabelece limites para os nossos filhos, vê um jovem pilotando uma motocicleta sem capacetes ou dirigindo um carro sem ter a carteira nacional de habilitação, ou, pior ainda, menor de idade fazendo isso, a primeira coisa que vem na cabeça é que se trata de alguém, filho de pais irresponsáveis, que acham que só porque tem um pouco de dinheiro podem ser superiores aos direitos dos outros, ou até maiores que a lei.
Tão ruim quanto os pais que não impõem limites, são aqueles que resolvem liberar geral para uns filhos e ser severos com outros. Todos nós conhecemos alguma família onde as coisas funcionam dessa maneira. Isso faz com que se crie um ambiente belicoso entre os próprios filhos, e entre os que são reprimidos e os pais, que ao agirem assim mostram que não tem senso de justiça.
Estabelecer de maneira equilibrada o que um filho pode ou não pode fazer é acima de tudo um ato de justiça. Pais justos nas suas ações e nas suas decisões para com os filhos constroem um espaço harmoniosos nos seus lares. Mais tarde os filhos dirão: papai, mamãe, muito obrigado por terem me mostrado que na vida eu não posso fazer tudo que quero, de bom e de ruim, sem pagar por isso; obrigado por terem mostrado a mim o caminho da justiça. É assim que vou criar meus filhos, seus futuros netos.
Crescemos ouvindo que a família é a base da sociedade. Não há dúvida de que essa base tem se degenerado nas últimas décadas, exatamente porque muita gente coloca filho no mundo sem o menor senso de responsabilidade. É preciso que cada família discuta a importância dessa instituição.
Mesmo um filho criado ao Deus dará, sem um bom relacionamento familiar, quando qualquer coisa dá errada, quando comete algum delito, para quem é que ele recorre? Para a família. Diz que é filho do fulano, pede para telefonar para papai ou para mamãe pedindo socorro. Nas horas mais difíceis, quando não há ninguém por perto para nos dar a mão, é sempre a família para quem apelamos. Portanto, que cada um de nós dê o devido valor à família, cumprindo exemplarmente no papel de pais, e de filhos.

* Artigo de Marilene Parente, publicado na edição do Jornal do Comércio que está circulando desde ontem

Feijão com arroz e Sebrae

A conversa que se ouve no dia-a-dia é a mesma do mundo afora: você está sendo afetado pela crise? Em vez de choramingar, devemos focar nas soluções de como diminuir os impactos nos nossos negócios. Este é o grande desafio do momento, sobrevivermos no mercado.
A história está cheia de frases e pensamentos que nunca ficam desatualizados. Alguns podem dizer que é sempre a mesma balela, ficando toda a responsabilidade das ações em cima do proprietário, investidor ou empreendedor. Mas, é isso mesmo, nós fazemos ¨escolhas¨ e temos de arcar com elas.
Vamos aprender com velhos (e vencedores) mestres, como Henry Ford, que lá em 1920 disse: ¨empresários fracassam em seus negócios porque gostam tanto dos velhos métodos que não conseguem mudar¨. ¨Homens que restringem seu cérebro ao horário de expediente, restringem sua força¨. Já naquela época pôde ser observada a necessidade de constante evolução e movimento. Outro grande empreendedor foi Paul Getty, que aos 24 anos já tinha seu primeiro milhão de dólares, explorando petróleo e outras coisas mais, o qual escreveu: “o empresário verdadeiramente bem sucedido é essencialmente um dissidente, um rebelde que jamais se contenta com o status quo (conformismo)”.
Existem verdadeiras jóias de provérbios populares que fundamentaram a ideologia do capitalismo no artigo para o “Almanaque do Pobre Ricardo”, escrito por Benjamin Franklin (inventou o pára-raios e outras coisas, além de ter sido diplomata dos EUA). Saboreiem: ”Deus ajuda quem cedo madruga”; ”Raposa dorminhoca não caça galinhas”; ”Haverá tempo de sobra para dormir no túmulo” e “A preguiça viaja tão devagar que a pobreza não tarda em alcançá-la”. São frases de 250 anos atrás ou mais e tão atuais. Simples e óbvias, não é mesmo?!
Tudo isso vale para quem quer vencer, seja na administração de uma empresa de qualquer tamanho, na preparação dos estudos para uma prova, num concurso, na educação dos filhos e dos funcionários, enfim, no bem viver. É fazer o básico, ”o feijão-com –arroz”. Fazer o que tem de ser feito sem efeitos especiais e enfeites, que os resultados aparecem.
E a boa notícia para 2009 foi a reabertura do SEBRAE aqui em Itaituba, re-inaugurado oficialmente dia 12/01/09 pelos diretores Hildegardo Nunes e Vilson Schuber, com instalações no andar de cima do SIPRI, na 6ª Rua da Bela Vista, sub-esquina com a Tv. Justo Chermont. O Escritório de Itaituba centralizará o atendimento aos seis municípios da região: Aveiro, Novo Progresso, Jacareacanga, Rurópolis e Trairão. Irá prestar orientação empresarial e fará levantamento das demandas do município, para que sejam realizados projetos voltados para vários segmentos econômicos, de acordo com as necessidades apresentadas pela população. Ou seja, nós é que dizemos o que queremos e precisamos, tanto no atendimento individual (conta com técnicos capacitados a orientar atuais e futuros empresários a trilharem o caminho certo), como no coletivo (orientação empresarial e projetos). Só para se ter uma idéia de quanto o Sebrae nos pode ser útil, existem quase cem projetos voltados para as cadeias produtivas, como apicultura, aqüicultura, leite e derivados, madeira e móveis, mandioca, além de projetos voltados para os setores comércio e serviços.
O SEBRAE trabalha com uma metodologia que prima por resultados, chamada GEOR-Gestão Estratégica Orientada para Resultados. Isso quer dizer que você será acompanhado.
Sem demagogia, mas Itaituba estava merecendo o retorno do Sebrae, afinal somos exemplares no que diz respeito a freqüentar os cursos propostos. Só para reforçar esta afirmação lembro-os que fomos a primeira e talvez única cidade a formar uma turma do Programa de Qualidade Total (em 1997), do qual fui Multiplicador, durante um ano inteiro. Fomos pioneiros nos Programas Sebrae Ideal e ainda formamos duas turmas do Empretec primeiro que Santarém, que tem muito mais empresas e empresários (sem querer fofocar, mas precisaram baixar o preço por lá para conseguir forma as turmas). As Palestras aqui proferidas por renomados profissionais (trazidos pelo Salomão Ribeiro e Cia) levaram cerca de mil pessoas em cada uma. Então, somos ou não somos um povo com vontade de evoluir?
Portanto meus caros leitores, o Sebrae não faz milagres, mas com a nossa força de vontade poderemos acrescentar um bifinho, umas batatinhas fritas e uma saladinha ao nosso saboroso feijão com arroz.

* Artigo de Wagner Arouca, publicado na edição do Jornal do Comércio que está circulando desde ontem