Jogo sujo
Protesto indignado do advogado triburatista Helenilson Pontes:
São repugnantes as práticas adotadas pelas autoridades federais para defenderem o ministro da Fazenda [Antônio Palocci] das acusações que lhe são imputadas por um simples cidadão.
Toda a artilharia da burocracia federal - ao melhor estilo stalinista, que faz a cabeça de alguns daqueles que atualmente ocupam o poder - foi dirigida contra um caseiro, cujo pecado foi desafiar os todo-poderosos de plantão dizendo o que sabe acerca das pessoas que viu frequentarem uma casa em Brasília, onde negócios, nada transparentes, eram fechados por assessores do ministro.
Como não foi encontrado nada que pudesse deslustrar a imagem da testemunha - um simples cidadão brasileiro - o seu sigilo bancário foi quebrado, sem qualquer autorização judicial, como exige a Constituição da República, e os dados repassados à imprensa, sob a capa pusilânime do anonimato.
Interessante notar que a conta corrente do cidadão agredido em seus direitos é da Caixa Econômica Federal, empresa pública cujas decisões em última instância cabem ao próprio ministro da Fazenda, sob investigação.
Fatos como este são de assombrar e de repugnar a todos. É impressionante a desfaçatez com que os direitos fundamentais mais elementares são agredidos por este governo.
Livres de agressões estão apenas os amigos do poder, como o tal de Paulo Okamotto, que declaradamente paga contas pessoais do presidente e da sua filha, mas tem seu sigilo protegido pelo Poder Judiciário.
Para este, vale o direito fundamental à privacidade, já para o pobre caseiro,...
Para onde caminha este país?
A indignação do doutor Helenilson
Depois de ler esse comentário do advogado, doutor, livre doscente, tributarista, etc., etc, Helenilson Pontes, indignado com a quebra do sigilo do caseiro que denunciou o ministro Palocci, concordo com a indignação mais do que justificada, pois estão querendo seguir os passos do Tio Sam. Por lá a Bush filho quer bisbilhotar a vida dos seus concidadãos. Só não vai mais longe porque as instituições são fortes e podam.
Também vi outro cidadão indignado. Esse, vi num telejornal, falando sobre a violência em S. Paulo, quando era noticiado um assalto que ocorreu num condomínio de classe média, que resultou na morte de um dos bandidos. O cidadão, emocionado desse: “eu só queria mesmo era poder consertar o Brasil, pois este é um país maravilhoso”. E de fato é.
terça-feira, março 21, 2006
Sobra do Fundef: acordo selado
Prefeitura de Santarém e professores entraram em acordo sobre a sobra do Fundef 2005.
O acordo foi firmado na reunião realizada na última sexta-feira no Palácio Jarbas Passarinho, entre a comissão do sindicato dos professores (Sinprosan) e uma equipe do governo municipal.
De acordo com o presidente do Sinprosan, Rivelino Lacerda, sobram do Fundef em 2005 o total de R$ 1.592.78,35.
Ele disse que todos os professores efetivos e temporários, um total de 2.135 profissionais, vão receber um abono de R$ 450.
O abono deve ser pago a partir do mês de abril, via contracheque.
Fonte: Jornal do Meio Dia/Rádio Rural
Meu comentário: Lá em Santarém os professores conseguiram provar para a Prefeitura que havia prova do Fundef.
Prefeitura de Santarém e professores entraram em acordo sobre a sobra do Fundef 2005.
O acordo foi firmado na reunião realizada na última sexta-feira no Palácio Jarbas Passarinho, entre a comissão do sindicato dos professores (Sinprosan) e uma equipe do governo municipal.
De acordo com o presidente do Sinprosan, Rivelino Lacerda, sobram do Fundef em 2005 o total de R$ 1.592.78,35.
Ele disse que todos os professores efetivos e temporários, um total de 2.135 profissionais, vão receber um abono de R$ 450.
O abono deve ser pago a partir do mês de abril, via contracheque.
Fonte: Jornal do Meio Dia/Rádio Rural
Meu comentário: Lá em Santarém os professores conseguiram provar para a Prefeitura que havia prova do Fundef.
