sexta-feira, janeiro 16, 2015

2015 Começa com forte recessão

Se 2014 já foi um ano difícil para o itaitubense, o horizonte sombrio que se apresenta nesse inicio de 2015 mostra que este ano pode ser igual ou ainda pior; e não é pessimismo não. São os fatos que indicam essa dura realidade para a economia do município. Vejamos alguns fatores que embasam esse raciocínio.
Com o aeroporto fechado para voos de passageiros, o comércio está sentindo o baque, e as agencias de viagens e a rede hoteleira foram os seguimentos mais afetados.
Os hotéis estão praticamente vazios, e sem visitantes na cidade, o comercio não tem como aumentar suas vendas.
Na construção civil, a onda de crescimento vista no ano passado diminuiu bastante. Com consequência, algumas imobiliárias já fecharam as portas e, os empregos tão esperados com a chegada das empresas portuárias em Miritituba, até agora ficaram aquém das expectativas. Só a atividade garimpeira, apesar de todos os problemas que enfrenta, é quem ainda consegue fazer circular um volume razoável de recursos na economia domestica da cidade.
Com esse quadro recessivo que a iniciativa privada apresenta nesse começo de 2015, a esperança, mais uma vez, fica por conta dos investimentos públicos, mas esses também devem ser mais minguados neste ano.
Os governos, federal e estadual estão começando um novo mandato e só falam em reduzir gastos, e os municípios serão os grandes prejudicados. Esse alerta, inclusive, já foi dado pela própria confederação nacional dos municípios.  Mas a administração municipal parece que está na onda do ”não estou nem aí” e continua gastando desordenadamente as poucas receitas que recebe.
Indo em direção oposta à austeridade que deveria impor aos seus gastos, o governo municipal não consegue organizar minimamente suas contas, e de vez em quando, passa por constrangimentos como o corte da energia de suas repartições. E para completar esse quadro sombrio, o município vive às voltas com o bloqueio do FPM, o que agrava ainda mais a sua crise financeira.
Não obstante a isso, os servidores municipais já começaram a se organizar na luta por reajuste salarial, os fornecedores cobram as contas atrasadas e a população quer a realização das obras e serviços que foram prometidos e, no meio dessa pressão toda a prefeita tenta buscar apoio de todos os lados para descascar os muitos abacaxis que  tem nas mãos. O problema é que 2016 já é ano de eleição, e mesmo com todos os problemas que citei, o cargo de prefeito de Itaituba desperta a cobiça de muita gente, inclusive a da própria prefeita que sonha em conseguir um novo mandato para continuar no poder. 

Weliton Lima, jornalista
Comentário veiculado no telejornal Focalizando, quinta-feira, 15/01/14

quinta-feira, janeiro 15, 2015

Leitor diz que caso do aeroporto está igual às novelas mexicanas

O que nós (população) sabemos e que essa história desse aeroporto está igual as novelas mexicanas, pois entra governo e sai governo a história se repete.

No meu ponto de vista é uma grande bobagem a PMI querer ainda administra esse aeródromo, visto que não tem recursos suficiente para isso.

Porque a PMI não passa a administração para a INFRAERO, ou GOVERNO DO ESTADO, ou até mesmo para UMA EMPRESA PRIVADA?

Não adianta reabrir novamente, pois hoje foi o carro de bombeiro e amanha será a cerca de proteção que até hoje só foi iniciada, mais nunca terminaram.

Os administradores devem agir com a razão e não com a emoção.

Júnior Rosa
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Comentário do blog: Caro leitor, obrigado pelo seu comentário, mas como acompanho essa questão há muito tempo, inclusive, desde que fui chefe de gabinete do ex-prefeito Wirland Freire, que foi o primeiro a querer fechar o aeroporto para ver o governo assumia, posso afirmar com segurança, que todos os gestores, desde então, não veem a hora de isso acontecer. O problema é que ninguém quer receber.

Você tem toda razão. O município não tem condições de gerenciar o aeroporto, desde sempre. Porém, diante desse jogo de empurra do governo federal, e como o governo o estado não tem o menor interesse de assumir esse compromisso, resta à prefeitura, tocar o barco, com o perdão do trocadilho, porque se trata de avião.


Jota Parente

Brasil só deve crescer mais que Argentina e Rússia em 2015

O Banco Mundial rebaixou a previsão de crescimento para o Brasil e a expectativa é de que o País deve crescer apenas 1% em 2015, uma das menores taxas de expansão entre as principais economias globais, de acordo com o relatório "Perspectiva Econômica Global", divulgado nesta terça-feira. Uma recuperação maior da economia brasileira é esperada para 2016, quando o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar 2,5%, subindo para 2,7% em 2017. A expectativa da instituição é de que a nova equipe econômica de Dilma Rousseff adote um conjunto de políticas que apoiem o crescimento.

Em junho de 2014, quando divulgou o relatório anterior de previsões para a economia mundial, o Banco Mundial estava mais animado com o Brasil. Na época, projetava expansão de 2,7% em 2015 e 3,1% para o ano que vem. Mesmo com a redução, os economistas da instituição ainda estão bem mais otimistas que os brasileiros, que preveem crescimento de apenas 0,40% este ano, de acordo com o boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central.

