segunda-feira, dezembro 04, 2017

Munduruku barram audiência pública

*Munduruku barram audiência sobre ferrovia que pode impactar seu território*

Cerca de 90 indígenas do povo Munduruku bloquearam as entradas da Faculdade de Itaituba nesta manhã (4), em Itaituba, no Pará. Os indígenas buscam evitar que ocorra a audiência pública que discutirá a implementação da Ferrovia EF-170, conhecida como Ferrogrão, pois o empreendimento impacta seus territórios e eles não foram previamente consultados.

Contrariando recomendação do MPF, a audiência proposta pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) estava marcada para iniciar às nove horas de hoje em um dos auditórios da faculdade particular, que teve as aulas canceladas.

“Só vamos sair daqui quando nos disserem que a audiência não vai acontecer. Eles nunca consultaram nós. Temos um protocolo de consulta e eles não podem passar por cima dele”, explica Valto Dace Munduruku, cacique da aldeia Dace Watpu, na Terra Indígena (TI) Sawré Muybu.

Leia mais: https://goo.gl/RsXyD6

domingo, dezembro 03, 2017

O último conto: "Verão com tacacá"

De vez em quando eu pedia para a professora Jussara Whitaker escrever uma crônica, um artigo ou um conto para o Jornal do Comércio, que o blog sempre publicava depois.

Na edição passa, de número 235, ela me mandou o conto VERÃO COM TACACÁ, que foi publicado para página 19, que republico em sua homenagem.

Jota Parente
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Verão com tacaca


