Cadê os PCs? I
No apagar das luzes do governo passado de Trairão foi feita uma compra no valor de R$ 50.000,00 em computadores, numa grande loja do ramo em Itaituba. Até aí, nada de mais e seria até louvável, se os equipamentos tivessem sido entregues em escolas do município, possibilitando o acesso dos estudantes à informática.
Cadê os PCs? II
O problema é que não foi entregue nenhum teclado, que dirá um computador completo. Ninguém sabe o que foi entregue, ou, se foi entregue alguma mercadoria no lugar dos pcs. A atual administração de Trairão está investigando o assunto.
Cheques sustados
Ainda de Trairão, também no finalzinho da administração que terminou em 31 de dezembro de 2008 foram expedidos muitos cheques, mas, muitos mesmo; algumas dezenas. Foi tanto cheque sem justificativa, que o governo do prefeito Danilo Vidal de Miranda teve que agir rápido, mandando sustar quase todos, porque alguns já tinham sido pagos, dentre os quais, um de R$ 5.000,00. O número de cheques é tão grande, que segundo informou uma fonte da coluna, só de taxa de sustação a Prefeitura de Trairão pagará mais de R$ 3.000,00.
Crise I
A entrevista do presidente da AMOT, Ivo Lubrina, matéria de capa desta edição é digna de reflexão por parte daqueles que comandam os destinos da economia deste município. No caso, os empresários, uma vez que a Prefeitura tem como maior contribuição o pagamento em dia dos servidores municipais, o que já é alguma coisa, mas é pouco.
Crise II
Apesar das bazófias do presidente Lula, que falou que a crise, se pegasse o Brasil, seria de leve, ela está chegando muito mais rapidamente do que se esperava. A Itaituba a crise apresentou-se a partir de outubro passado, apesar dos efeitos só começarem a ser sentidos de uma forma mais clara a partir de agora. Foi de outubro em diante que as empresas que investem em pesquisas na província mineral do Tapajós tiraram o pé do acelerador e pisaram no freio com vontade.
Garimpo
Mais do que nunca, desde que a produção do ouro nos garimpos do Tapajós caiu drasticamente, Itaituba depende do garimpeiro para sustentar sua economia em patamar mais ou menos normal. É hora de torcer para que o preço desse cobiçado metal permanece em alta no mercado externo. No final do verão passado, muita gente que já tinha colocado o pijama voltou para o garimpo. Isso valeu, tanto para empresários da área mineral, quanto para pequenos garimpeiros. Que venha o ouro dos garimpos do Tapajós e de seus afluentes, pois do contrário Itaituba poderá sentir muito mais o rigor da crise mundial.
Espadim I
Morreu, dia 7 de janeiro, vítima de câncer, o conhecido empresário Espadim, que teve negócios, principalmente no ramo do ouro, em Itaituba, nos anos 80 e 90. Seu corpo foi trazido de Minas Gerais para Santarém, onde foi sepultado.
Espadim II
Espadim veio a Santarém no ano de 1968, fazendo parte da delegação do time Calouros do Ar, do Ceará. Depois de jogos contra S. Francisco e São Raimundo ele resolveu ficar para jogar pelo São Raimundo, tendo passado, também, pelo São Francisco. Ele era uma pessoa muito bem relacionada. Vai ficar na lembrança dos parentes e amigos seu eterno bom humor. Estava sempre sorrindo, mesmo diante de situações mais complicadas. Descanse em paz, Espadim!
GAMI I
Foram dizer ao padre João McAthy, que a professora Antonieta Lima estava desativando o GAMI porque não tinha sido eleita vereadora. Sempre engajado nos movimentos populares, padre João foi conversar com a ex-vice prefeita, ocasião em que o assunto foi esclarecido.
GAMI II
O que aconteceu foi que Antonieta doou os computadores para a APAE, para o SOS Tapajós e outras entidades, porque não tinha como manter em funcionamento a escola de computação, uma vez que vinha tirando esses custos do próprio bolso. As demais atividades do GAMI vão continuar, agora um pouco mais enxutas.
Estado do Tapajós
Até março as atividades do Comitê pela Criação do Estado do Tapajós serão retomadas, depois de passada a refrega da campanha eleitoral. No momento, mesmo em Santarém o Movimento não está funcionando a todo vapor.
sexta-feira, janeiro 23, 2009
A Expedição, tintim por tintim (A volta pela América do Sul, de moto, por Jota Parente e Jadir Fank)
A partir desta edição o Jornal do Comércio vai contar a história da Expedição Itaituba/Amazônia, com todos os pormenores. A jornada foi empreendida pelo jornalista Jota Parente, que teve a responsabilidade de anotar os acontecimentos diários ao final de cada dia de viagem, e pelo professor Jadir Fank. Alguns fatos da jornada já foram contados pelos dois, mas, de forma resumida. Agora os leitores conhecerão todos os detalhes, observando-se a cronologia da viagem. A intenção é publicar um livro com algumas fotos, contando as minúcias da aventura que levou bem longe o nome de Itaituba.
Em sua coluna deste periódico, o professor Jadir Fank vem relatando suas observações, o que é interessante para os leitores, que podem dispor de duas observações diferentes.
Em sua coluna deste periódico, o professor Jadir Fank vem relatando suas observações, o que é interessante para os leitores, que podem dispor de duas observações diferentes.
Já foi relatado em edições anteriores que nossa partida de Itaituba, no dia 7 de outubro de 2008 foi muito conturbada, por conta da superlotação do barco motor Joana D’Arc. Ate a Polícia Militar foi chamada para botar ordem na confusão estabelecida. Chegamos a pensar que não viajaríamos. Embarcamos e viajamos, sem conseguir armar nossas redes. Em compensação, a viagem de Santarém para Manaus confortabilíssima, no navio motor São Bartolomeu II. Chegamos a Manaus às 11 horas do dia 10/10.
