segunda-feira, fevereiro 22, 2021

Petrobras perde R$ 102,5 bi em valor de mercado após intervenção de Bolsonaro

SÃO PAULO

A Petrobras perdeu R$ 74,246 bilhões em valor de mercado nesta segunda-feira (22), após forte queda de suas ações na Bolsa de Valores brasileira. Somado aos ceca de R$ 28,209 bilhões de desvalorização na última sexta (19), a queda da estatal com a intervenção de Jair Bolsonaro (sem partido) já soma R$ 102,5 bilhões.

O resultado ficou próximo das estimativas. Projeção divulgada neste sábado (20) pela Folha estimou que a perda chegaria à casa dos R$ 100 bilhões.

As ações preferenciais (mais negociadas) da Petrobras fecharam em queda de 21,5%, a R$ 21,45 nesta segunda. Durante o pregão, chegaram a cair 21,7%.

As ordinárias (com direito a voto) despencaram 20,47%, indo a R$ 21,55.

Esta é a maior queda percentual das ações desde 9 de março de 2020, quando os papéis preferenciais deterreteram 29,7% com a crise do coronavírus, a pior desvalorização diária da petroleira da história, segundo dados da Economatica.

Com a desvalorização, a capitalização da estatal foi de R$ 354,79 bilhões na sexta para R$ 280,55 bilhões nesta segunda.

“A interferência política na empresa terá efeitos de longo prazo na percepção do investidor estrangeiro em relação ao ambiente de negócios do país”, afirma Erminio Lucci, presidente da corretora BGC Liquidez.

Na Bolsa de Nova York, as ADRs (certificados de ações negociados nos Estados Unidos) da Petrobras fecharam em queda de 21%, fechando a US$ 7,94.

O imbróglio do governo com a Petrobras teve início na noite de quinta (18), quando Bolsonaro afirmou que a fala do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, de que a ameaça de greve de caminhoneiros não era problema da empresa, teria consequências.

Naquela semana, a companhia anunciou nova alta no preço do diesel e da gasolina, para acompanhar a valorização do petróleo. Bolsonaro disse que "não tem quem não ficou chateado com o reajuste".

As falas de Bolsonaro incomodaram o mercado, que viu uma iminente interferência na empresa.

Na noite de sexta, por meio de uma publicação em suas redes sociais, Bolsonaro anunciou que o governo havia decidido indicar o general Joaquim Silva e Luna para assumir como conselheiro e presidente da Petrobras após o encerramento do ciclo do atual presidente da companhia.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu investigação envolvendo a Petrobras após o anúncio.

Pela legislação societária, empresas listadas em bolsa como a Petrobras devem comunicar informações importantes como essa por meio de um fato relevante, o que não aconteceu. Além disso, mudanças dos principais executivos das empresas devem ser aprovadas pelo conselho de administração, o que também ainda não houve.

“Este tipo de interferência política populista é um déjà-vu da adotada pelo governo Dilma", dizAos acionistas da estatal, o conselho de especialistas é esperar.

"Com os mercados em queda, dificilmente quem possuía a ação irá conseguir algum preço aceitável nesse primeiro momento", diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Tampouco é uma boa ideia comprar o papel no momento, diz ele.

"Quem está de fora deve permanecer de fora. Não é indicado entrar num momento onde o nível de volatilidade do mercado se encontra exacerbado."

Após falas de Bolsonaro, a corretora prevê um câmbio e juros mais elevados, uma eventual maior deterioração fiscal e um PIB (Produto Interno Bruto) mais baixo.

“Não acredito que haverá o represamento de preços [na Petrobras], mas todo esse cenário será avaliado com cautela”, diz Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa.

No sábado (20), Bolsonaro disse que vai "meter o dedo na energia elétrica" e prometeu mais mudanças.

As ações preferenciais da Eletrobras operaram em forte queda durante o pregão, mas fecharam com leve recuo de 0,17%, a R$ 19,24 cada, e as ordinárias, de 0,68%, a R$ 28,91.

