segunda-feira, outubro 21, 2019

'Dia difícil', diz Piñera após onda de protestos que deixou 8 mortos

Chile vive onda violenta de protestos "Amanhã será um dia difícil", afirmou o presidente do Chile, Sebástian Piñera, na noite deste domingo (20), após uma semana de protestos violentos contra o aumento no preço da passagem de metrô de Santiago. As informações são do jornal chileno La Tercera

As manifestações — que se estenderam para outras zonas além da capital — deixaram ao menos oito mortos e levaram o Chile a um grave problema de ordem pública, com muitos atos de vandalismo, de barricadas nas ruas, incêndios e saques a lojas e supermercados. 

'Organização criminal' 

Em pronunciamento, Piñera afirmou que o governo está consciente de que [os manifestantes] "têm um grau de organização e logística que é própria da organização criminal". 

Nesta segunda-feira, o metrô deverá funcionar de forma parcial. O mandatário decretou o estado de emergência em várias regiões para colocar a segurança nas mãos do Exército: "O general [Javier Iturriaga, chefe de defesa nacional] disponibilizou 9.500 homens para restabelecer a paz e seus direitos", acrescentou. 

Projeto de lei 

A Câmara dos Deputados do Chile ainda aprovou na noite de domingo, em sessão de emergência, um projeto de lei para cancelar o aumento dos valores da passagem de metrô. 

A iniciativa legal foi aprovada por 103 votos a favor, 1 contra e 1 abstenção, e será vista pelo Senado esta manhã para sua total ratificação. 

O projeto foi enviado com urgência pelo presidente Piñera e, se passar pelo Senado, terá o poder de cancelar o aumento das tarifas. 

'Escalada para causar danos ao país' 

O ministro do Interior do Chile, Andrés Chadwick, completou que o país enfrenta uma escalada de "violência organizada" para prejudicar a convivência da população com os distúrbios, que até o momento causaram cerca de 1.500 detenções. 

"Não vamos nos enganar, estamos diante de uma escalada real, sem dúvida organizada, para causar sérios danos ao nosso país e à vida de todos os cidadãos", disse Chadwick a jornalistas. 

O ministro do Interior fez um balanço de mais de 70 "eventos graves de violência", entre os quais mais de 40 saques a supermercados, lojas e outros estabelecimentos.

Fonte: R7

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