Se 2014 já foi um
ano difícil para o itaitubense, o horizonte sombrio que se apresenta nesse
inicio de 2015 mostra que este ano pode ser igual ou ainda pior; e não é
pessimismo não. São os fatos que indicam essa dura realidade para a economia do
município. Vejamos alguns fatores que embasam esse raciocínio.
Com o aeroporto
fechado para voos de passageiros, o comércio está sentindo o baque, e as
agencias de viagens e a rede hoteleira foram os seguimentos mais afetados.
Os hotéis estão
praticamente vazios, e sem visitantes na cidade, o comercio não tem como
aumentar suas vendas.
Na construção
civil, a onda de crescimento vista no ano passado diminuiu bastante. Com
consequência, algumas imobiliárias já fecharam as portas e, os empregos tão
esperados com a chegada das empresas portuárias em Miritituba, até agora
ficaram aquém das expectativas. Só a atividade garimpeira, apesar de todos os
problemas que enfrenta, é quem ainda consegue fazer circular um volume razoável
de recursos na economia domestica da cidade.
Com esse quadro
recessivo que a iniciativa privada apresenta nesse começo de 2015, a esperança,
mais uma vez, fica por conta dos investimentos públicos, mas esses também devem
ser mais minguados neste ano.
Os governos,
federal e estadual estão começando um novo mandato e só falam em reduzir gastos,
e os municípios serão os grandes prejudicados. Esse alerta, inclusive, já foi
dado pela própria confederação nacional dos municípios. Mas a
administração municipal parece que está na onda do ”não estou
nem aí” e continua gastando desordenadamente as poucas receitas
que recebe.
Indo em direção
oposta à austeridade que deveria impor aos seus gastos, o governo municipal não
consegue organizar minimamente suas contas, e de vez em quando, passa por
constrangimentos como o corte da energia de suas repartições. E para completar
esse quadro sombrio, o município vive às voltas com o bloqueio do FPM, o que
agrava ainda mais a sua crise financeira.
Não obstante a
isso, os servidores municipais já começaram a se organizar na luta por reajuste
salarial, os fornecedores cobram as contas atrasadas e a população quer a
realização das obras e serviços que foram prometidos e, no meio dessa pressão
toda a prefeita tenta buscar apoio de todos os lados para descascar os muitos
abacaxis que tem nas mãos. O problema é que 2016 já é ano de eleição,
e mesmo com todos os problemas que citei, o cargo de prefeito de Itaituba
desperta a cobiça de muita gente, inclusive a da própria prefeita que sonha em
conseguir um novo mandato para continuar no poder.
Weliton Lima,
jornalista
Comentário veiculado
no telejornal Focalizando, quinta-feira, 15/01/14
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