Para o Bradesco BBI, o risco de interferência regulatória contundente na elétrica é baixo, embora o regulador tenha atualmente um incentivo para mitigar os aumentos das tarifas de eletricidade em 2021 porque a economia e a população ainda estão enfrentando impactos negativos da Covid-19.

Analistas do Credit Suisse reduziram a recomendação para as ações da elétrica e cortaram preços-alvo dos papéis, citando fala do presidente.

"Uma afirmação que pode ter muitas implicações", escreveu a equipe do Credit Suisse em relatório no domingo (21), no qual apontou que eventual intervenção governamental no setor "pode aumentar a percepção de risco", principalmente por levantar ecos de medidas do governo para reduzir tarifas em 2012 que impactaram empresas, principalmente estatais.

O mercado teme ingerência em estatais de outros setores e considera a possibilidade de que André Brandão, presidente do Banco do Brasil, seja demitido.

Assim como Castello Branco, Brandão foi alvo de críticas do presidente. Em janeiro deste ano, ele foi ameaçado de demissão por Bolsonaro após atritos com relação ao plano de reestruturação do banco anunciado pelo executivo, com previsão de fechamento de agências e abertura de programa de demissão voluntária.

As ações do Banco do Brasil caíram 11,64%, a R$ 28,83 cada.

A Sabesp, do governo paulista, recuou 4,25%, a R$ 37,58.

O cenário negativo levou o Ibovespa a fechar em queda de 4,86%, a 112.667,70 pontos, menor patamar desde 3 de dezembro.

As ações da Lojas Americanas destoam do mercado brasileiro e avançam 19,88%, a R$ 28,95, maior alta do Ibovespa na sessão.

A companhia anunciou na sexta que está avaliando uma combinação de suas operações com as da B2W, controlada pelas Lojas Americanas em 62,5%. As varejistas, porém, não deram detalhes sobre quando os estudos poderão ser concluídos e assembleias de acionistas serem convocadas.

As ações da B2W subiram 1,15%, a R$ 89,67.

O dólar fechou em alta de 1,30%, a R$ 5,4540. O turismo está a R$ 5,62.

Na máxima da sessão, a moeda foi a R$ 5,5340, mas perdeu força ao longo da tarde, após atuação do Banco Central e de melhora no mercado exterior.

O BC vendeu US$ 1 bilhão em novos contratos de swap cambial tradicional. O anúncio da oferta líquida de swap ocorreu às 11h06, exato horário em que o dólar à vista bateu a máxima do dia.

Foram vendidos 11.700 contratos de swap cambial para o vencimento 1º de outubro de 2021 e 8.300 para 1º de junho.

Outro sinal de aversão a risco do mercado foi a escalada dos juros futuros, sinalizando uma Selic mais alta no curto prazo.

Juros futuros são taxas de juros esperadas pelo mercado nos próximos meses e anos. São a principal referência para o custo de empréstimos que são liberados atualmente, mas cuja quitação ocorrerá no futuro.

O juro para abril de 2025 foi de 6,867% na sexta para 7,062% nesta segunda. A taxa para de janeiro de 2027 foi de 7,37% para 7,57%.

O risco-país medido pelo CDS de cinco anos fechou em alta de 12,37%, a 182,93 pontos, maior valor desde novembro.

O CDS funciona como um termômetro informal da confiança dos investidores em relação a economias, especialmente as emergentes. Se o indicador sobe, é um sinal de que os investidores temem o futuro financeiro do país, se ele cai, o recado é o inverso: sinaliza aumento da confiança em relação à capacidade de o país saldar suas dívidas.

(Com Reuters) Lucci.

É impossível seguir Jesus e se calar sobre Bolsonaro: traíram o Evangelho

Ronilson Pacheco - Colunista do UOL

Não são poucas as igrejas evangélicas e os evangélicos que têm demonstrado apoio irrestrito ou silêncio conivente com o governo bolsonarista. Até aí, estaria tudo bem, porque, gostemos ou não, são escolhas.