Os 785 quilômetros de Manaus até Boa Vista foram bem complicados. Para começar, estávamos iniciando (em 11/10/08) a grande jornada, que consistia em dar a volta de motocicleta pela América do Sul. A ansiedade em por as máquinas na estrada era muito grande. Estávamos partindo para o desconhecido, ávidos por avançar ao máximo. Saímos às seis horas, pegando a BR 174. Nos primeiros 200 quilômetros a gente trafegou por uma rodovia em boas condições, o que nos permitiu avançar bastante. Depois disso, principalmente na grande área da reserva dos índios Ianomâmi, enfrentamos uma buraqueira que parecia não tem fim. Os trabalham de manutenção não passavam por lá há muito tempo.
No quilômetro 385 uma nuvem negra avisou-nos que a chuva estava chegando. Eu tinha capa, mas, decidi não usá-la; o Jadir ainda não tinha comprado a sua. A chuva era certa, mesmo porque estava chovendo bastante naqueles dias por aquelas bandas. Mesmo assim, decidimos encarar. Só não nos arrependemos amargamente porque estávamos determinados a chegar a Boa Vista naquele dia. Não foi nada fácil, pois a não ser por alguns pequenos intervalos, a chuva só nos largou por volta de oito a noite. Às nove da noite, quando finalmente chegamos à capital do Estado de Roraima, já não chovia. Também, não precisava, pois não havia um só item, uma só peça de roupa em nossas mochilas que não estivesse completamente molhada.
José Maria, empresário muito bem de vida, que nos anos oitenta trabalhou em Itaituba, com o então poderoso empresário Zé Arara, foi nos receber no terminal rodoviário, local que acertamos para nos encontrar. Fomos muito bem recebidos e tivemos uma estada magnífica em Boa Vista. Para nossa sorte o domingo foi de muito sol, o que fez com que tudo enxugasse. Na segunda-feira, 13/10, às oito horas, fomos resolver questões burocráticas e tratar da revisão de 1.000 quilômetros da moto do Jadir. Gastamos quase oito horas nessas tarefas. Ainda bem que o Zé Maria nos avisou que precisávamos tirar uma tal licença para rodar com nossas motos na Venezuela, único país da América do Sul que exige isso. Se não, quando chegássemos à fronteira teríamos que retornar. Só às 15:40 deixamos Boa Vista. Corremos bastante, uma vez que vencemos os 215 quilômetros em pouco mais de duas horas.
Ao chegarmos a Pacaraima, (município que tinha como prefeito José Carlos Quartiero, (aquele líder dos arrozeiros que foi pela Polícia Federal e levado para Brasília) última cidade brasileira ao norte, fomos procurar o vigário, na tentativa de economizar na hospedagem. Tínhamos conversado que, caso aquela abordagem desse certo, continuaríamos usando tal método durante o restante da viagem. Mas, não deu. Entramos na residência do padre Jesus, que alquebrado pelos seus quase 70 anos, veio nos atender visivelmente nervoso. Ele tremia, enquanto ouvia nossa história, parecendo estar diante de dois bandidos com armas apontadas para ele. Quando perguntamos se poderia nos acolher por aquela noite, foi logo nos dizendo que havia uma ordem expressa do bispo de Boa Vista proibindo alojar qualquer pessoa que não fosse diretamente ligada à Igreja Católica. O motivo: em Caracarai, o padre local deu abrigo a três jovens, que durante a noite roubaram tudo que puderam. Além disso, um carro da diocese tinha dado carona a uma pessoa. O veículo capotou e a pessoa morreu. Isso custou muito caro aos cofres da Igreja Católica de Roraima. Tivemos que procurar um hotel, desses que cobram uma tarifa por um pernoite, ou cobram por hora, para casais.
No dia 14 de outubro, terça-feira, cedinho preparamo-nos para atravessar a fronteira. Carimbamos o passaporte na aduana brasileira dando a saída do país. Ao chegarmos à aduana venezuelana fomos informados que precisávamos tirar um bocado de fotocópias para podermos receber o visto e a autorização para que nossas motos pudessem trafegar em território do país vizinho. Voltamos a Pacaraima. Perdendo mais de uma hora nesse vai-e-vem.
Ao pisarmos em solo da Venezuela deixamos de abastecer nossas motos ao preço de mais ou menos 90 centavos de Real o litro de gasolina, porque tínhamos a informação de que era quase de graça a partir de Santa Elena de Uairen, primeira cidade, distante 15 quilômetros da fronteira com o Brasil. É realmente muito barato. Só que brasileiro não pode abastecer lá. Depois, nas próximas cidades, sim, não tem problema. Isso fez com que saíssemos atrás de alguém que se vende no câmbio negro. Foi uma luta conseguir um contrabandista de gasolina e quando conseguimos o cara não queria vender, pois a quantidade era de apenas 20 litros, enquanto ele só gostava de vender a partir de 50 litros. O próprio Ramon nos confessou que conseguia a gasolina através de militares venezuelanos, que são responsáveis pelo controle da venda. Disse-nos ele que a corrupção nesse setor é muito grande em todo o país.
