sábado, março 21, 2015

Dia Mundial da Água vai ter programação especial em Itaituba

Na verdade, começou  hoje a programação com uma caminhada liderada pelo Rotary Club e por outras entidades.

Amanhã, a partir das oito da noite vai ser desenvolvida uma grande programação na Barraca de Eventos, na frente da cidade, que constará de peça teatral e muitas outras atividades.

O objetivo primordial é chamar atenção dos itaitubenses para a importância de preservar os mananciais, a partir do maior de todos que nos servem, o rio Tapajós, que tem sido muito maltratado nas três últimas décadas.

A ganância tem falado sempre mais alto, pois em nome da economia da região, nosso rio tem sido destruído. E agora, que o preço do ouro alcançou patamares muito elevados, a procura pelo precioso metal fica cada vez mais aguçada. E se levarmos em conta a crise da economia, essa busca vai ficar ainda mais desenfreada. E quem paga o preço é o rio Tapajós.

Por isso, passou da hora de os itaitubenses se ligarem no que acontece com o nosso rio.

Para muita gente isso normal, e há quem diga que no inverno é assim mesmo. Pode até ter sido há alguns anos, mas, ultimamente, essa é a cor do Tapajós, tanto no inverno quanto no verão.

sexta-feira, março 20, 2015

Pressionado pelo PMDB, governo não vê como atravessar maré da crise

Cristiana Lobo (G1)

A semana começou com mais de dois milhões de brasileiros nas ruas protestando contra o governo e contra a corrupção, passou pela demissão do primeiro ministro deste segundo mandato e chega a uma crise com o PMDB. O discurso da presidente Dilma Rousseff é de que os problemas econômicos são passageiros, a crise é conjuntural e tudo vai melhorar depois de aprovado o ajuste fiscal pelo Congresso.
 
Depois de uma semana tão difícil é, sem dúvida, uma tentativa de reação da presidente, ajustando o discurso para justificar as dificuldades econômicas. Os primeiros resultados na economia, todos sabem, vão demorar mais do que é o necessário para o governo.  Por isso, Dilma precisa arrumar o lado político do governo e a coesão de sua base no Congresso.

É aí que reside o problema: o PMDB, a cada dia, sobe um pouco o tom nas críticas e demandas ao governo. As demandas agora não são por cargos, ao menos abertamente. O partido vai apresentar na próxima semana proposta de emenda constitucional que reduz de 39 para 20 o número de ministérios e reduz em 30% o número de cargos de livre nomeação, os chamados cargos de confiança.
 
- Então, me apresente os ministérios que devem ser extintos - disse Dilma ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que defendeu a medida. Renan justifica a proposta afirmando que o governo precisa dar o exemplo e cortar na própria carne para pedir sacrifício da sociedade, como as novas regras para o acesso ao seguro desemprego. Ou seja, com isso, Renan e seu PMDB deixam claro que querem ver o governo cortar na própria carne para terem justificativa para aprovar o ajuste fiscal.
 
Esta foi uma proposta que o candidato Aécio Neves fez na campanha, sem detalhar, e que lá também Dilma Rousseff criticou. Agora, ela é cobrada pelos próprios aliados do PMDB.
 
O importante para a presidente Dilma, a esta altura, é entender aonde o PMDB quer chegar com estas propostas. O partido tem feito reuniões, demonstrado unidade entre os representantes da Câmara e do Senado, que em alguns momentos pareciam falar línguas diferentes. Mas eles cobram também a reorganização do governo. E isso, em tese, pressupõe mudanças na equipe, mais particularmente, no Palácio do Planalto.
 
Pior para Dilma: se o PMDB pede a saída de Aloízio Mercadante sem ser muito claro, setores do PT e o ex-presidente Lula são claríssimos quando pedem que Mercadante seja substituído por Jaques Wagner. Dilma está demonstrando que irá resistir. Mas, até quando?
 
Resumo da Ópera: o mês de março não acabou e os problemas para a presidente vão se avolumando. Mesmo com as tentativas de reação, ainda não se vê como atravessar esta maré.

"Nós não somos otários", diz padre diante de empresários e vereadores de Santarém

“Assumam o seu papel de defensores dos direitos nossos. Os senhores foram eleitos por nós para nos defender, por isso assumam o seu papel. Só isso, porque os que antecederam vocês 12 anos atrás foram criminosos ao assinarem o projeto do porto da Cargill”, disse Padre Edilberto Sena na sessão da Câmara.

À maneira do ex-ministro Cid Gomes, que deixou o Ministério da Educação por ter chamado os deputados federais de “achacadores” durante uma reunião pública em Belém, e de haver repetido a afirmação em sessão da Câmara Federal,ontem, 18, também no Pará, no município de Santarém, um episódio semelhante promete tornar o padre e militante de causas sociais, Edilberto Sena, coordenador da Comissão Diocesana Justiça e Paz, persona non grata aos vereadores locais.