Como o campo evangélico é extremamente diverso, é comum a alegação de que evangélicos possuem posicionamentos diferentes e podem sustentar suas posições na Bíblia, porque isso seria uma questão de interpretação. Mas, definitivamente, não se trata de interpretação. A vida de Jesus está lá, nos quatro Evangelhos do Novo testamento para servir de referência.

posição desses pastores — seus impérios, sua conivência com a política bem-sucedida de indiferença com os cuidados da população — é uma traição inquestionável do que é a vida de Jesus descrita nos quatro Evangelhos.

Homens como Silas Malafaia, Edir Macedo, Valdemiro Santiago e R.R. Soares não possuem qualquer compromisso com uma "forma" de ser evangélico. São interesseiros milionários. É inexplicável que líderes milionários se digam imitadores de alguém que mal tinha uma casa e fomentou que os ricos distribuíssem a riqueza que tinham.

Chega a ser doentio que esses pastores busquem conquistar o país com uma megaigreja em cada parte do território nacional, enquanto, na Bíblia, Jesus não teve qualquer apego aos templos por onde passou.

Aliás, as principais memórias sobre Jesus, os textos mais conhecidos sobre suas mensagens (o Sermão da Montanha talvez seja o maior deles) aconteceram em meio ao povo, na rua, nos montes, às margens de rios, e nunca no templo. É sintomático que, nas poucas ocasiões em que Jesus aparece no templo, ele tenha precisado fugir da elite religiosa, ameaçado de morte.

Isso não quer dizer que igrejas são desnecessárias, quer dizer que igrejas têm mais a ver com uma relação comunitária, cuidada por sua liderança, do que com um império de centenas de igrejas espalhadas pelo país e que torna o seu pastor-fundador absurdamente rico, milionário.

O império desses homens também criou uma geração de pastores "playboys" que ostentam preconceito, racismo religioso e homofobia. Pastores como André Valadão e Lucinho Barreto não são apenas pregadores ruins, são cínicos e desrespeitosos.

Como a pregação no púlpito de uma igreja também é algo que se aprende a fazer (as frases, as orações, as músicas, os gestos, o tom de voz, tudo pode ser ensinado e aprendido) eles apenas interpretam, cada um à sua maneira.

Lucinho Barreto é o homem que age como menino, brincando de "cheirar a Bíblia", incitando racismo religioso, gabando-se de atacar terreiros. Que diz que, contra bandido, o policial deve matar "descarregando a arma e jogar o revólver na cara no final".

Da mesma forma faz André Valadão, o menino rico que ostenta a boa vida em Orlando, nos Estados Unidos, enquanto acha estar defendendo a Bíblia ao dizer que "igreja não é lugar para gays".

Igreja Batista Lagoinha, Vitória em Cristo, Universal, Renascer, Sara Nossa Terra, Catedral do Avivamento, de Marco Feliciano, Igreja Batista Atitude, entre outras e suas respectivas lideranças não possuem nada, absolutamente nada, do que a vida de Jesus é. Consequentemente, elas ferem e traem quem deposita nelas a credibilidade de conhecimento e compromisso com o Evangelho.

Mas nem tudo vem do mundo pentecostal e seus pastores milionários, seus playboys inconsequentes. Não mesmo. A precariedade e perversidade políticas do governo Jair Bolsonaro (sem partido) também têm a chancela dos que fingem "racionalidade" e imparcialidade.

Órgãos como Convenção Batista Brasileira, Coalizão pelo Evangelho, Visão Nacional para a Consciência Cristã, Associação Nacional dos Juristas Evangélicos, Jocum (Jovens com uma Missão), entre outros, contribuem para blindar um governo que tem na violência sua principal linguagem, prioriza mais as armas do que as vacinas e continua atacando minorias sociais (e a democracia).

