Cheguei, ontem, a Belém, colocando um ponto final na
presente expedição, que foi mais curta do que projetei inicialmente, pelas
razões que expus ao longo da jornada.
Foi uma viagem muito desgastante, a partir do seu começo,
por causa do aguaceiro que desabou sobre mim, a partir do km 17, em Itaituba, e
pelo frio fora de época.
Enfrentar o lamaçal que se formou na BR 163, entre
Trairão e Moraes Almeida, na parte que ainda não foi asfaltada, foi o que mais
exigiu de mim, fisicamente. Nunca tinha feito isso antes. Jamais pilotei em
estradas de terra, durante uma chuva torrencial. O máximo que tinha
experimentado foi andar por ruas de Itaituba que não são asfaltadas, mas, em
trechos curtos.
A imprevisibilidade do tempo levou-me a ir mudando os
planos iniciais, desde o início da viagem, pois programava para pernoitar em um
lugar, mas, de vez em quando fui obrigado a parar antes.
O Aconcágua é uma região para quem tem determinação, mas,
tem que se observar as condições de cada momento. E no momento em que fui me
aproximando, a situação só foi piorando. Ao chegar a Montevideo, a situação do
Parque Aconcágua era impraticável para quem tem um mínimo de juízo, pois as
condições climáticas estavam, deveramente rigorosas, com frio intenso e ventos
muito fortes. Seria uma temeridade enfrentar.
Foram muitos, e variados, os problemas que enfrentei na
estrada ao longo destes quinze dias de pilotagem por horas e horas, todos os
dias. Tudo o que aconteceu será relatado na edição 169, do Jornal do Comércio,
que irá circular no decorrer da semana que vem, certamente, depois de
quarta-feira. Asseguro, que muito do que ocorreu na estrada eu só contarei no
Jornal do Comércio, em primeira mão, porque se o fizesse antes, levaria muita
preocupação para a família e para os amigos.
De Belém, volto para Itaituba, de avião, após despachar a
moto pela Reicon.
Quero agradecer a minha família, que mesmo com toda a
preocupação que sempre teve, nunca deixou de me dar apoio. Agradeço a todos os
amigos empresários, que aceitaram essa parceria para viabilizar mais esta
jornada, bem como aos colaboradores. Deus sabe se virão outras, ou não.
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