Itbnet (Jornal a Província do Tapajós) ( Tal e qual está no site)
Caso Diplomas falsos: Leia a Lista dos acusados
desta segunda feira o depoimentos das testemunhas no caso dos diplomas falsos, que já vem tramitando no Ministério Público à dois anos. Parece que está havendo um desfecho final. De acordo com o havendo um desfecho final. De acordo com o Promotor Público, Dr. José Haroldo, “hoje estamos ouvindo as testemunha de acusação, brevemente vamos ouvir as testemunhas de defesa. Segue a lista dos acusados:
Márcio Adailson Dantas, Paulo José Silva Cirino, Wallace Araújo de Moraes, Jardel Rodrigues da Silva, Antônio Carlos Lobato Lopes, Alexandre Mendes Paiva, Paulo André Telles de Lima, Maria Neiva de Sousa, Jhonys Gladys Macedo Alencar, Sofia Almeida Sanches, Elisangela Matos Moraes, Hélis Eronice Macedo Leal, Silvia Silva Queiroz, Silvia Fernandes da Silva, Anderson Moro, Augusto César Rego Pena, Hemenn Andrade dos Santos, Herna Socor Pedroso Azevedo, Edson Paulo do C. Barreto e Mariozan Silva Fernandes. Ainda de acordo com o Dr. Dudimar Paxiúba, existem nomes que a diretora da URE não entregou para a policia civil que investigava o caso. O advogado não conseguiu entender, porque a diretora da URE, carimbou tantos diplomas diretora da URE não entregou para a policia civil que investigava o caso. O advogado não conseguiu entender, porque a diretora da URE, carimbou tantos diplomas sem ter conhecimento do que estava fazendo. Como? Pelo menos oito pessoas foram intimados a testemunhar, até o momento que acompanhávamos os depoimentos, os mais demorados foi da senhora Ruberlitz, diretora da Unidade Regional de Educação.
Meu comentário: Isso me lembra episódio semelhante, mas envolvendo muito mais gente e gente graúda, incluindo a SEDUC. Foi no começo da década de 1990, quando houve uma enxurrada de diplomas falsos espalhados na Assembléia Legislativa do Pará e por diversos outros setores públicos do Estado. O que ganhou maior repercussão foi a caso da ALEPA. Tinha de tudo. Diploma de primeiro grau, de segundo grau ( na época) e também, diplomas de curso superior à escolha do freguês.
Quando foi descoberta a trama, muita gente teve que se explicar, muitos pediram demissão ou foram demitidos por seus padrinhos deputados, para evitar vexames maiores e depois de muito rumor, não deu em muita coisa. Afinal, esse é o nosso mui amado Brasil.
Caso Diplomas falsos: Leia a Lista dos acusados
desta segunda feira o depoimentos das testemunhas no caso dos diplomas falsos, que já vem tramitando no Ministério Público à dois anos. Parece que está havendo um desfecho final. De acordo com o havendo um desfecho final. De acordo com o Promotor Público, Dr. José Haroldo, “hoje estamos ouvindo as testemunha de acusação, brevemente vamos ouvir as testemunhas de defesa. Segue a lista dos acusados:
Márcio Adailson Dantas, Paulo José Silva Cirino, Wallace Araújo de Moraes, Jardel Rodrigues da Silva, Antônio Carlos Lobato Lopes, Alexandre Mendes Paiva, Paulo André Telles de Lima, Maria Neiva de Sousa, Jhonys Gladys Macedo Alencar, Sofia Almeida Sanches, Elisangela Matos Moraes, Hélis Eronice Macedo Leal, Silvia Silva Queiroz, Silvia Fernandes da Silva, Anderson Moro, Augusto César Rego Pena, Hemenn Andrade dos Santos, Herna Socor Pedroso Azevedo, Edson Paulo do C. Barreto e Mariozan Silva Fernandes. Ainda de acordo com o Dr. Dudimar Paxiúba, existem nomes que a diretora da URE não entregou para a policia civil que investigava o caso. O advogado não conseguiu entender, porque a diretora da URE, carimbou tantos diplomas diretora da URE não entregou para a policia civil que investigava o caso. O advogado não conseguiu entender, porque a diretora da URE, carimbou tantos diplomas sem ter conhecimento do que estava fazendo. Como? Pelo menos oito pessoas foram intimados a testemunhar, até o momento que acompanhávamos os depoimentos, os mais demorados foi da senhora Ruberlitz, diretora da Unidade Regional de Educação.
Meu comentário: Isso me lembra episódio semelhante, mas envolvendo muito mais gente e gente graúda, incluindo a SEDUC. Foi no começo da década de 1990, quando houve uma enxurrada de diplomas falsos espalhados na Assembléia Legislativa do Pará e por diversos outros setores públicos do Estado. O que ganhou maior repercussão foi a caso da ALEPA. Tinha de tudo. Diploma de primeiro grau, de segundo grau ( na época) e também, diplomas de curso superior à escolha do freguês.