Padre Edilberto
 Anteontem, 17, o religioso, juntamente com um grupo de militantes e membros de associações populares esteve numa sessão da Câmara Municipal para falar da manifestação que pretendem realizar no próximo domingo, dia mundial da água, visto que o grupo integra as lutas locais contra a instalação de portos privados de empresas exportadores que chegam à cidade de Santarém. Segundo Padre Edilberto, esses portos, assim como ocorre em Itaituba, comprometem seriamente a salubridade do Rio Tapajós e de lagos circunvizinhos.

Os vereadores levaram um susto quando o religioso, chamado para dar a sua palavra da tribuna, disse, sem pestanejar, aos vereadores: “Assumam o seu papel de defensores dos direitos nossos. Os senhores foram eleitos por nós para nos defender, por isso assumam o seu papel. Só isso, porque os que antecederam vocês 12 anos atrás foram criminosos ao assinarem o projeto do porto da Cargill”. A Cargill é uma grande empresa de origem norte-americana que transporta soja do porto de Santarém para o exterior, com seu terminal localizado sobre um sítio arqueológico. Segundo os movimentos sociais, a empresa opera há muitos anos de modo ilegal no município.

Antes, Edilberto havia dito: “Vou ser curto e direto ao tema. Sou coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém. Esta reivindicação vai a três grupos aqui presentes: aos empresários, ao plenário e aos vereadores. E esquematizou a reivindicação:

a) “Aos empresários: os senhores podem implantar as suas empresas e gerar seus lucros, mas não como e onde querem. Nós não somos otários;

b) Ao plenário: precisamos nos unir e lutar juntos por nossos direitos e não aceitar imposições que nos prejudicam. Não nos fiemos nos políticos, temos que agir como sociedade que resiste a imposições sobre nossos direitos; e se aceitarmos, aí sim, seremos otários”.

Tudo isso não levou mais que 4 minutos. “Fui inscrito para falar pela Comissão Justiça e Paz da Diocese, após as falas oficiais das associações de moradores, da Pastoral Social, Famcos, Unecos, etc., e depois dos empresários envolvidos”. O presidente da mesa, vereador Reginaldo Campos, antes das falas dos empresários, resolveu modificar a dinâmica da sessão, passando a palavra aos inscritos, sendo o padre Edilberto chamado por primeiro.

Em vista do ocorrido, os vereadores decidiram remeter uma carta ao bispo dom Flávio Giovenale, repudiando as palavras do padre Edilberto. Antes, porém, o padre escreveu ao bispo, dando a sua versão dos acontecimentos. 

Na carta ao bispo, ele afirma: “Ao chegar há pouco, na Pastoral Social, fui informado que meu pronunciamento na Câmara causou impacto negativo entre os vereadores. Soube também que eles ficaram indignados e estarão enviando carta de repúdio a ser entregue ao sr. Bispo. Não falei nenhuma vez a palavra “corrupto”. Mas imagino que ao dizer que nós, do plenário, não devíamos nos fiar nos políticos, eles podem ter interpretado que os acusava de corrupção”.

Prossegue a explicação:

“Frisei que nós, da sociedade civil organizada e ameaçada pelas obras do progresso em Santarém, não vamos nos fiar nos políticos. É que o projeto dos portos novos na periferia da cidade já vem sendo discutido, desenhado e encaminhado há mais de um ano. Nós da Pastoral Social já participamos de várias reuniões e encontros em defesa dos direitos dos moradores dos bairros afetados e do meio ambiente do lago do Maicá. Inclusive, já aconteceu um seminário específico no bairro Pérola do Maicá, com presença da SEMA estadual e Ministério Público Estadual, mas nenhum vereador compareceu e se manifestou em favor dos moradores dos bairros”.

“A Rádio Rural de Santarém já promoveu um debate sobre o tema do projeto dos portos graneleiros. Compareceu, entre outros debatedores, o então secretário de planejamento e desenvolvimento municipal, Valdir Matias, que fez forte defesa das empresas do projeto dos portos. Os vereadores nunca antes participaram de reuniões e encontros com as associações de moradores para escutar o povo”.

Já o vereador Henderson Pinto, que foi o mais escandalizado com o pronunciamento do padre Edilberto Sena, com seu furioso pronunciamento "pode ter desviado o assunto dos portos, cujo plenário da sessão especial se manifestava visivelmente preocupado com os impactos dos tais projetos".

Henderson Pinto é um defensor firme dos projetos portuários. No dia 24 de abril de 2014 em entrevista ao Jornal TapajósNet afirmou o seguinte: “O projeto da Ceagro é viável e representa um ganho em termos de desenvolvimento econômico para o município. Acredito, continuou Henderson, que esse projeto vai nos auxiliar no nosso processo de desenvolvimento, no aquecimento da nossa economia, principalmente na geração de emprego e renda e também, em dividendos para o município de Santarém e toda a região. Eu gostei muito da apresentação da Ceagro e da forma que eles estão pensando para se implementar no município”. 

