sexta-feira, janeiro 23, 2009

Feijão com arroz e Sebrae

A conversa que se ouve no dia-a-dia é a mesma do mundo afora: você está sendo afetado pela crise? Em vez de choramingar, devemos focar nas soluções de como diminuir os impactos nos nossos negócios. Este é o grande desafio do momento, sobrevivermos no mercado.
A história está cheia de frases e pensamentos que nunca ficam desatualizados. Alguns podem dizer que é sempre a mesma balela, ficando toda a responsabilidade das ações em cima do proprietário, investidor ou empreendedor. Mas, é isso mesmo, nós fazemos ¨escolhas¨ e temos de arcar com elas.
Vamos aprender com velhos (e vencedores) mestres, como Henry Ford, que lá em 1920 disse: ¨empresários fracassam em seus negócios porque gostam tanto dos velhos métodos que não conseguem mudar¨. ¨Homens que restringem seu cérebro ao horário de expediente, restringem sua força¨. Já naquela época pôde ser observada a necessidade de constante evolução e movimento. Outro grande empreendedor foi Paul Getty, que aos 24 anos já tinha seu primeiro milhão de dólares, explorando petróleo e outras coisas mais, o qual escreveu: “o empresário verdadeiramente bem sucedido é essencialmente um dissidente, um rebelde que jamais se contenta com o status quo (conformismo)”.
Existem verdadeiras jóias de provérbios populares que fundamentaram a ideologia do capitalismo no artigo para o “Almanaque do Pobre Ricardo”, escrito por Benjamin Franklin (inventou o pára-raios e outras coisas, além de ter sido diplomata dos EUA). Saboreiem: ”Deus ajuda quem cedo madruga”; ”Raposa dorminhoca não caça galinhas”; ”Haverá tempo de sobra para dormir no túmulo” e “A preguiça viaja tão devagar que a pobreza não tarda em alcançá-la”. São frases de 250 anos atrás ou mais e tão atuais. Simples e óbvias, não é mesmo?!
Tudo isso vale para quem quer vencer, seja na administração de uma empresa de qualquer tamanho, na preparação dos estudos para uma prova, num concurso, na educação dos filhos e dos funcionários, enfim, no bem viver. É fazer o básico, ”o feijão-com –arroz”. Fazer o que tem de ser feito sem efeitos especiais e enfeites, que os resultados aparecem.
E a boa notícia para 2009 foi a reabertura do SEBRAE aqui em Itaituba, re-inaugurado oficialmente dia 12/01/09 pelos diretores Hildegardo Nunes e Vilson Schuber, com instalações no andar de cima do SIPRI, na 6ª Rua da Bela Vista, sub-esquina com a Tv. Justo Chermont. O Escritório de Itaituba centralizará o atendimento aos seis municípios da região: Aveiro, Novo Progresso, Jacareacanga, Rurópolis e Trairão. Irá prestar orientação empresarial e fará levantamento das demandas do município, para que sejam realizados projetos voltados para vários segmentos econômicos, de acordo com as necessidades apresentadas pela população. Ou seja, nós é que dizemos o que queremos e precisamos, tanto no atendimento individual (conta com técnicos capacitados a orientar atuais e futuros empresários a trilharem o caminho certo), como no coletivo (orientação empresarial e projetos). Só para se ter uma idéia de quanto o Sebrae nos pode ser útil, existem quase cem projetos voltados para as cadeias produtivas, como apicultura, aqüicultura, leite e derivados, madeira e móveis, mandioca, além de projetos voltados para os setores comércio e serviços.
O SEBRAE trabalha com uma metodologia que prima por resultados, chamada GEOR-Gestão Estratégica Orientada para Resultados. Isso quer dizer que você será acompanhado.
Sem demagogia, mas Itaituba estava merecendo o retorno do Sebrae, afinal somos exemplares no que diz respeito a freqüentar os cursos propostos. Só para reforçar esta afirmação lembro-os que fomos a primeira e talvez única cidade a formar uma turma do Programa de Qualidade Total (em 1997), do qual fui Multiplicador, durante um ano inteiro. Fomos pioneiros nos Programas Sebrae Ideal e ainda formamos duas turmas do Empretec primeiro que Santarém, que tem muito mais empresas e empresários (sem querer fofocar, mas precisaram baixar o preço por lá para conseguir forma as turmas). As Palestras aqui proferidas por renomados profissionais (trazidos pelo Salomão Ribeiro e Cia) levaram cerca de mil pessoas em cada uma. Então, somos ou não somos um povo com vontade de evoluir?
Portanto meus caros leitores, o Sebrae não faz milagres, mas com a nossa força de vontade poderemos acrescentar um bifinho, umas batatinhas fritas e uma saladinha ao nosso saboroso feijão com arroz.

* Artigo de Wagner Arouca, publicado na edição do Jornal do Comércio que está circulando desde ontem

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