domingo, novembro 17, 2013

Desmatamento na Amazônia aumenta 28%

O desmatamento na Amazônia subiu 28% segundo números do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes) e do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe). Os dados apresentados hoje (14), pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, são equivalentes ao período de agosto de 2012 a julho de 2013 e mostram que a área desmatada foi 5.843 quilômetros quadrados.

Apesar do aumento, a ministra assegurou que essa é a “segunda menor taxa de desmatamento já registrada em toda a história” desde que o monitoramento começou a ser feito pelo Inpe. Entre os estados que mais desmataram estão Mato Grosso (52%) e Roraima (49%). Quando o cálculo é feito em quilômetros os estados que lideram o ranking de desmatamento são o Pará, com 2.379 quilômetros quadrados, e Mato Grosso, com 1.149 quilômetros quadrados.

Izabella também confirmou que retornará mais cedo da Conferência Mundial do Clima, em Varsóvia, na Polônia, para participar de uma reunião com todos secretários estaduais de meio ambiente da Região Amazônica, onde cobrará explicações sobre os desmatamentos em cada estado. (Agência Brasil)

Greve custou R$ 20 mi aos cofres públicos

Os professores garantem que a greve, que durou 53 dias, foi vitoriosa. Também afirmam que o governo recuou, mas admitem que deveriam ter obtido mais conquistas se o movimento não tivesse paralisado. Já o governo, que viu radicalismo exacerbado e intransigência nos grevistas, diz que quem recuou foram os grevistas, que tiveram de voltar correndo às salas de aula depois que professores temporários foram contratados para que os alunos não fossem prejudicados pela paralisação. No meio do tiroteio de acusações mútuas, os maiores interessados, os alunos, cuja reposição dos dias parados deve invadir parte de todo o primeiro semestre de 2014, contabilizam grandes prejuízos, como atraso do calendário escolar, além da preparação para o Enem, único meio de ingresso no ensino superior.

Qual o custo financeiro e político da paralisação? O governo não revela quanto gastou ao direcionar suas verbas publicitárias para emitir notas, comunicados e ameaças aos grevistas, por meio de rádios, jornais e nos horários nobres das emissoras de televisão, mas estimativas extra-oficiais, de uma fonte governamental, calculam que isso não ficou por menos de R$ 15 milhões. Outros R$ 5 milhões teriam sido gastos com a mobilização do aparelho policial, transporte, alimentação e combustível. Total do desembolso: R$ 20 milhões.

O uso do dinheiro público para tentar convencer a opinião pública do fracasso das negociações com os grevistas e explicar uma paralisação de 53 dias que sequer poderia ter ocorrido, se na estrutura de poder houvessem interlocutores com jogo de cintura suficiente para conduzir as negociações com lucidez e transparência, evitando tantos prejuízos aos estudantes, mais pareceu um tiro no próprio pé disparado pelo governo.

Nas caríssimas notas de jornais, o governo fez-se de vítima, deixando à mostra a fragilidade de má condução nas negociações. O que se ouvia pelas ruas é que os professores radicalizavam, porque o governo também era radical, empurrava as negociações com a barriga, tentando vencer os grevistas pelo cansaço. Uma estratégia logo percebidda pelos grevistas, que responderam com a invasão do prédio da Assembleia Legislativa. (DOL)

sexta-feira, novembro 15, 2013

Água na fervura

No começo da expedição eu parei em Moraes Almeida para fazer uma matéria com o presidente do movimento pela emancipação daquele distrito, Ubiratan Filadelpho.

Ele estava confiante de que a presidente Dilma Rousseff sancionaria a lei. Em vez disso, ela vetou.

Foi uma ducha de água fria na fervura que havia tomado conta dos que lutam pela emancipação.

Na ocasião eu afirmei ao Ubiratan, que sou simpático à causa deles, assim como acho que a maioria da população de Itaituba também é.

Não tem sentido lutar contra o direito que esse povo, de Moraes e de outros distritos, como Castelo tem, de tentar gerir seu próprio destino.

Sinceramente, lamento que o governo federal tenha esse entendimento.

