segunda-feira, fevereiro 22, 2021

Avaliação positiva do governo Bolsonaro cai para 33%, aponta pesquisa

A popularidade do presidente Jair Bolsonaro caiu nos primeiros meses de 2021 e voltou ao patamar de maio do ano passado, aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA.

A avaliação positiva do governo (ótimo e bom) caiu de 41% em outubro de 2020 para 33% em fevereiro deste ano. A queda de oito pontos levou o índice ao mesmo patamar de maio de 2020, quando 32% avaliavam positivamente a gestão.

Os indicadores foram medidos em meio à pandemia de covid-19. Com o pagamento do auxílio emergencial a trabalhadores informais e desempregados, a avaliação positiva do governo subiu, situação revertida no começo deste ano, após o fim do benefício.

A avaliação negativa (ruim e péssimo) subiu de 27% para 35% de outubro para fevereiro. Outros 30% consideram a administração regular. Nesse quesito, os entrevistados são questionados de que maneira avaliam o governo do presidente Jair Bolsonaro: ótimo, bom, regular ou péssimo.

A aprovação pessoal de Bolsonaro também caiu oito pontos em quatro meses, indo de 52% para 44%. Nessa pergunta, o instituto questiona as pessoas consultadas se elas aprovam ou desaprovam o desempenho pessoal do presidente da República. A rejeição subiu de 43% para 51% no mesmo período. Ou seja, a quantidade de reprovação superou a de aprovação.

A pesquisa foi feita com 2.002 entrevistados em 137 municípios do Brasil de 18 a 20 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais com 95% de nível de confiança.

Fonte: Istoé

Mensagens de áudio comprometem padre Robson, da Basílica do Divino Pai Eterno, revela Fantástico

As investigações do Ministério Público de Goiás acerca do envolvimento do padre Robson de Oliveira Pereira no desvio de R$ 120 milhões culminaram com a Operação Vendilhões, realizada em 21 de setembro. No dia seguinte, o religioso se afastou da presidência da Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro (Afipe), ligada à Basílica do Divino pai Eterno, de Trindade.

O valor teria sido usado, segundo o MP, para aquisição de imóveis, entre os quais uma fazenda de R$ 6 milhões na cidade goiana de Abadiânia, e de uma casa de praia, no valor de R$ 3 milhões, em Guarajuba (BA). A investigação teve início em 2018, quando padre Robson foi vítima de extorsão e teria pago cerca de R$ 2 milhões para não ter vídeos expostos na internet.

O Fantástico mostrou que existe uma rede de corrupção e crime em torno do padre Robson, incluindo desembargadores e a delegada Renata Vieira, além de funcionários da Afipe. Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, é possível ver com clareza “obstrução de Justiça, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo ele, é a “ação de uma quadrilha que se apoderou de uma igreja”.

Fonte: Estadão

Valores do ICMS sobre gasolina variam até 74% entre estados

A grande disparidade entre os valores cobrados por cada estado no ICMS sobre os combustíveis é um obstáculo à aprovação do projeto de lei sobre o tema entregue na semana passada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Levantamento feito pela Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes) most diferença do valor cobrado sobre a gasolina chegava a 74% na segunda quinzena de janeiro.

No estado que cobra menos, o Amapá, o ICMS sobre a gasolina correspondia a R$ 0,968 por litro. No Rio de Janeiro, que tem a alíquota mais alta do país, era de R$ 1,687 por litro.  São Paulo, segundo mais barato, eram R$ 1,062

Os valores consideram a alíquota cobrada e o preço de referência definido por cada estado, que é alterado a cada 15 dias. Em São Paulo, por exemplo, o governo cobra 25% sobre um preço de referência de R$ 4,235 por litro. No Rio, são 34% sobre R$ 4,929.

No projeto enviado ao Congresso, o governo quer que o imposto passe a ser cobrado em um valor fixo em reais, ao invés de um percentual sobre o preço final, e que esse valor seja uniforme em todo o país. Como justificativa, diz que o modelo garantiria maior previsibilidade aos preços.

A uniformização dos valores, porém, implicaria em perda de receita para estados que têm alíquotas mais altas ou em aumento de preços naqueles que cobram menos, caso resulte em um nivelamento por alto. Ou, em uma terceira hipótese, nas duas coisas, caso se procure uma média nacional.