Pelo relatório divulgado nesta terça-feira, a expansão do PIB do Brasil este ano só vai ser melhor que a de dois países, Argentina e Rússia. O primeiro deve encolher 0,3% e a economia russa deve entrar em recessão e ter retração de 2,9%, reflexo direto da queda do preço do petróleo, que já acumula redução de mais de 50%. Pelas projeções do Banco Mundial, até a zona do euro, região que ainda sente os efeitos da crise de 2008, deve crescer um pouco mais que o Brasil, com expansão prevista de 1,1% este ano.

O Brasil deve fechar 2014 com expansão de apenas 0,1%, nível decepcionante, assim como de outros países emergentes, que no geral tiveram constantes revisões para baixo em suas projeções de crescimento, de acordo com o documento do Banco Mundial. No relatório de junho, a instituição apostava em crescimento de 1,5% para a economia brasileira este ano. (Estadão)

Campo Belo chama atenção de empresários e já tem 90% dos espaços comerciais vendidos

Foto: Gilson Vasconcelos
Campo Belo, o mais novo bairro de Itaituba, está chamando a atenção dos empresários da região. Lançado recentemente, mais de 90% dos espaços comerciais estão negociados. Entre outros, já estão garantidos supermercado, farmácia, posto de gasolina e salão de beleza. Até mesmo a Faculdade de Itaituba já anunciou planos de lançar uma nova unidade dentro do bairro e, para isso, adquiriu uma quadra inteira do empreendimento.

Vale lembrar que o projeto de Campo Belo, além dos espaços comerciais, tem previstos diversos espaços de lazer. São áreas verdes, reserva ecológica, quadras esportivas, locais para caminhadas e muito mais. Com tudo isso, parece que os futuros moradores terão poucos motivos para sair do bairro.

Tudo isso deve atrair um grande fluxo de pessoas para a região. E para receber todo este movimento, os responsáveis por Campo Belo estão trabalhando em melhorias para a cidade, como dois novos acessos além do principal na Estrada do BIS, que dá acesso ao empreendimento, os quais devem ficar prontos já em fevereiro de 2015.

quarta-feira, janeiro 14, 2015

4ª Rua com João Pessoa ganha semáforo

Foto: ASCOM/PMI
A Prefeitura de Itaituba, através da Coordenadoria Municipal de Trânsito, implantou mais um semáfora em um cruzamento muito movimentado da cidade, na 4ª Rua do bairro Bela Vista com a Travessa João Pessoa.

 O trabalho de colocação do novo sinal foi concluído no começo da noite de ontem.

Por enquanto os condutores ainda estão se acostumando com a novidade. Eu mesmo, quando cheguei no cruzamento, hoje, olhei para um lado e para o outro, como a gente sempre fez, vendo se não vinha nenhum veículo.


Só depois de alguns segundos me dei conta de que ali agora existe um semáforo.

Transporte coletivo não pega em Itaituba. Essa deve ser uma questão cultural

Leitor comenta postagem de Gideoni Ferreira Brito
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Acredito que esse problema seja mais cultural, do que propriamente partido das administrações que passaram pelo município.

Por várias vezes foi implantado esse tipo de transporte no município, mas a própria população nunca se acostumou com isso. Veja exemplo da época que tinha uma empresa realizando esse tipo de serviço no município; sempre via os ônibus vazios, mesmo com um preço de R$ 2,50 na passagem, enquanto que os mototáxis cobravam 5,00 e as pessoas preferiam usar o mototáxi. Talvez pelo fato desse tipo de transporte deixar na porta de casa, ao contrário do ônibus que tem seus pontos fixos.


Eduardo Silva

Fórum de entidades quer reunir com a prefeita para tentar ajudar na questão do aeroporto

 O Fórum de Entidades esteve reunido hoje, terça-feira, para discutir uma questão que vem causando muitos problemas para o município: o aeroporto.

Foi aventada a possibilidade da marcação de uma reunião das entidades com a prefeita Eliene Nunes para tratar do assunto.

O objetivo não é colocar a prefeita contra a parede, mas, tentar contribuir enquanto sociedade civil organizada para que possa ser encontrada uma solução para acabar com o impedimento para pouso de aviões de porte médio, como é o caso das aeronaves da TRIP e da MAP.

É conversando que a gente se entende.

O mínimo que pode acontecer é a prefeita sentar com o Fórum para ouvir as sugestões que as pessoas que o compõem tem a dar. É o que determina o bom senso.

terça-feira, janeiro 13, 2015

Celpa volta a cortar a energia de prédios da prefeitura de Itaiuba

Mais uma vez a administração municipal passa pelo constrangimento de ter a energia cortada de prédios utilizados pela municipalidade.

Nesta terça-feira, 13, a Celpa determinou o corte no fornecimento de energia de dezessete locais onde funcionam serviços públicos municipais.

Poucos foram cumpridos a partir de 10 horas da manhã, tendo sido religados pela parte da tarde.

Aeroporto, garagem, ginásio, usina de asfalto, prédio onde funcionava a COMTRI e SEMDAS foram os locais que sofreram corte.

Houve negociação entre a administração municipal e a Celpa, tendo sido concedido um prazo não informado para que a prefeitura pague o que deve. Dessa negociação resultou, também, a suspensão do corte dos demais locais que estavam na lista negra.

Se ao final do mesmo não tiver sido sanado o débito, poderá haver nova onda de cortes.


Essa é, pelo menos a terceira vez que isso acontece, fato que depõe contra a atual gestão, causando mais desgaste para a imagem da prefeita Eliene Nunes.

Como diria Boris Casoy, isso e uma vergonha!

