sábado, outubro 12, 2013

No PROS, Dudimar vê mais chances de se reeleger

Sem ambiente no PSDB, o deputado federal Dudimar Paxiúba esperou o momento adequado para trocar de partido. Chegou a haver convite no PMDB, que embora tenha recebido com simpatia, não poderia aceitar porque seu então partido não o liberaria; depois houve entendimentos para que se filiasse ao Solidariedade, do Paulinho da Força Sindical, recém criado; não deu certo, e por fim o PROS, outro partido criado há poucos dias, com o qual o deputado se acertou. Numa conversa que teve com a reportagem do JC, no dia de sua filiação ao PROS, Dudimar explicou todos os detalhes a respeito desse novo momento que vive em sua carreira política.
JC - Hoje o senhor está em um novo partido.
Dudimar - De fato, eu me desfiliei do PSDB e hoje (30/09) eu assinei a ficha de filiação ao PROS, partido pelo qual passo a exercer o mandato de deputado federal.
JC - O senhor esteve com um pé no Solidariedade. Porque não deu certo?
Dudimar - O primeiro convite que recebi, quando manifestei minha insatisfação com o governo do estado e consequentemente com o PSDB, foi do PROS. Fiquei de analisar para dar uma resposta. Nesse ínterim, fui procurado pelo deputado federal Vladimir Costa (então do PMDB), para que eu fosse para o Solidariedade, partido que ele iria presidir no Pará, assim que fosse criado.
            Eu fiz uma avaliação de que, se fosse levar em consideração apenas a questão da reeleição, minha filiação ao Solidariedade me oferecia maior possibilidade, pois todos sabem que o Vlad é um campeão de votos no estado. Ocorre que meu interesse de trocar de partido não era somente referente à reeleição. Visava ter mais facilidade para encaminhar a solução dos problemas do nosso município em nível federal, e o PROS me proporcionaria essa chance, muito mais do que se tivesse optado pelo Solidariedade.
JC - Pesou muito o fato de Vlad continuar apoiando o governo de Simão Jatene?
Dudimar - Digo que isso também contribuiu. Entretanto, quando ele me ligou para comunicar isso, eu já havia me reunido com o prefeito de Marabá, João Salame, e já havia me decidido. Como disse anteriormente, o primeiro convite que recebi foi do PROS, que foi o partido que eu considerei melhor atender para um melhor desempenho do meu mandato neste momento. Fiz o devido comunicado ao presidente do PSDB, Flexa Ribeiro, recebendo pedido para ficar, mas, a decisão já estava tomada.
JC - O descaso do governo do estado para com Itaituba foi decisivo para sua decisão?
Dudimar - Eu diria que foi crucial. Esse descaso e essa indiferença com que Itaituba e região são tratados foram decisivos. Aqui nós vivemos apartados do restante do estado. Vá a Paragominas! Quando você chega naquela cidade, parece que está chegando a outro estado. Tudo lá dá certo, tudo lá funciona.

Doutor é só quem faz doutorado

PROF. DR. MARCO ANTÔNIO RIBEIRO TURA - No momento em que nós do Ministério Público da União nos preparamos para atuar contra diversas instituições de ensino superior por conta do número mínimo de mestres e doutores, eis que surge (das cinzas) a velha arenga de que o formado em Direito é Doutor. 
                A história, que, como boa mentira, muda a todo instante seus elementos, volta à moda. Agora não como resultado de ato de Dona Maria, a Pia, mas como consequência do decreto de D. Pedro I. 
                Fui advogado durante muitos anos antes de ingressar no Ministério Público. Há quase vinte anos sou Professor de Direito. E desde sempre vejo "docentes" e "profissionais" venderem essa balela para os pobres coitados dos alunos. 
                Quando coordenador de Curso tive o desprazer de chamar a atenção de (in) docentes que mentiam aos alunos dessa maneira. Eu lhes disse, inclusive, que, em vez de espalharem mentiras ouvidas de outros, melhor seria ensinarem seus alunos a escreverem, mas que essa minha esperança não se concretizaria porque nem mesmo eles sabiam escrever. 
                Pois bem! 
                Naquela época, a história que se contava era a seguinte: Dona Maria, a Pia, havia "baixado um alvará" pelo qual os advogados portugueses teriam de ser tratados como doutores nas Cortes Brasileiras. Então, por uma "lógica" das mais obtusas, todos os bacharéis do Brasil, magicamente, passaram a ser Doutores. Não é necessária muita inteligência para perceber os erros desse raciocínio. Mas como muita gente pode pensar como um ex-aluno meu, melhor desenvolver o pensamento (dizia meu jovem aluno: "o senhor é Advogado; pra que fazer Doutorado de novo, professor?"). 