A proposta é defendida pelo setor de combustíveis, que vê potencial para reduzir as fraudes na venda interestadual de combustíveis: quando, por exemplo, um fraudador compra o produto para venda em São Paulo mas desvia para o Rio, vendendo a carga com um preço menor.

Mas é vista como inconstitucional para tributaristas, já que interfere na competência dos estados para definir suas políticas fiscais. "Se for aprovado pelo Congresso, isso deve ser levado pelos estados ao STF [Supremo Tribunal Federal]", diz o advogado e professor do Ibet (Instituto Brasileiro de Estudos Tributários) André Félix.

Ele ressalta que não está entre as atribuições do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) a definição de alíquotas de impostos, como prevê o projeto de lei do governo. E acrescenta que eventual redução do valor em determinados estados tende a provocar alta de preços de outros produtos.

"Toda vez que dá redução de carga fiscal para um setor, os outros setores da economia tendem a ser tributados a mais", diz. "O estado não vai perder arrecadação, então não existe segredo nisso: se você beneficia um setor, prejudica os outros."

Folha

domingo, fevereiro 21, 2021

Faz sentido: cuidados para evitar o vírus

*𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐚𝐥𝐠𝐨 𝐩𝐫á𝐭𝐢𝐜𝐨 𝐞 𝐡𝐨𝐧𝐞𝐬𝐭𝐨 𝐝a 𝐂𝐡𝐞𝐟𝐞 𝐝𝐚 𝐂𝐥í𝐧𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐞 𝐃𝐨𝐞𝐧ç𝐚𝐬  𝐈𝐧𝐟𝐞𝐜𝐜𝐢𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐫𝐲𝐥𝐚𝐧𝐝, 𝐄𝐔𝐀:*

1. Talvez tenhamos que morar com o COVID 19 por meses ou anos. *Não* vamos negar ou entrar em pânico. *Não*  vamos tornar nossas vidas inúteis. *Vamos aprender a conviver com esse fato.*

2. Você *não pode destruir* os vírus COVID19 que penetraram nas paredes das células, bebendo galões de água quente - você *só irá* ao banheiro com mais frequência.

3. *Lavar as mãos é o melhor método* para sua proteção.

4. Se você *não tem* um paciente COVID19 em casa, *não há necessidade* de desinfetar as superfícies da sua casa.

5. Cargas embaladas, bombas de gás, carrinhos de compras e caixas eletrônicos não causam infecção. *Lave as mãos,* viva sua vida como sempre.

6. COVID19 *não é uma* infecção alimentar. Está associado a *gotas de infecção* como a gripe. *Não* há risco demonstrado de que o COVID19 seja *transmitido* pelos alimentos.

7. Você *pode* perder o sentido do olfato com muitas alergias e infecções virais. Este é *apenas um sintoma* inespecífico de COVID19.

8. Uma vez em casa, você *não precisa* trocar de roupa com urgência e tomar banho! Pureza é uma virtude, *paranóia não é!*

9. O vírus COVID19 *não está* no ar. Esta é uma infecção respiratória por gotículas que requer *contato próximo.*

10. O ar está limpo, você *pode caminhar* pelos jardins, pelos parques, apenas *evite aglomerações.*

11. É suficiente usar *sabão normal* contra COVID19, não sabão antibacteriano. Este é um *vírus, não uma bactéria*.

12. Você *não precisa* se preocupar com seus pedidos de comida. Mas você pode aquecer tudo no microondas, se desejar.

13. As *chances* de levar o 
COVID19 *para casa* com os *sapatos* são *como ser atingido* por um raio duas vezes por dia. Trabalho contra vírus há 20 anos - as *infecções* por gota *não* se espalham assim!

14. Você *não pode* ser protegido contra o vírus tomando vinagre, suco de cana e gengibre! Estes *são para imunidade*, não para cura.

15. Usar uma máscara por longos períodos *interfere* nos *níveis de respiração* e oxigênio. Use-a *apenas* na multidão.

16. Usar *luvas* também é uma *má idéia*; o vírus pode se acumular na luva e ser facilmente transmitido se você *tocar em seu rosto.* Melhor *apenas* lavar as mãos regularmente.