Com informações do amigo blogueiro Júnior Ribeiro

Gideoni comenta nota sobre provável volta do transporte público na cidade de Itaituba

Mais uma vez torno a comentar suas excelentes noticias, e mais uma vez parabenizá-lo, pois observo que seu blog é imparcial e cumpre a missão do jornalismo, que é de deixar a comunidade informada de todos os fatos que acontecem na cidade e região.

A respeito da reportagem sobre transporte público em Itaituba, quero aqui, mais uma vez fazer críticas às administrações municipais que já passaram por Itaituba, dessa vez, não quero apenas criticar a atual prefeita e sua administração.

É lamentável que uma cidade do porte e tamanho de Itaituba, com uma rede de comércio e outras atividades a todo vapor, ainda não tenha um transporte público, mesmo que fosse um transporte "indecente", mas que houvesse, para que ao menos existisse a possibilidade de reivindicar melhoras. Mas não, Itaituba não possui transporte público, e o pior, a administração ainda trabalha com a possibilidade de que haja. E o mais inacreditável, é que o povo, está de braços cruzados, não vai às ruas gritar por seus direitos. Sim, transporte público é um direito nosso, cidadão, e obrigação do poder público oferecer esse serviço ou terceirizar.

Agora pergunto: Como serão realizados os estudos para a inclusão de linhas pelos mais diversos bairros? Será que os representantes da população, dos comerciantes, e outros segmentos da sociedade serão convidados para opinarem? Ou será simplesmente feita uma imposição e serão criadas linhas que deem lucros?

Lembrando, toda a cidade deve ser beneficiada com essas linhas a serem oferecidas, evidentemente, algumas possibilitarão mais lucros, outras menos lucros.

E o que os nossos excelentíssimos vereadores defendem em suas tribunas?

Por fim, meu caro Jota Parente, encerro, dizendo que muito há que se publicar sobre as mais diversas mazelas da nossa amada Itaituba...


Gideoni Ferreira Brito

Policia Civil prende assassinos do moto-táxi Jonatas em Itaituba-PA

Na manhã desta terça feita, 13, a Policia Civil de Itaituba no oeste do estado prendeu (Adalberto Soares Pereira, vulgo, “Junior”) de 18 anos de idade e aprendeu um menor de 14 anos. Os dois confessaram que mataram a facadas e a pedradas o moto-taxista Jonatas Souza Moraes de 30 anos.

Segundo informações os dois pegaram uma corrida com o moto-taxista no inicio da noite de quinta feira, 08, e pediram que o mesmo os levasse ate as dependências do clube dos 30, de posse de uma faca os dois anunciaram o assalto, mas Jonatas teria reagido e por isso teria sido morto, afirmou “Junior” em entrevista a imprensa. “Junior” disse ainda que apenas segurou Jonatas para que seu colega desferisse as facadas e ele teria sido o autor da pedrada. Depois de morto eles arrastaram o corpo da vitima e jogaram em um mato próximo.

Delegado regional Jardel Guimarães
Inicialmente a policia trabalhava com a hipótese de homicídio, mas no decorrer das investigações foi descoberto que foi um latrocínio (roubo seguido de morte) porque os assassinos levaram a moto da vitima. A investigação foi comandada pela delegada Suelem Costa (19ª seccional) com auxilio da superintendência regional do tapajós, através do delegado Jardel Guimarães e sua equipe.

A policia prendeu primeiro o Adalberto, vulgo “Junior”, que estava empinando moto nas ruas da cidade e era suspeito de realizar assaltos, a principio ele foi preso por esses motivos já citados, com ele a policia aprendeu uma moto titan preta, na delegacia ao verificar a procedência da moto foi descoberto que a mesma era produto de roubo e que pertencia a Jonatas Souza Moraes, ai a casa caiu, só dar um aperto em “Junior” que ele confessou o crime e entregou seu comparsa menor de 14 anos.


Na manhã de hoje os dois foram apresentados na delegacia de policia, dezenas de amigos e parentes foram a delegacia para ver de perto os assassinos, todos muito abalados, o pai da vitima disse que esta satisfeito com o trabalho da policia, mas triste porque perdeu seu filho, disse ainda que ficou revoltado quando viu os dois jovens. Para a policia a prisão dos dois assassinos é uma resposta a sociedade.

Fonte: Júnior Ribeiro

Camionete pega fogo próximo a Campo Verde

Camionete Hilux que vinha puxando uma carretinha na Br Transamazonica no Km 20 entre Campo Verde e Itaituba hoje 13/1 as 11:20h, ambas carregada com produtos inflamável, (desodorante isqueiro), carreta veio a desestabilizar e tombando em seguida pegou fogo com aproximadamente 15 minutos de explosões, havendo perca total, inclusive de  documentos.

O  proprietário estava com sua família, mas, felizmente, somente houve prejuízos materiais.

A camionete tem seguro.

Davi Menezes, pelo Whatsaap

segunda-feira, janeiro 12, 2015

O nome certo de Naldo Mota

Venho informar que houve um erro no nome do meu pai, agradeço caso seja corrigido. O correto seria Rosinaldo Mota de Castro. 

Atualmente ele trabalhava no Banpará em Água Azul do Norte, aqui mesmo no Pará, mas amou e se dedicou a música desde pequeno. Amava Itaituba, amava Santarém e sempre fez músicas em homenagem a estas cidades.