Depois de muita conversa o Ramon Quezadas resolveu nos atender, mas, aí começou outra novela. Ele subiu numa moto velha junto com um amigo e mandou que a gente o seguisse. Rodamos por uns 15 quilômetros, saindo da cidade, entrando por caminhos esquisitos. Chegamos a pensar que aquilo era uma armação e poderíamos nos dar mal. Por último ele dobrou numa ruela muito estreita e mal conservada, no final da qual havia uma casa com um monte de tambores de 200 litros. O Ramon abriu um deles e encheu os nossos tanques, cobrando um Real por litro. Pagamos em Real, mesmo e seguimos de volta para o centro de Santa Elena, para dar uma olhada no comércio, já que se trata de zona de livre comércio. Encontramos muitos eletro-eletrônicos muito baratos. Contudo, alguns itens diferem pouco do preço do Brasil. Após esse tour, ao qual incluímos uma passagem para fotos na centenária Iglesia de Piedra (Igreja de Pedra), com direito a muitas fotos. Antes de partir visitamos a Plaza Bolívar, que existe em toda cidade venezuelana. Aí sim, avançamos Venezuela adentro.
Confesso que saí um pouco preocupado com a forma como seriamos tratados, tanto pelo povo, quanto pelos militares do país de Hugo Chaves, conquanto muitos brasileiros passaram informações que não eram muito encorajadoras. Pelo povo fomos tratados sempre com muito carinho; de parte dos militares, nas quase 50 alcabalas, nome dado às barreiras rodoviárias da Guarda Nacional, fomos quase sempre tratados com muito respeito, com raríssimas exceções. Raros foram os momentos me que sentimos segundas intenções (querendo extorquir dinheiro da gente) de parte de algum militar venezuelano.
Tanto que pesquisei, tantos relatos que li e mesmo assim eu e o Jadir (assim como eu, sabia disso), cometemos um erro muito grave em Santa Elena: deixamos de trocar todo os nossos reais por dólares, com um cotação bastante atraente. Não foi por falta de aviso. O Jadir cambiou apenas R$ 500,00 e eu R$ 300,00, como se fossemos visitar somente alguns lugares da Venezuela. Essa falta de atenção iria nos custar muito, mas, muito caro em todos os sentidos, pois embora tenhamos sido salvos pelos cartões de créditos internacionais do Jadir, algumas vezes não restou alternativa senão pagar um pouco mais caro por um pernoite, ou por uma refeição, além do dissabor de ter que rodar muito, em alguns momentos, em cidades pequenas, atrás de um lugar que aceitasse pagamento com cartão de crédito.
Na Venezuela vimos muita coisa bonita, proporcionada sobretudo pela exuberante natureza daquele país vizinho, começando pela Grande Savana. Quem viaja pela estrada, partindo de Boa Vista, mantém contato com a Grande Savana ainda em território Brasileiro, mas a parte mais bonita está em solo venezuelano. Onde a vista alcança, enxerga-se o verde da relva, que é a única vegetação em muitas partes; em outros lugares, alguns arbustos ajudam a compor o cenário, digno dos melhores filmes de Hollywood. O terreno é plano ou com pouca elevação.
Nas edições seguintes, até que a história seja totalmente contada, os leitores do Jornal do Comércio conhecerão novos episódios dessa inesquecível aventura.
No dia 14 de outubro, terça-feira, cedinho preparamo-nos para atravessar a fronteira. Carimbamos o passaporte na aduana brasileira dando a saída do país. Ao chegarmos à aduana venezuelana fomos informados que precisávamos tirar um bocado de fotocópias para podermos receber o visto e a autorização para que nossas motos pudessem trafegar em território do país vizinho. Voltamos a Pacaraima. Perdendo mais de uma hora nesse vai-e-vem.
Ao pisarmos em solo da Venezuela deixamos de abastecer nossas motos ao preço de mais ou menos 90 centavos de Real o litro de gasolina, porque tínhamos a informação de que era quase de graça a partir de Santa Elena de Uairen, primeira cidade, distante 15 quilômetros da fronteira com o Brasil. É realmente muito barato. Só que brasileiro não pode abastecer lá. Depois, nas próximas cidades, sim, não tem problema. Isso fez com que saíssemos atrás de alguém que se vende no câmbio negro. Foi uma luta conseguir um contrabandista de gasolina e quando conseguimos o cara não queria vender, pois a quantidade era de apenas 20 litros, enquanto ele só gostava de vender a partir de 50 litros. O próprio Ramon nos confessou que conseguia a gasolina através de militares venezuelanos, que são responsáveis pelo controle da venda. Disse-nos ele que a corrupção nesse setor é muito grande em todo o país.
Depois de muita conversa o Ramon Quezadas resolveu nos atender, mas, aí começou outra novela. Ele subiu numa moto velha junto com um amigo e mandou que a gente o seguisse. Rodamos por uns 15 quilômetros, saindo da cidade, entrando por caminhos esquisitos. Chegamos a pensar que aquilo era uma armação e poderíamos nos dar mal. Por último ele dobrou numa ruela muito estreita e mal conservada, no final da qual havia uma casa com um monte de tambores de 200 litros. O Ramon abriu um deles e encheu os nossos tanques, cobrando um Real por litro. Pagamos em Real, mesmo e seguimos de volta para o centro de Santa Elena, para dar uma olhada no comércio, já que se trata de zona de livre comércio. Encontramos muitos eletro-eletrônicos muito baratos. Contudo, alguns itens diferem pouco do preço do Brasil. Após esse tour, ao qual incluímos uma passagem para fotos na centenária Iglesia de Piedra (Igreja de Pedra), com direito a muitas fotos. Antes de partir visitamos a Plaza Bolívar, que existe em toda cidade venezuelana. Aí sim, avançamos Venezuela adentro.
Confesso que saí um pouco preocupado com a forma como seriamos tratados, tanto pelo povo, quanto pelos militares do país de Hugo Chaves, conquanto muitos brasileiros passaram informações que não eram muito encorajadoras. Pelo povo fomos tratados sempre com muito carinho; de parte dos militares, nas quase 50 alcabalas, nome dado às barreiras rodoviárias da Guarda Nacional, fomos quase sempre tratados com muito respeito, com raríssimas exceções. Raros foram os momentos me que sentimos segundas intenções (querendo extorquir dinheiro da gente) de parte de algum militar venezuelano.