Quando foi descoberta a trama, muita gente teve que se explicar, muitos pediram demissão ou foram demitidos por seus padrinhos deputados, para evitar vexames maiores e depois de muito rumor, não deu em muita coisa. Afinal, esse é o nosso mui amado Brasil.
Lembrando Bena Lago
Encontrei alguns comentários a respeito de minha amiga Bena Lago, no blog do Jeso e não resisti a meter minha colher, falando um pouco sobre a carreira dessa morena que conheço muito bem, pois fui eu quem a descobriu e a lançou no rádio. Publico a seguir o comentário que fiz no blog do Jeso.
Jeso, dentre as muitas alegrias que a carreira de radialista me reservou, uma das maiores foi descobrir Bena Lago. Certo dia,no começo da década de 1980, já na coordenação de programação da Rádio Rural, onde substitui Santino Soares, telefonei para a Embratel e eis quem me atende: Ela, Bena Lago, com sua voz maravilhosa. Fiquei encantado com o que ouvi e a convidei para fazer um teste, com o que ela concordou.
Um ou dois dias depois do primeiro contato ela foi à emissora, como havia combinado e não deu outra: foi imediatamente aprovada.
Em 1988, no finalzinho do ano aceitei o desafio de dirigir a Rádio Itaituba e convidei a Bena para ser a estrela da companhia. Ela topou e fez um sucesso ainda maior do que fazia em Santarém.
Atualmente minha amiga Bena está em Manaus, como o blog já informou. Por lá, ela não foi chegando e emplacando de imediato, mas, quando apareceu a oportunidade ela mostrou sua competência e só tem crescido. Vibro com o sucesso dela, conquista graças ao seu inegável talento. Ela é mais uma do enorme contingente de paraenses que venceram na capital amazonense.
Bena Lago merece.
Jota Parente
Jeso, dentre as muitas alegrias que a carreira de radialista me reservou, uma das maiores foi descobrir Bena Lago. Certo dia,no começo da década de 1980, já na coordenação de programação da Rádio Rural, onde substitui Santino Soares, telefonei para a Embratel e eis quem me atende: Ela, Bena Lago, com sua voz maravilhosa. Fiquei encantado com o que ouvi e a convidei para fazer um teste, com o que ela concordou.
Um ou dois dias depois do primeiro contato ela foi à emissora, como havia combinado e não deu outra: foi imediatamente aprovada.
Em 1988, no finalzinho do ano aceitei o desafio de dirigir a Rádio Itaituba e convidei a Bena para ser a estrela da companhia. Ela topou e fez um sucesso ainda maior do que fazia em Santarém.
Atualmente minha amiga Bena está em Manaus, como o blog já informou. Por lá, ela não foi chegando e emplacando de imediato, mas, quando apareceu a oportunidade ela mostrou sua competência e só tem crescido. Vibro com o sucesso dela, conquista graças ao seu inegável talento. Ela é mais uma do enorme contingente de paraenses que venceram na capital amazonense.
Bena Lago merece.
Jota Parente
segunda-feira, março 20, 2006
sábado, março 18, 2006
Explicações do MMA em Itaituba
Tasso Rezende de Azevedo, Diretor do Programa Nacional de Florestas, do Ministério do Meio Ambiente e Cássio Pereira, Diretor do Programa de Articulação de Políticas para a Amazônia, também do MMA, participaram de duas importantes reuniões, hoje, em Itaituba.
O primeiro encontro foi com os madeireiros, na Associação Empresarial, da qual o grande ausente roi Luis Carlos Tremonte, que se encontra em S. Paulo em tratamento de saúde. Contudo, apesar dessa ausência de peso, os madeireiros fizeram vários questionamentos e ouviram as explicações dos dois representantes do MMA, que lhes garantiram ser para valer a decisão do governo, de viabilizar a exploração sustentável do Distrito Florestal da BR 163.
A segunda reunião aconteceu na Associação dos Mineradores do Tapajós (AMOT), com pessoas ligadas à mineração, na qual Tasso Rezende de Azevedo expôs detalhadamente o que virá depois dos decretos, deixando claro que quem tem garimpo dentro das APAs e que observar as exigências legais poderá trabalhar. Mas, quem explora alguma área em Flona terá que suspender suas atividades, não havendo nenhuma chance disso mudar por enquanto. Um dos presentes tem um garimpo na Flona Trairão e ficou sabendo que terá que parar com seus trabalhos.