17. A *imunidade* é muito enfraquecida ao *permanecer sempre* em um ambiente estéril. Mesmo se você comer alimentos que aumentam a imunidade, *saia regularmente* de sua casa para qualquer parque / praia. A *imunidade é aumentada* pela exposição a patógenos, não por ficar em casa e consumir alimentos fritos / condimentados / açucarados e bebidas gaseificadas, e não praticar atividades físicas.

*Fonte:*
 https://www.impala.pt/noticias/atualidade/covid-19

Bom trabalho da Mais Saúde esbarra na comunicação precária do HRT com familiares de pacientes

No seu comentário de quinta-feira passada no Focalizando, o jornalista Weliton Lima abordou com detalhes o problema da falta de informações com regularidade, da OS Mais Saúde, para com os familiares de internados para tratamento do Covid-19, de Itaituba e de outros municípios.

A família já está com o coração na mão por ter um membro internado com essa doença, e a falta de notícias no tempo certo só faz piorar a angústia da espera pela recuperação.

No programa O Assunto é Este, ontem, o serventuário da Justiça do Trabalho, Norton Sussuarana, relatou um fato que exemplifica bem essa falha.

Ele disse que há poucos dias houve um caso que expôs bem o problema. 

Uma paciente procedente de Alenquer, que foi removada para o HRT, não tinha nenhum parente em Itaituba acompanhando, assim que chegou.

Duas filhas da referida paciente saíram daquela cidade, no dia seguinte, para acompanhar a mãe.

Antes mesmo que elas deixassem Alenquer, a mãe morreu no Hospital Regional do Tapajós, tendo havido tempo suficiente para que a família fosse informada do acontecido. Mas, isso não foi feito.

Resultado: as filhas deslocaram-se até Itaituba, e para desespero delas, ao chegarem aqui receberam a notícia de que sua mãe tinha morrido, disse Norton.

Tem-se informações de que a OS Mais Saúde está fazendo um bom trabalho, sendo motivo de elogios de todos, entretanto, está faltando melhorar, ou colocar para funcionar o setor de assessoria de imprensa para evitar transtornos e sofrimentos ainda mais prolongados como esse.

Classe média alta argentina busca emigrar para escapar da crise

Pesquisas mostram forte tendência a um novo êxodo de argentinos para fora do país; para analistas, após fracasso de Macri e aprofundamento da recessão com crise sanitária, país vive 'pandemia da desilusão'

A professora de espanhol argentina Inés Barcia, de 41 anos, está na contagem regressiva. Mais quatro semanas, e ela, seu marido e três filhos embarcarão rumo à pequena cidade espanhola de La Cala de Mijas, em Málaga, na Espanha, em busca de uma vida melhor. 

Não existem estatísticas oficiais, mas pesquisas mostram uma forte tendência a um novo êxodo de argentinos para o exterior. Êxodos são cíclicos na História do país, mas, no embalo da volta do kirchnerismo ao poder, em dezembro de 2019, e dos estragos causados pela pandemia, os que já estão indo ou se preparando para partir transmitem uma sensação de desengano definitivo. O país vive, em palavras de especialistas em tendências sociais, uma epidemia de desilusão.

O fenômeno se concentra nas classes média e média alta, e os destinos preferidos são Espanha, Estados Unidos, Itália e, em alguns casos, países limítrofes de vida política e econômica menos conturbada, entre eles Uruguai (o preferido dos mais ricos) e Chile. 

Segundo opiniões recolhidas pela empresa de consultoria Inovação, Política e Desenvolvimento (IPD) em outubro de 2020, 51% dos entrevistados afirmaram que abandonariam o país se tivessem uma oportunidade. Entre os jovens de 16 a 25 anos, o percentual alcançou 71%. Entre 27 e 35 anos, caiu para 66% e entre 36 e 45 anos ficou em 57,8%.

Dupla cidadania

Esse é o segmento no qual se encaixa Inés, representante de uma classe média absolutamente esgotada. Como se não bastassem as crises econômicas crônicas e o drama sanitário —a Argentina já superou as 50 mil mortes pela Covid-19 apesar de uma das quarentenas mais longas do mundo —, o fracasso do governo de Mauricio Macri (2015-2019) foi, para muitos que viram no ex-presidente a esperança de uma mudança, o basta final.

— Sempre tive vontade de morar fora, e o que vivemos nos últimos anos me expulsou de vez. Minha mãe diz que tenho de ficar, lutar. Mas não quero atravessar mais nenhuma crise na Argentina, pra mim chega — conta Inés.