Tanto que pesquisei, tantos relatos que li e mesmo assim eu e o Jadir (assim como eu, sabia disso), cometemos um erro muito grave em Santa Elena: deixamos de trocar todo os nossos reais por dólares, com um cotação bastante atraente. Não foi por falta de aviso. O Jadir cambiou apenas R$ 500,00 e eu R$ 300,00, como se fossemos visitar somente alguns lugares da Venezuela. Essa falta de atenção iria nos custar muito, mas, muito caro em todos os sentidos, pois embora tenhamos sido salvos pelos cartões de créditos internacionais do Jadir, algumas vezes não restou alternativa senão pagar um pouco mais caro por um pernoite, ou por uma refeição, além do dissabor de ter que rodar muito, em alguns momentos, em cidades pequenas, atrás de um lugar que aceitasse pagamento com cartão de crédito.
Na Venezuela vimos muita coisa bonita, proporcionada sobretudo pela exuberante natureza daquele país vizinho, começando pela Grande Savana. Quem viaja pela estrada, partindo de Boa Vista, mantém contato com a Grande Savana ainda em território Brasileiro, mas a parte mais bonita está em solo venezuelano. Onde a vista alcança, enxerga-se o verde da relva, que é a única vegetação em muitas partes; em outros lugares, alguns arbustos ajudam a compor o cenário, digno dos melhores filmes de Hollywood. O terreno é plano ou com pouca elevação.
Nas edições seguintes, até que a história seja totalmente contada, os leitores do Jornal do Comércio conhecerão novos episódios dessa inesquecível aventura.
As fotos acima: a primeira, da esquerda para a direita, Jota Parente contempla a Grande Savana, maravilha da natureza da Venezuela; a segunda e Iglesia de Piedra
Cumprindo nosso papel na família*
Assistindo ao programa Nada Além da Verdade, veiculado pelo sbt e apresentado pelo dono do canal, Sílvio Santos, no dia em que o convidado foi o multi-talentoso Moacyr Franco, há mais ou menos um mês, algumas colocações do referido artista chamaram minha atenção.
Moacyr disse, dentre outras coisas interessantes, que a televisão no Brasil poderia desempenhar um papel muito mais importante, caso enaltece mais, nas telenovelas, as virtudes e os valores da família. Disse que em algumas tramas, quando aparece um jovem drogado, toda a atenção é dedicada a ele. Se o mesmo tem um irmão, há ocasiões em que até parece que ele está na contramão por agir corretamente. Moacyr defende a idéia de que o segundo seja devidamente valorizado, mostrando que aquele é o caminho a ser seguido, sem deixar de tomar os devidos cuidados com o filho que precisa de ajuda.
Ainda no sbt, no programa Casos de Família, que é muito bem comandado pela apresentadora Regina Volpato, assisti à reclamação de um jovem de 16 anos, que goza de liberdade total dada por sua mãe. Ele pode sair e chegar a hora que quiser. Pode até não voltar para casa de um dia para outro que a mãe não dá a mínima. Perguntado se era aquilo que ele queria, o jovem disse que era bom ter liberdade, mas que ele gostaria que sua mamãe lhe impusesse algum limite.
Limite é a palavra chave. Já tratei deste assunto e certamente voltarei a falar do tema, pois a maneira como um grande número de pais cria seus filhos nos dias de hoje contribui para a desagregação da estrutura familiar. Eles pensam, de maneira equivocada, que as crianças, os adolescentes e os jovens se contentam com polpudas mesadas e nenhum limite.
Quando a gente, que estabelece limites para os nossos filhos, vê um jovem pilotando uma motocicleta sem capacetes ou dirigindo um carro sem ter a carteira nacional de habilitação, ou, pior ainda, menor de idade fazendo isso, a primeira coisa que vem na cabeça é que se trata de alguém, filho de pais irresponsáveis, que acham que só porque tem um pouco de dinheiro podem ser superiores aos direitos dos outros, ou até maiores que a lei.
Tão ruim quanto os pais que não impõem limites, são aqueles que resolvem liberar geral para uns filhos e ser severos com outros. Todos nós conhecemos alguma família onde as coisas funcionam dessa maneira. Isso faz com que se crie um ambiente belicoso entre os próprios filhos, e entre os que são reprimidos e os pais, que ao agirem assim mostram que não tem senso de justiça.
Estabelecer de maneira equilibrada o que um filho pode ou não pode fazer é acima de tudo um ato de justiça. Pais justos nas suas ações e nas suas decisões para com os filhos constroem um espaço harmoniosos nos seus lares. Mais tarde os filhos dirão: papai, mamãe, muito obrigado por terem me mostrado que na vida eu não posso fazer tudo que quero, de bom e de ruim, sem pagar por isso; obrigado por terem mostrado a mim o caminho da justiça. É assim que vou criar meus filhos, seus futuros netos.
Crescemos ouvindo que a família é a base da sociedade. Não há dúvida de que essa base tem se degenerado nas últimas décadas, exatamente porque muita gente coloca filho no mundo sem o menor senso de responsabilidade. É preciso que cada família discuta a importância dessa instituição.
Mesmo um filho criado ao Deus dará, sem um bom relacionamento familiar, quando qualquer coisa dá errada, quando comete algum delito, para quem é que ele recorre? Para a família. Diz que é filho do fulano, pede para telefonar para papai ou para mamãe pedindo socorro. Nas horas mais difíceis, quando não há ninguém por perto para nos dar a mão, é sempre a família para quem apelamos. Portanto, que cada um de nós dê o devido valor à família, cumprindo exemplarmente no papel de pais, e de filhos.