Para Ivo Lubrina, presidente da AMOT e José Antunes, vice, a reunião foi muito produtiva e serviu para que algumas dúvidas fossem dirimidas.
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"Quadrilha dos remédios" desbaratada
Todos os documentos contábeis (notas fiscais, talonários, recibos etc.) apreendidos semana passada pela Polícia Federal na casa e no escritório do contabilista José Ronaldo Costa estão sendo analisados por técnicos da delegacia da Receita Federal em Santarém.
Os HDs (memória principal) dos computadores também apreendidos foram remetidos à PF em Belém, onde serão submetidos à análise de conteúdo.
A previsão é que em 10 dias todo esse trabalho seja concluído e encaminhado ao MPF (Ministério Público Federal), para que o procurador Renato Resende (foto), que comanda as investigações, possa preparar a denúncia contra os envolvidos na quadrilha, especializada em desviar recursos públicos.
Análises preliminares, segundo Renato Resende, apontam o envolvimento certo de “pelo menos cinco prefeituras” do Baixo Amazonas no esquema, cujo principal golpe é simular compras de medicamentos, equipamentos hospitalares e odontológicos.
Para isso, contaram com os serviços do contabilista José Ronaldo Costa, de Santarém, do proprietário da Distribuidora Jonathas, Jonathas Santos, além de Abraão Batista Silva, vendedor da empresa, e Mário Jorge Miranda dos Santos, irmão de Jonathas e apontado como o operacionalizador do esquema.
Crimes
Todos os envolvidos, inclusive prefeitos e ex-prefeitos, devem ser enquadrado em crimes de falsidade ideológica, formação de quadrilha, sonegação fiscal contra a União, improbidade administrativa e desvio de verbas do SUS.
O esquema foi descoberto em junho de 2003, devido denúncia feita por Antônio Machado Portela Neto, proprietário da Farmácia Nossa Senhora de Fátima, ao Ministério Público Federal.
Eudes Portela, como é mais conhecido, descobriu que o contador de sua empresa, José Ronaldo Costa, havia utilizado talonário de notas fiscais da farmácia sem a sua autorização, falsificando sua assinatura, em favor de várias prefeituras, para “esquentar” vendas de medicamentos, principalmente para a Prefeitura de Curuá, administração do prefeito Zé Preto (PSDB).
*
Por Jeso Carneiro
A relação abaixo é das prefeituras que estariam envolvidas no esquema da "quadrilha dos remédios":
* Curuá (governo Zé Preto);
* Jacareacanga (Eduardo Azevedo);
* Prainha (Gandor Hage);
* Juruti (Isaías Batista);
* Belterra (Oti Santos);
* Faro (Tenório Carvalho);
* Rurópolis (José Paulo Genuíno);
* Óbidos (Haroldo Tavares);
* Terra Santa (Adalberto Anequino)
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O artigo foi extraído da edição de hoje do jornal O Estado do Tapajós. Achei-o muito interessante, por retratar a realidade que conhecemos muito bem.
Equívocos de um modelo
Paulo Roberto Ferreira
Durante muito tempo o pequeno agricultor da Amazônia não teve escolha. Ou aceitava o modelo imposto pelo poder público ou ficava entregue à própria sorte e ao seu saber tradicional. Muitos que aceitaram as regras do jogo, após a criação do Fundo Constitucional do Norte (FNO) tiveram acesso ao crédito, que chegava como um pacote, uma espécie de prato feito. A experiência de vida do produtor não contava nada. A prática de uma agricultura diversificada não era levada em conta.
Foi o que aconteceu na Transamazônica, onde muita gente pegava ou largava o crédito. E muitos se meteram a plantar cana-de-açúcar em cima de terra roxa. Depois veio a onda da pecuária leiteira. Técnicos comprometidos com o modelo único convenciam os trabalhadores rurais das vantagens de criar gado leiteiro. Felizmente alguns se rebelaram e mantiveram em suas propriedades alguns módulos com cultivo de cacau, mandioca e café.
Mas no sul do Pará, onde a extração desordenada de madeira abriu espaço para a implantação da pecuária de corte, quando muitos pequenos produtores conquistaram suas posses, a terra já estava arrasada. E o pouco que restava de capoeira e mata ciliar foi desaparecendo para dar lugar a um rebanho de gado leiteiro de baixa produtividade.
