16/05/2006 - Blog do Josias de Souza
PT espera crise esfriar para atacar PSDB e Alckmin
El Roto/El PaisA inédita onda de ataques criminosos contra as forças de segurança de São Paulo será uma das principais armas eleitorais do PT contra o PSDB e o candidato tucano Geraldo Alckmin. A cúpula do petismo decidiu adiar os ataques mais incisivos para depois do esfriamento da crise. Mas, desde logo, a segurança pública já foi alçada à condição de tema obrigatório da campanha de 2006.
Em conversa com o signatário do blog, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) deu o tom: “O governo do presidente Lula age com acerto ao colocar as forças federais à disposição do governo de São Paulo. Todos precisamos ajudar a debelar a crise. Mas a discussão do tema durante a campanha, até pelas proporções que a crise assumiu, tornou-se inevitável”.
Sob a condição do anonimato, um ministro petista complementou o raciocínio do líder Chinaglia: “A hora é de prestar irrestrita solidariedade ao governo de paulista. É nosso dever institucional. Mas pareceríamos lunáticos se, diante de tudo o que está ocorrendo, não discutíssemos a segurança pública de São Paulo na campanha presidencial e na eleição para o governo do Estado. O assunto não será imposto pelo PT. Será uma exigência da sociedade”.
Nesta segunda-feira, em reunião com Lula, o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse que “exploração eleitoral” da crise paulista seria um “erro”. O presidente pôs-se inteiramente de acordo. Acha que sua obrigação, no momento, é mostrar-se solidário com governo de São Paulo, colocando à disposição do Estado o aparato repressivo do governo federal.
Porém, em diálogo telefônico com um senador petista, Lula também concordou com a tese de que será inevitável o debate da segurança pública para fustigar Alckmin ao longo da campanha. Avalia que a desenvoltura do PCC (Primeiro Comando da Capital) pôs em xeque o discurso do adversário de que arrumou São Paulo. Somando-se as gestões de Mario Covas e de Alckmin, o tucanato governou o maior Estado da federação por 12 anos.
Uma decisão tomada por Lula antes do desabrochar da onda de violência em São Paulo terminou beneficiando o PT. Ao sancionar a nova lei eleitoral aprovada pelo Congresso, o presidente vetou o artigo que proibia a exibição de cenas externas nos programas eleitorais de TV. Facultou, assim, a reprodução de depoimentos prestados por petistas nas CPIs do Congresso. Mas também abriu brecha para a exibição das cenas de barbárie produzidas na São Paulo das últimas 72 horas.
O comando de campanha do PSDB fará, até o final da semana, uma reunião para avaliar os efeitos da crise da segurança sobre a candidatura de Alckmin. Um tucano ouvido pelo blog disse vai sugerir a realização de uma pesquisa de opinião para medir os humores do eleitorado paulista. Receia que os efeitos sejam “devastadores”. A onda de violência, disse ele, veio em péssima hora. Um momento em que a vantagem de Alckmin sobre Lula em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, vem sendo encurtada.
Para tentar reduzir o prejuízo, o PSDB ensaia uma resposta aos previsíveis ataques do PT. O grão-tucanato faz um levantamento do repasse de verbas do governo federal para os Estados. Pretende demonstrar que, sob Lula, houve redução drástica redução das transferência do Fundo Nacional de Segurança Pública. Enfatizará, de resto, o argumento de que o governo federal não consegue deter nas fronteiras a entrada do armamento que municia o crime organizado.
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