* Artigo de Marilene Parente, publicado na edição do Jornal do Comércio que está circulando desde ontem
Moacyr disse, dentre outras coisas interessantes, que a televisão no Brasil poderia desempenhar um papel muito mais importante, caso enaltece mais, nas telenovelas, as virtudes e os valores da família. Disse que em algumas tramas, quando aparece um jovem drogado, toda a atenção é dedicada a ele. Se o mesmo tem um irmão, há ocasiões em que até parece que ele está na contramão por agir corretamente. Moacyr defende a idéia de que o segundo seja devidamente valorizado, mostrando que aquele é o caminho a ser seguido, sem deixar de tomar os devidos cuidados com o filho que precisa de ajuda.
Ainda no sbt, no programa Casos de Família, que é muito bem comandado pela apresentadora Regina Volpato, assisti à reclamação de um jovem de 16 anos, que goza de liberdade total dada por sua mãe. Ele pode sair e chegar a hora que quiser. Pode até não voltar para casa de um dia para outro que a mãe não dá a mínima. Perguntado se era aquilo que ele queria, o jovem disse que era bom ter liberdade, mas que ele gostaria que sua mamãe lhe impusesse algum limite.
Limite é a palavra chave. Já tratei deste assunto e certamente voltarei a falar do tema, pois a maneira como um grande número de pais cria seus filhos nos dias de hoje contribui para a desagregação da estrutura familiar. Eles pensam, de maneira equivocada, que as crianças, os adolescentes e os jovens se contentam com polpudas mesadas e nenhum limite.
Quando a gente, que estabelece limites para os nossos filhos, vê um jovem pilotando uma motocicleta sem capacetes ou dirigindo um carro sem ter a carteira nacional de habilitação, ou, pior ainda, menor de idade fazendo isso, a primeira coisa que vem na cabeça é que se trata de alguém, filho de pais irresponsáveis, que acham que só porque tem um pouco de dinheiro podem ser superiores aos direitos dos outros, ou até maiores que a lei.
Tão ruim quanto os pais que não impõem limites, são aqueles que resolvem liberar geral para uns filhos e ser severos com outros. Todos nós conhecemos alguma família onde as coisas funcionam dessa maneira. Isso faz com que se crie um ambiente belicoso entre os próprios filhos, e entre os que são reprimidos e os pais, que ao agirem assim mostram que não tem senso de justiça.
Estabelecer de maneira equilibrada o que um filho pode ou não pode fazer é acima de tudo um ato de justiça. Pais justos nas suas ações e nas suas decisões para com os filhos constroem um espaço harmoniosos nos seus lares. Mais tarde os filhos dirão: papai, mamãe, muito obrigado por terem me mostrado que na vida eu não posso fazer tudo que quero, de bom e de ruim, sem pagar por isso; obrigado por terem mostrado a mim o caminho da justiça. É assim que vou criar meus filhos, seus futuros netos.
Crescemos ouvindo que a família é a base da sociedade. Não há dúvida de que essa base tem se degenerado nas últimas décadas, exatamente porque muita gente coloca filho no mundo sem o menor senso de responsabilidade. É preciso que cada família discuta a importância dessa instituição.
Mesmo um filho criado ao Deus dará, sem um bom relacionamento familiar, quando qualquer coisa dá errada, quando comete algum delito, para quem é que ele recorre? Para a família. Diz que é filho do fulano, pede para telefonar para papai ou para mamãe pedindo socorro. Nas horas mais difíceis, quando não há ninguém por perto para nos dar a mão, é sempre a família para quem apelamos. Portanto, que cada um de nós dê o devido valor à família, cumprindo exemplarmente no papel de pais, e de filhos.
* Artigo de Marilene Parente, publicado na edição do Jornal do Comércio que está circulando desde ontem
Feijão com arroz e Sebrae
A conversa que se ouve no dia-a-dia é a mesma do mundo afora: você está sendo afetado pela crise? Em vez de choramingar, devemos focar nas soluções de como diminuir os impactos nos nossos negócios. Este é o grande desafio do momento, sobrevivermos no mercado.
A história está cheia de frases e pensamentos que nunca ficam desatualizados. Alguns podem dizer que é sempre a mesma balela, ficando toda a responsabilidade das ações em cima do proprietário, investidor ou empreendedor. Mas, é isso mesmo, nós fazemos ¨escolhas¨ e temos de arcar com elas.
Vamos aprender com velhos (e vencedores) mestres, como Henry Ford, que lá em 1920 disse: ¨empresários fracassam em seus negócios porque gostam tanto dos velhos métodos que não conseguem mudar¨. ¨Homens que restringem seu cérebro ao horário de expediente, restringem sua força¨. Já naquela época pôde ser observada a necessidade de constante evolução e movimento. Outro grande empreendedor foi Paul Getty, que aos 24 anos já tinha seu primeiro milhão de dólares, explorando petróleo e outras coisas mais, o qual escreveu: “o empresário verdadeiramente bem sucedido é essencialmente um dissidente, um rebelde que jamais se contenta com o status quo (conformismo)”.
Existem verdadeiras jóias de provérbios populares que fundamentaram a ideologia do capitalismo no artigo para o “Almanaque do Pobre Ricardo”, escrito por Benjamin Franklin (inventou o pára-raios e outras coisas, além de ter sido diplomata dos EUA). Saboreiem: ”Deus ajuda quem cedo madruga”; ”Raposa dorminhoca não caça galinhas”; ”Haverá tempo de sobra para dormir no túmulo” e “A preguiça viaja tão devagar que a pobreza não tarda em alcançá-la”. São frases de 250 anos atrás ou mais e tão atuais. Simples e óbvias, não é mesmo?!