Caso queira complementar: 
Além da música 'O Vale dos Tapajoaras' (Feita juntamente com o Ivan Araujo), foi autor da música Profecia Amazônica que também consta no CD ITA em Canções. Além de muitas outras, é claro, que nem eu mesmo tenho informações. Ele não ligava muito para direitos autorais e nem guardava suas músicas.

Qualquer dúvida me contactar. Abraços.


Att,
Renan P. Castro
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Nota do blog: Haviamos publicado como sendo Rosinaldo da Mota Pinto, baseados em informação de um conhecido do compositor, que tentou ajudar, mas, também equivocou-se. Pedimos desculpas pelo erro.

Até aonde quer chegar o pode público municipal?

Jorge Machado comentou o artigo de Weliton Lima, que o blog publicou.
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Muito bom para o momento o comentário do nobre colega a respeito do deste absurdo relacionado ao Aeroporto Municipal de Itaituba, isso em plena entrada de novos investimentos.

Será que isso não vai ter fim? Aonde o poder público quer chegar? A secretaria de Ind. e Comercio e também Turismo do município precisam clamar junto ao executivo a rápida solução deste caso.


Jorge Luiz Machado

Aeroporto fechado causa grandes prejuízos em Itaituba, para agências de viagens, taxistas e hotéis

Donos de hotéis reclamam, mas temem represálias

Na reportagem que a TV Tapajoara exibiu no telejornal Focalizando, hoje, donos de agências de viagens, taxistas e donos e gerentes de hotéis falaram dos enormes prejuízos que estão sofrendo com o fechamento do aeroporto de Itaituba.

Os taxistas tiveram seus rendimentos reduzidos a percentuais baixíssimos com a suspensão dos voos.

Sábado passado, dia 10, a MAP realizou seu último voo até que as não conformidades do aeroporto sejam sanadas pela prefeitura, responsável pela administração do aeródromo.

De acordo com donos de agencias de viagens informaram que o movimento caiu mais de 90%.

Para os donos de hotéis ouvidos, a queda na ocupação dos apartamentos é superior a 50%.

Chamou atenção a informação da reprtagem, dando conta de que alguns proprietários de hotéis preferiram não gravar entrevistas, porque disseram que se o fizessem, poderia sofrer perseguição da administração da prefeita Eliene Nunes, pois quem fala qualquer coisa contra o governo sofre represálias.

Corpo do jovem de Fordlândia foi encontrado ontem à noite

O corpo do jovem Lucas Ferreira, que desapareceu por volta das quatro horas da tarde em Fordlândia, quando tomava banho no trapiche de Fordlândia, foi encontrado.


Ontem mesmo, por volta de onze horas da noite o corpo foi encontrado, sendo velado neste momento na igreja evangélica Presbiteriana Renovada, naquela vila.

domingo, janeiro 11, 2015

Jovem desaparece nas águas do Tapajós

 Lucas Ferreira, 17 ano, desapareceu nas águas do Tapajós na tarde de domingo, 11.

Ele tomada banho no trapiche da vila de Forldândia, quanto desapareceu por volta das quatro horas da tarde.

Por causa do horário avançado, embora tenha sido comunicado ontem do ocorrido, somente na manhã desta segunda-feira o Corpo de Bombeiros, de Itaituba ficou de mandar alguns mergulhadores para tentar encontrar o jovem.

Lucas era filho do senhor Davi, proprietário de uma farmácia naquela vila.

Leonardo Boff: "Eu também não sou Charlie"

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Teólogo Leonardo Boff compartilha texto em que explica por que também 'não é Charlie'; "Na religião muçulmana, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Esse é um preceito central da crença Islâmica, e desrespeitar isso desrespeita todos os muçulmanos. Fazendo um paralelo, é como se um pastor evangélico chutasse a imagem de Nossa Senhora para atacar os católicos… Qual é o objetivo disso? O próprio Charb falou: 'É preciso que o Islã esteja tão banalizado quanto o catolicismo'. 'É preciso' porque? Para que?", questiona; numa charge de Latuff, de 2012, Charb, uma das vítimas da chacina, foi retratado como homem-bomba

Há muita confusão acerca do atentado terrorista em Paris, matando vários cartunistas. Quase só se ouve um lado e não se buscam as raízes mais profundas deste fato condenável mas que exige uma interpretação que englobe seus vários aspectos ocultados pela midia internacional e pela comoção legítima face a um ato criminoso. Mas ele é uma resposta a algo que ofendia milhares de fiéis muçulmanos. Evidentemente não se responde com o assassianto. Mas também não se devem criar as condições psicológicas e políticas que levem a alguns radicais a lançarem mão de meios reprováveis sobre todos os aspectos. Publico aqui um texto de um padre que é teóloogo e historiador e conhece bem a situação da França atual. Ele nos fornece dados que muitos talvez não os conheçam. Suas reflexões nos ajudam a ver a complexidade deste anti-fenômeno com suas aplicações também à situação no Brasil: Lboff
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Eu condeno os atentados em Paris, condeno todos os atentados e toda a violência, apesar de muitas vezes xingar e esbravejar no meio de discussões, sou da paz e me esforço para ter auto controle sobre minhas emoções…

Lembro da frase de John Donne: “A morte de cada homem diminui-me, pois faço parte da humanidade; eis porque nunca me pergunto por quem dobram os sinos: é por mim”. Não acho que nenhum dos cartunistas “mereceu” levar um tiro, ninguém o merece, acredito na mudança, na evolução, na conversão.

