quarta-feira, maio 17, 2006

Campanha Escola Limpa foi lançado ontem

Foi lançada segunda-feira passada, a campanha Escola Limpas, que tem por objetivo trabalhar a educação ambiental junto a alunos, professores e diretores, visando à conscientização de todos para a obtenção de um melhor ambiente para a convivência da comunidade escolar. A melhora da qualidade da água de beber usada pelas escolas, também faz parte do projeto. Serão instalados filtros, bebedouros serão azulejadas, bem como a limpeza de caixas d’água e tratamento d’água. Esse trabalho será feito durante uma semana em cada escola, até o final do ano.
O secretário de Mineração e Meio Ambiente da Prefeitura de Itaituba, Dirceu Frederico (foto), disse que, em linhas gerais, o programa deve abranger a conscientização ambiental com a visão global do Planeta, até o papel de uma balinha que a criança joga no chão. “Queremos levar às crianças uma conscientização ambiental. Também, no entorno da escola, está sendo distribuído um calendário que mostra o dia da coleta do lixo e a responsabilidade de cada cidadão em relação ao lixo doméstico, a respeito das galhadas e de entulhos. Essa é hoje uma das nossas maiores preocupações”, afirmou Dirceu.
Na primeira etapa estão sendo envolvidas 17 escolas, sendo 13 espalhadas pela zona urbana de Itaituba, duas em Miritituba, uma em Campo Verde e outra em Moraes Almeida, sendo que o programa será efetivado até o final de junho, parando durante as férias de julho. Durante esse mês de recesso será feito trabalho de arborização e jardinagem de algumas escolas.
Estão envolvidos na campanha Escola Limpa, a Secretaria de Mineração e Meio Ambiente, a Secretaria de Agricultura, a Secretaria de Educação, a Secretaria de Infra Estrutura, a Clean Serviço e o 53º BIS. Posted by Picasa

Cai liminar contra Belo Monte

O juiz federal da subseção de Altamira, Herculano Nacif, revogou hoje a liminar que impedia temporariamente a realização de estudos, audiências públicas e outros procedimentos preliminares necessários para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.

O magistrado atendeu a pedidos de reconsideração formulados pelo Ibama e pela Eletronorte. Os procedimentos preliminares estavam suspensos desde o final de março passado.Com a revogação da liminar, o Ibama e a Eletronorte poderão realizar estudos, consultas públicas, audiências públicas, "enfim, tudo que seja necessário a possibilitar a conclusão final da autarquia ambiental (Ibama) quanto ao licenciamento, ou não, da obra, ficando assegurado o pleno exercício do seu poder de Polícia".O Decreto Legislativo nº 788/2005, votado pelo Congresso Nacional e que autorizou os procedimentos que antecedem a construção de Belo Monte, deve ser obedecido.
Blog do Jeso

terça-feira, maio 16, 2006

Frase do dia

Eduque os meninos ... e não será preciso castigar os homens". ( Pitágoras )

Intelectual do crime’ comanda a desordem em SP

Reuters
Era fevereiro de 2002. A Penitenciária Augustino de Oliveira Jr., no município mineiro de Unaí, jamais recebera um prisioneiro tão recomendado. Viera de Brasília, distante 230 quilômetros, com a advertência de que deveria ser trancafiado numa solitária.

Além de um sobrenome inusual, o preso Marcos Willians Herbas Camacho (na foto) carregava uma bagagem atípica. Algumas peças, listadas num relatório policial, chamaram a atenção de autoridades judiciárias que se envolveram na operação de transferência do prisioneiro. Eram livros.