Tudo isso vale para quem quer vencer, seja na administração de uma empresa de qualquer tamanho, na preparação dos estudos para uma prova, num concurso, na educação dos filhos e dos funcionários, enfim, no bem viver. É fazer o básico, ”o feijão-com –arroz”. Fazer o que tem de ser feito sem efeitos especiais e enfeites, que os resultados aparecem.
E a boa notícia para 2009 foi a reabertura do SEBRAE aqui em Itaituba, re-inaugurado oficialmente dia 12/01/09 pelos diretores Hildegardo Nunes e Vilson Schuber, com instalações no andar de cima do SIPRI, na 6ª Rua da Bela Vista, sub-esquina com a Tv. Justo Chermont. O Escritório de Itaituba centralizará o atendimento aos seis municípios da região: Aveiro, Novo Progresso, Jacareacanga, Rurópolis e Trairão. Irá prestar orientação empresarial e fará levantamento das demandas do município, para que sejam realizados projetos voltados para vários segmentos econômicos, de acordo com as necessidades apresentadas pela população. Ou seja, nós é que dizemos o que queremos e precisamos, tanto no atendimento individual (conta com técnicos capacitados a orientar atuais e futuros empresários a trilharem o caminho certo), como no coletivo (orientação empresarial e projetos). Só para se ter uma idéia de quanto o Sebrae nos pode ser útil, existem quase cem projetos voltados para as cadeias produtivas, como apicultura, aqüicultura, leite e derivados, madeira e móveis, mandioca, além de projetos voltados para os setores comércio e serviços.
O SEBRAE trabalha com uma metodologia que prima por resultados, chamada GEOR-Gestão Estratégica Orientada para Resultados. Isso quer dizer que você será acompanhado.
Sem demagogia, mas Itaituba estava merecendo o retorno do Sebrae, afinal somos exemplares no que diz respeito a freqüentar os cursos propostos. Só para reforçar esta afirmação lembro-os que fomos a primeira e talvez única cidade a formar uma turma do Programa de Qualidade Total (em 1997), do qual fui Multiplicador, durante um ano inteiro. Fomos pioneiros nos Programas Sebrae Ideal e ainda formamos duas turmas do Empretec primeiro que Santarém, que tem muito mais empresas e empresários (sem querer fofocar, mas precisaram baixar o preço por lá para conseguir forma as turmas). As Palestras aqui proferidas por renomados profissionais (trazidos pelo Salomão Ribeiro e Cia) levaram cerca de mil pessoas em cada uma. Então, somos ou não somos um povo com vontade de evoluir?
Portanto meus caros leitores, o Sebrae não faz milagres, mas com a nossa força de vontade poderemos acrescentar um bifinho, umas batatinhas fritas e uma saladinha ao nosso saboroso feijão com arroz.
* Artigo de Wagner Arouca, publicado na edição do Jornal do Comércio que está circulando desde ontem
A história está cheia de frases e pensamentos que nunca ficam desatualizados. Alguns podem dizer que é sempre a mesma balela, ficando toda a responsabilidade das ações em cima do proprietário, investidor ou empreendedor. Mas, é isso mesmo, nós fazemos ¨escolhas¨ e temos de arcar com elas.
Vamos aprender com velhos (e vencedores) mestres, como Henry Ford, que lá em 1920 disse: ¨empresários fracassam em seus negócios porque gostam tanto dos velhos métodos que não conseguem mudar¨. ¨Homens que restringem seu cérebro ao horário de expediente, restringem sua força¨. Já naquela época pôde ser observada a necessidade de constante evolução e movimento. Outro grande empreendedor foi Paul Getty, que aos 24 anos já tinha seu primeiro milhão de dólares, explorando petróleo e outras coisas mais, o qual escreveu: “o empresário verdadeiramente bem sucedido é essencialmente um dissidente, um rebelde que jamais se contenta com o status quo (conformismo)”.
Existem verdadeiras jóias de provérbios populares que fundamentaram a ideologia do capitalismo no artigo para o “Almanaque do Pobre Ricardo”, escrito por Benjamin Franklin (inventou o pára-raios e outras coisas, além de ter sido diplomata dos EUA). Saboreiem: ”Deus ajuda quem cedo madruga”; ”Raposa dorminhoca não caça galinhas”; ”Haverá tempo de sobra para dormir no túmulo” e “A preguiça viaja tão devagar que a pobreza não tarda em alcançá-la”. São frases de 250 anos atrás ou mais e tão atuais. Simples e óbvias, não é mesmo?!
Tudo isso vale para quem quer vencer, seja na administração de uma empresa de qualquer tamanho, na preparação dos estudos para uma prova, num concurso, na educação dos filhos e dos funcionários, enfim, no bem viver. É fazer o básico, ”o feijão-com –arroz”. Fazer o que tem de ser feito sem efeitos especiais e enfeites, que os resultados aparecem.
E a boa notícia para 2009 foi a reabertura do SEBRAE aqui em Itaituba, re-inaugurado oficialmente dia 12/01/09 pelos diretores Hildegardo Nunes e Vilson Schuber, com instalações no andar de cima do SIPRI, na 6ª Rua da Bela Vista, sub-esquina com a Tv. Justo Chermont. O Escritório de Itaituba centralizará o atendimento aos seis municípios da região: Aveiro, Novo Progresso, Jacareacanga, Rurópolis e Trairão. Irá prestar orientação empresarial e fará levantamento das demandas do município, para que sejam realizados projetos voltados para vários segmentos econômicos, de acordo com as necessidades apresentadas pela população. Ou seja, nós é que dizemos o que queremos e precisamos, tanto no atendimento individual (conta com técnicos capacitados a orientar atuais e futuros empresários a trilharem o caminho certo), como no coletivo (orientação empresarial e projetos). Só para se ter uma idéia de quanto o Sebrae nos pode ser útil, existem quase cem projetos voltados para as cadeias produtivas, como apicultura, aqüicultura, leite e derivados, madeira e móveis, mandioca, além de projetos voltados para os setores comércio e serviços.
