Só
Morre do coração, quem quer, foi o que me disse o médico que cuidou de mim, quando estive muito doente em Manaus, no final de 2011 e no primeiro semestre de 2012.
Quando
eu recebi a primeira alta do tratamento oncológico que fiz em Manaus, em maio
de 2012, o Dr. William Fuzita me disse:
“Seu
José, o senhor vai me fazer um favor: não me vá morrer do coração depois de
ficar curado de um câncer. Só morre do coração, quem quer”.
Mas,
doutor, retruquei eu, como é que só morre do coração quem quer, se uma pessoa
que não tinha nada, de repente morre?
“Não
tinha nada, não! Ninguém morre do coração sem ter nada. Não procurou saber se
tinha” afirmou ele.
Como
fiz o acompanhamento durante cinco anos, e todo ano fazia uma bateria enorme de
exames, não precisei tomar cuidados específicos, porém, tão logo tive a alta
definitiva passei a fazer acompanhamento anual.
Estou
escrevendo este depoimento, porque eu li uma notícia na Folha do Progresso,
sobre uma menina de 12 anos de idade, que morreu ontem em um hospital local.
Nesse
caso, o problema pegou os pais de surpresa, pois, quem pode imaginar que uma
criança de 12 anos possa vir a morrer por problemas cardíacos?
Se
a população pobre do Brasil já tem grandes dificuldades de conseguir
atendimento médico de rotina, imagina com especialistas.
Tomei
conhecimento do caso de uma criança de 10 anos, em Itaituba, que a médica detectou
alteração nos batimentos cardíacos, para mais. Os pais tomaram providências
imediatas para que um especialista fizesse a devida avaliação da situação para
as providências necessárias serem tomadas.
Para
os adultos, o mínimo que o bom senso manda é verificar a pressão arterial com a
maior frequência possível. A partir daí o médico já poderá dar informações importantes
que poderão fazer toda a diferença na vida.
Quando
se trata de criança, cujos pais não tenham percebido nenhuma alteração que
pudesse leva-los a procurar socorro médico no tempo correto, a gente pode ser
surpreendido, todavia, em se tratando de adultos, sou obrigado a concordar com
o Dr. Fuzita, quando ele afirma:
“Só
morre do coração, quem quer”!
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