Os títulos indicavam um gosto editorial tão eclético quanto refinado: ‘Estação Carandiru’, do médico brasileiro Drauzio Varella; ‘Cai o Pano’, da romancista britânica Agatha Christie; e ‘A Arte da Guerra’, do filósofo chinês Sun Tzu.
O preso não esquentaria lugar em Unaí. Seria logo devolvido ao sistema carcerário de São Paulo, sua origem. Ali, Willian Herbas Camacho era conhecido não pelo nome, mas pelo apelido: Marcola, um expoente de uma das organizações criminosas mais bem-estruturas do país: o PCC (Primeiro Comando da Capital).
No final daquele mesmo ano de 2002, Marcola assumiria o comando do PCC. Ele prevaleceu sobre dois outros líderes da organização: José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roriz, o Cesinha.
Decorridos quatro anos, Marcola é o rosto escondido por trás da onda de violência que vira São Paulo de ponta-cabeça. Ele desafia as forças de segurança do Estado há 72 horas. Nesta segunda-feira, foi citado em reunião na sala do presidente Lula. Roda o mundo desde sexta-feira como personagem do noticiário de jornais e da TV.
Em contatos com dois promotores de Justiça e um delegado de São Paulo e com um juiz de Brasília, o blog descobriu detalhes da biografia de Marcola. Um dos promotores o definiu como “intelectual do crime”. Outro disse que se trata de uma pessoa “prepotente e inteligentíssima”.
Marcola fez carreira no crime. Em menino, batia carteiras e roubava toca-fitas de automóveis no centro de São Paulo. Virou freguês da Febem. Migrou para o assalto a mão armada e o roubo a bancos. E tornou-se hóspede do sistema carcerário paulista. Acumula penas que somam mais de 40 anos de reclusão.

Comanda o PCC desde a jaula, seu habitat durante mais da metade dos seus 38 anos de idade. Comunica-se com a rua por meio de celulares. No início do ano, foi fotografado por um companheiro de cela manuseando um telefone (veja foto ao lado e leia reportagem aqui). Serve-se também de uma rede de pombos-correios que inclui mulheres de presos, advogados e policiais corruptos.

Marcola casou-se com a advogada Ana Maria Olivatto. Em 2002, ela foi assassinada com dois tiros na nuca. O crime foi supostamente encomendado por Aurinete Félix da Silva, mulher de César Roriz, o Cesinha, um dos que disputaram com Marcola o comando do PCC. O assassino de Ana Maria, conhecido como Ceará, “subiu” por ordem de Marcola. No linguajar do PCC, fazer uma pessoa “subir” significa matá-la.

O ‘intelectual do crime’ tem o primeiro grau completo. Concluiu a 8ª série na cadeia. Gaba-se de ter lido dezenas de livros. É educado com os companheiros, implacável com os adversários e arrogante com autoridades públicas.

Transferido no último sábado para o presídio de Presidente Bernardes (SP), Marcola disse, ao chegar: “Aqui eu não fico”. Sobre a onda de desordem iniciada na véspera, afirmou: "Só há uma solução para isso acabar: Deixem a gente em paz". As frases foram reproduzidas por um agente pebnitenciário ao repórter Cristiano Machado (aqui, para

Explorando a crise

16/05/2006 - Blog do Josias de Souza
PT espera crise esfriar para atacar PSDB e Alckmin
El Roto/El PaisA inédita onda de ataques criminosos contra as forças de segurança de São Paulo será uma das principais armas eleitorais do PT contra o PSDB e o candidato tucano Geraldo Alckmin. A cúpula do petismo decidiu adiar os ataques mais incisivos para depois do esfriamento da crise. Mas, desde logo, a segurança pública já foi alçada à condição de tema obrigatório da campanha de 2006.

Em conversa com o signatário do blog, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) deu o tom: “O governo do presidente Lula age com acerto ao colocar as forças federais à disposição do governo de São Paulo. Todos precisamos ajudar a debelar a crise. Mas a discussão do tema durante a campanha, até pelas proporções que a crise assumiu, tornou-se inevitável”.