            Junho são dias de preguiça. Sensação estimulada pelo anterior
 cansaço das festanças que acabam, invariavelmente, em princípio de julho. É
 a ressaca das festas misturada à ansiedade do verão que está começando.
 Preguiça gostosa de dever mais do que realizado, aquele que começa nos
 ensaios das quadrilhas e só acaba com a última coreografia aplaudida, de pé,
 por tamanha gente.
            Aqui, o desavisado sulista quer paçoca e amendoim torrado, ou
 então, batata doce, pipoca e quentão. Mas o cardápio é outro, bem variado.
 Forte. Valente, como só a gente do Norte sabe ser. São dias de vatapá,
 tucupi, maniçoba, tacacá e mungunzá. Época de dançar até os pés se
 derreterem de dor e satisfação.
           Preguiça de balançar na rede, imaginando, entre o vai e volta, que
 festa vai ter na próxima semana. Festa sim, porque o povo do Norte além de
 valente é festeiro e tem desculpa para todas as festas. É o casamento, o dia
 da padroeira, São João e Santo Antônio, apresentação de carimbó, o sacolejo
 do brega, batizado e churrasquinho no portão de casa com família e amigos.
           Vem de longe o grito de um gol, com certeza tem Flamengo na
 jogada, time que não é só do Rio, é das cidades do Norte, aquelas do rincão
 do Pará, ribeirinhas do Tapajós. Tem gol na garganta do nativo, na dos
 importados do Maranhão, Ceará, Piauí, vez por outra Minas, Goiás e São
 Paulo.
           No verão, meninos que são das ruas, dos lava-carros, das feiras,
 fazem um espetáculo à parte. Roubam a cena no centro da cidade, bem na
 frente do rio. Brincam de trapezistas do espaço, onde depois de muitos
 volteios no ar, repousam os corpos no rio, agora satisfeitos pela
 malandragem conseguida. São pássaros sem asas, destemidos, a se jogarem das
 alturas para alcançarem, lá embaixo, um pedaço do Tapajós. O sol bate em
 cheio nos corpos dos brincantes, faz brilhar a água que deles respinga,
 brilho ainda maior continua nos risos e na alegria da irresponsável
 liberdade da meninice.
          Tem rio, tem rede, festa e valentia. Tem vontade de progresso, de
 dias mais fartos, de comércio enricado, de comerciante virar empresário. A
 vontade do valente é virar o jogo e não ter mais que contar tostões.
           Caminhando pelas ruas, vê-se inusitado comércio. Nas chamadas de
 principais, desfile de marca, griffe com cara de bacana, preço lá para cima.
 Mas é ali nas transversais, que o verdadeiro Brasil acontece, o que não
 copia ninguém, mundo dos meninos trapezistas, dos lavadores de carro. Todos.
           Panelas e bacias de alumínio penduradas no teto, poeticamente
 entrelaçadas com os rolos de fumo de corda. Sacos de arroz, farinha e feijão
 nas portas, tais como cartões de visita, só a espera de ir para o caldeirão
 dos Raimundos que também são Nonatos.  Os sacos lembram o Brasil colônia,
 tendo como companheiros enormes cachos de banana, ora verdes, ora
 amareladas. Saborosas bananas.
          Lá para baixo o Porto da Balsa que incansavelmente, carrega e
 descarrega o fardo dos anos desta gente valente e festeira, que leva na
 sacola, para o outro lado do rio, a compra da semana. Mas nem sempre é
 assim, comparece também a tristeza de não se ter conseguido o emprego na
 cidade que nem grande é.
           Os dias de preguiça gostosa que também são os de verão, trazem
 para as calçadas beira-rio ,os ambulantes de açaí. Só dá aprendiz de
 nortista se lambuzando do vermelho quase roxo, aprendendo a não engasgar com
 a farinha. De repente, só de repente, sobe lá para o céu uma teimosa
 nuvenzinha escapada da boca do pedestre. É farinha, abestado, vê se come
 direito.
           Ano que vem vai ser bem melhor. Se Deus quiser, o mês de junho vai
 render mais festança, e durante o resto do ano, entre o vai e vem da balsa,
 o valente lavrador, que todo sábado atravessa o rio, vai sentar na porta do
 comércio do seu Raimundo, aquele, o comerciante festeiro, para juntos,
 imaginarem que no verão, vai dar muito peixe no bom e velho Tapajós.
           Outros turistas haverão de parar junto a este mesmo rio para
 admirarem os meninos de corpos brilhantes que por segundos deixam de ser das
 ruas, para comporem o balet do ar. São estrelas desafiando a adversidade da
 vida, por breve momento, gente muito feliz.
           O Brasil é aqui, o resto é perfumaria. Nem shopíngue, nem
 marketíngue, tem mesmo, no meio da cidade, o quilômetro um da
 Transamazônica. Por debaixo do asfalto quente, coração de homem que vendeu
 lavoura de café lá no Sul para empregar dinheiro no sonho amazonense. Tem
 sangue de índio dizimado, cultura castrada, garimpo e malária. Dinheiro de
 contribuinte e palavra sem valor de quem governou em nome da pátria amada.
           São dias assim, de gente brasileira, que bem lá no derradeiro da
 alma sabe que é preciso pular da rede e deixar que a esperança ceda lugar à
 coragem. Vencer. São dias de eterno verão.

        Jussara Whitaker
 Socióloga.  Doutora em Educação.
 Escritora contista.

*Professora Jussara Whitaker: "meu partido é a Educação"

A querida professora/doutora Jussara Whitaker concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio, por minha solicitação, na qual, por mais de 30 minutos ela falou de sua vida, desde a infância em Presidente Prudente, até aquele momento em Itaituba.

A matéria foi veiculada no dia 14 de abril de 2014 no blog após publicada e circulada no Jornal do Comércio

Esta é um das nossas homenagens a essa pessoa que tanto admiramos.

A foto da matéria foi escolhida por ela, pois era uma de suas preferidas.