Sem experiência, o pequeno não é orientado sobre o cultivo de pasto de qualidade. E acaba também induzido a comprar animais que não têm qualidade leiteira. Para completar o quadro, o rebanho bovino acaba comendo juquira. E ai é que a produtividade vai pro brejo. Resta como herança, a dívida com o banco.
Outro complicador é que em muitas localidades a energia elétrica ainda não chegou. E o pequeno não tem como resfriar o leite. As estradas vicinais são precárias. Só o caminhão do laticínio é que entra para ir buscar o leite. As fontes de água que ainda foram preservadas da sanha destruidora dos grandes projetos agropecuário, madeireiro e de extração de minério, estão sendo destruídas, com o desmatamento das serras. Sem estrada, sem água e sem gado, o produtor acaba vendendo a propriedade.
E os que ainda permanecem na terra, abandonam a prática de criar galinha caipira, plantar milho, arroz, mandioca, feijão e árvores frutíferas. Com isso vem o empobrecimento no campo. Quem se aventura a criar grandes animais, sem conhecer bem a atividade, acaba frustrado. E quando o preço do leite, ditado pelos laticínios, não assegura nem mesmo a subsistência da família, na hora do aperto, o pequeno criador, come o bezerro, depois vende o touro, e, por último, se desfaz da vaca.
São os próprios trabalhadores do campo que dizem que quem mexe só com gado, não agüenta dois anos na atividade. Os que decidiram reduzir a atividade leiteira e voltar a praticar algum tipo de agricultura, encontram sérias dificuldades de manejo de solo. A terra compactada pelo gado tem baixa fertilidade. Mesmo assim o sonho de muitos pequenos produtores do sul do Pará é voltar a produzir feijão, arroz, milho, farinha, hortaliças, frango, suínos e peixes.
Mas, felizmente, esse modelo concentrador e perverso vem sendo revisto, nos últimos anos. E, atualmente já existem técnicos que têm uma capacidade de formulação mais abrangente, que conseguem valorizar a diversidade cultural dos pequenos produtores.
Para quem ainda não viveu esse processo avassalador, que destrói as fontes do recursos naturais, é bom ficar atento para as propostas mirabolantes, que quase sempre chegam na forma de pacote, com o rótulo desenvolvimentista, mas sem nenhuma garantia de sustentabilidade. A conjuntura mudou, mas ainda existem muitos resquícios de um modelo equivocado, que trouxe mais prejuízos do que vantagens para os camponeses pobres.
*É jornalista, escreve aos sábados prferreiral@estadao.com.br
O primeiro encontro foi com os madeireiros, na Associação Empresarial, da qual o grande ausente roi Luis Carlos Tremonte, que se encontra em S. Paulo em tratamento de saúde. Contudo, apesar dessa ausência de peso, os madeireiros fizeram vários questionamentos e ouviram as explicações dos dois representantes do MMA, que lhes garantiram ser para valer a decisão do governo, de viabilizar a exploração sustentável do Distrito Florestal da BR 163.
A segunda reunião aconteceu na Associação dos Mineradores do Tapajós (AMOT), com pessoas ligadas à mineração, na qual Tasso Rezende de Azevedo expôs detalhadamente o que virá depois dos decretos, deixando claro que quem tem garimpo dentro das APAs e que observar as exigências legais poderá trabalhar. Mas, quem explora alguma área em Flona terá que suspender suas atividades, não havendo nenhuma chance disso mudar por enquanto. Um dos presentes tem um garimpo na Flona Trairão e ficou sabendo que terá que parar com seus trabalhos.
Para Ivo Lubrina, presidente da AMOT e José Antunes, vice, a reunião foi muito produtiva e serviu para que algumas dúvidas fossem dirimidas.
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"Quadrilha dos remédios" desbaratada
Todos os documentos contábeis (notas fiscais, talonários, recibos etc.) apreendidos semana passada pela Polícia Federal na casa e no escritório do contabilista José Ronaldo Costa estão sendo analisados por técnicos da delegacia da Receita Federal em Santarém.
Os HDs (memória principal) dos computadores também apreendidos foram remetidos à PF em Belém, onde serão submetidos à análise de conteúdo.
A previsão é que em 10 dias todo esse trabalho seja concluído e encaminhado ao MPF (Ministério Público Federal), para que o procurador Renato Resende (foto), que comanda as investigações, possa preparar a denúncia contra os envolvidos na quadrilha, especializada em desviar recursos públicos.
Análises preliminares, segundo Renato Resende, apontam o envolvimento certo de “pelo menos cinco prefeituras” do Baixo Amazonas no esquema, cujo principal golpe é simular compras de medicamentos, equipamentos hospitalares e odontológicos.