Ela está nas tratativas finais para alugar um apartamento e, com um endereço formal, poder inscrever seus filhos em escolas públicas. Todos têm cidadania espanhola pela família materna. Seu marido, Federico, terá residência legal. Inés sabe que os primeiros tempos serão difíceis, já que ela e o marido, que é contador, continuarão trabalhando on-line e recebendo a maior parte dos pagamentos em pesos argentinos (no mercado paralelo, a cotação do euro está em 180 pesos). Mas tem confiança em conseguir um emprego com carteira assinada. 

— Nunca vi tanta gente ao meu redor querendo ir embora. A pandemia foi fatal, a quarentena, horrorosa, nos trancaram em casa durante meses. Pessoalmente, fiquei muito mal — desabafa a professora.

O destino escolhido por ela está se transformando num gueto de argentinos na Espanha. Nos últimos tempos, a Costa do Sol recebeu dezenas de famílias argentinas atraídas pelo clima e a qualidade de vida. 

Para lá, rumou em novembro do ano passado Juan Portesan, gerente de uma multinacional, de 64 anos. Levado pela frustração deixada pelo governo Macri, o engenheiro decidiu antecipar um projeto que já tinha com sua mulher, Romina, de 48, e as duas filhas do casal, de 15 e 9 anos. Toda a família tem cidadania italiana.

El Clrin

Petrobras: CVM estuda abrir processo sobre mudança no comando da empresa anunciada por Bolsonaro

Empresa perdeu R$ 28 bilhões em valor de mercado na última sexta-feira

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) analisa a abertura do processo administrativo para apurar se todas as informações sobre a mudança no comando da Petrobras foram divulgadas de forma correta, de acordo com uma fonte ligada ao órgão regulador.

O processo terá como base a Instrução 358 do órgão regulador, que determina que qualquer declaração que possa interferir no valor das ações de uma empresa com ação na Bolsa de Valores deve ser divulgado ao mercado ou através de fato relevante.

Em outras ocasiões, a CVM já alertou que, independente do cargo ou posição, é preciso atuar de maneira articulada com os canais institucionais da companhia aberta. Na quinta-feira à noite, em transmissão em rede social, o presidente Jair Bolsonaro criticou a alta nos preços dos combustíveis e disse que iria fazer "mudanças" na estatal.

Com isso, após um dia inteiro de especulações, a estatal perdeu em valor de mercado R$ 28,2 bilhões, após as ações preferencicais (PN, sem direito a voto) caírem 6,63% (para R$ 27,33) e as ordinárias (ON, com direito a voto) registrarem queda de 7,92% (para R$ 27,33) na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.

E, na sexta-feira à noite, através de nota do Ministério de Minas e Energia, foi indicado para a presidência da estatal o general da reserva Joaquim Silva e Luna, atual diretor-geral da Itaipu Binacional.

Mudança do estatuto prevê indenização

Especialistas e fontes ligadas ao conselho de administração da Petrobras lembraram ainda que toda essa mudança no comando da estatal foi motivada com o objetivo de dar ao governo maior poder de gestão na política de preços dos combustíveis. O que essas fontes lembram é que essa "estratégia" pode gerar discussão jurídica caso fique comprovado que isso está gerando perdas financeiras à estatal.

Isso porque entre o fim de 2017 e o início de 2018, a Petrobras, sob o comando de Pedro Parente e Ivan Monteiro,  alterou seu estatuto social  no qual obriga o governo a indenizar a estatal em caso de perdas financeiras provocadas por interferências políticas.

De acordo com o artigo 3, a União somente poderá orientar a companhia a assumir obrigações ou responsabilidades, como a realização de projetos de investimento e a comercialização de combustíveis, "em condições diversas às de qualquer outra sociedade do setor privado".

Caso esses critérios não se adequem a essas condições de mercado, a União terá de "compensar, a cada exercício social, a companhia pela diferença" entre as condições de mercado (definidas pelo Comitê de Investimentos e o Comitê de Minoritários) e o resultado operacional ou retorno econômico da obrigação que foi assumida.

Todas essas regras foram retificadas no último dia 30 de novembro de 2020, quando foi realizada a última Assembleia Geral Extraordinária.

O Globo