E, como o governo odeia tudo que tem aparência de "esquerda", "comunista" ou "progressista", esses homens (sempre homens) "ilustrados" da igreja usam o silêncio para chancelar tudo que o bolsonarismo tem raivosamente implementado, da política econômica à social.

Não há inspiração em Jesus possível aqui. Um país com um governo que patina no cuidado da saúde numa das maiores crises sanitárias de nossa história, com a economia secundarizada para os mais pobres, implorando por um auxílio emergencial para não tocar a fome, e o campo evangélico conservador e fundamentalista dividido entre os que olham ensimesmados para o céu e os que olham para suas contas bancárias e para os privilégios da sua igreja.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Tentou matar a esposa, mas quase foi morto por populares em Moraes Almeida

Um homem identificado inicialmente por RAIMUNDO DA SILVA foi espancando e quase morto por populares do distrito de Moraes Almeida, município de Itaituba. O fato aconteceu na madrugada desta segunda feira, 22, após ele de posse de um facão ter tentado matar sua esposa JOSILENE BATISTA DIAS. 

Após ouviram gritos e pedidos de socorro populares arrombaram a casa do casal onde funciona um bar, conseguiram intervir na agressão, mas o mesmo ainda conseguiu ferir Josilene na cabeça, revoltados alguns populares espancaram Raimundo da Silva e desferiram vários cortes de facão nas costas do mesmo. “Ele partiu pra cima da mulher com facão, dentro da casa dele, aí o povo viu a gritaria, ah, aí o povo arrebentou a porta e pegou ele. Aí tu vê, tem as foto da casa dele arrombada que a população entrou de pau lá e pegou ele lá, aí tem a foto dele aí todo arregaçado com o facão usado nas costas e tudo mais aí”. Disse uma testemunha que não quer ser identificada. 

A polícia militar foi chamada; JOSILENE foi socorrida na Unidade de Saúde do distrito e RAIMUNDO DA SILVA foi levado ao Hospital Municipal de Novo Progresso devido à gravidade dos ferimentos. Após receber alta RAIMUNDO foi preso por tentativa de feminicidio. Em seguida a Policia Militar fez uma grande descoberta; RAIMUNDO DA SILVA era um nome falso que estava sendo usado pelo mesmo, seu nome verdadeiro é IVAN PEREIRA PIRES, de 51 anos, foragido da justiça de GAMA/BRASÍLIA DISTRITO DE FEDERAL.

Contra ele há um mandado prisão preventiva por; Homicídio Qualificado (DIREITO PENAL, Crimes contra a vida); Vara: 11 - Tribunal Do Júri E Vara Dos Delitos De Trânsito Do Gama; Autor: Ministério Público; Incidência Penal : Art. 121, Parágrafo Segundo, Incisos I E Iv Do Código Penal; Réu: IVAN PEREIRA PIRES Incidência Penal Denúncia; Incidência Penal : art. 121, § 2º, Inc. II e IV do Código Penal; Processo : 2007.04.1.003492-0 de 30 de Julho de 2007. 

Fonte: Jr. Ribeiro

Estratégia da Petrobrás benéfica o mercado, o Brasil não

Em 2016, após a deposição de Dilma Roussef, a Petrobras mudou sua estratégia de participação no mercado mundial de petróleo: passou a priorizar a extração e exportação de petróleo, deixando o refino em segundo plano (gasolina, diesel, querosene). Desde então, tornou-se refém das variações do mercado e do câmbio.

A produção nacional de petróleo cru cresce a cada ano, especialmente por conta das reservas do pré-sal e novas fontes. Entre 2016 e 2020, a produção nacional cresceu 5,5%. No ano passado, a produção média diária foi de 2,9 milhões de barris. Desde total, mais de 25% foram exportados.

Se beneficiada no próprio Brasil, essa produção seria suficiente para atender à demanda nacional, reduzindo a importação de derivados e livrando os consumidores brasileiros, ainda que parcialmente, das pressões do mercado e das oscilações do dólar. Ou seja: os consumidores não ficariam expostos a reajustes quase diários, como hoje.