Para isso, contaram com os serviços do contabilista José Ronaldo Costa, de Santarém, do proprietário da Distribuidora Jonathas, Jonathas Santos, além de Abraão Batista Silva, vendedor da empresa, e Mário Jorge Miranda dos Santos, irmão de Jonathas e apontado como o operacionalizador do esquema.
Crimes
Todos os envolvidos, inclusive prefeitos e ex-prefeitos, devem ser enquadrado em crimes de falsidade ideológica, formação de quadrilha, sonegação fiscal contra a União, improbidade administrativa e desvio de verbas do SUS.
O esquema foi descoberto em junho de 2003, devido denúncia feita por Antônio Machado Portela Neto, proprietário da Farmácia Nossa Senhora de Fátima, ao Ministério Público Federal.
Eudes Portela, como é mais conhecido, descobriu que o contador de sua empresa, José Ronaldo Costa, havia utilizado talonário de notas fiscais da farmácia sem a sua autorização, falsificando sua assinatura, em favor de várias prefeituras, para “esquentar” vendas de medicamentos, principalmente para a Prefeitura de Curuá, administração do prefeito Zé Preto (PSDB).
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Por Jeso Carneiro
A relação abaixo é das prefeituras que estariam envolvidas no esquema da "quadrilha dos remédios":
* Curuá (governo Zé Preto);
* Jacareacanga (Eduardo Azevedo);
* Prainha (Gandor Hage);
* Juruti (Isaías Batista);
* Belterra (Oti Santos);
* Faro (Tenório Carvalho);
* Rurópolis (José Paulo Genuíno);
* Óbidos (Haroldo Tavares);
* Terra Santa (Adalberto Anequino)
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O artigo foi extraído da edição de hoje do jornal O Estado do Tapajós. Achei-o muito interessante, por retratar a realidade que conhecemos muito bem.
Equívocos de um modelo
Paulo Roberto Ferreira
Durante muito tempo o pequeno agricultor da Amazônia não teve escolha. Ou aceitava o modelo imposto pelo poder público ou ficava entregue à própria sorte e ao seu saber tradicional. Muitos que aceitaram as regras do jogo, após a criação do Fundo Constitucional do Norte (FNO) tiveram acesso ao crédito, que chegava como um pacote, uma espécie de prato feito. A experiência de vida do produtor não contava nada. A prática de uma agricultura diversificada não era levada em conta.
Foi o que aconteceu na Transamazônica, onde muita gente pegava ou largava o crédito. E muitos se meteram a plantar cana-de-açúcar em cima de terra roxa. Depois veio a onda da pecuária leiteira. Técnicos comprometidos com o modelo único convenciam os trabalhadores rurais das vantagens de criar gado leiteiro. Felizmente alguns se rebelaram e mantiveram em suas propriedades alguns módulos com cultivo de cacau, mandioca e café.
Mas no sul do Pará, onde a extração desordenada de madeira abriu espaço para a implantação da pecuária de corte, quando muitos pequenos produtores conquistaram suas posses, a terra já estava arrasada. E o pouco que restava de capoeira e mata ciliar foi desaparecendo para dar lugar a um rebanho de gado leiteiro de baixa produtividade.
Sem experiência, o pequeno não é orientado sobre o cultivo de pasto de qualidade. E acaba também induzido a comprar animais que não têm qualidade leiteira. Para completar o quadro, o rebanho bovino acaba comendo juquira. E ai é que a produtividade vai pro brejo. Resta como herança, a dívida com o banco.
Outro complicador é que em muitas localidades a energia elétrica ainda não chegou. E o pequeno não tem como resfriar o leite. As estradas vicinais são precárias. Só o caminhão do laticínio é que entra para ir buscar o leite. As fontes de água que ainda foram preservadas da sanha destruidora dos grandes projetos agropecuário, madeireiro e de extração de minério, estão sendo destruídas, com o desmatamento das serras. Sem estrada, sem água e sem gado, o produtor acaba vendendo a propriedade.
E os que ainda permanecem na terra, abandonam a prática de criar galinha caipira, plantar milho, arroz, mandioca, feijão e árvores frutíferas. Com isso vem o empobrecimento no campo. Quem se aventura a criar grandes animais, sem conhecer bem a atividade, acaba frustrado. E quando o preço do leite, ditado pelos laticínios, não assegura nem mesmo a subsistência da família, na hora do aperto, o pequeno criador, come o bezerro, depois vende o touro, e, por último, se desfaz da vaca.