Com amor fica mais fácil

Marilene Parente - Como disse a psicóloga norte-americana Dorothy Law Note, usamos a palavra amor para definir a experiência humana mais dinâmica e vital que existe. O que chamamos de amor é maior do que qualquer coisa que se possa dizer a respeito. E muita gente concorda que não há nada mais importante na vida do que amar e ser amado. As crianças que são amadas com carinho e aceitas sem condições, desenvolvem-se melhor. O amor é o solo no qual as crianças crescem, a luz do Sol que determina a direção para onde se voltar, a água que as alimenta.
            Nossos filhos sabem que são amados quando os tratamos com bondade, quando nossas palavras carinhosas são acompanhadas de atitudes igualmente amorosas. Não basta dizer amo você. Os pais devem sempre praticar os três as: aceitação, afeição e apreciação. Toda criança precisa viver em uma atmosfera em que se sinta confiante de que será sempre aceita e amada, a despeito de suas deficiências. Quando é amada assim, incondicionalmente, consegue amadurecer sua capacidade de amar os outros.
            Ao aceitar nossos filhos incondicionalmente, deixamos de lado qualquer tendência nossa de querer mudar a maneira de ser deles, de como eles são. Às vezes temos que abrir mão de alguns dos nossos sonhos mais caros e antigos. A mãe cuja filha prefere ler a dançar balé e o pai cujo filho descobre que gosta mais de química do que de basquete tem de optar pelo que acham prioritário: viver seus sonhos através dos filhos ou oferecer a eles o apoio emocional e a aceitação de que precisam para encontrar e realizar seus próprios sonhos.
            Aceitar nossos os filhos incondicionalmente, porém, não significa tolerar comportamentos irresponsáveis ou inconvenientes. Podemos aceitar nossos filhos e ao mesmo tempo rejeitar suas atitudes inaceitáveis, mantendo regras e limites. Tudo isso, permitir que, em momento algum, os pais percam a medida por aborrecimentos causados pelos filhos, para não complicar a construção da autoestima deles.