Sob a condição do anonimato, um ministro petista complementou o raciocínio do líder Chinaglia: “A hora é de prestar irrestrita solidariedade ao governo de paulista. É nosso dever institucional. Mas pareceríamos lunáticos se, diante de tudo o que está ocorrendo, não discutíssemos a segurança pública de São Paulo na campanha presidencial e na eleição para o governo do Estado. O assunto não será imposto pelo PT. Será uma exigência da sociedade”.

Nesta segunda-feira, em reunião com Lula, o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse que “exploração eleitoral” da crise paulista seria um “erro”. O presidente pôs-se inteiramente de acordo. Acha que sua obrigação, no momento, é mostrar-se solidário com governo de São Paulo, colocando à disposição do Estado o aparato repressivo do governo federal.

Porém, em diálogo telefônico com um senador petista, Lula também concordou com a tese de que será inevitável o debate da segurança pública para fustigar Alckmin ao longo da campanha. Avalia que a desenvoltura do PCC (Primeiro Comando da Capital) pôs em xeque o discurso do adversário de que arrumou São Paulo. Somando-se as gestões de Mario Covas e de Alckmin, o tucanato governou o maior Estado da federação por 12 anos.

Uma decisão tomada por Lula antes do desabrochar da onda de violência em São Paulo terminou beneficiando o PT. Ao sancionar a nova lei eleitoral aprovada pelo Congresso, o presidente vetou o artigo que proibia a exibição de cenas externas nos programas eleitorais de TV. Facultou, assim, a reprodução de depoimentos prestados por petistas nas CPIs do Congresso. Mas também abriu brecha para a exibição das cenas de barbárie produzidas na São Paulo das últimas 72 horas.

O comando de campanha do PSDB fará, até o final da semana, uma reunião para avaliar os efeitos da crise da segurança sobre a candidatura de Alckmin. Um tucano ouvido pelo blog disse vai sugerir a realização de uma pesquisa de opinião para medir os humores do eleitorado paulista. Receia que os efeitos sejam “devastadores”. A onda de violência, disse ele, veio em péssima hora. Um momento em que a vantagem de Alckmin sobre Lula em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, vem sendo encurtada.

Para tentar reduzir o prejuízo, o PSDB ensaia uma resposta aos previsíveis ataques do PT. O grão-tucanato faz um levantamento do repasse de verbas do governo federal para os Estados. Pretende demonstrar que, sob Lula, houve redução drástica redução das transferência do Fundo Nacional de Segurança Pública. Enfatizará, de resto, o argumento de que o governo federal não consegue deter nas fronteiras a entrada do armamento que municia o crime organizado.

Retrato do medo

A tradicional Av. Paulista. coração financeiro de S. Paulo, às 20 horas de ontem. ( Foto da Folha de S. Paulo)

Será que começou a vingança?

Mãe e irmão de um dos líderes do PCC são fuzilados
Da Agência Estado:

"A mãe e o irmão de Marcelo Vieira, o Capetinha, um dos líderes do PCC, foram executados a tiros na zona norte de São Paulo por homens que se identificaram como policiais. Não há pistas sobre os autores dos tiros contra Maria Aparecida Floriano da Silva, de 63 anos, e seu filho Eduardo Floriano da Silva, de 23 anos.

Capetinha era o chefe do tráfico na região de Parada de Taipas e o gerente do PCC para a zona norte. É acusado de ter liderado o maior seqüestro no ano passado em São Paulo, o de um comerciante de Guarulhos cuja família pagou R$ 1,8 milhão de resgate -usado para financiar o tráfico.

Segundo a polícia, Capetinha foi o mandante de ataques contra bases da Polícia Militar ocorridos em janeiro em São Paulo e também da chacina de cinco membros de uma facção rival. O líder do PCC havia sido detido havia um mês e enviado à Penitenciária de Presidente Venceslau.

Na madrugada de ontem, os criminosos bateram na porta da casa da mãe de Capetinha. A obrigaram a ficar de joelhos e atiraram. Em seguida, mataram o rapaz".