Em momento nenhum, eu quis que os cartunistas da Charlie Hebdo morressem. Mas eu queria que eles evoluíssem, que mudassem… Ainda estou constrangido pelos atentados à verdade, à boa imprensa, à honestidade, que a revista Veja, a Globo e outros veículos da imprensa brasileira promoveram nesta última eleição.

A Charlie Hebdo é uma revista importante na França, fundada em 1970, é mais ou menos o que foi o Pasquim. Isso lá na França. 90% do mundo (eu inclusive) só foi conhecer a Charlie Hebdo em 2006, e já de uma forma bastante negativa: a revista republicou as charges do jornal dinamarquês Jyllands-Posten (identificado como “Liberal-Conservador”, ou seja, a direita europeia). E porque fez isso? Oficialmente, em nome da “Liberdade de Expressão”, mas tem mais…

O editor da revista na época era Philippe Val. O mesmo que escreveu um texto em 2000 chamando os palestinos (sim! O povo todo) de “não-civilizados” (o que gerou críticas da colega de revista Mona Chollet (críticas que foram resolvidas com a demissão sumaria dela). Ele ficou no comando até 2009, quando foi substituído por Stéphane Charbonnier, conhecido só como Charb. Foi sob o comando dele que a revista intensificou suas charges relacionadas ao Islã, ainda mais após o atentado que a revista sofreu em 2011…

A França tem 6,2 milhões de muçulmanos. São, na maioria, imigrantes das ex-colônias francesas. Esses muçulmanos não estão inseridos igualmente na sociedade francesa. A grande maioria é pobre, legada à condição de “cidadão de segunda classe”, vítimas de preconceitos e exclusões. Após os atentados do World Trade Center, a situação piorou.

Alguns chamam os cartunistas mortos de “heróis” ou de os “gigantes do humor politicamente incorreto”, outros muitos os chamam de “mártires da liberdade de expressão”. Vou colocar na conta do momento, da emoção. As charges polêmicas do Charlie Hebdo, como os comentários políticos de colunistas da Veja, são de péssimo gosto, mas isso não está em questão. O fato é que elas são perigosas, criminosas até, por dois motivos.

O primeiro é a intolerância. Na religião muçulmana, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Esse é um preceito central da crença Islâmica, e desrespeitar isso desrespeita todos os muçulmanos. Fazendo um paralelo, é como se um pastor evangélico chutasse a imagem de Nossa Senhora para atacar os católicos…

Qual é o objetivo disso? O próprio Charb falou: “É preciso que o Islã esteja tão banalizado quanto o catolicismo”. “É preciso” porque? Para que?

Note que ele não está falando em atacar alguns indivíduos radicais, alguns pontos específicos da doutrina islâmica, ou o fanatismo religioso. O alvo é o Islã, por si só.

Há décadas os culturalistas já falavam da tentativa de impor os valores ocidentais ao mundo todo. Atacar a cultura alheia sempre é um ato imperialista. Na época das primeiras publicações, diversas associações islâmicas se sentiram ofendidas e decidiram processar a revista. Os tribunais franceses, famosos há mais de um século pela xenofobia e intolerância (ver Caso Dreyfus), como o STF no Brasil, que foi parcial nas decisões nas últimas eleições e no julgar com dois pessoas e duas medidas casos de corrupção de políticos do PSDB ou do PT, deram ganho de causa para a revista.

Foi como um incentivo. E a Charlie Hebdo abraçou esse incentivo e intensificou as charges e textos contra o Islã e contra o cristianismo, se tem dúvidas, procure no Google e veja as publicações que eles fazem, não tenho coragem de publicá-las aqui…

Mas existe outro problema, ainda mais grave. A maneira como o jornal retratava os muçulmanos era sempre ofensiva. Os adeptos do Islã sempre estavam caracterizados por suas roupas típicas, e sempre portando armas ou fazendo alusões à violência, com trocadilhos infames com “matar” e “explodir”…). Alguns argumentam que o alvo era somente “os indivíduos radicais”, mas a partir do momento que somente esses indivíduos são mostrados, cria-se uma generalização. Nem sempre existe um signo claro que indique que aquele muçulmano é um desviante, já que na maioria dos casos é só o desviante que aparece. É como se fizéssemos no Brasil uma charge de um negro assaltante e disséssemos que ela não critica/estereotipa os negros, somente aqueles negros que assaltam…

E aí colocamos esse tipo de mensagem na sociedade francesa, com seus 10% de muçulmanos já marginalizados. O poeta satírico francês Jean de Santeul cunhou a frase: “Castigat ridendo mores” (costumes são corrigidos rindo-se deles). A piada tem esse poder. Mas piada são sempre preconceituosas, ela transmite e alimenta o preconceito. Se ela sempre retrata o árabe como terrorista, as pessoas começam a acreditar que todo árabe é terrorista. Se esse árabe terrorista dos quadrinhos se veste exatamente da mesma forma que seu vizinho muçulmano, a relação de identificação-projeção é criada mesmo que inconscientemente. Os quadrinhos, capas e textos da Charlie Hebdo promoviam a Islamofobia. Como toda população marginalizada, os muçulmanos franceses são alvo de ataques de grupos de extrema-direita. Esses ataques matam pessoas. Falar que “Com uma caneta eu não degolo ninguém”, como disse Charb, é hipócrita. Com uma caneta se prega o ódio que mata pessoas…

Uma das defesas comuns ao estilo do Charlie Hebdo é dizer que eles também criticavam católicos e judeus…

Se as outras religiões não reagiram a ofensa, isso é um problema delas. Ninguém é obrigado a ser ofendido calado.