Jota Parente
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Jussara Saldanha Whitaker nasceu na cidade de Presidente Prudente, no estado de São Paulo, em 1954. Seus pais eram brasileiros, mas, descendentes de ingleses. Viveu lá até mais ou menos dezoito anos de idade, onde fez seus primeiros estudos. Fez parte do Movimento Revolucionário Oito de Outubro, o conhecido MR8, que combateu a ditadura militar, dentre tantas outras coisas que já fez na vida. Ela, que é uma conceituada educadora do município de Itaituba, diretora da FAT, é destaque nesta edição do Jornal do Comércio.
JC – Quais eram as atividades de seus pais?

Prof.ª Jusssara – Minha mãe era dona de casa e meu pai trabalhava na área de comércio. Ele tinha uma imobiliária e mexia com compra e venda de terras. Naquela época vivia-se o auge dessa atividade no Mato Grosso, assim como acontece hoje em dia no Pará.

JC – Como foi sua infância e adolescência em Presidente Prudente?

Prof.ª Jussara – Eu tive uma infância ótima. Brinquei muito, subi muito em árvores, brinquei de mocinho e bandido, de índio, brinquei na rua e também brinquei de boneca. Tive uma infância muito ativa e aproveite bastante aquela fase da minha vida. Meus pais eram pessoas bastante afetivas, muito amorosos mesmo, que nos ensinaram a amar a família. Eles foram muito importantes, nos ensinando a entender a importância do amor familiar e o respeito pelos outros.
Meu pai gostava muito de História. Incontáveis vezes ele sentou ao meu lado e de minha irmã para discutir com a gente a História do Brasil, com o livro na mão. Então, esse gosto que eu tenho hoje pela História - pois sem ela é difícil entender qualquer relação econômica, social e até afetiva -, eu adquiri nas noites ouvindo meu pai discutir com a gente. Nossa família tinha o hábito de reunir todo domingo para um almoço, merenda da tarde e o jantar. Naquelas ocasiões a gente ouvia música; minhas tias tocavam piano, cantavam. Havia, inclusive, uma tia minha que era cantora lírica. Essa questão da afetividade sempre foi muito importante na nossa vida.
JC – Sua vida escolar começou em Presidente Prudente?

Prof.ª Jussara – Sim. Iniciei meus estudos lá, onde fiz até o segundo grau e comecei a faculdade de Sociologia. Na época era Instituto Isolado da USP. Depois que foi feita uma reforma universitária, os institutos isolados da USP transformaram-se na Universidade Estadual Paulista – UNESP. Não terminei o curso em Presidente Prudente, porque eu pedi transferência para Araraquara, também na UNESP, tendo concluído meus estudos superiores lá.

JC – A família toda mudou para Araraquara, ou apenas a senhora?

Prof.ª Jusssara – Eu fui sozinha, por vontade própria porque eu entendi que lá havia um diferencial no curso de Ciências Sociais, especialmente com relação a duas matérias, Ciências Políticas e Antropologia. Meu desejo, quando terminasse meus estudos era trabalhar como professora de Ciências Políticas. Em Araraquara isso seria possível, pois eu fui trabalhar como assistente de um professor de Ciências Políticas, que era o titular dessa pasta, podendo trabalhar nas pesquisas junto com ele. Então, ele foi o meu mentor. Aquela foi uma decisão acertada que eu tomei.

JC – Sua família continuou morando em Presidente Prudente?

Prof.ª Jusssara – Sim. Meu pai faleceu quando eu tinha entre dezoito e dezenove anos e minha mãe continuou vivendo lá pelo resto de sua vida. Ela morreu há quatorze anos e eu e minha irmã continuamos em Araraquara, onde eu tenho familiares.

JC – De Araraquara qual foi seu próximo destino?