São os próprios trabalhadores do campo que dizem que quem mexe só com gado, não agüenta dois anos na atividade. Os que decidiram reduzir a atividade leiteira e voltar a praticar algum tipo de agricultura, encontram sérias dificuldades de manejo de solo. A terra compactada pelo gado tem baixa fertilidade. Mesmo assim o sonho de muitos pequenos produtores do sul do Pará é voltar a produzir feijão, arroz, milho, farinha, hortaliças, frango, suínos e peixes.
Mas, felizmente, esse modelo concentrador e perverso vem sendo revisto, nos últimos anos. E, atualmente já existem técnicos que têm uma capacidade de formulação mais abrangente, que conseguem valorizar a diversidade cultural dos pequenos produtores.
Para quem ainda não viveu esse processo avassalador, que destrói as fontes do recursos naturais, é bom ficar atento para as propostas mirabolantes, que quase sempre chegam na forma de pacote, com o rótulo desenvolvimentista, mas sem nenhuma garantia de sustentabilidade. A conjuntura mudou, mas ainda existem muitos resquícios de um modelo equivocado, que trouxe mais prejuízos do que vantagens para os camponeses pobres.
*É jornalista, escreve aos sábados prferreiral@estadao.com.br
sexta-feira, março 17, 2006
Jornal do Comércio circula nesta sexta

O Jornal do Comércio circulará nesta sexta destacando:
01 – Interdição da Av. Getúlio Vargas, nos finais de semana, vai continuar
02 – Itaituba terá Centro de Perícia Científica Renato Chaves
03 – BR 163 tem trechos quase intrafegáveis até Novo Progresso
04 – Clima esquenta na Câmara entre Cardoso e Ana Cativo
05 – Licitação da Merenda Escolar será feita sexta e sábado
06 – Copa Ouro começa com sucesso de público
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CLIMA QUENTE I
A temperatura esteve bastante elevada, esta semana, na Câmara Municipal de Itaituba. Primeiro foi o vereador João Crente, que fez um discurso inflamado, terça-feira, cobrando atitude do prefeito Roselito Soares. Depois, quarta-feira, houve novo embate entre a vereadora Ana Cativo (PT) e Antônio Cardoso (PSDB), líder do governo.
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CLIMA QUENTE II
Ana Cativo fez um discurso carregado de indignação contra o resultado das negociações entre o SINTEPP e a Prefeitura, que terminou com a informação de que os professores, além de nada terem a receber referente à sobra do Fundef de 2005, ainda estariam devendo, porque teria sido pago mais do que os 60% determinado por lei. Ela criticou duramente o governo municipal.
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CLIMA QUENTE III
Quando subiu à Tribuna para defender o governo, Antônio Cardoso rebateu as colocações de sua colega e a provocou, pedindo que ela mostrasse uma, pelo menos uma obra do governo federal em Itaituba. Como nem o governo federal, nem o governo municipal fazem nada por estas bandas, ficou empate.
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INTERDIÇÃO I
Entende-se a grita dos que desenvolvem alguma atividade econômica noturna na Avenida Getúlio Vargas. Há unanimidade nas queixas contra a queda no movimento. Isso, em tempos de crise, torna as coisas mais difíceis. Entretanto, algo tinha que ser feito, pois o local era dominado por alguns jovens e outros nem tão jovens assim, mal educados, que consideram ali seu território particular, não respeitando o direito dos outros. Eles são contumazes em colocar som de seus carros em volume insuportável, em ficar dando cavalo-de-pau e outras travessuras..
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INTERDIÇÃO II
Talvez o remédio tenha sido muito amargo e haja necessidade de se discutir alguma alternativa que contemple todos. Mas não dá para fazer campanha a fim de voltar a ser como era. Quem não recebeu educação em casa e, portanto, não observa qualquer limite, termina aprendendo alguma coisa na rua.
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PIRACUÍ NA MERENDA
A nutricionista responsável pelo cardápio da merenda escolar incluiu farinha de peixe, ou, o nosso conhecido PIRACUÍ, neste ano. Sabe-se que esse alimento tem uma série de nutrientes que ajudarão as crianças. Contudo, não custa perguntar: quem vai catar as espinhas, para evitar que as crianças venham a ter problemas sérios? Outro detalhe a respeito escolha, que está sendo questionado é quanto ao preço da farinha de peixe, que encareceria a merenda. Com a palavra o Conselho de Alimentação Escolar.
