Nessa época valia a pena irmos ao estádio
assistir espetáculos, apresentados pelos grandes craques do passado, como
Amiraldo, Atauhalpa, Manoel Moraes, Cecebuta, Licurgo, Bosco, Petróleo, Pão
Doce, Abdala, Acari, Manoel Maria, Zuza, Afonso, Arinos, Ricardo, Inacinho,
Piraca, Pedro Olaia, Mazinho, Edvar, Surdão, Xabregas, Alaércio, Odilson,
Darinta, Birimba, Zizinho, Zerino, Maromba, Helvécio e tantos outros craques,
que jogavam por amor à camisa de seus times e proporcionaram grandes clássicos
entre São Raimundo, São Francisco, América, Fluminense, Norte Clube, São
Cristóvão, Náutico, Veterano, etc.
Infelizmente
o crescimento da cidade e a especulação imobiliária fizeram com que o estádio
Elinaldo Barbosa fosse vendido e as partidas de futebol passaram a ser
realizadas no estádio Colosso do Tapajós, construído na gestão do ex-governador
Jader Barbalho.
Tudo
isso aconteceu em dias de glórias de nosso futebol. Hoje, quem passa pelo local
do antigo estádio Elinaldo Barbosa se depara com o descaso com a saúde pública.
O terreno está tomado por mato, lixo, lama e outras mazelas, se transformando
em um dos maiores locais de foco do mosquito da dengue em Santarém. Mas o que
mais preocupa os santarenos, é que essa área nobre os traficantes de drogas e assaltantes
tomaram para si e fizeram o seu reduto.
O
perigo maior é pela parte da noite, o tráfico de drogas e assaltos são
constantes, principalmente pela parte da Avenida São Sebastião, que fica um
local isolado e muitas pessoas se arriscam na parada de ônibus, em especial os
estudantes de vários colégios que estão localizados nessa área.
“Isto
é uma pouca vergonha o que fizeram com o estádio Elinaldo Barbosa. Eu fui
jogador do América, técnico e árbitro de futebol. Vivi os melhores momentos do
futebol santareno aqui nesse estádio. Naquela época Santarém era um celeiro de
craques de futebol. Hoje eu tenho vergonha do que vejo. Não sei pra quem foi
vendida essa área onde funcionou o estádio, mas quem comprou não está nem aí
para a população de Santarém. Esse local pela parte da noite é um dos mais
perigosos de Santarém, pois foi invadido por traficantes e assaltantes.
Eu
não passo por aqui pela parte da noite, pois temo por minha vida. Nossas
autoridades devem cobrar mais responsabilidade do proprietário ou proprietária
do terreno, pois do jeito que está, vidas de pessoas de bem serão ceifadas,
pois a violência está incontrolável em nossa cidade”, assim se manifestou o
aposentado, ex-jogador, ex-técnico do São Francisco e ex-árbitro de futebol
Márcio Santana Batista.
“Faço
uma sugestão ao prefeito Nélio Aguiar, que desaproprie essa área e transforme
em um local de entretenimento ou construa uma escola para servir à população,
pois do jeito que está, abandonada e cheia de mato, só serve para refúgio de
bandidos e traficantes. Tenho um filho que estuda no Colégio São Francisco e
sempre lhe oriento para nunca entrar nesse local. Isso sem falar que o período
de chuva está chegando e esse terreno se transforma no maior depósito de dengue
de Santarém, em plena área central da cidade, Isso é um absurdo”, disse
Erivelton Tapajós da Silva, profissional liberal.
CRISE: Segundo informações colhidas por nossa
reportagem, o Grupo Yamada foi quem comprou o terreno do antigo estádio, dos
padres franciscanos. Só que a crise apertou e a empresa decidiu vender o
terreno. De campeão do varejo no Pará e na Amazônia, dos maiores do País, o
grupo Y. Yamada despencou assustadoramente e teve suas lojas fechadas em várias
cidades, entre elas, Santarém. Tal fato deixou o terreno abandonado, que se
transformou em um matagal. A grave crise da Yamada pode servir de alerta às
empresas locais, pois se não se ajustarem aos novos tempos e se
profissionalizarem, poderão seguir o mesmo caminho.
O
Impacto
Jefferson
Miranda
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