Finaliza Edilberto: “Assim sendo, compreendo que eles tenham se doído com as colocações que fiz”.

Fonte: blog do Manuel Dutra

Paulo Rocha fala sobre investimentos para o Pará

O senador Paulo Rocha (PT), que ontem presidiu a sessão do Senado por alguns instantes, usou a tribuna para anunciar que vai se empenhar em ações pelo desenvolvimento do Pará.

Ele anunciou o Plano de Desenvolvimento do Marajó, o porto Espadarte em Curuçá, o prosseguimento dos trabalhos em favor da hidrovia Araguaia-Tocantins, a extensão da ferrovia Norte-Sul até Barcarena e um novo linhão até Santarém.

O que se espera por aqui é que esse linhão não deixe esta região sudoeste do Estado de fora, pois os problemas advindos do atual linhão são recorrentes e muito sérios. Ademais, a demanda por energia elétrica de qualidade por aqui é cada vez maior, por causa da chegada dos grandes empreendimentos.

Professores protestam em Belém contra o governo do Estado

Professores da rede estadual de ensino saíram ontem às ruas de Belém para protestar contra o não pagamento do piso nacional. Os manifestantes pediram também, o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração e a reforma das escolas.

Segundo Beto Andrade, secretário do SINTEPP, a mais recente reunião com o secretário de Estado de Educação, Helenilson Pontes, não foi satisfatória.


Sobre o piso, a Seduc informou que analisa a possibilidade de passar a fazer o pagamento do piso nacional a partir de abril, sem estipular uma data para começar a pagar o retroativo referente aos meses de janeiro, fevereiro e março.

quarta-feira, março 18, 2015

CID: 'SAÍ PARA NÃO CONSTRANGER A BASE ALIADA'

O agora ex-ministro da Educação, Cid Gomes, disse que pediu demissão em “caráter irrevogável” à presidente Dilma Rousseff porque não queria criar constrangimento à base aliada do governo; "A minha declaração e mais do que ela, a forma como eu coloquei minha posição na Câmara cria dificuldades para a base do governo e portanto não quis criar nenhum constrangimento. Pedi demissão em caráter irrevogável", afirmou; Cid apresentou o pedido da demissão à Dilma em uma rápida reunião no Palácio do Planalto

Agência Brasil - O agora ex-ministro da Educação, Cid Gomes, disse que pediu demissão em “caráter irrevogável” à presidenta Dilma Rousseff porque não queria criar constrangimento à base aliada do governo.
"A minha declaração e mais do que ela, a forma como eu coloquei minha posição na Câmara cria dificuldades para a base do governo e portanto não quis criar nenhum constrangimento. Pedi demissão em caráter irrevogável, agradecendo a ela [Dilma]", afirmou em entrevista.
Cid apresentou o pedido da demissão à Dilma em uma rápida reunião do Palácio do Planalto. Ele encontrou a presidenta após sair da Câmara dos Deputados, onde esteve hoje para responder aos questionamentos dos deputados sobre uma declaração feita por ele de que há, no Congresso Nacional, “400 ou 300 achacadores”.
Cid disse que a declaração é uma opinião pessoal e que a mantém. “A situação em que eu me encontrei, sendo convocado pela Câmara para questionar a especulação que eu tinha feito em reservado, eu não podia agir diferente senão confirmar aquilo que disse, que penso pessoalmente", declarou Cid, ao sair do palácio.
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Comentário do blog: Cid disse o todos nós gostaríamos de dizer para os congressistas, mas, não temos oportunidade.

Um ano de saudades de Luiz Feltrin

Luiz era um amigo desses que a gente fica dias e dias sem se ver, por causa de sua ocupação, mas, nem por isso a amizade e o respeito diminuíam. 

Essa foto eu fiz pouco antes de a gente decolar para Santarém, no dia 21 de dezembro de 2013, para passar um final de semana na Pérola do Tapajós.

Não a usei no decorrer do episódio do acidente no qual, ele e seus quatro passageiros foram vitimados.

Hoje completa um ano daquele que foi um dos mais trágicos acidentes desta região Oeste do Estado do Pará, o qual foi noticiado muito além de nossas fronteiras estaduais.

A pergunta que grande parte da humanidade faz, para a qual talvez nunca se tenha uma resposta, porque ela está muito mais para o campo da metafísica, do que para este plano terrestre é: será que existe uma hora determinada para nossa passagem?

Se tem, aquele foi o dia marcado para aquelas cinco pessoas.

No caso do Luiz, ficou a lembrança de sua trajetória de conquistas, e se servir de consolo, a certeza de que ele foi um dos mais completos pilotos desta região. Sobre isso não há discussões, pois todos sabem disso. Assim como foi bom filho, bom pai, bom esposo e um bom exemplo de cidadão responsável e comprometido em fazer as coisas de modo correto. Essas marcas ninguém vai tirar dele.