Em 2019, o Brasil importou 3,6 milhões de toneladas de gasolina. E esses números vão aumentar. Apesar dos ganhos estratosféricos, empresas importadoras se queixam e querem reajustes ainda maiores.

Ou a Petrobras muda sua estratégia de ação no mercado, priorizando o mercado nacional, ou os brasileiros seguirão vítimas da ambição insaciável e descontrolada do mercado. Em 2018, o advogado Jarbas Vasconcelos publicou artigo sobre o tema (Jornal O Liberal, 04 de junho) que tinha como título A PETROBRAS DEVE SERVIR AO BRASIL E NÃO SE SERVIR DO BRASIL!

Jornalista José Maria Piteira, Belém

Leia mais em https://www.facebook.com/jmpiteira/

Resolução COEMA 162 aumenta competência para municípios licenciarem ambientalmente

O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Pará – COEMA/PA, em reunião plenária realizada em 02 de fevereiro de 2021, aprovou uma nova RESOLUÇÃO, que recebeu o número de identificação 162, que aumentou, significativamente, a competência dos municípios paraenses, para emitir Licenças ambientais, restritamente, dentro de seus territórios geográficos. 

As exigências foram mantidas, tais como, a perfeita instalação de uma secretaria municipal ambiental, instrumentalizada e composta por técnicos habilitados, para exercerem a competência ora recebida. 

Para os municípios interessados no seu desenvolvimento, que se confunde, na maioria dos casos, com o desenvolvimento do setor produtivo, o qual gera muitos empregos e rendas, essa RESOLUÇÃO 162/2021, do COEMA, pode ser uma arma poderosa nesse sentido, pois os municípios ficaram responsáveis, em todos os sentidos, em administrar tais projetos, obviamente, dentro do planejamento municipal estabelecido. 

A RESOLUÇÃO COEMA 162/2021, transferiu 423 competências de tipologias, sendo 270 exclusivas dos municípios e 153 compartilhadas com o Estado. 

Geólogo José Waterloo Leal, para o blog do Jota Parente

Escritórios já preparam ações coletivas contra a Petrobras nos EUA

O advogado André de Almeida, um dos idealizadores da ação coletiva (class action) que levou a Petrobras a pagar US$ 2,9 bilhões para encerrar uma disputa judicial com acionistas nos Estados Unidos em 2018, já mira uma nova batalha na justiça em Nova York.

Ele tem entre seus clientes fundos de investimentos que são acionistas da estatal. Já na sexta-feira esse era um dos temores entre executivos de alto escalão da estatal, sobretudo das áreas de governança, jurídica e financeira.

O tom de ameaça ganhou ainda mais força após a gestora Aberdeen Standard Investments, dona de 0,5% do capital social da estatal, ter enviado carta ao Conselho da estatal.

A Almeida Advogados, em parceria com o escritório Wolf Popper LLP, foi quem protocolou a primeira petição que gerou a class action em NY em dezembro de 2014. A estratégia é fazer parceria com outras bancas no exterior novamente. Segundo Almeida, a forma como o presidente Jair Bolsonaro anunciou a troca no comando da estatal é mais um exemplo de ilegalidade que acontece na empresa.

Ele tem entre seus clientes fundos de investimentos que são acionistas da estatal. Já na sexta-feira esse era um dos temores entre executivos de alto escalão da estatal, sobretudo das áreas de governança, jurídica e financeira.

O tom de ameaça ganhou ainda mais força após a gestora Aberdeen Standard Investments, dona de 0,5% do capital social da estatal, ter enviado carta ao Conselho da estatal.

A Almeida Advogados, em parceria com o escritório Wolf Popper LLP, foi quem protocolou a primeira petição que gerou a class action em NY em dezembro de 2014. A estratégia é fazer parceria com outras bancas no exterior novamente. Segundo Almeida, a forma como o presidente Jair Bolsonaro anunciou a troca no comando da estatal é mais um exemplo de ilegalidade que acontece na empresa.