“Mas isso é motivo para matarem os caras!?”. Não. Claro que não. Ninguém em sã consciência apoia os atentados. Os três atiradores representam o que há de pior na humanidade: gente incapaz de dialogar. Mas é fato que o atentado poderia ter sido evitado. Bastava que a justiça tivesse punido a Charlie Hebdo no primeiro excesso, assim como deveria/deve punir a Veja por suas mentiras. Traçasse uma linha dizendo: “Desse ponto vocês não devem passar”.

“Mas isso é censura”, alguém argumentará. E eu direi, sim, é censura. Um dos significados da palavra “Censura” é repreender. A censura já existe. Quando se decide que você não pode sair simplesmente inventando histórias caluniosas sobre outra pessoa, isso é censura. Quando se diz que determinados discursos fomentam o ódio e por isso devem ser evitados, como o racismo ou a homofobia, isso é censura. Ou mesmo situações mais banais: quando dizem que você não pode usar determinado personagem porque ele é propriedade de outra pessoa, isso também é censura. Nem toda censura é ruim…

Deixo claro que não estou defendendo a censura prévia, sempre burra. Não estou dizendo que deveria ter uma lista de palavras/situações que deveriam ser banidas do humor. Estou dizendo que cada caso deveria ser julgado. Excessos devem ser punidos. Não é “Não fale”. É “Fale, mas aguente as consequências”. E é melhor que as consequências venham na forma de processos judiciais do que de balas de fuzis ou bombas.

Voltando à França, hoje temos um país de luto. Porém, alguns urubus são mais espertos do que outros, e já começamos a ver no que o atentado vai dar. Em discurso, Marine Le Pen declarou: “a nação foi atacada, a nossa cultura, o nosso modo de vida. Foi a eles que a guerra foi declarada”. Essa fala mostra exatamente as raízes da islamofobia. Para os setores nacionalistas franceses (de direita, centro ou esquerda), é inadmissível que 10% da população do país não tenha interesse em seguir “o modo de vida francês”. Essa colônia, que não se mistura, que não abandona sua identidade, é extremamente incômoda. Contra isso, todo tipo de medida é tomada. Desde leis que proíbem imigrantes de expressar sua religião até… charges ridicularizando o estilo de vida dos muçulmanos! Muitos chargistas do mundo todo desenharam armas feitas com canetas para homenagear as vítimas. De longe, a homenagem parece válida. Quando chegam as notícias de que locais de culto islâmico na França foram atacados, um deles com granadas!, nessa madrugada, a coisa perde um pouco a beleza. É a resposta ao discurso de Le Pen, que pedia para a França declarar “guerra ao fundamentalismo” (mas que nos ouvidos dos xenófobos ecoa como “guerra aos muçulmanos”, e ela sabe disso).


Por isso tudo, apesar de lamentar e repudiar o ato bárbaro do atentado, eu não sou Charlie. Je ne suis pas Charlie.

Condenar as mortes em Paris dos jornalistas do Charlie Hebdo "não deve ser confundido com a sustentação de suas opiniões políticas"