Coleta de assinaturas pelo PLIT pró Tapajós vai devagar em Itaituba

Bem diferente do movimento pelo plebiscito, a coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular - PLIP, em Itaituba,  para ser encaminhado ao Congresso com o objetivo de criar o estado do Tapajós, vem caminhando muito devagar, quase parando. Quem confirmou essa informação para a reportagem do Jornal do Comércio foi o presidente do Instituto Cidadão, entidade com personalidade jurídica, com sede em Santarém, que continua na liderança desse movimento. Semana passada ele conversou com o jornalista Jota Parente a respeito do assunto.
JC - Qual é a realidade presente do PLIP pró estado do Tapajós?
Edivaldo - A realidade do trabalho pelo PLIP é de continuidade ao que a gente vem fazendo desde o final do ano passado. Já visitamos os 23 municípios da região, reunimos com praticamente todos os prefeitos e presidentes e câmaras, mas, principalmente, temos conversado com os agentes comunitários de saúde, na tentativa de fazer com que eles se engajem nesse trabalho de coleta de assinaturas. Essa é uma forma mais rápida e menos dispendiosa da gente coletar essas assinaturas.
            Embora a gente tenha tido alguma dificuldade para reunir todo mundo, as coisas tem acontecido, e nós temos conseguido cobrir quase toda a região, apesar de ainda não termos chegado ao número de eleitores que almejamos. Somos mais de 700 mil eleitores na região do Tapajós, e nossa intenção é coletar no mínimo 600 mil assinaturas desse universo. Ainda não chegamos a esses desejados 600 mil, mas, estamos ultrapassando a marca de 500 mil assinaturas, somando todas as que foram conseguidas até agora.
            Nós não estamos parados. A segunda fase a partir do momento em que a gente concluir o trabalho em toda a região será partir para os estados para alcançar a marca de um milhão de assinaturas, trabalhando em cinco estados, conforme a lei prevê. Eu acredito que até a metade do ano que vem nós tenhamos alcançado a quantidade necessária para protocolar o PLIP no Congresso.
JC - Como está o trabalho em Itaituba?
Edivaldo - Em Itaituba nós fizemos um trabalho (com os agentes comunitários de saúde) igual ao dos outros municípios. É o município que tem o segundo maior colégio eleitoral, depois de Santarém, mas, a quantidade de assinaturas que nós conseguimos foi insignificante. Digo até, que foi extremamente insignificante. Foram apenas 1.100 assinaturas, de 40 mil que nós projetamos. Mas, nós vamos refazer o trabalho. Para tanto, estamos convocando novas pessoas, novos grupos para ver se nós conseguimos pelos menos dois terços do eleitorado do município.
            Itaituba foi sempre um irmão de Santarém nessa luta pelo estado do Tapajós. Aqui houve sempre muito empenho, muito interesse e muita parceria nesse trabalho. Nossas ideais sempre combinaram. Por isso, eu acredito que a gente ainda vai alcançar o nosso objetivo. Itaituba e Santarém são os dois municípios que puxam o desenvolvimento nesta região. No plebiscito, Itaituba foi o município que mais se destacou ao lado de Santarém. Por isso é muito importante sua participação nesse projeto.   
JC - Por causa desse baixo número de assinaturas vai haver uma mudança de estratégia?
Edivaldo - A mudança que nós vamos fazer é trabalhar na montagem de um comitê com esse objetivo, chamando pessoas que trabalharam no plebiscito, as quais não estão envolvidas ainda nesse novo momento da luta, considerando que nós não temos a menor chance de fazer qualquer ligação, seja ela política ou cultural com Carajás. Nós vamos sair sozinhos, mesmo, e a nossa possibilidade até em nível de Brasil é sairmos sós. Isso já está definido até com o governo, isso é consenso até junto às lideranças em nível federal. O Tapajós é um projeto centenário, que tem forte apelo.
JC - Existe entendimento de que a possibilidade de saírem Tapajós e Carajás juntos é nula?
Edivaldo  - É 100% nula. Há uma comoção social e política do Pará, de modo especial em relação a Belém, contra o Carajás. Por isso, não existe a mais remota chance de saírem os dois estados juntos. O que aconteceu no plebiscito, iria acontecer de novo e de uma forma até pior, se  houvesse ameaça do Carajás sair. Pode até ser que no futuro, em outras condições isso seja possível. O Tapajós nunca foi objeto de discussão nas mesas de bares e restaurantes, em Belém, na hora do almoço ou do jantar. Foi sempre o Carajás. Há um consenso de legitimidade quanto ao desejo do Tapajós de se emancipar. Mas, isso não ocorre quanto ao Carajás. Isto não sou eu quem diz, mas, é isso que está posto no meio da elite política e econômica da capital.
JC - Existem algumas pessoas da região que resolveram fazer um trabalho em conjunto. Quem fez essa opção está perdendo seu tempo? E da parte das lideranças do movimento de Carajás, há um certo oportunismo ao aceitar isso?
Edivaldo - Já ouve isso no plebiscito, porque eles sabiam que a grande chance deles seria sair junto com o Tapajós. Isso foi muito bem posto e foram feitos acordos de bastidores para que os dois saíssem juntos, uma vez que nós iríamos sair sozinhos, mas, por solidariedade, porque as ideias eram semelhantes, fomos juntos. Quanto às pessoas que estão fazendo esse trabalho junto com Carajás, só acho que não estão perdendo seu tempo, porque acredito que estejam sendo bancadas por alguém. Democraticamente, cada um pode escolher o caminho que deseja seguir. Mas, dentro de um raciocínio prático isso não vai a lugar algum.
JC - Como tem sido a participação da prefeitura de Santarém e de outros municípios?
Edivaldo - Santarém saiu na frente porque o prefeito Alexandre Von criou uma coordenadoria de desenvolvimento regional, com foco no apoio ao estado do Tapajós. Há toda uma estrutura montada que permite que se faça um trabalho de integração voltado para a luta pelo estado do Tapajós.
            O plebiscito nos levou a ter todo esse entendimento a respeito dessa causa, demonstrando que praticamente todos os prefeitos não tinham e os atuais não tem nenhuma resistência quanto à criação do estado do Tapajós, nem as câmaras municipais. O que está faltando é uma participação mais efetiva, um envolvimento mais objetivo na causa, porque ainda há receio de alguns quanto a possíveis retaliações do governo do estado. Falta a alguns mostrar a cara, dar a cara para bater.
JC - O Consórcio Tapajós pode ter um papel importante nessa luta?
Edivaldo - Sim, pode e a gente acredita que vá ter. O Consórcio Tapajós, como disse recentemente o presidente Raulien Queiroz, não vai se limitar a discutir apenas as questões relativas às hidrelétricas, mas, a tudo que diz respeito à região do Tapajós. E o que pode dizer mais respeito a nós, do que nossa vontade de criar o nosso estado? Por isso, eu acredito sinceramente, que pela força que o Consórcio Tapajós tem, ele deverá ser um grande aliado nessa luta.
JC - Como vai o projeto de coleta de assinaturas em outros estados?
Edivaldo - Primeiro, vamos concluir o trabalho em nossa região, esperando que consigamos acima de 500 mil assinaturas entre os mais de 700 mil eleitores, para depois buscarmos o restante fora desta região. Vamos buscá-las não só no Pará, mas, também no Amazonas, em Roraima, no Maranhão e Tocantins. Mas, eu gostaria de finalizar informando que estão em andamento no Congresso Nacional, algumas mudanças que poderão nos beneficiar muito. Com isso, deverá haver uma diminuição muito grande no número de assinaturas exigidas para apresentar um PLIP. Contudo, nosso trabalho para conseguirmos um milhão de assinaturas via continuar.
JC - Sempre se espera muito de Manaus, por causa da enorme colônia de paraenses oriundos do oeste do Pará. O trabalho está indo bem por lá?