Prof.ª Jusssara – Araraquara foi super importante para mim. Ali eu comecei a desenvolver coisas na minha vida que até hoje refletem na minha maneira de ser, na minha maneira de pensar e nas coisas que eu acredito. Tive oportunidade de ficar muito próximo do movimento estudantil. Fui atuante no Centro Acadêmico e depois participei da primeira diretoria da União Estadual dos Estudantes que havia sido extinta por conta da ditadura militar. Eu representei a UNESP.
            Foi um momento importante, de reconstrução das UEE paulista, em 1976, ainda no tempo da ditadura. Isso me deu oportunidade de conhecer muita coisa, de ter contato com textos da área de Ciências Políticas, de conhecer pessoas, de ter conhecimento de pessoas e autores ligados à política, de entender melhor comportamentos, não só da política estudantil, mas, do Brasil de um modo geral. Então, foi um momento de grande crescimento pra mim nos dois anos que fiquei fazendo parte da diretoria daquela entidade.
            Por causa dessa participação na diretoria da UEE foi aberto outro caminho, por escolha minha, que foi continuar na atividade política. Eu estava ligada nessa época, ao Movimento Revolucionário Oito de Outubro, o MR8 onde eu fiquei durante dezessete anos. Eu sou grata aos companheiros daquele período, porque tive a oportunidade de conhecer um pouco mais o Brasil, um pouco mais da política brasileira.

JC – No MR8 a senhora passou por momentos de tensão, de ameaça de perda da liberdade e sofreu ameaças?

Prof.ª Jussara – Sim. Amigos companheiros meus tiveram uma sorte pior que a minha. Mesmo assim houve momentos de muita incerteza, com intimidações, questionamentos sobre as atividades da gente, monitoramento de cada passo, liberdade cerceada, etc... Enfim, não só dentro do movimento estudantil, mas, depois dele tive que prestar esclarecimentos com certa frequência aos organismos de repressão, tendo que ir a delegacias de polícia. Boa parte do tempo a gente teve que fazer isso na clandestinidade. Então, vivi sobressaltos todos os dias durante o período dessa militância.

JC – Depois de Araraquara qual foi seu próximo destino?

Prof.ª Jussara – Mesmo vivendo em Araraquara eu tinha um pé na cidade de São Paulo onde cumpria uma série de compromissos, inclusive políticos. Em São Paulo eu conheci meu marido, Antônio Manuel, com quem casei em 1980. Tivemos três filhos, Pedro, que mora em Manaus, a Carolina e a Marília e lá eu trabalhava mais na área de pesquisa.

JC – Até que ano a senhora viveu em São Paulo?

Prof.ª Jussara - Fiquei em São Paulo até julho de 1998, quando vim para cá. Cheguei aqui num sábado. Eu lembro que o avião pousou próximo ao meio-dia; fazia um calor imenso, o Sol brilhando com tudo. Recordo que a primeira coisa que meu marido, que já estava aqui há um mês me disse foi, você tem que ver o rio. Depois que você olhar o Rio Tapajós, nunca mais você vai querer olhar para outro rio.
Antes da gente ir para casa, nós fomos ver o rio., Quando a gente descia do aeroporto para a cidade ele me disse que estávamos andando pela Transamazônica, o que me deixou admirada, pois para mim era uma referência literária. Era uma referência muito negativa e era tida essa rodovia como um símbolo da ditadura militar. Senti que estava pisando, que estava caminhando na História. Foi uma sensação estranha.

JC – A senhora teve muitas dificuldades para se adaptar, pois saiu de um lugar onde estava tudo pronto e veio para cá, onde quase tudo estava por fazer?

Prof.ª Jussara – Eu acho que não. Primeiramente eu fiz um pacto comigo mesma, para não olhar nada sob o ponto de vista de socióloga. Eu queria deixar me levar pela cidade. Fui conhecendo as pessoas, e me lembro de que a primeira pessoa que eu conheci aqui foi o Roselito. Fui procurando sentir a cidade. As impressões sobre o local e sobre as pessoas foram chegando devagarinho. Claro que era um outro mundo, uma coisa quase totalmente diferente.
Uma coisa que estranhei foi que naquela época não tinha carne na hora que eu desejava comprar. A questão da energia, que já estava melhor, ainda tinha problemas. Isso me incomodou. Eu até brinco que aqui é realmente o Brasil; lá é a perfumaria. Aqui é o encontro de culturas, de vidas diferentes. Esse processo migratório que a gente vê aqui é muito interessante para criar esse espaço geográfico, espaço humano e social.
Às vezes ainda ficou um pouco magoada quando alguém me diz com certa discriminação, ah, mas, você veio de fora. Mas, ao mesmo tempo eu entendo, porque esse mesmo preconceito que o sulista sente em relação a quem vai do norte, também acontece aqui com quem vem do sul. Um dia isso acaba, mas, é um processo longo.