Em artigo sobre o movimento "je suis Charlie", Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, lembra algumas verdades inconvenientes; "Durante os ataques mais recentes da aviação de Israel sobre Gaza, os protestos em solidariedade a população palestina foram reprimidos na França porque se considerou que poderiam se transformar numa ameaça à ordem pública", afirma; "Cartunistas e ilustradores solidários com a causa árabe em Israel chegaram a ser processados pelo Estado. Questionado, o primeiro ministro francês Manuel Valls se justificou: 'Nós deveríamos ficar de braços cruzados diante da criatividade do ódio?'"; portanto, condenar as mortes em Paris dos jornalistas do Charlie Hebdo "não deve ser confundido com a sustentação de suas opiniões políticas", que são islamofóbicas; 
WANG ZHAO: People holding banners reading
Diante da presença de 700 000 pessoas nas ruas de Paris para protestar pelo massacre na redação do Charlie Hebdo é preciso lembrar que:
1.Durante os ataques mais recentes da aviação de Israel sobre Gaza, os protestos em solidariedade a população palestina foram reprimidos na França porque se considerou que poderiam se transformar numa ameaça a ordem pública;
2.Cartunistas e ilustradores solidários com a causa árabe em Israel chegaram a ser processados pelo Estado. Questionado, o primeiro ministro Manuel Valls se justificou: “Nós deveríamos ficar de braços cruzados diante da criatividade do ódio?”
3. Em 2006, um grupo de intelectuais de prestígio na mídia assinou um manifesto anunciando a aparição de uma quarta forma de ditadura dos tempos modernos. Depois do nazismo, do fascismo e do estalinismo, o manifesto falava do islamismo — que não é uma doutrina política, mas uma religião, que mobiliza perto de 1,5 bilhão de pessoas, ou um quarto da humanidade, reunindo homens e mulheres com diferentes visões de mundo e costumes bastante diversos.
Benvindo à duplicidade moral do século XXI.
O morticínio na redação do Charle Hebdo foi uma operação cruel e injustificável. Nenhum cidadão, em parte alguma do mundo, deve perder a vida em função de suas opiniões. O fato do assassinato coletivo ter sido um crime premeditado, sem dar chance de defesa às vítimas, apenas reforça seu aspecto perverso, inaceitável.
Nada disso nos proibe de lembrar que o direito de Charlie Hebdo expressar o ponto de vista de seus jornalistas e cartunistas sem restrições não deve ser confundido com a sustentação de suas opiniões políticas. A expressão “somos todos Charlie” pode gerar muitas confusões.
Num esforço supostamente didático, surgiu no país a conversa que tenta comparar Charles Hebdo e o Pasquim, o inesquecível jornal de humor feito no Leblon que chegou a vender 200 000 exemplares por semana durante a ditadura militar. É bom não exagerar nas primeiras impressões.
Estamos falando de publicações satíricas, dedicadas ao humor político. Podemos encontrar artistas geniais, nos dois lados do Atlantico. E só.
Mas ninguém tem o direito de iludir-se com puras formalidades nem ignorar o ponto essencial.
O Pasquim tinha lado. Extraia sua força de uma opção política clara: denunciava o regime militar e seus inimigos. Não fazia concessões nem permitia dúvidas a respeito. Não era um humor sem causa. Muito menos com a causa errada. Estava ao lado dos mais fracos.
No universo cultural europeu do século XXI, Charles Hebdo construiu uma relação ambígua com o racismo.
Assumindo aquela visão que classificava o islamismo como o quarto totalitarismo, o próprio editor da Charlie Hebdo disse que, para a revista, tanto o fascismo da Frente Nacional, a organização de extrema-direita francesa, como o que chamava de “fascismo islâmico” fazem parte da “mesma seara e contra eles não economizamos nossa arte”.
O fascismo de Jean Marie Le Pen — e outros líderes semelhantes que se espalham pelo Velho Mundo — tem um projeto de poder de Estado. É um movimento violento e nostálgico da velha ordem, que tenta restaurar pela força. Quer eliminar direitos conquistados, que representam avanços — parciais, limitados — rumo a uma situação de menor desigualdade. A opção Le Pen é um estado forte para submeter os deserdados da globalização a leis mais duras e severas, como mão de obra de segunda-classe — seja em casa, seja em seus países de origem.
O clero muçulmano mantém convicções que podem ser ou parecer retrógradas. Como em todas as religiões organizadas, seus líderes podem ser acusados de exercer o poder de forma autoritária.
Ali se encontram círculos fascistas — que também se manifestam no extremismo católico. Em julho de 2011, em Oslo, 76 pessoas morreram em dois atentados cometidos por um fundamentalista cristão, adversário assumido da imigração islâmica, admirador fanático do Estado de Israel.
Não há dúvida de que lideranças muçulmanas participam da resistência política e cultural de uma população segregada e diminuída em seus direitos, em particular no Oriente Médio, onde a atuação do Estado de Israel junto a seus vizinhos — e à própria população árabe no interior de suas fronteiras — contribui para criar um ambiente de enorme tensão em todo planeta.
Este é seu papel na cena global, sem relação com o fascismo de Jean Marie Le Pen. É por isso que são atacados. É por isso que o deboche é estimulado. Devem ser desqualificados — da mesma forma que, nos tempos do Pasquim, a ditadura lançava insinuais odiosas sobre a vida pessoal de lideranças da Teologia da Libertação.
O racismo é um antigo componente da cultura européia e é possível encontrar suas manifestações mesmo em textos de sábios insuspeitos do iluminismo. Mas há uma novidade recente.
Com o progresso científico, as noções que dividiam a humanidade em raças biologicamente inferiores e superiores deixaram de fazer sentido para as camadas mais cultas.
Está comprovado que nenhuma herança genética é capaz de explicar as diferenças de desenvolvimento entre povos e países. Surgiu, então, o fator cultural.
Procura-se definir uma hierarquia entre homens e mulheres pela visão de que há uma hierarquia entre culturas. Algumas seriam mais adequadas do que outras para promover o progresso social, que não seria produto de opções de natureza economica e política, mas dos valores tradicionais de cada povo.
Foi assim que se passou a explicar a hegemonia política-militar dos EUA em todo planeta pelos valores morais da religião protestante — embora outros povos, com os mesmos valores morais e religiosos, pudessem padecer de uma condição muito diferente. Ou a falta de desenvolvimento de países tropicais pela falta de amor ao trabalho duro de seus cidadãos — ainda que a jornada de trabalho de muito desses povos pudesse ser mais prolongada e estafante. E assim por diante.
O fator cultural encontra-se no eixo teórico do artigo ” Choque de Civilizações”, de Samuel Huntington. Publicado em 1993, ele construiu um novo quadro ideológico para justificar a atuação das grandes potências após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria — quando, mais uma vez, era preciso manter a hierarquia entre povos e paises, dominantes e dominados.
Para Huntington, todo esforço para criar um ambiente de convívio harmonico e cooperativo entre os povos, com respeito a pluralidade e a história de cada um, nada mais seria do que uma utopia risível, pois não há uma herança comum entre elas. “As diferenças entre as civilizações não são apenas reais; são fundamentais”, escreve, para acrescentar: “não vão desaparecer em pouco tempo. São muito mais essenciais do que as diferenças entre ideologias e regimes políticos.”
Ele reconhece que “diferenças não significam conflito, e conflito não implica necessariamente violência,” mas adverte: “ao longo dos séculos, as diferenças entre civilizações geraram os conflitos mais violentos e prolongados.”
Dividindo a humanidade em oito civilizações diferentes, Huntington enxerga um ambiente hostil para o chamado ocidente, cada vez mais mais ameaçado pelo progresso de outros povos de outras culturas. Nesse ambiente de risco, onde a posição de predomínio se encontra ameaçada, o “Ocidente (com maiúsculas)” está condenado a “manter o poderio econômico e militar necessário para proteger seus interesses” diante das demais civilizações.
Quem leu Edward Said já aprendeu a importância de estereótipos negativos sobre os povos árabes para consolidar um domínio de caráter imperialista naquela parte do mundo que abriga as principais reservas mundiais de petróleo, a principal riqueza estratégica dos últimos 100 anos.
Quem ler “O que a Europa deve ao Islam de Espanha”, de Juan Vernet, poderá descobrir a formidável contribuição dos povos árabes para a magnifica explosão cultural do Renascimento — e todas suas consequências — que muitas pessoas acreditam ter sido uma obra pura de artistas e intelectuais europeus.
A questão encontra-se aí.
A execução à bala da redação do Charlie Hebdo é inaceitável.
A tentativa de criminalizar o islamismo por este crime também é inaceitável. Lembra a piores tentativas de manipular consciências e reforçar preconceitos que inevitavelmente irão gerar novas tragédias.

