segunda-feira, fevereiro 22, 2021

Estratégia da Petrobrás benéfica o mercado, o Brasil não

Em 2016, após a deposição de Dilma Roussef, a Petrobras mudou sua estratégia de participação no mercado mundial de petróleo: passou a priorizar a extração e exportação de petróleo, deixando o refino em segundo plano (gasolina, diesel, querosene). Desde então, tornou-se refém das variações do mercado e do câmbio.

A produção nacional de petróleo cru cresce a cada ano, especialmente por conta das reservas do pré-sal e novas fontes. Entre 2016 e 2020, a produção nacional cresceu 5,5%. No ano passado, a produção média diária foi de 2,9 milhões de barris. Desde total, mais de 25% foram exportados.

Se beneficiada no próprio Brasil, essa produção seria suficiente para atender à demanda nacional, reduzindo a importação de derivados e livrando os consumidores brasileiros, ainda que parcialmente, das pressões do mercado e das oscilações do dólar. Ou seja: os consumidores não ficariam expostos a reajustes quase diários, como hoje.

Em 2019, o Brasil importou 3,6 milhões de toneladas de gasolina. E esses números vão aumentar. Apesar dos ganhos estratosféricos, empresas importadoras se queixam e querem reajustes ainda maiores.

Ou a Petrobras muda sua estratégia de ação no mercado, priorizando o mercado nacional, ou os brasileiros seguirão vítimas da ambição insaciável e descontrolada do mercado. Em 2018, o advogado Jarbas Vasconcelos publicou artigo sobre o tema (Jornal O Liberal, 04 de junho) que tinha como título A PETROBRAS DEVE SERVIR AO BRASIL E NÃO SE SERVIR DO BRASIL!

Jornalista José Maria Piteira, Belém

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