O Pará enfrenta uma epidemia de sífilis,
conforme dados repassados pelo Ministério da Saúde (MS) a O LIBERAL. O número
de casos da doença em adultos cresceu de 32, em 2010, para 1.008, em 2016, o
que representa um aumento de mais de 3.000%.
Nos dois últimos anos esse salto foi de 137% e,
ao que tudo indica, 2017 deverá fechar com um novo recorde. Apenas no primeiro
semestre deste ano, já foram anotados 467 casos de sífilis adquirida, o que
corresponde a cerca de três novos registros da doença por dia no Estado.
No caso da sífilis primária, uma única dose de
penicilina benzatina intramuscular é o suficiente para a cura. E é aí que
repousa o grande problema. Esse aumento de casos, observado em todo o País, se
deve, em parte, a um desabastecimento global do insumo farmacêutico ativo
utilizado na produção da penicilina.
Essa escassez data de junho de 2014 e é o que
justifica a epidemia da doença, sobretudo nos estados do Norte e Nordeste.
No
Pará, o ano de 2016 fechou com taxa de 4,2 óbitos a cada 100 mil nascidos
vivos, decorrente de seis mortes naquele ano. No entanto, nos dois anos
anteriores essa taxa alcançou patamares três vezes maiores. Em 2015, quando
foram registrados 19 óbitos, a taxa foi a 13,2; e, em 2014, quando iniciou a
falta da medicação, foram 21 mortes e taxa de 14,6 - disparada a maior do País
naquele ano.
Considerando o período entre 2010 e 2016, o
Estado contabilizou 73 óbitos por sífilis congênita. A taxa de mortalidade
nacional da doença é de 6,8, sendo maior no Nordeste (7,7) e no Norte (5,1).
Fonte: O Liberal
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