Procuradoria Eleitoral pede a cassação de Wlad

Procuradoria Eleitoral pede a cassação de Wlad (Foto: Antonio Cruz - ABr)
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), órgão do Ministério Público Federal para as questões eleitorais, ajuizou na última quarta-feira uma ação contra o deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade), por ilegalidades cometidas durante a campanha eleitoral.

O parlamentar é acusado de abuso de poder econômico. O órgão pediu a cassação do registro ou diploma do candidato, que se reelegeu para mais um mandato, além de aplicação de multa. Por fim, o Ministério Público eleitoral solicitou a declaração de inelegibilidade do deputado federal por oito anos.
Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral, Wlad omitiu despesas com multas e eventos na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral, além de ter deixado de declarar mais de R$ 150 mil em despesas com propaganda.
Ainda de acordo com o Ministério Público Eleitoral, existem fortes indícios de falsificação e/ou adulteração das assinaturas dos documentos de autorização para colocação de propaganda eleitoral em propriedade particular e há inconsistências em recibos de doações eleitorais.
Em dezembro do ano passado, o colegiado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado do Pará havia decidido, por unanimidade, pela desaprovação da prestação final de contas no valor de R$ 642.457,48 relativos à arrecadação e aplicação de recursos na campanha eleitoral de 2014 do deputado federal reeleito, Wladimir Costa (SD).

SEM CONFIANÇA
No parecer técnico conclusivo do TRE que baseou o julgamento dos cinco membros presentes, trechos como “total ausência de confiabilidade das contas em apreço” e “ausência de zelo do candidato em divulgar dados reais de sua campanha” se misturam às citações de números de CPFs de doadores incorretos, uma vez que na Receita Federal consta que estes números pertencem a outras pessoas.
O parecer também aponta notas fiscais que não respondem por pelo menos R$ 122 mil de gastos omitidos só nas prestações parciais apresentadas pelo parlamentar, que não deixará de ser diplomado por conta da rejeição e ainda pode recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em fiscalização feita por servidores do controle interno do próprio TRE à Delta Gráfica e Editora Ltda., foram descobertos nada menos que R$ 217 mil em ordens de serviço referentes a material de propaganda de Wlad para o último pleito, quando em sua prestação de contas estão declarados meros R$ 61.164,00 de gastos junto à empresa.
A análise do TRE mostrou ainda que a prestação de Wladimir Costa cita doadores de campanha, para a pintura de muros, cujos CPFs informados não batem com os nomes junto à base de dados da Receita Federal, sendo que um deles consta inclusive como inexistente.
(Diário do Pará)

sábado, janeiro 10, 2015

Muçulmano de mercado judaico usou freezer para salvar reféns

Nas redes sociais, Lassana Bathily é chamado de herói.
Pessoas foram feitas reféns em mercado de Paris na sexta (8).


Enquanto o Estado Islâmico chama de “heróis” os autores do ataque emParis, os franceses têm outro herói muçulmano: o jovem Lassana Bathily, de 24 anos, do Mali.
Em entrevista ao canal BFMTV, o funcionário do mercado judaico Lassana Bathily conta como escondeu alguns reféns no freezer do estabelecimento (Foto: Reprodução/RTL Belgique)
Apesar da morte de quatro reféns, o funcionário do mercado judaico do bairro de Porte de Vincennes salvou diversas pessoas após o local ser invadido por terrorista.
Quando o sequestrador Amedy Coulibaly invadiu o local fortemente armado, o pânico tomou conta do lugar e cerca de 15 clientes que estavam na loja correram para o porão. "Quando eles correram para baixo, eu abri a porta do freezer", contou Bathily ao canal de notícias BFMTV.
Em seguida, ele desligou o congelador e apagou a luz. Antes de fechar a porta, pediu calma aos clientes e saiu para vigiar o sequestrador.

Por fim, a polícia invadiu o mercado, matando Coulibaly, e, à medida que os reféns eram libertados, agradeceram Bathily, conforme ele disse à BFMTV. Nas redes sociais o rapaz foi elogiado por sua atitude. (G1)