O SEBRAE trabalha com uma metodologia que prima por resultados, chamada GEOR-Gestão Estratégica Orientada para Resultados. Isso quer dizer que você será acompanhado.
Sem demagogia, mas Itaituba estava merecendo o retorno do Sebrae, afinal somos exemplares no que diz respeito a freqüentar os cursos propostos. Só para reforçar esta afirmação lembro-os que fomos a primeira e talvez única cidade a formar uma turma do Programa de Qualidade Total (em 1997), do qual fui Multiplicador, durante um ano inteiro. Fomos pioneiros nos Programas Sebrae Ideal e ainda formamos duas turmas do Empretec primeiro que Santarém, que tem muito mais empresas e empresários (sem querer fofocar, mas precisaram baixar o preço por lá para conseguir forma as turmas). As Palestras aqui proferidas por renomados profissionais (trazidos pelo Salomão Ribeiro e Cia) levaram cerca de mil pessoas em cada uma. Então, somos ou não somos um povo com vontade de evoluir?
Portanto meus caros leitores, o Sebrae não faz milagres, mas com a nossa força de vontade poderemos acrescentar um bifinho, umas batatinhas fritas e uma saladinha ao nosso saboroso feijão com arroz.
* Artigo de Wagner Arouca, publicado na edição do Jornal do Comércio que está circulando desde ontem
Mais rigor contra os maus políticos*
Já melhorou, mas, ainda precisa avançar muito mais o controle da sociedade sobre o mau uso do dinheiro público, seja por incompetência ou por deliberada vontade dos políticos de roubar. A Lei de Responsabilidade Fiscal foi um avanço considerável, mas não bastam apenas boas leis. É preciso vontade do Ministério Público e do Poder Judiciário para que elas sejam cumpridas.
Escrevi um artigo no começo de 1997, no qual disse que os governantes no Brasil (prefeitos e governadores), quando recebem a faixa na posse, não compreendem que estão simplesmente assumindo o gerenciamento da máquina administrativa de um estado ou de um município. A maioria deles apossa-se do cargo como se estivessem no comando de uma empresa de sua propriedade. Pensam que podem tudo e tudo fazem com o poder que o povo lhe concede.
Neste começo de ano temos lido, visto e ouvido inúmeras notícias a respeito de prefeitos que surrupiaram prefeituras pelo Brasil a fora. Muitos dos que estão começando seus governos não sabem o que fazer, diante da completa falta de informações, pois os que saíram levaram computadores e pastas, certamente porque têm medo do que pode ser encontrado.
Aqui mesmo na região sudoeste do Pará temos exemplos disso. Em Jacareacanga o ex-prefeito Carlos Veiga deixou os computadores, contudo, informações importantíssimas foram retiradas dos HDs de vários deles, deixando o governo do prefeito Raulien Queiroz em dificuldades. Em Trairão Danilo Vidal de Miranda também enfrenta suas dificuldades. Uma delas foi a derrama de cheques nos últimos dias do governo passado, que deram um prejuízo considerável ao município. Será que vai ficar por isso mesmo? Será que esse pessoal não vai sofrer nenhuma punição por esse descalabro? Com certeza eles fizeram isso convencidos de que, mais uma vez, vai prevalecer a impunidade, uma chaga que envergonha os brasileiros de bem, que compõem a maioria da população deste país.
Toda vez que um município é saqueado por um governante que sai, não é somente o prefeito que assume que é prejudicado. Quem mais sofre é o contribuinte, aquele que paga a conta, que deixa de ser atendido com dignidade nos serviços mais essenciais. Sofre o país, pois cada município é uma célula dessa grande unidade, não interessando o seu tamanho.
Quando a Justiça leva adiante os processos contra essa gente mal intencionada, as oportunidades de procrastinação são tantas e tão grandes, que fazem com que se arrastem por anos a fio, que a população esquece dos mesmos. Há exceções honrosas que deveriam servir de regra para o resto do país, como do Judiciário do Rio Grande do Sul, que não tem sido nada complacente com os maus gestores. Muitos prefeitos perderem o mandato nos últimos seis anos naquele Estado.
O que falta e botar na cadeia um bocado desses políticos que só se lançam na vida pública com a finalidade de dilapidar o patrimônio público. Enquanto isso não acontecer, enquanto a impunidade prevalecer, nada vai mudar.
Muita coisa acontece por culpa de uma significativa parcela do eleitorado, que continua alheio à importância do seu voto. Mesmo aqueles que não vendem, mas, também os que fazem pouco caso desse importante instrumento de cidadania, contribuem para que políticos despreparados ou mal intencionados cheguem ao poder. Votar bem é o primeiro passo para eliminar os abutres da política.
Leis, e boas leis, já temos de sobra. O que se espera é que sejam cumpridas para por um basta nessa farra com os impostos que pagamos. E ainda tem quem diga que o brasileiro não gosta de pagar impostos. Como pode gostar, se vê boa parte do que paga escorrer pelo ralo da corrupção ou da má aplicação dos tributos recolhidos? E olha que não são poucos!
