sexta-feira, janeiro 16, 2015

2015 Começa com forte recessão

Se 2014 já foi um ano difícil para o itaitubense, o horizonte sombrio que se apresenta nesse inicio de 2015 mostra que este ano pode ser igual ou ainda pior; e não é pessimismo não. São os fatos que indicam essa dura realidade para a economia do município. Vejamos alguns fatores que embasam esse raciocínio.
Com o aeroporto fechado para voos de passageiros, o comércio está sentindo o baque, e as agencias de viagens e a rede hoteleira foram os seguimentos mais afetados.
Os hotéis estão praticamente vazios, e sem visitantes na cidade, o comercio não tem como aumentar suas vendas.
Na construção civil, a onda de crescimento vista no ano passado diminuiu bastante. Com consequência, algumas imobiliárias já fecharam as portas e, os empregos tão esperados com a chegada das empresas portuárias em Miritituba, até agora ficaram aquém das expectativas. Só a atividade garimpeira, apesar de todos os problemas que enfrenta, é quem ainda consegue fazer circular um volume razoável de recursos na economia domestica da cidade.
Com esse quadro recessivo que a iniciativa privada apresenta nesse começo de 2015, a esperança, mais uma vez, fica por conta dos investimentos públicos, mas esses também devem ser mais minguados neste ano.
Os governos, federal e estadual estão começando um novo mandato e só falam em reduzir gastos, e os municípios serão os grandes prejudicados. Esse alerta, inclusive, já foi dado pela própria confederação nacional dos municípios.  Mas a administração municipal parece que está na onda do ”não estou nem aí” e continua gastando desordenadamente as poucas receitas que recebe.
Indo em direção oposta à austeridade que deveria impor aos seus gastos, o governo municipal não consegue organizar minimamente suas contas, e de vez em quando, passa por constrangimentos como o corte da energia de suas repartições. E para completar esse quadro sombrio, o município vive às voltas com o bloqueio do FPM, o que agrava ainda mais a sua crise financeira.
Não obstante a isso, os servidores municipais já começaram a se organizar na luta por reajuste salarial, os fornecedores cobram as contas atrasadas e a população quer a realização das obras e serviços que foram prometidos e, no meio dessa pressão toda a prefeita tenta buscar apoio de todos os lados para descascar os muitos abacaxis que  tem nas mãos. O problema é que 2016 já é ano de eleição, e mesmo com todos os problemas que citei, o cargo de prefeito de Itaituba desperta a cobiça de muita gente, inclusive a da própria prefeita que sonha em conseguir um novo mandato para continuar no poder. 

Weliton Lima, jornalista
Comentário veiculado no telejornal Focalizando, quinta-feira, 15/01/14

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