Este é o nosso Brasil. Em uma hora autoriza a criação de um absurdo número de novos municípios, proporcionando a famosa farra de criação de novas unidades estaduais. Noutra hora impede que distritos que tem reais condições de se transformarem em novos municípios consigam se emancipar.

Dilma veta novos municípios

Blog do jornalista Manuel Dutra - Pelo menos por enquanto o Pará, e os demais Estados, não terão novos municípios, depois do veto da Presidente Dilma Rousseff, ontem, à lei que transforma distritos em sedes municipais. No Pará, caso emblemático é Santarém, que vem perdendo território nas últimas décadas para três novos municípios, o mais recente deles Mojuí dos Campos, na verdade quase um bairro da cidade-mãe. Agora querem emancipar os distritos de Lago Grande e Boa Esperança. O maior entusiasta da ideia é o deputado Antônio Rocha, que sonha governar o "município" do Lago Grande, com sede em Curuai.

Brasília (Agência Brasil)  – A presidenta Dilma Rousseff vetou integralmente o Projeto de Lei 98/2002 que criava, incorporava, fundia e desmembrava municípios. No despacho presidencial ao Congresso, publicado ontem em edição extra no Diário Oficial da União, Dilma diz que a proposta de lei devolvida ao Congresso contraria “o interesse público”. 

Segundo o despacho presidencial, o Ministério da Fazenda ponderou que a medida aumentaria “a expansão expressiva do número de municípios” o que acarretaria no aumento das despesas do Estado com a manutenção da estrutura administrativa e representativa. O ministério ponderou, ainda, que o crescimento de despesas não será acompanhado por receitas que permitam a cobertura dos novos gastos, “o que impactará negativamente a sustentabilidade fiscal e a estabilidade macroeconômica”
 
Dep. estadual Antônio Rocha
Além disso, os técnicos da área econômica destacaram que, com o crescimento de municípios brasileiros, haveria uma “pulverização” na repartição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Isso, acrescentam na justificativa para o veto presidencial, acarretaria em prejuízos para as cidades menores, além de maiores dificuldades financeiras.

Edição: Marcos Chagas
  

Moraes e Castelo terão que esperar

Comentário deste blog: A maioria acreditava que a presidente Dilma sancionaria o projeto. Houve muita comemoração quando da aprovação pelo Congresso Nacional.

 Passei há poucos dias por Moraes Almeida e Castelo de Sonhos, os dois distritos da região sudoeste do Pará, cuja transformação em novos municípios era dada como líquida e certa. Com certeza, o veto da presidente causou grande decepção.

Sei que houve a chamada farra de criação de centenas de municípios sob o guarda chuva da lei anterior. Mas, hoje existem distritos que estão, de fato, em condições de se emancipar. Não tenho dúvida de que Moraes e Castelo atendem a todos os requisitos desse projeto vetado por Dilma.

É uma pena para esses distrito, pois Moraes Almeida fica distante 300 km de Itaituba. Ora, se a prefeitura não está conseguindo dar conta nem da sede do município, imagine-se o que acontece a respeito da prestação dos serviços públicos municipais numa lugar tão distante.

E é bom que se diga, a bem da verdade, que isso acontece por falta de vontade da atual gestão municipal. Nenhum prefeito de Itaituba conseguiu atender às demandas daquele distrito, em tempo algum.

Hoje, Moraes tem vida própria, mas, continua dependendo de muitas coisas de Itaituba, porque não tem autonomia para determinar o seu destino.

A mesma coisa, em maior proporção, acontece com Castelo, que é maior e mais movimentado do que muitos municípios do Pará que conheço, alguns dos quais por onde acabo de passar.

Repito, que é uma pena que o governo federal tenha esse entendimento. Agora, resta aos líderes dos movimentos pela emancipação de seus distritos se organizarem para tentar convencer o Congresso a derrubar o veto da presidente.

Vai ser uma luta dura, porque como o governo tem folgada maioria, e como em 2014 teremos eleições para deputados federais e senadores, dentre outros cargos, os senhores parlamentares da base não vão querer bater de frente contra Dilma, que conforme a notícia do blog do Manuel Dutra, tomou a decisão de vetar baseada em critérios técnicos.

O sonho fica adiado, no meu ponto de vista, pelo menos até depois de 2014, quando a discussão deverá ser retomada.