É demais esperar, que ao término do mandato de um prefeito, ele possa transmitir o cargo para o seu sucessor com a contabilidade toda em ordem? Essa é uma obrigação do gestor que sai. Compete a nós, cidadãos pagadores de impostos, cobrarmos uma mudança de comportamento. Para isso, precisamos prestar mais atenção com o que fazemos com o nosso voto. Se votamos de qualquer jeito, sem responsabilidade, cobraremos de quem, a não ser de nós mesmos? O que dizer do eleitor que reelege um governante que está metendo a mão no dinheiro público? Esse tipo não tem autoridade, nem moral para cobrar nada de ninguém.
* - Artigo de Jota Parente, publicado na edição do Jornal do Comércio que circula desde ontem
Escrevi um artigo no começo de 1997, no qual disse que os governantes no Brasil (prefeitos e governadores), quando recebem a faixa na posse, não compreendem que estão simplesmente assumindo o gerenciamento da máquina administrativa de um estado ou de um município. A maioria deles apossa-se do cargo como se estivessem no comando de uma empresa de sua propriedade. Pensam que podem tudo e tudo fazem com o poder que o povo lhe concede.
Neste começo de ano temos lido, visto e ouvido inúmeras notícias a respeito de prefeitos que surrupiaram prefeituras pelo Brasil a fora. Muitos dos que estão começando seus governos não sabem o que fazer, diante da completa falta de informações, pois os que saíram levaram computadores e pastas, certamente porque têm medo do que pode ser encontrado.
Aqui mesmo na região sudoeste do Pará temos exemplos disso. Em Jacareacanga o ex-prefeito Carlos Veiga deixou os computadores, contudo, informações importantíssimas foram retiradas dos HDs de vários deles, deixando o governo do prefeito Raulien Queiroz em dificuldades. Em Trairão Danilo Vidal de Miranda também enfrenta suas dificuldades. Uma delas foi a derrama de cheques nos últimos dias do governo passado, que deram um prejuízo considerável ao município. Será que vai ficar por isso mesmo? Será que esse pessoal não vai sofrer nenhuma punição por esse descalabro? Com certeza eles fizeram isso convencidos de que, mais uma vez, vai prevalecer a impunidade, uma chaga que envergonha os brasileiros de bem, que compõem a maioria da população deste país.
Toda vez que um município é saqueado por um governante que sai, não é somente o prefeito que assume que é prejudicado. Quem mais sofre é o contribuinte, aquele que paga a conta, que deixa de ser atendido com dignidade nos serviços mais essenciais. Sofre o país, pois cada município é uma célula dessa grande unidade, não interessando o seu tamanho.
Quando a Justiça leva adiante os processos contra essa gente mal intencionada, as oportunidades de procrastinação são tantas e tão grandes, que fazem com que se arrastem por anos a fio, que a população esquece dos mesmos. Há exceções honrosas que deveriam servir de regra para o resto do país, como do Judiciário do Rio Grande do Sul, que não tem sido nada complacente com os maus gestores. Muitos prefeitos perderem o mandato nos últimos seis anos naquele Estado.
O que falta e botar na cadeia um bocado desses políticos que só se lançam na vida pública com a finalidade de dilapidar o patrimônio público. Enquanto isso não acontecer, enquanto a impunidade prevalecer, nada vai mudar.
Muita coisa acontece por culpa de uma significativa parcela do eleitorado, que continua alheio à importância do seu voto. Mesmo aqueles que não vendem, mas, também os que fazem pouco caso desse importante instrumento de cidadania, contribuem para que políticos despreparados ou mal intencionados cheguem ao poder. Votar bem é o primeiro passo para eliminar os abutres da política.
Leis, e boas leis, já temos de sobra. O que se espera é que sejam cumpridas para por um basta nessa farra com os impostos que pagamos. E ainda tem quem diga que o brasileiro não gosta de pagar impostos. Como pode gostar, se vê boa parte do que paga escorrer pelo ralo da corrupção ou da má aplicação dos tributos recolhidos? E olha que não são poucos!
É demais esperar, que ao término do mandato de um prefeito, ele possa transmitir o cargo para o seu sucessor com a contabilidade toda em ordem? Essa é uma obrigação do gestor que sai. Compete a nós, cidadãos pagadores de impostos, cobrarmos uma mudança de comportamento. Para isso, precisamos prestar mais atenção com o que fazemos com o nosso voto. Se votamos de qualquer jeito, sem responsabilidade, cobraremos de quem, a não ser de nós mesmos? O que dizer do eleitor que reelege um governante que está metendo a mão no dinheiro público? Esse tipo não tem autoridade, nem moral para cobrar nada de ninguém.
* - Artigo de Jota Parente, publicado na edição do Jornal do Comércio que circula desde ontem
Morte de Clóvis Penedo foi uma grande perda para Itaituba
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Sua morte representa uma grande perda para o município de Itaituba, seja por ter sido ele um empresário ativo, nos últimos mais mais dedicado à pecuária, seja por sua insansável participação em movimentos reivindicatórios por melhorias.
Foram muitas as suas lutas que visavam alcançar benefícios para a coletividade. A mais árdua delas, e que trouxe resultados mais expressivos aconteceu no ano de 1989, quando foi um dos cabeças do movimento pela solução do problema de energia elétrica na cidade de Itaituba. O racionamento era terrível. Passave-se muito mais tempo sem energia, do que com energia em casa ou no trabalho. Quem podia tinha um gerador. Como muita gente tinha condições, a barulheira era infernal.
Com aquele movimento, o governador Hélio Gueiros sensibilizou-se e mandou quatro grupogeradores novos para cá e Clóvis fez parte daquela vitória de forma destacada.
O blog apresenta suas condolências aos familiares e lamenta profundamente esta perda.
quarta-feira, janeiro 21, 2009
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