JC – Qual é o olhar da socióloga Jussara Withaker sobre Itaituba do presente e do futuro que está batendo à porta com esses investimentos públicos e privados?

Prof.ª Jussara – Vejo tudo isso como uma faca de dois gumes, pois se de um lado existe a promessa do que se chama por aí afora de desenvolvimento, com a chegada desses investimentos, por outro lado a gente não tem nada preparado para receber esse impacto. Temos uma cidade e por que não dizer um município totalmente desestruturado, que convive diariamente com diversos problemas urbanos e rurais, citando como exemplo a falta de condições para escoação da produção agrícola. Não temos estrutura para nada, sem saneamento, sem ruas trafegáveis, sem um projeto de recuperação, deficiências na área da saúde, e como vai ser isso quando deslanchar esse processo migratório?
A imigração já existe, já está acontecendo, mas, vai ser muito maior e intensa. Essas pessoas vão precisar ser acomodadas, vão precisar ter assistência em saúde e em educação e isso é muito complicado. Inclusive, hoje já não se fala mais em dormitórios plataforma, onde os trabalhadores dormiriam na área da obra da hidrelétrica. Esse pessoal vai vir para a cidade de Itaituba, inchando-a. Temos mazelas importantes que ainda nem foram curadas, oriundas de processos econômicos anteriores. Hoje, tudo é feito às pressas, de improviso, e assim não funciona direito.

JC – A senhora virou uma amazônida, uma itaitubense?

Prof.ª Jussara – Certamente. Meu projeto de vida é continuar aqui. Hoje eu me sinto muito comprometida com a cidade, com a região, compromissada com o lugar onde trabalho (FAT) e o meu grande partido hoje, embora eu tenha uma filiação de vinte anos no PT, é a educação. A gente só muda as coisas, hoje, pela educação. Não tem outra maneira de transformar realmente. Isso está muito claro na minha cabeça e esta é uma opção de vida.

*Matéria do Jornal do Comércio, edição 184, que está circulando

Professora Jussara Whitaker morreu na madrugada de hoje

Professora Jussara Whitaker. Última foto feita pelas lentes do blog
do Jota Parente e do Jornal do Comércio, no Prêmio Giro 2017
Recebo a notícia como se tivesse tomado um choque violento: o falecimento da querida professora doutora Jussara Whitaker, diretora da FAT, aos 63 anos.

Aconteceu na madrugada de hoje, no Hospital Municipal de Itaituba.

Ela não vinha se sentindo bem há alguns dias, segundo resultados de exames feitos em laboratórios de Itaituba, por conta do que os médicos definiram como um vírus potencialmente forte, parecido com o Rota vírus.

Sexta-feira da semana passada, 23 de novembro, ela passou mal em um aniversário, sendo levada para o HMI.

De lá para cá não se recuperou mais, vindo a óbito hoje de madrugada.

Não vivia todo dia com ela, mas, a admiração que tenho e sempre terei por essa mulher é muito grande, pelo conjunto, seja a mãe de família zelosa, a professora competente, a escritora inspirada, eterna estudante que não cansava de estar sempre procurando saber mais.

Vai fazer muita falta para todos; para a família, em primeiro lugar, para a FAT e seus alunos e para Itaituba.