EdivaldoEstá indo bem no sentido de que está bem articulado, havendo uma conscientização da necessidade de se fazer esse trabalho. O que ainda não existe é o trabalho de coleta de assinaturas. Mas, existe vontade e nós estamos trabalhando para dar esse largada, porque Manaus sempre foi grande incentivador do movimento pela criação do estado do Tapajós. Quando em certos momentos a gente estava querendo esmorecer na região, o pessoal de Manaus puxava a gente para cima, dizendo que a gente não podia deixar a peteca cair. Por isso, tenho certeza que podemos contar, sim, com a contribuição dos paraenses que vivem na capital do Amazonas.

quinta-feira, outubro 10, 2013

Passageiro que tomou lugar de piloto conta como foi pouso

John Wildey afirma que 'não tinha ideia' de como fazer procedimento de emergência; piloto morreu.

John Wildey tentou acordar piloto mas teve que pousar avião (Foto: BBC)
G1 - Um passageiro de um pequeno avião na Grã-Bretanha, que foi obrigado a assumir o controle da aeronave quando o piloto desmaiou, descreveu à BBC como conseguiu pousar o Cessna sem ter experiência de voo.
John Wildey disse que não 'fazia ideia' de como fazer um pouso de emergência e teve que ser ajudado pelos controladores de voo do aeroporto de Humberside, região central da Grã-Bretanha.
'Pensei que não iria conseguir', afirmou Wildey durante a entrevista.
Ele afirmou que fez o pedido de socorro e os controladores de voo responderam.
'Falei que não tinha experiência de voo, meu piloto não estava bem, não podia controlar a aeronave, e eu pensei que estava indo para (o aeroporto) Sandtoft', disse.
De acordo com Wildey, os controladores disseram que tentariam ajudá-lo a pousar o Cessna 172.
'Ele (o controlador de voo) perguntou: 'você consegue circular (em volta de) Sandtoft' Eu disse: vou tentar fazer o melhor possível', afirmou.
Wildey conta que conseguiu voar em círculos em volta do pequeno aeroporto, mas não se lembra quantas vezes fez isto.
Voando baixo
Para tentar ter uma ideia melhor da situação dentro da aeronave, os controladores de voo perguntaram como estavam as luzes no painel do avião e depois foram dando mais instruções de como Wildey deveria manobrar a aeronave para o pouso.
'Mas então eles disseram que eu estava voando muito baixo e (mandaram) colocar mais potência. Então, aumentei a potência e circulei de novo.'
'Na vez seguinte tudo parecia estar indo bem. Mas eu nunca pilotei um avião antes. Eu sabia que era para puxar os controles para trás, mas não puxei com a força necessária, então o nariz (da aeronave) estava para baixo).'
'Nós tocamos (o chão) e então foram dois ou três impactos. Acho que, na verdade, foi uma queda controlada', afirmou Wildey.
Testemunhas afirmaram que viram faíscas quando o avião pousou.
'Eu não conseguia alcançar os freios. (...)Tudo o que eu via era o indicador (do fim) da pista e pensei 'não vou conseguir'. Mas, no final, eu consegui parar (o avião)', disse.
Durante todo este tempo, o piloto permaneceu inconsciente. Ele desmaiou logo depois da decolagem.
'Eu tentava cutucá-lo, para que ele (acordasse) e fizesse alguma coisa porque eu não tinha ideia do que fazer para descer (com o avião)', disse.
A polícia britânica informou que o piloto morreu. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas, segundo a polícia de Humberside, serão feitos exames no corpo.