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VIOLÊNCIA
O delegado Barata disse a uma emissora de TV, que a violência é um fenômeno mundial. Isso todo mundo sabe. Acontece que houve um recrudescimento da violência, em Itaituba e as polícias Civil e Militar não estão dando conta de contê-la, dadas as suas limitações de pessoal e de equipamentos adequados. O delegado Carlos Mota, superintendente de Polícia Civil, saiu-se com uma pérola. Disse que é para se queixar ao governador, quando ele vier aqui. Assim fica difícil.
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Frase: Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina - Cora Coralina
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Jubal Cabral comenta a nota sobre o aumento da violência em Itaituba, segunda-feira, 13/03.
Mano velho, será que a ´Polícia Militar está imitando as ações de "ir para a rua" que está sendo processado em Belém?
Talvez inibisse estes marginais, embora acredite que Itaituba é um barril de pólvora prestes a explodir. Tudo por culpa e vênia dos apadrinhados dos policiais e por inoperantes delegados que polulam por aí.
Pena que os representantes do povo não prestem atenção devida nestes atos e se preocupem com outras questões menores.
Abraços.
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O blog de Dayan Serique publicou a informação a seguir, sobre a polêmica do rateio da sobra do Fundef.
Secretária induz a pagamento indevido de rateio
Segundo declarações da presidente do SINTEPP em Itaituba Ana Paula depois de uma reunião com a secretária de Educação Eliene Nunes e com o secretário de Planejamento Sidnei Carvalho, o rateio dividido entre os professores foi pago de forma indevida, pois segundo essa nova versão apresentada pela Secretária de Educação o valor real é aproximadamente R$ 170.000,00 apenas, não o de R$ 900.000,00 como foi propalado e pago ao professores.
Algumas questões ficam no ar e precisam ser esclarecidas com urgência pela Secretária de Educação Eliene Nunes, a saber:
Se as sobras eram somente R$ 170.000,00 de onde sairam os R$ 900.000,00 pago no rateio?
Se as contas do FUNDEF são exclusivamente movimentadas pela educação, sabendo-se divisão 40% e 60%, porque tanta diferença de valores?
Com o recebimento do rateio e se tratando de recursos públicos quem vai arcar com o prejuízo?
Os professores vão ter que devolver o dinheiro recebido?
Esta situação é muito complicada, pois torna público a desorganização da Secretaria de Educação e o caos em que ela se encontra, pois conversa mansa e voz doce já não estão mais convencendo os professores%, só quem ainda acredita é o prefeito Roselito, que não vê que está sendo levado as erros que muito podem prejudidar sua administração.
A Secretária Eliene Nunes em conversas com seus assessores afirma que não tem culpa do pagamento indevido do rateio e tenta transferir a culpa para outras pessoas até mesmo para o prefeito Roselito Soares, pois afirma que não pediu para que fosse pago e sim deixou nas mãos do prefeito a decisão de fazer o pagamento do rateio das sobras do fundef. Tenta culpar também o SINTEPP, pois por sua pressão acabou levando ao erro a secretaria de educação. Só falta botar culpa agora nos professores por quererem receber o dinheiro...
O Prefeito Roselito Soares está em maus lençóis com a Secretaria de Educação, pois para piorar lá está a cara de todos os ex-prefeitos menos a sua. Se já não bastasse isso, muitos que ocupam cargos de chefia não trabalharam para ele quando candidato e continuam a não trabalhar para ele enquanto prefeito, não o ajudam e não são solidários, estão ali pelos seus altos salários.
O passado se revela no presente, prova disso é que toda semana os ex-prefeitos são condenados por mal versação de recursos público e por improbidade administrativa, fruto de atos insanos e incompetência de muitos secretários que acabam enrolando e comprometendo o futuro político de muitos prefeitos. Ainda há tempo, ainda há tempo...
Meu comentário - O Dayan abordou muito bem essa questão da sobra do Fundef, que vem rolando desde o final do ano passado. É importante que se chegue a uma conclusão para saber se os professores têm ou não alguma coisa a receber ou se terão que devolver alguma importância. Mas, deixando um pouco de lado a sobra tão discutida e motivo da discórdia, quero fazer um questionamento. O que a Prefeitura de Itaituba fez com os 40% que podem ser usados, dentre outras coisas, para construir e reformar escolas? Que se saiba, foi construído apenas um banheiro na Escola S. Francisco. Então, CADÊ O DINHEIRO DOS 40%? Se alguém souber, por favor, responda ao blog.
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