A comunidade itaitubense perde uma cidadã que adotou esta como sua segunda terra, cabeça brilhante que viveu ligada à sua comunidade, com a qual contribuiu com sua sabedoria e criatividade.

A educação superior em Itaituba está de luto; perde um dos seus pilares, mas, sua passagem por esta vida não foi em branco, pois deixa, além do seu exemplo de vida, o legado de uma respeitável obra literária que ficará para a posteridade.

Professora Jussara Whitaker era articulista do Jornal do Comércio.

Os sentimentos para os familiares.


Com toda nossa admiração, descanse em paz, professora Jussara.

Auto de Natal do Polegar

O Centro Educacional Polegar promoveu na noite de ontem, sábado, o Auto de Natal da escola.

Alunos de todas as classes fizeram belas apresentações, arrancando aplausos do grande público, formado pelos pais dos estudantes.

A organização do evento e o empenho dos alunos foram pontos destacados por quem esteve prestigiando.


Tudo foi devidamente registrado pelas lentes do blog do Jota Parente e do Jornal do Comércio.












sábado, dezembro 02, 2017

Nem na capital a Celpa cumpre decisões judiciais

Em 2018, juizado atenderá questões com a Celpa

A partir do dia 22 de janeiro de 2018, a Celpa disponibilizará, na forma presencial, o serviço de Atendimento do Canal Linha Direta na 6ª Vara de Juizado Cível, disponibilizando um técnico da empresa para o atendimento na sede da unidade judiciária. 

O serviço já vem sendo realizado de forma virtual desde o dia 23 de novembro deste ano, um dia após a juíza Valdeíse Maria Bastos reunir com executivos da concessionária Celpa para tratar de assuntos referentes às ações em trâmite contra a concessionária. O serviço, está disponibilizado o email canalinhadiretanorte@celpa.com.br, com vistas a tentativa de resolução extraprocessual das demandas.

O tema da reunião girou em torno do descumprimento reiterado de decisões judiciais por parte da Celpa, cortes abusivos mesmo após determinação judicial para a abstenção do referido ato, cobranças indevidas, desrespeito aos prazos da Agência Nacional de Energia Elétrica, dentre outros.

Entre as deliberações da reunião, ficou decidido que, através do atendimento virtual, a Celpa se compromete a providenciar o imediato restabelecimento de serviço (mínimo de 4h e máximo de 24h) e bloqueio de faturas questionadas. No entanto, os consumidores devem ficar atentos ao fato de que, no período anterior do recesso e no recesso forense (que vai de 20 de dezembro de 2017 a 6 de janeiro de 2018) a inclusão de novas faturas deverá ser feitas mediante novas reclamações ou efetuação do pagamento das mesmas.

Quanto às reclamações de falta de cumprimento das decisões judiciais, todas as comunicações referentes às decisões não cumpridas em tutelas provisórias ou sentenças, serão feitas de forma direta, endereçadas ao setor jurídico da Celpa a e-mails específicos da concessionária.

Outra deliberação é a realização, a partir de 2018, de pautas concentradas, com objetivo da realização de audiências de conciliação, com possibilidade de acordos entre as partes no processo, os quais serão homologados posteriormente.

Além disso, os consumidores que procuram diretamente o Judiciário para reclamações contra a concessionária deverão, primeiramente, procurar a Celpa, procedendo a reclamação em caráter administrativo, o que gerará um protocolo de atendimento. Caso não haja acordo no atendimento administrativo, o protocolo deverá ser juntado quando do ajuizamento de reclamação contra a empresa.


Fonte: Portal ORM

sexta-feira, dezembro 01, 2017

Audiência Pública da Ferrogrão foi adiada

Não será mais domingo, dia 03 de novembro, a audiência pública em Itaituba para discutir a rodovia que vai transportar grãos do Mato Grosso para os portos de Miritituba.

A reunião foi adiada para a próxima segunda-feira, dia 04.

Os motivos do adiamento não foram informados.