Governador Simão Jatene terá que explicar aplicação de recursos provenientes da Taxa Mineral

Governador Simão Jatene
Diário do Pará - A bancada do PMDB na Assembleia Legislativa (AL), com o apoio das bancadas do PT e do PSol, protocolou ontem junto ao Ministério Público do Estado (MP) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) representação contra o governo do Estado referente à aplicação dos recursos provenientes da Taxa Mineral, encargo criado com o único objetivo de estruturar a administração para fiscalizar a atividade mineradora.

Os parlamentares confirmam, no documento protocolado, com dados recolhidos junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem), que os valores seguem sendo utilizados para a construção de estradas, hospitais, pagamento de folha de pessoal e até mesmo para o pagamento de débitos relacionados aos exercícios anteriores – o que configura desvio de finalidade, tratando-se, portanto, de um crime.
Antes de irem a
o MP e ao TCE, os peemedebistas discutiram a iniciativa no plenário da AL, e o próprio líder do governo, José Megale (PSDB), em sua fala, confirmou o uso do dinheiro em outras frentes.

“Já temos elementos suficientes para provar que o governo desvia a finalidade da Taxa Mineral e nós esperamos que o Ministério Público e o Tribunal de Contas tomem as providências cabíveis. Ou quer dizer que só porque o governador quer construir escolas e hospitais ele pode fazer de qualquer jeito? Para que existem as leis então? Para que o Executivo envia para esta casa a mensagem pedindo a aprovação do projeto que cria a Taxa Mineral, para depois usar o dinheiro em outra coisa? Não é bem assim”, explicou a deputada Simone Morgado (PMDB).

“A criação da taxa tem uma finalidade apenas, que é a fiscalização da atividade das mineradoras que atuam no Estado. Somos quase a maior província mineradora do mundo e não temos expertise no assunto, isso também nos levou a aprovar a criação desse encargo. Se o ordenador de despesas, no caso, o governador, aplicar um recurso em desacordo com a finalidade desse, é improbidade administrativa. Enquanto isso, nós não sabemos se as empresas estão explorando o minério que elas realmente dizem estar explorando, por falta de fiscalização”, avaliou Parsifal Pontes, líder da bancada do PMDB. “E esse tipo de desvio de finalidade deve acontecer em outros setores também. Continuamos analisando o Siafem e já encontramos outras evidências”.

Senado aprova lei que barra a esculhambação da criação de novos partidos

Folha - O Senado aprovou ontem [8] um projeto de lei que inibe a criação de novos partidos e evita o troca-troca entre legenda.

O texto agora irá para sanção da presidenta Dilma Rousseff, mas as regras não valem em 2014 para os partidos criados neste ano.
O projeto prejudica os novos partidos porque restringe o acesso ao dinheiro do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV.
O Fundo Partidário e o tempo de TV são calculados a partir do número de parlamentares eleitos pelos partidos.
Pela regra atual, os deputados que migram para um partido novo levam os votos, para cálculo de tempo de TV e Fundo Partidário. Assim, os novos partidos ganham mais dinheiro e tempo, mesmo sem ter disputado eleições.
Pelo texto aprovado, o partido novo não recebe os votos de deputados que decidiram aderir à nova legenda.
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Meu comentário: Ufa, até que enfim, algum fez alguma coisa. Criaram a Fidelidade Partidária, aí veio o jeitinho brasileiro para contornar essa questão, promovendo-se a farra da criação de novos partidos.
Vem em boa hora essa lei criada pelo Senado, pois a incoerência na política beira ao absurdo no Brasil.
Não temos partidos cujos estatutos são levados a sério. É igual a programa de governo de candidato a cargos no poder executivo. Serve para coisíssima nenhuma.