A volta pra casa

Cheguei, ontem, a Belém, colocando um ponto final na presente expedição, que foi mais curta do que projetei inicialmente, pelas razões que expus ao longo da jornada.  

Foi uma viagem muito desgastante, a partir do seu começo, por causa do aguaceiro que desabou sobre mim, a partir do km 17, em Itaituba, e pelo frio fora de época.

Enfrentar o lamaçal que se formou na BR 163, entre Trairão e Moraes Almeida, na parte que ainda não foi asfaltada, foi o que mais exigiu de mim, fisicamente. Nunca tinha feito isso antes. Jamais pilotei em estradas de terra, durante uma chuva torrencial. O máximo que tinha experimentado foi andar por ruas de Itaituba que não são asfaltadas, mas, em trechos curtos.

A imprevisibilidade do tempo levou-me a ir mudando os planos iniciais, desde o início da viagem, pois programava para pernoitar em um lugar, mas, de vez em quando fui obrigado a parar antes.

O Aconcágua é uma região para quem tem determinação, mas, tem que se observar as condições de cada momento. E no momento em que fui me aproximando, a situação só foi piorando. Ao chegar a Montevideo, a situação do Parque Aconcágua era impraticável para quem tem um mínimo de juízo, pois as condições climáticas estavam, deveramente rigorosas, com frio intenso e ventos muito fortes. Seria uma temeridade enfrentar.

Foram muitos, e variados, os problemas que enfrentei na estrada ao longo destes quinze dias de pilotagem por horas e horas, todos os dias. Tudo o que aconteceu será relatado na edição 169, do Jornal do Comércio, que irá circular no decorrer da semana que vem, certamente, depois de quarta-feira. Asseguro, que muito do que ocorreu na estrada eu só contarei no Jornal do Comércio, em primeira mão, porque se o fizesse antes, levaria muita preocupação para a família e para os amigos.

De Belém, volto para Itaituba, de avião, após despachar a moto pela Reicon.

Quero agradecer a minha família, que mesmo com toda a preocupação que sempre teve, nunca deixou de me dar apoio. Agradeço a todos os amigos empresários, que aceitaram essa parceria para viabilizar mais esta jornada, bem como aos colaboradores. Deus sabe se virão outras, ou não.

quarta-feira, novembro 13, 2013

Mais de 800 km rodados, hoje. E preocupação com Itaituba

Hoje, consegui sobreviver às estradas do Tocantins e do Maranhão. Andei como nunca, na presente jornada. Mas, foi complicado por causa dos problemas que relatei ontem. Hoje piorou um pouco, porque tive que fugir para o acostamento em virtude de duas carretas que pegaram a mão pela qual eu trafegava, completamente erradas. Porém, com  a diferença de tamanho delas para um moto 125, o jeito foi ir o mais rápido possível para a área de fuga.

Percorri 867 km, o que é uma façanha para uma moto com tão pouca potência, cujo motor não responde quando a gente mais precisa. Mas, foram muitas horas sentado nesse banco que melhorou um pouco, mas que ainda está longe de ser confortável.

Tenho acompanhado algumas notícias da minha querida Itaituba, tão maltratada por seus governantes. Volto pra casa triste com a falta de solução para os nossos problemas, os mais elementares.

Por que será que dá certo para os outros, e para nós, não?

Confesso que tenho passado e procurado ver a situação da infraestrutura das ruas, pelo menos das mais movimentadas, de dezenas de cidades, e não vi nada parecido com o que está acontecendo com Itaituba. Acho que passou da hora da sociedade local se mobilizar. Não é para quebrar nada, porque eu defendo o direito ao protesto, mas, repudio veementemente qualquer ato de vandalismo.

Não estou falando de partidarismo, mas, de cidadania. Não dá para continuar como está. O que parece é que o governo está perdido, e não consegue se encontrar de jeito nenhum. Estamos vivendo de promessas. Só isso.


Senhores vereadores, vocês podem e devem dar uma sacudida nessa situação, desde falem a linguagem que vem das ruas, do povo. Vocês estão estão falando um idioma diferente daquele que o povo fala.  Ou será que não???