O advogado cita diferenças entre a crise atual e a anterior, quando foram revelados os casos de corrupção com a Operação Lava-Jato. Na ocasião, a empresa, segundo ele, teria sido conivente com os contratos superfaturados e o esquema de pagamento de propina nas licitações, que resultou na prisão de diretores da estatal e presidentes de construtoras.

Desta vez, a ilegalidade é conduzir ações que não levam em conta o melhor interesse dos acionistas.

- É um déjà vu - disse ele, que já lançou um livro contando a história da Class action contra a Petrobras ("A maior ação do mundo").

Fonte: O Globo

Imposto de Renda Pode Complicar a Vida de Trump. Ele Pagou Só U$ 750 em 2016 e 2017

WASHINGTON - A Suprema Corte rejeitou na segunda-feira uma última tentativa do ex-presidente Donald J. Trump de proteger seus registros financeiros, emitindo uma ordem breve e não assinada exigindo que os contadores de Trump entreguem seus impostos e outros registros aos promotores em Nova York .

A ordem do tribunal foi uma derrota decisiva para Trump, que fez de tudo para manter em segredo suas declarações de impostos e documentos relacionados. Não houve discordâncias notadas.

O caso dizia respeito a uma intimação aos contadores de Trump, Mazars USA, pelo escritório do promotor distrital de Manhattan, Cyrus R. Vance Jr., um democrata . A firma disse que irá cumprir a decisão final dos tribunais, o que significa que o grande júri deve receber os documentos em breve.

O Sr. Vance emitiu uma declaração de três palavras em resposta à ordem do tribunal: “O trabalho continua.”

De acordo com as regras de sigilo do grande júri, normalmente não estaria claro quando, ou nunca, o público veria as informações. Mas o The New York Times obteve mais de duas décadas de dados de declaração de impostos de Trump e suas empresas e publicou recentemente uma série de artigos sobre eles.

Trump, dizem os artigos, sofreu perdas significativas, tem dívidas enormes que é pessoalmente obrigado a pagar, evitou pagar impostos de renda federais em 11 dos 18 anos que o The Times examinou e pagou apenas US $ 750 em 2016 e 2017.

O escopo da investigação do Sr. Vance não é conhecido. Ela surgiu em parte de uma investigação de seu escritório sobre pagamentos secretos a duas mulheres que disseram ter casos com Trump, relacionamentos que o presidente negou. Mas os processos judiciais por promotores sugeriram que eles também estão investigando crimes em potencial, como fraude fiscal e de seguros .

A intimação buscava os registros fiscais e demonstrações financeiras do Sr. Trump desde 2011, os acordos de contratação com os contadores que os prepararam, os dados financeiros brutos subjacentes e informações sobre como os dados foram analisados.

Como candidato em 2016, Trump prometeu divulgar suas declarações de impostos, mas nunca o fez. Em vez disso, ele lutou muito para proteger os resultados do escrutínio, por razões que têm sido objeto de muita especulação. Em 2019, o Tribunal de Recursos do Segundo Circuito dos Estados Unidos, em Nova York, decidiu que os promotores estaduais podem exigir que terceiros entreguem os registros financeiros de um presidente em exercício para uso em uma investigação do grande júri.

Em uma nota de rodapé da decisão, o juiz Robert A. Katzmann disse que o rompimento de Trump com a prática de seus predecessores foi significativo.

“Observamos que os últimos seis presidentes, desde o presidente Carter, todos liberaram voluntariamente suas declarações de impostos ao público”, escreveu o juiz Katzmann. “Embora não coloquemos peso dispositivo neste fato, ele reforça nossa conclusão de que a divulgação de informações financeiras pessoais, isoladamente, dificilmente prejudicará o presidente no desempenho de suas funções.”